320 resultados para identificação sorológica
Resumo:
A técnica da peroxidase antiperoxidase foi aplicada para a identificação de amastigotas do T. cruzi em cortes histológicos de rotina. Os tecidos foram obtidos de pacientes chagásicos crônicos e de animais na fase aguda da infecção chagásica. Anti-soros específicos produzidos em coelho contra as cepas CL, Y e Emane do T. cruzi foram utilizados como reagentes primários na técnica imunocitoquímica. Soro de coelho normal foi utilizado como controle negativo e culturas de macrófagos peritoniais de camundongos infectados com tripomastigotas e apresentando abundantes amastigotas intracelulares foram utilizadas como controles positivos. Coloração positiva ocorreu especificamente nos amastigotas intra e extra-celulares em todos os tecidos testados com os anti-soros contra as três diferentes cepas do T. cruzi. Os amastigotas isolados ou formando ninhos intracelulares tornaram-se facilmente identificáveis nas preparações histológicas utilizando-se o pequeno ou médio aumento do microscópio. O presente método aumenta a probabilidade do diagnóstico do parasitismo na doença de Chagas, e evita confundir-se amastigotas com outros microrganismos morfologicamente semelhantes.
Resumo:
Foram estudadas 104 amostras de secreção vaginal de mulheres com suspeita de candidiase segundo observações clinicas, na cidade de Alfenas-MG. Encontrou-se 55,7% de positividade para Candida albicans .prevalecendo maior índice na raça negra (64% de 25 amostras), sendo de 53,1% (79 amostras), a positividade na raça branca. Em 14 gestantes, a pesquisa da levedura mostrou-se positiva na totalidade dos casos. A maioria das amostras positivas (93,1%) procedia de mulheres com idade compreendida entre 20 40 anos. O uso de anticoncepcionais, antibióticos e presença de displasias cervicais mostraram-se como fatores que contribuiram para maior incidência do fungo. Das 58 amostras de C. albicans isoladas, 50 (86,2%) pertenciam ao sorotipo "A", sendo 37 (74%) isoladas de mulheres da raça branca e 13 (26%) da raça negra. Apenas 08 amostras (13,8%) pertenciam ao sorotipo "B", sendo 05 (11,9%) isoladas a partir de mulheres da raça branca e 03 (18,75%) da raça negra.
Resumo:
Um número crescente de casos de angiostrongilíase abdominal tem sido detectado no sul do Brasil. O principal hospedeiro do Angiostrongylus costaricensis na América Central, o rato do algodão (Sigmodon hispidus), não ocorre na América do Sul, exceto no norte do Peru, Colômbia e Venezuela. Foram realizadas capturas na área endêmica do Rio Grande do Sul (RS), visando identificar hospedeiros para obtenção de vermes em laboratório e produção de antígeno. Pela primeira vez no Brasil foi constatada a infecção em roedores: Oryzomys nigripes e Oryzomys ratticeps. O. nigripes é um roedor silvestre de pequeno porte e parece ser o principal hospedeiro definitivo do A. costaricensis na região serrana do RS.
Resumo:
A eficácia sorológica de um esquema de vacinação contra o sarampo empregando duas doses da vacina BIKEN CAM 70, sendo a primeira dose administrada aos 6 meses de idade e a segunda aos 11 meses de idade foi avaliada através de um estudo prospectivo. A amostra de sangue foi colhida entre 6 e 12 meses (média de 8,0 ± 1,7 meses) após a segunda dose da vacina, tendo-se empregado para pesquisa de anticorpos específicos a reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e a técnica imunoenzimática ELISA. Anticorpos para o sarampo na amostra de sangue pós-vacinal foram detectados em 88,5% (85/96) das crianças quando foi empregada a RIFI e em 96,8% (93/96) quando se empregou a técnica imunoenzimática ELISA. Nenhuma das crianças apresentou, durante o período do estudo, quadro clínico compatível com sarampo. Em regiões em que uma proporção significativa de casos ocorrem antes dos 9 meses de idade, o esquema de vacinação de 2 doses, a primeira aos 6 e a segunda aos 11 meses de idade, pode representar alternativa válida para o controle do sarampo.
