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Resumo:
A indústria de polpa de maracujá tem como objetivo a obtenção de produtos com características sensoriais e nutricionais próximas da fruta in natura. O objetivo deste trabalho foi avaliar as informações nutricionais das embalagens e as características físico-químicas das polpas de maracujá congeladas. Foram analisadas 25 amostras, de 07 marcas diferentes, adquiridas em supermercados de Bauru-SP, e região. Apenas uma das marcas analisadas (14,3%) encontra-se em acordo com a legislação vigente, sendo que as demais apresentam tabelas ultrapassadas ou incompletas. As características físico-químicas diferem entre as marcas comercializadas, principalmente quanto ao teor de ácido ascórbico, sendo que 64,0% das amostras se encontram em desarcordo com o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) para polpa de maracujá do Ministério da Agricultura. As variações observadas entre a polpa in natura e a congelada são menores nos itens: densidade, pH, sólidos solúveis totais, acidez em ácido cítrico e ratio, mas altas quanto ao teor de ácido ascórbico.
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Originária da região sudeste da China, a lichieira tem apresentado significativo crescimento em área cultivada nos últimos anos devido aos excelentes sabor e aroma dos frutos. Porém, alternâncias de produção, associadas ao baixo vingamento de frutos, são problemas importantes da cultura. O raleio de frutos pode contribuir para a redução da alternância de produção e aumentar o percentual de frutos comercializáveis e de melhor qualidade, através do ganho em tamanho. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar o efeito do raleio de frutos em lichieira 'Bengal' para as condições de cultivo em Viçosa, Minas Gerais. O experimento foi conduzido no delineamento experimental em blocos casualizados, com 5 tratamentos e 7 repetições, sendo cada planta uma repetição. Os tratamentos consistiram em diferentes intensidades de raleio manual representados pelo número de frutos deixados nas panículas do ramo terminal, sendo: T1: 3 frutos/ramo; T2: 6 frutos/ramo; T3: 9 frutos/ramo; T4: 12 frutos/ramo; T5: sem raleio (controle). Analisaramse o comprimento longitudinal e equatorial dos frutos (cm), a massa de fruto (g); a massa da casca, polpa e semente (g); o teor de sólidos solúveis totais (ºBrix); a acidez titulável da polpa (% ácido málico); a percentagem de matéria seca da polpa, casca e semente (%) e a percentagem de queda natural (%). Observou-se efeito do raleio somente para as variáveis teor de sólidos solúveis totais, percentagem de queda natural e massa de matéria seca da casca, não se justificando o raleio em frutos de lichieira.
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Este trabalho foi conduzido visando a desenvolver métodos não destrutivos para estimar a área foliar e o conteúdo de clorofilas em folhas de plantas jovens de videira 'Cabernet Sauvignon'. Para a estimativa da área foliar, foram tomadas medidas de comprimento da nervura principal e das duas maiores nervuras secundárias em folhas representando uma grande amplitude de áreas foliares, seguindo-se da leitura em um integrador de área foliar. Para a quantificação de clorofilas, folhas com tonalidades variando de verde-amareladas (folha clorótica) a verde-escuras foram avaliadas individualmente com um medidor de clorofila (Minolta SPAD-502) e um colorímetro (Minolta CR-400, no espaço de cores L, C e hº), nas faces abaxial (inferior) e adaxial (superior), seguido de quantificações destrutivas de clorofilas a, b e totais. A quantificação do comprimento da nervura principal proporcionou boa estimativa da área foliar, sendo que a soma do comprimento das duas nervuras secundárias, bem como do somatório destes comprimentos com o comprimento da nervura principal, resultou em aumento muito pequeno na capacidade de estimativa da área foliar. Os valores das leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro, avaliados em ambas as faces das folhas, aumentaram com o incremento nos teores de clorofilas. Os modelos ajustados entre os teores de clorofilas e as leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro apresentaram valores de R² similares. Todavia, a medição da relação hº/(LxC) do colorímetro, feita na face adaxial da folha, mostrou melhor estimativa do teor de clorofila, expresso em unidade de área (µg.cm-2 de folha).
