325 resultados para parasitas pulmonares
Resumo:
OBJETIVO: Comparar e quantificar os volumes pulmonares irradiados utilizando planejamentos bidimensional (2D) e tridimensional (3D) conformado na radioterapia de tumores de pulmão. MATERIAIS E MÉTODOS: Em 27 pacientes portadores de câncer de pulmão foi feito planejamento 3D e outro correspondente em 2D. As doses prescritas variaram de 45 a 66 Gy. Foram avaliadas as doses no volume alvo planejado (PTV), volume tumoral macroscópico (GTV) e pulmões (volume de pulmão que recebe 20 Gy ou 30 Gy - V20 e V30, respectivamente, e dose média). Os órgãos de risco adjacentes (medula espinhal, esôfago e coração) receberam doses abaixo dos limites de tolerância. RESULTADOS: O GTV variou de 10,5 a 1.290,0 cm³ (média de 189,65 cm³). Nos planejamentos 2D foi utilizado, em média, um total de 59,33 campos, e nos planejamentos 3D, 75,65 campos. Em todas as situações analisadas houve significante (p < 0,05) preservação dos volumes pulmonares com o planejamento 3D, com diminuição de cerca de 15% dos volumes irradiados. O pulmão sem tumor foi mais beneficiado. CONCLUSÃO: A radioterapia 3D permitiu maior preservação dos pulmões, tanto para tumores iniciais quanto avançados. A radioterapia 3D deve ser utilizada nos pacientes com tumores de pulmão, mesmo que volumosos.
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OBJETIVO: Foram analisadas as alterações radiográficas pulmonares em pacientes com paracoccidioidomicose crônica de modo evolutivo, verificando-se as diferenças entre os tratados com um novo agente antifúngico triazólico, o voriconazol, em relação aos que utilizaram a atual droga de escolha para o tratamento, o itraconazol. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se estudo comparativo, randomizado, com avaliação das radiografias do tórax obtidas antes, durante e após o tratamento de 39 pacientes, divididos em dois grupos: um recebendo o voriconazol e o outro, itraconazol. A avaliação das radiografias teve como parâmetro uma adaptação do método já estabelecido para a análise de outra doença pulmonar difusa, o esquema ILO (International Labour Office) de classificação das pneumoconioses, classificando-se as lesões em pequenas ou grandes opacidades. RESULTADOS: Os resultados obtidos coincidiram com as descrições prévias existentes em relação à apresentação das alterações radiográficas pulmonares, e a evolução destas ao longo do tratamento foi semelhante nos dois grupos. As pequenas opacidades regrediram parcialmente, ao passo que as grandes opacidades mostraram tendência à regressão completa. CONCLUSÃO: O uso da adaptação do modelo ILO de classificação das pneumoconioses revelou-se útil para o acompanhamento dos pacientes com paracoccidioidomicose crônica ao longo do tratamento, do ponto de vista radiográfico.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo é apresentar a experiência de um centro oncológico com o procedimento de biópsia por agulha grossa de lesões pulmonares guiadas por tomografia computadorizada. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo de 97 biópsias por agulha grossa de lesões pulmonares guiadas por tomografia computadorizada em um centro oncológico, referência no Brasil (Hospital do Câncer - A.C. Camargo), entre os anos de 1996 e 2004. As informações a respeito de material adequado e diagnóstico específico foram coletadas e analisadas. RESULTADOS: Das 97 biópsias pulmonares, 94 (96,9%) forneceram material suficiente para análise histológica, e destas, 71 (73,2%) corresponderam a lesões malignas e 23 (23,7%) corresponderam a lesões benignas. Em três biópsias o material obtido não foi suficiente para análise. A frequência de diagnóstico específico foi de 83 (85,6%) casos, demonstrando elevadas taxas, tanto nas lesões malignas, com 63 (88,7%) casos, como nas lesões benignas, com 20 (86,7%) casos. Considerando as complicações, ocorreram 12 (12,4%) casos no total, divididos em 7 (7,2%) casos de hematoma, 3 (3,1%) casos de pneumotórax e 2 (2,1%) casos de hemoptise. CONCLUSÃO: A biópsia percutânea com agulha grossa de lesões pulmonares guiada por tomografia computadorizada demonstrou elevadas taxas de material adequado e diagnóstico específico e reduzidas taxas de complicações no presente estudo.