Resumo:
A presença de Legionella sp como patógeno atuante em nosso país não fora bem documentada, embora a literatura refira a importância deste agente em grande número de países. O presente trabalho teve como objetivo a detecção do microrganismo ou evidenciar sua resposta imunológica em pacientes portadores de pneumopatias infecciosas na cidade de São Paulo. Para tanto foi introduzida metodologia laboratorial específica para o cultivo e identificação do agente e aplicada reação sorológica para verificação de níveis de anticorpos correspondentes. Foram estudados pacientes de 2 centros universitários em São Paulo, correspondentes a 100 do Hospital Universitário U.S.P. com pneumopatias infecciosas em geral e 100 do Hospital das Clínicas F.M.U.S.P. com pneumopatias infecciosas previamente selecionados para afastar outras etíologias bacterianas e dentre estes 30 pertencentes a Unidade de Transplante Renal. O material biológico destinado ao cultivo de Legionella sp foi constituído por: escarro, secreção traqueal, líquido pleural, lavado brônquico ou biópsia de tecido pulmonar. As tentativas de isolamento do agente foram realizadas em meio de BCYE com e sem antibióticos, a identificação das colônias, foram realizadas através de provas de crescimento em placas de BCYE sem cisteína, provas bioquímicas, imunofluorescência direta e soroaglutinação em lâmina. A pesquisa do agente em material biológico foi realizado pelo método de imunofluorescência direta. A pesquisa de anticorpos específicos para Legionella pneumophila sorogrupo 1 foi efetuada pela reação de imunofluorescência indireta. Procedeu-se ainda a estudo sorológico) nos comunicantes de pacientes com legionelose para evidenciar possível transmissão do agente. Em 2 casos obteve-se isolamento em cultura e em 4 casos, somente reação de imunofluorescência direta positiva para L. pneumophila sorogrupo 1, à partir do material biológico, representando um total de 6% entre pacientes da comunidade e hospitalares, comprovando desta forma a existência do agente entre nós. A reação sorológica de imunofluorescência indireta permitiu estabelecer infecção atual ou pregressa por Legionella pneumophila sorogrupo 1, em 16 dos 100 pacientes estudados no Hospital das Clínicas e em apenas 1 dos 100 pertencentes ao Hospital Universitário. Pacientes considerados como grupo de risco do Hospital das Clínicas correspondentes a transplantados renais mostraram evidências sorológicas de legionelose atual ou pregressa em 10 dos 30 estudados, isto é 33%, ficando com 8,5% para pacientes da comunidade, 6 dos 70 estudados, sendo 3 destes debilitados por doença sistêmica severa (4,28%). Nos profissionais de saúde comunicantes dos pacientes com legionelose internados no Hospital das Clínicas, apenas 1 em 28 revelou sorologia compatível com infecção pregressa, confirmando dados da literatura de não ser usual a transmissão de pessoa a pessoa
Resumo:
A reação de coaglutinação estafilocócica foi utilizada como metodologia de identificação rápida de micoplasmas para ser aplicada em laboratórios não especializados. Amostras selvagens de micoplasmas isoladas de humanos, culturas celulares, ratos e camundongos foram identificados através da reação de coaglutinação estafilocócica utilizando-se do Staphylococcus aureus produtor de proteína A (amostra Cowan I) sensibilizado com anticorpo de coelho contra amostra padrão micoplasma. Na identificação, os micoplasmas estavam em suspensão concentrada provenientes de 4,0 ml de cultivo. Quarenta e oito amostras de M.pulmonis, 6 de M. arthritidis, 8 de M.arginini, 3 de M.orale, 15 de A.laidlawii, 8 de M.hominis e 3 de M. pneumoniae foram identificadas pela coaglutinação estafilocócica e confirmadas pela inibição de crescimento. Parâmetros ótimos no preparo do conjugado e da reação de coaglutinação foram estabelecidos; o conjugado coaglutinante manteve-se estável por 90 dias quando adicionado com acetileisteína; a coaglutinação foi visualizada sem auxílio óptico. Os soros foram absorvidos com espécies padrões heterólogas e com o precipitado de caldo estéril.