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A bananeira Figo Cinza é uma cultivar do grupo ABB, subgrupo Figo, que apresenta tolerância ao mal-do-panamá e às sigatokas amarela e negra, demonstrando ser uma cultivar interessante para programas de melhoramento genético. Devido a isso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar características do 1º ciclo da planta, como o crescimento, produção e atributos físico-químicos dos frutos dessa cultivar, no município de Botucatu-SP. Foram avaliadas as seguintes características de crescimento: altura de plantas, circunferência do pseudocaule e número de folhas, medidas na época de emissão da inflorescência; número de dias entre o plantio e o florescimento, número de dias entre o florescimento e a colheita, e número de dias do plantio à colheita. Também foram mensuradas as seguintes características de produção: peso do cacho, número de frutos, peso médio dos frutos, número de pencas e produtividade; na 2ª penca foram avaliados peso, número, comprimento e diâmetro dos frutos. Os atributos fisico-químicos analisados foram: textura, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, açúcares totais, amido e teor de potássio. Foi utilizado o método das estatísticas descritivas para a caracterização da cultivar, através dos cálculos das médias. Os resultados mostraram que 'Figo Cinza' apresentou porte médio (2,9 m), ciclo de 420 dias, produtividade média de 12,74 t ha -1 e frutos com baixa acidez (0,06%).
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A determinação da forma inicial a ser dada a uma planta é decisia para o manejo cultural e fitosanitário, assim como apresenta efeitos na produtividade e qualidade dos frutos colhidos. O presente trabalho teve como objetivo estabelecer o número adequado de ramos produtivos (terciários) e conhecer o seu efeito na produção, produtividade e qualidade dos frutos de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.). O experimento foi instalado e conduzido em pomar comercial no município de Lavras-MG (21º 14' S; 45º 58' W; 910 m de altitude), entre os meses de setembro de 2005 a julho de 2006, utilizando plantas oriundas de sementes, plantadas no espaçamento de 4m entre plantas e 3m entre as linhas, conduzidas em espaldeira vertical com um fio de arame na altura de 180 cm. Os tratamentos constaram de diferentes números de ramos produtivos, sendo eles: 40; 30; 24; 20 e 14 ramos por planta. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo a parcela composta por três plantas. Avaliaram-se a produtividade e o rendimento de suco (t/ha), número de frutos por planta, peso médio dos frutos, diâmetro longitudinal e transversal do fruto (mm), espessura da casca (mm), porcentagem de casca, semente e suco, sólidos solúveis totais e acidez total titulável. Houve diferença estatística significativa para as variáveis: número de frutos por planta, produtividade, rendimento de suco e peso médio dos frutos. As plantas com menor número de ramos produtivos tiveram a produtividade e o número de frutos reduzidos, com o peso médio do fruto aumentado sem, no entanto, modificar as suas características internas.
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O tamarilho (Solanum betaceum) é uma espécie de clima subtropical explorado comercialmente como fruto de exportação em países como a Colômbia e Nova Zelândia. No Brasil, esse fruto tem caráter exótico, e suas características nutricionais e tecnológicas são pouco conhecidas. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar frutos de duas variedades de tamarilho, amarela e vermelha, oriundos da região do Vale do Jequitinhonha no Estado de Minas Gerais. Foram analisados os aspectos físicos, físico-químicos e a composição centesimal. Os resultados da caracterização centesimal e físico-química mostraram haver uma grande semelhança entre as duas variedades, excetuando o percentual de cinzas (0,152 ± 0,046 e 1,054 ± 0,339) e de açúcares redutores (5,283 ± 0,463 e 2,979 ± 0,090). O rendimento das polpas foi superior a 67%, o valor médio de sólidos solúveis totais foi da ordem de 12,5% e os valores da relação SST/AcT foi superior a 7,0. Tais medidas permitem considerar o tamarilho um fruto com potencial para o consumo in natura e possível matéria-prima para a indústria de alimentos.