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OBJETIVO: Relatar os aspectos na tomografia computadorizada de alta resolução de diversas doenças que cursam com o padrão tomográfico de "pavimentação em mosaico". MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados sete pacientes, com diagnósticos de proteinose alveolar, carcinoma bronquíolo-alveolar, pneumonia lipídica e pneumocistose, e é discutida a correlação dos aspectos tomográficos com os achados anatomopatológicos. RESULTADOS: Nos casos de pneumocistose, os espaços alveolares estavam cheios de material espumoso, no qual eram encontrados parasitas de permeio a surfactante, fibrina e restos celulares. Nos casos de carcinoma bronquíolo-alveolar, os septos estavam espessados por fibrose ou por linfangite associada, com células tumorais revestindo internamente as paredes alveolares, e produção de muco. No paciente com proteinose alveolar foram observados septos espessados por edema, com enchimento alveolar determinado por material lipoproteico. No paciente com aspiração de óleo mineral, os achados histopatológicos foram de espessamento dos septos alveolares determinado por proliferação celular, observando-se vacúolos de gordura no interior dos septos alveolares. CONCLUSÃO: O padrão de pavimentação em mosaico oferece um amplo diagnóstico diferencial, necessitando ser avaliado em conjunto com os dados clínicos.
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Biópsia percutânea dirigida por tomografia computadorizada tem sido amplamente utilizada como um procedimento efetivo e seguro para obtenção de diagnóstico histológico em muitas situações clínicas e em diversos órgãos. No pulmão, a biópsia percutânea tornou-se uma das principais escolhas para investigação de nódulos e massas. Sua versatilidade permite o acesso de lesões nas diversas localizações do pulmão, podendo ser utilizada para lesões periféricas e profundas mesmo de pequenas dimensões. Discutiremos as indicações, os aspectos técnicos do procedimento e os índices esperados de sucesso e complicação das biópsias percutâneas de nódulos e massas pulmonares.
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OBJETIVOS: O presente estudo teve por objetivo analisar as alterações pulmonares de pacientes portadores de esquistossomose hepatoesplênica, tratados clínica e cirurgicamente, através da cintilografia pulmonar de perfusão e espirometria. MÉTODO: Trinta pacientes jovens portadores de esquistossomose mansônica hepatoesplênica, previamente tratados clínica e cirurgicamente, se submeteram a cintilografia pulmonar de perfusão e avaliação da capacidade respiratória pela espirometria. RESULTADOS: Ao exame cintilográfico, constataram-se alterações em 33,3% dos pacientes e padrão restritivo pulmonar em 30% das espirometrias. CONCLUSÕES: A prevalência do acometimento pulmonar, avaliado pela Medicina Nuclear, se situou abaixo do observado em pacientes não tratados, relatados na literatura. O padrão restritivo pulmonar, entretanto, avaliado pela espirometria, foi elevado e merece atenção especial no seguimento e manuseio desses pacientes.