Resumo:
A infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi foi estudada em nove caprinos jovens. Os animais foram inoculados via intraperitoneal com 10³ tripomastigotas sangüíneos/Kg de peso com as cepas 147 (Grupo 1) e 229 (Grupo 2), isoladas de pacientes chagásicos crônicos de Bambuí, MG. Realizaram-se exames de sangue a fresco, xenodiagnóstico, hemocultura e sorologia (RIFI e ELISA). O período de acompanhamento da infecção variou de 7 a 30 meses. Pôde-se observar uma acentuada diferença no curso da infecção entre os dois grupos. Demonstrou-se pela primeira vez em caprinos experimentalmente inoculados com T. cruzi, o parasita através de exames de sangue a fresco e xenodiagnóstico no período agudo e pela hemocultura e xenodiagnóstico no período crônico da infecção chagásica. Os resultados sugerem que caprinos, em determinadas condições epidemiológicas, podem ser importantes no ciclo de transmissão silvestre e peridoméstico do T. cruzi, especialmente aqueles animais mais jovens.
Resumo:
Os autores descrevem, os resultados obtidos em um programa de avaliação sorológica da vacina oral, tipo Sabin, contra a poliomielite, em uma comunidade semi-rural, próxima a cidade do Rio de Janeiro. Em condições controladas 114 crianças, com idades entre 3 meses a 3 anos (Tabela 1) foram vacinadas, com vacinas trivalentes (500.000, 200.000, e 300.000 TCD50 por dose, dos tipos 1, 2 e 3 respectivamente), usando-se três doses, com intervalos de 8 semanas entre as doses. Amostras de sangue foram coletadas por punção venosa ou discos de papel de filtro, juntamente com a 1.ª e a 3.ª dose de vacina e 9 semanas após esta última dose de vacina. As taxas de conversão alcançaram (diluição de sôro 1/8) 82,7%, 98,5% e 75,4% para os tipos 1, 2 e 3 respectivamente, após três doses de vacina (Tabela 2). A distribuição de idade de indivíduos sem anticorpos após a vacinação (Tabela 3) mostra o grupo etário de 1 a 2 anos como o que apresenta a mais baixa taxa de conversão. Os autores acentuam que as condições de vida da população estudada correspondem àquelas de grandes partes da população brasileira, nas áreas rurais do país; e uma avaliação semelhante da vacina em áreas urbanas, seria desejável. Os autores sugerem ainda o aumento da quantidade de vírus do tipo 1 na vacina como medida provàvelmente eficaz na melhora das taxas de conversão em populações como a estudada. Estudos quantitativos sôbre anticorpos para Enterovírus, presentes na população estudada, estão sendo realizados e serão pròximamente apresentados.