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A ampliação da oferta de tangerinas tanto no mercado interno como no externo é limitada pela grande quantidade de sementes nos frutos das principais cultivares, danos na casca resultante de doenças e pela pequena produção nas épocas mais quentes do ano. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a qualidade dos frutos e a época de maturação de 46 tangerinas e híbridos em condições de campo na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB), Bebedouro-SP. As variedades de tangerinas e híbridos (tangores e tangelos) foram introduzidas de bancos de germoplasma da Itália, Portugal, Espanha e França, e a pesquisa desenvolveu-se durante os anos agrícolas de 2001/2002 e 2002/2003. Foram avaliadas características externas de qualidade, como altura e diâmetro dos frutos, massa dos frutos, facilidade em descascar com a mão e características internas como: número de sementes, teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, rendimento em suco, "ratio" e rendimento em polpa. Duas cultivares apresentaram frutos de boa qualidade e época de maturação precoce, podendo ser disponibilizadas no mercado, num período de escassez deste tipo de citros, e serem alternativas à tangerina-'Cravo'. Quatro cultivares que apresentaram boa qualidade e maturação mediana poderão ser alternativas à 'Poncã'.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar a vida útil de cinco híbridos de melão cv. amarelo (AF-7100, AF-1498, AF-5107, AF-4945 e AF-1805) produzidos no Agropolo Assu-Mossoró-RN. Após atingido o estádio de maturação, os frutos foram colhidos e conduzidos ao Laboratório de Pós-Colheita da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), onde se retiraram ao acaso 12 frutos de cada híbrido para caracterização no tempo zero. Em seguida, os demais frutos foram pesados, identificados e armazenados em câmara refrigerada regulada a 10±1ºC e 90±2% UR, onde permaneceram por 7; 14; 21; 28; 35; 42; 49; 56; 63 e 70 dias. Em cada intervalo de tempo, avaliaram-se nos frutos: perda de massa, firmeza da polpa, aparência externa e interna, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, açúcares redutores e açúcares solúveis totais. o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas no tempo. Na parcela, está o fator híbridos e, na subparcela, os tempos de armazenamento. Foram utilizadas três repetições, sendo a parcela constituída por três frutos. Houve interação significativa entre híbrido e período de armazenamento para a firmeza de polpa dos frutos. Para as demais características avaliadas, foi observado o efeito dos fatores principais. Durante operíodo de conservação,ohíbridoAF-7100 apresentou maior firmeza dos frutos, seguida da cultivar AF-5107. Houve aumento na perda de massa durante o armazenamento e não se observaram danos nas aparências externas e internas até 42 e 28 dias de armazenamento, respectivamente.
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Os produtores do estado do Tocantins estão tendo de manter ou melhorar o padrão de qualidade dos seus frutos, para garantirem uma boa comercialização. o trabalho objetivou avaliar a qualidade dos frutos de abacaxi comercializados na cooperativa Cooperfruto em Miranorte-TO, e verificar se estes se encontram dentro dos padrões mínimos exigidos para comercialização visando ao consumo in natura. a coleta de dados foi realizada no período de novembro de 2006 a maio de 2007, onde foram analisados mensalmente frutos de abacaxi 'Pérola' que eram comercializados pela cooperativa. em cada mês, foram feitas análises físico-químicas de frutos provenientes das cidades produtoras que fazem parte da cooperativa. os parâmetros avaliados foram: a massa do fruto com e sem coroa, peso da coroa, comprimento do fruto com e sem coroa, diâmetro do fruto, ph do suco, rendimento do suco, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis totais (SST) e relação SST/ATT. Para esta avaliação, os frutos foram pesados e medidos para a determinação da classe, comprimento e diâmetro. os frutos foram descascados, picados e triturados para fazer a análise físico-química. o peso do fruto com coroa oscilou entre 1.335 a 1.772 g, o peso da coroa entre 108 a 214 g. Já para o comprimento do fruto com coroa (CFCC) e comprimento do fruto sem coroa (CFSC), os valores foram de 35,4 a 43,2; 15,8 a 20,3, respectivamente. Para o diâmetro, foram encontrados valores médios variando de 9,8 a 10,5 cm, que estão abaixo dos encontrados na literatura. o teor de sólidos solúveis totais apresentou-se na faixa de 12,4 - 15,7 º Brix. o ph oscilou entre 4,07 e 4,38. os valores de rendimento de suco (RS) obtidos estavam entre 0,57 e 0,72 g ml-1. a acidez total titulável (ATT) apresentou teores de 0,35 a 0,65 % de ácido cítrico, a relação SST/ATT encontrou-se entre 20,3 - 40,4. Diante dos resultados, pôde-se observar que os frutos comercializados pela cooperativa cooperfruto são de boa qualidade e encontram-se dentro dos padrões mínimos exigidos para comercialização e consumo in natura.