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OBJETIVO: Descrever um modelo experimental de lesão de isquemia/reperfusão hepática com manifestações sistêmicas, representadas pelo envolvimento pulmonar, que possa ser utilizado por aqueles que pretendem compreender esse fenômeno. MÉTODOS: Ratos Wistar machos (200-250g) foram usados. Quatorze foram alocados em dois grupos, sendo G1 com oito submetidos somente à laparotomia e G2, seis à isquemia e reperfusão hepática. As funções hepática (aminotransferases séricas, respiração mitocondrial, histologia) e pulmonar (teste do azul de Evans) foram analisadas. RESULTADOS: houve diferença estatística significativa entre G1 e G2 ao se comparar valores de AST (24,3 ± 108 e 5406 ± 2263), ALT (88,5 ± 28,5 e 5169 ± 2690), razão de controle respiratório (3,41 ± 0,17 e 1,91 ± 0,55) e relação ADP/O (1,93 ± 0,03 e 1,45 ± 0,27), lesões histológicas (necrose, células inflamatórias, hemorragia, microesteatose) e teste do azul de Evans (194,31 ± 53 e 491,8 ± 141). CONCLUSÃO: O modelo mostrou-se útil para o estudo de lesão de isquemia/reperfusão hepática.
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Foi estudada a epidemiologia das helmintoses pulmonares e gastrintestinais em bezerros mestiços (Zebu x Holandês) mantidos em regime de pastoreio permanente em região de baixada, correspondente ao clima Aw, no Estado do Rio de Janeiro. Os animais tinham entre 6 e 9 meses de idade, e o experimento teve duração de 24 meses. Os animais eram portadores de infecção natural por diversas espécies de helmintos e o trabalho baseou-se na contagem de ovos por grama de fezes e necropsias de pelo menos quatro animais a cada 28 dias. Observou-se a tendência dos animais abrigarem maiores populações de helmintos nas estações de outono e primavera. Os parâmetros bioclimatográficos representados por elipse, obtida por meio da relação precipitação pluviométrica e temperatura média das mínimas, foram eficientes para demonstrar o potencial de parasitose clínica, a qual correspondeu às estações de outono e primavera.
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Os estudos das secreções traqueobrônquicas são amplamente utilizados nas pesquisas de doenças pulmonares nas diversas espécies animais, inclusive no homem. Os objetivos desta pesquisa foram a viabilização da técnica de colheita de lavado traqueobrônquico na espécie ovina e o estudo da relação clínico-citológica do lavado de ovinos portadores de broncopneumonia e sadios. Foram utilizados 33 ovinos, 18 sadios e 15 portadores de enfermidade respiratória com sinais clínicos de envolvimento das vias aéreas, divididos nos respectivos grupos, GS e GD. Após o exame físico foi realizado o lavado traqueobrônquico por via nasotraqueal. A colheita do lavado foi feita com a inoculação e aspiração de solução fisiológica estéril. As amostras foram processadas citologicamente através de citocentrifugação e coradas pelos métodos Wright-Giemsa e Shorr. Tanto a contagem total de células epiteliais quanto o número de hemácias por mililitro foi maior no grupo de animais com broncopneumonia. Nos animais sadios notou-se predomínio de macrófagos, seguido por células epiteliais cilíndricas, neutrófilos e linfócitos. No grupo de animais doentes havia menor número de macrófagos, e predomínio da população de neutrófilos. Por ser de fácil realização, pouco dispendiosa e pela obtenção representativa de material, a técnica estudada mostrou-se eficaz na obtenção de fluidos traqueobrônquicos e, portanto um bom método de colheita de células para uso nas pesquisas de vias aéreas.