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Uma espécie que está sendo incorporada no cultivo de pequenas frutas é a physalis. Esta Solanaceae é considerada uma planta rústica que tem dificuldade de manter suas hastes eretas, seus frutos estão dentro de um cálice que os protege contra insetos, pássaros e condições adversas. o objetivo neste trabalho foi avaliar as características físico-químicas dos frutos de Physalis peruviana em função das diferentes colorações de cálice e dos sistemas de condução utilizados. A colheita dos frutos foi realizada levando em consideração cinco diferentes classificações quanto à coloração de cálice: 1 (verde); 2 (verde-amarelada); 3 (amarelo-esverdeada); 4 (amarela), e 5 (amarelo-amarronzada), provenientes dos sistemas de condução "v" invertido e triangular. o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com esquema fatorial 5x2 (colorações do cálice x sistemas de condução). A unidade experimental foi composta de dez frutos, sendo cada tratamento repetido três vezes. os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), aplicando o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro, para comparação das médias. As variáveis avaliadas foram: massa fresca do fruto, do cálice e total, diâmetro, firmeza, coloração da epiderme, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), razão SST/ATT e pH. o sistema de condução triangular, combinado às colorações de fruto amarela e amarelo-amarronzada resultou, respectivamente, em frutos com maior conteúdo de SST e razão SST/ATT. os maiores valores para massa e diâmetro de fruto foram alcançados quando os cálices se apresentavam amarelo-amarronzados, enquanto a maior massa total foi atingida quando os cálices tinham coloração amarela. Já para a massa do cálice, as maiores respostas foram obtidas nos de coloração verde. Conclui-se que physalis colhidos a partir da terceira fase (3) (cálice amarelo-esverdeado) apresentam o melhor conjunto de características físico-químicas, em ambos os sistemas de condução avaliados.
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Diante dos riscos e das limitações advindos do cultivo exclusivo de abacaxizeiros Pérola e Smooth Cayenne e visando à variabilidade genética, o Estado da Paraíba estuda material genético diversificado: os híbridos Emepa-01, Imperial e MD-2. objetivando a caracterização destes novos híbridos, avaliaram-se alguns parâmetros químicos e a atividade da bromelina nas polpas e nas cascas de todas as cultivares. o abacaxi Smooth Cayenne apresentou o menor pH (3,44 para polpa e 3,91 para a casca) e a maior acidez titulável (0,56g de ácido cítrico para 100g de polpa e 0,52g de ácido cítrico para 100g de casca), sendo a cultivar mais ácida. Dentre as polpas, as dos abacaxis Pérola e Smooth Cayenne contiveram níveis de açúcares redutores, não redutores e totais significativamente maiores (p<0,05) do que os híbridos, apesar de estes terem valores mais elevados (maior que 30,00) da relação sólidos solúveis e acidez titulável e, consequentemente, maior aceitação pelo consumidor. o extrato bruto da cultivar Imperial apresentou maior atividade proteolítica e teor de proteína tanto na polpa (56,41 U/ml e 7,50 mg de proteína/ml) quanto na casca (68,56 U/ml e 10,40 mg de proteína/mL). Para a atividade específica, a casca do abacaxi Pérola (10,01 U/mg de proteína) contém valor significativamente mais elevado que os encontrados nas demais amostras. No entanto, dentre as polpas, a da cultivar Imperial (7,49 U/mg de proteína) apresenta atividade específica significativamente superior (p<0,05) às demais.
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A produção de uvas viníferas nas regiões de altitude do Estado de Santa Catarina é recente e existem poucos dados de pesquisa sobre o comportamento das diferentes cultivares neste local. Os objetivos do trabalho foram testar o efeito de diferentes níveis de desponte do dossel vegetativo e avaliar a influência de dois porta-enxertos nas características dos frutos produzidos. O experimento foi realizado em São Joaquim-SC (28º17'38" S e 49º55'54" W), a uma altitude média de 1.250 m, na Vinícola Villa Francioni, com a cultivar Merlot enxertada em 'Paulsen 1103' e 'Couderc 3309'. Os tratamentos consistiram no desponte em diferentes níveis, mantendo as áreas foliares de 4,5; 2,5; 2,0 e 1,5 m² kg-1 de uva em dois porta-enxertos. Foram avaliados número de bagas por cacho, diâmetro de bagas, pH, sólidos solúveis totais, antocianinas, índice de polifenóis totais, comprimento e peso de cacho. As plantas enxertadas em 'Paulsen 1103' apresentaram a máxima eficiência para o nível de desponte de 3,4 m² kg-1de uva, já as plantas enxertadas sobre 'Couderc 3309' apresentaram a máxima eficiência com a manutenção de uma área foliar de 3,0 m² kg-1 de uva. Os diferentes porta-enxertos não interferiram nos compostos fenólicos dos frutos. No ciclo de 2005/06, Couderc 3309 produziu frutos com maiores teores de sólidos solúveis totais e, no ciclo de 2006/07, produziu cachos mais pesados.
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Avaliou-se o efeito do tratamento térmico (40ºC por 24 horas) e de diferentes temperaturas de armazenamento (8ºC, 14ºC e 25ºC, a 90%UR), na conservação pós-colheita de abacaxis 'Pérola', colhidos no ponto de maturação "pintado". As avaliações foram realizadas no início (0 dia), visando à caracterização inicial dos frutos, e após 1; 5; 9; 13 e 17 dias, quando os mantidos sob refrigeração foram transferidos para condição ambiente (25ºC, 75-80% UR), e avaliados aos 21; 25 e 29 dias. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial (2x3x9), tendo-se os frutos tratados termicamente ou não, o armazenamento a 25ºC, 14ºC e 8ºC e nove épocas de avaliação. Os frutos foram avaliados quanto à ocorrência de podridões e de escurecimento interno, aparência e coloração da polpa, teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), açúcares solúveis totais e redutores e ácido ascórbico, além da relação SS/AT. Os resultados indicam que a coloração da polpa se tornou mais amarela durante o período refrigerado, enquanto os valores da AT aumentaram. Neste período, a relação SS/AT reduziu-se, mas aumentou com a transferência dos frutos para o ambiente, enquanto os teores de açúcares solúveis totais e redutores diminuíram, e estabilizaram-se. Os teores de ácido ascórbico mantiveram-se sem diferenças significativas, mas com tendência de aumento. Os frutos mantidos sob refrigeração apresentaram sintomas de injúria pelo frio, que apareceram em 8 dias, após serem levados ao ambiente, e com maior intensidade nos tratados termicamente.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do pequi. Para isso, frutos maduros colhidos de trinta e cinco pequizeiros (Cariocar coriaceum Wittm.) nativos, provenientes da Chapada do Araripe, Estado do Ceará, foram avaliados quanto as suas características químicas e físico-químicas. Na polpa do fruto, foram determinados pH, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis (°Brix), açúcares solúveis totais (AST), relação °Brix/acidez, atividade de água, proteína, carboidratos totais e valor energético total; na polpa e amêndoa, umidade, lipídios, cinzas e minerais (Ca, Mg, P, K, Cu, Fe, Mn, Na e Zn). As plantas apresentaram grande variabilidade para a maioria das características avaliadas. As maiores variabilidades foram observadas para a acidez, açúcares totais e proteína. Em relação aos minerais, a maior variabilidade foi observada para o cobre na polpa e sódio na amêndoa. A menor variabilidade foi detectada para a atividade de água, pH e umidade da polpa, em ordem crescente. Seis plantas destacaram- se por apresentarem percentagem de lipídios (polpa e amêndoa) superiores à média deste estudo. A composição em minerais variou entre as amostras (onze plantas), destacando-se, em termos quantitativos, o potássio na polpa e o fósforo na amêndoa. A amêndoa é mais rica em minerais do que a polpa. A polpa do pequi, face às características de baixa acidez, alto pH e alta atividade de água, apresenta-se propícia ao desenvolvimento de microrganismos patogênicos e à deterioração. Além disso, a presença de nutrientes, temperatura e a disponibilidade de oxigênio são fatores importantes que devem ser considerados durante o processamento e armazenamento por favorecerem a oxidação dos lipídios. Os resultados demonstram a importância nutricional do pequi, principalmente de sua amêndoa, pelo elevado teor de lipídios e minerais.
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No Sul e Sudeste brasileiros, o excesso de chuvas durante o período de maturação afeta negativamente a qualidade dos vinhos tintos. Por outro lado, estas regiões possuem potencial para a elaboração de espumantes, uma vez que, para a elaboração desta bebida, a uva é colhida antes de completar o amadurecimento. No Estado de Minas Gerais, as condições de verão chuvoso estão presentes em todas as regiões de potencial vitícola, e a variação de altitude entre elas pode exercer influência na composição das uvas. Desta forma, este estudo buscou avaliar o potencial de maturação de uvas 'Chardonnay' e 'Pinot Noir' destinadas à elaboração de espumantes em dois locais de Minas Gerais: Cordislândia (873m) e Caldas (1.150m). As plantas foram enxertadas sobre 1.103 Paulsen e conduzidas em espaldeira. Foram avaliados os teores de sólidos solúveis totais, acidez total, ácidos málico e tartárico, e pH do mosto, tamanho e massa das bagas, compostos fenólicos nas cascas e sementes, antocianinas na casca e açúcares solúveis nas bagas, em duas safras consecutivas. As bagas apresentaram maior tamanho e massa quando cultivadas em Caldas. As uvas colhidas em Cordislândia apresentaram maior grau de maturação, sendo observados maior pH, maiores teores de glicose e frutose, e quantidade inferior de acidez e fenólicos totais nas sementes. Os maiores teores de ácido málico presentes nas uvas provenientes de Caldas sugerem que esta região pode ser mais indicada à produção de uvas para elaboração de vinhos espumantes.