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O presente estudo objetivou descrever as lesões pulmonares macro e microscópicas associadas ao parasitismo por Sebekia oxycephala em 100 espécimes de jacarés-açu (Melanosuchusniger), abatidos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, situada no Estado do Amazonas, Brasil. Durante a avaliação macroscópica, exemplares dos parasitos encontrados no tecido pulmonar foram coletados individualmente em AFA (Álcool etílico - Formalina - Ácido acético glacial) e formol a 5% para avaliação parasitológica e classificação taxonômica. Amostras de tecido pulmonar de todos os animais, independentemente da ocorrência de lesões macroscópicas, foram fixadas em formol 10% e incluídas em parafina. Secções histológicas coradas por Hematoxilina-Eosina destas amostras foram avaliadas por meio de microscopia óptica. Macroscopicamente, 4 dos 100 animais (4%) apresentaram espécimes de pentastomídeos no parênquima pulmonar. Os parasitos foram classificados taxonomicamente como pertencentes à espécie Sebekia oxycephala. Nenhuma alteração macroscópicas foi observada, porém, microscopicamente, lesões pulmonares foram encontradas em 37% dos casos, sendo que, lesões inflamatórias associadas ao parasitismo corresponderam a 75,6% dos mesmos (28/37). Nestes, segmentos degenerados e ovos de S. oxycephala encontravam-se envolvidos por cápsula de tecido conjuntivo fibroso e infiltrado inflamatório predominantemente composto por células gigantes do tipo corpo estranho. Três espécimes apresentaram espessamento de septos alveolares e sete exemplares continham infiltrado inflamatório granulocítico multifocal no parênquima pulmonar. As lesões associadas ao parasitismo, de modo geral, apresentaram intensidade discreta e parecem não representar uma causa importante de doença pulmonar entre a população estudada. Esta é a primeira descrição de lesões pulmonares em M. niger associadas ao parasitismo por S. oxycephala na Amazônia brasileira.
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Crianças com aumento do volume de tonsilas palatina e faríngea freqüentemente apresentam anormalidades respiratórias tais como ronco, respiração oral e apnéia do sono. Sabe-se que a obstrução de vias aéreas superiores e conseqüentemente a respiração oral podem resultar em problemas pulmonares. OBJETIVO: Avaliar a pressão inspiratória em crianças com obstrução de vias aéreas superiores devido ao aumento do volume de tonsilas. FORMA DE ESTUDO: clínico com coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Nós avaliamos 37 crianças (4-13 anos, ambos os sexos) com aumento do volume de tonsilas que seriam submetidas à cirurgia de Adenoamigdalectomia na Divisão de Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo no mesmo período. O grupo controle foi composto de 28 crianças sem aumento de volume tonsilar que foram submetidas aos mesmos testes. A pressão Inspiratória foi obtida pelo uso do manovacuômetro. RESULTADOS: Observamos uma menor pressão inspiratória no grupo com aumento do volume de tonsilas. A média do grupo com aumento do volume das tonsilas foi 14,607 cm/H2O e do grupo normal foi de 27,580 cm/H2O (P< 0,001). CONCLUSÃO: O aumento de volume de tonsilas palatina e faríngea foi associado a uma menor pressão inspiratória, resultando em um aumento do esforço respiratório e do trabalho dos músculos envolvidos.
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Doenças congênitas e adquiridas das vias aéreas podem causar dispnéia e estridor em crianças. Nas UTIs tem-se registrado maior sobrevida de prematuros, porém também elevada incidência de complicações relacionadas à intubação. OBJETIVO: Analisar retrospectivamente os achados endoscópicos em crianças com estridor. TIPO DE ESTUDO: Corte transversal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram revisados 55 prontuários de crianças com estridor, submetidas aos exames endoscópicos de janeiro de 1997 a dezembro de 2003. Endoscopias foram: estridor pós-extubação (63,63%) e avaliação de estridor neonatal (21,82%). Observou-se alto índice de doenças associadas, como pulmonares (60%), neurológicas (45,4%) e DRGE (40%). Os principais achados endoscópicos e as indicações de traqueotomia foram: estenose subglótica (27,27%) e processos inflamatórios das vias aéreas (21,82%), principalmente em crianças com menos de cinco anos. Lesões congênitas foram mais freqüentes em crianças com menos de um ano. CONCLUSÕES: O estridor na infância possui múltiplas etiologias, sendo as relacionadas à intubação traqueal as mais freqüentes em hospitais com atendimento de doenças complexas. Pediatras e otorrinolaringologistas devem conhecer as causas de estridor, realizando avaliação clínica detalhada para determinar a gravidade do caso. O exame endoscópico deverá ser minucioso e detalhado.