Resumo:
Os autores apresentam estudo sorológico e eletrocardiográfico em 100 indivíduos idosos residentes desde a infância, 95 por cento, ou desde a juventude, 5 por cento, em região endêmica para Doença de Chagas, situados entre a sexta e a décima décadas, pertencendo a maioria, 60 por cento, às sétima e oitava décadas de vida. A reação de Fixação de Complemento segundo a técnica de FULTON e ALMEIDA foi positiva em 31 por cento da amostra. A análise geral dos eletrocardiogramas mostrou alterações em 77 por cento dos casos assim distribuídos: alterações de formação do estímulo em 27 por cento; alterações da condução em 27 por cento; alterações primárias da repolarização ventricular em 36 por cento; alterações sugestivas de fibrose ou necrose em 15 por cento; sobrecarga de cavidades em 31 por cento; baixa voltagem do QRS em 6 por cento e outras alterações em 15 por cento. Comparativamente nos grupos com RFC positiva e negativa foi constatada uma nítida prevalência da alteração da condução do estímulo no primeiro grupo (48,6 por cento e 17,4 por cento, respectivmente). Não houve diferença nítida na incidência dos demais tipos de alterações nos dois grupos. O BCRD, principalmente com SAQRS desviado para a esquerda, foi a alteração da condução do estimulo mais freqüente no grupo com RFC positiva seguido pelo BAV de primeiro grau. A análise dos resultados obtidos é muito sugestiva da presença de cardiopatia chagásica crônica neste grupo etário, fato que ilustraria o caráter de benignidade com que pode evoluir a cardiopatia em pauta. Por outro lado, a prevalência do BCRD sôbre outras alterações também comuns na cardiopatia chagásica crônica como extrassístoles ventricular, bloqueio aurículo ventriculares do segundo e terceiro graus, ilustra o caráter de benignidade desta alteração quando ocorre isoladamente.
Resumo:
Os autores apresentam dados quantitativos sôbre os anticorpos presentes em vacinados com vacina oral trivalente, contra a poliomielite (Tabela 1). Apos a 3.ª dose de vacina verificou-se um aumento do título geométrico médio da população em relação aos títulos obtidos com duas doses de vacina. Infecções naturais devem ter contribuído para formação de anticorpos para poliomielite na população, ao lado da vacina. Anticorpos para enterovírus não-pólio (Coxsackie B e alguns tipos de vírus ECHO) são apresentados na Tabela II e referem-se a amostras de sôro colhidas quando da 1.ª dose de vacina. Os autores chamam a atenção para a incidência de enterovírus na região, embora poucos sejam os dados ainda disponíveis.
Resumo:
São efetuadas pelos autores consideração sôbre caso humano de leptospirose motivada pela Leptospira canicola, tendo o agente etiológico sido isolado através de hemocultura realizada no quinto dia de evolução da doença. Como manifestações fundamentais, ocorreram febre e cefaléia acentuadas, além de mialgia e vômitos repetidos. Foi abrupto o início dos sintomas; evidências de comprometimento meníngeo estiveram ausentes, ao contrário puderam ser coletadas informações tradutoras de presença de agressão renal. No decurso do processo mórbido não houve icterícia. A cura teve lugar de maneira razoavelmente rápida. Basicamente, salientaram os autores que, no Brasil, êsse acometimento correspondeu ao primeiro em relação ao qual pôde ser isolado e devidamente identificado o espiroquetídeo responsável e, mais precisamente, a Leptospira canicola.
Resumo:
196 soros de crianças provenientes de dois educandários da Guanabara foram ensaiados quanto à presença de anticorpos para rubéola. através do teste de inibição de hemaglutinação. Apenas 24 crianças sem anticorpos foram encontradas e destas crianças susceptíveis um grupo foi vacinado com amostra Cendehill liofilizada do Lab. R.I.T. (Genval, Bélgica), sendo o outro grupo deixado como controle. Observou-se 100% de formação de anticorpos para rubéola no grupo vacinado. O alto nivel de anticorpos pré-vacinais encontrado sugere alta circulação do vírus cla rubéola em nosso meio.
Resumo:
Foram feitos o isolamento e a identificação dos agentes etiológicos da cromomicose, através do estudo macroscópico e microscópico das colônias. O fungo Fonsecaea pedrosoi foi isolado do material dos quatro casos estudados.
Resumo:
No mês de julho de 1974, no plano de estudo da endemia chagásica na Zona Sul do Rio Grande do Sul, foram colhidas 360 amostras de sangue e registrado igual número de eletrocardiogramas entre as populações rurais de 10 localidades do Município de Encruzilhada do Sul (R. G. do Sul). Dez amostras não puderam ser utilizadas por material insuficiente, anticomplementaridade etc. Das 350 submetidas à fixação de complemento, 104 reagiram positivamente para a Doença de Chagas (29,71%). Dos 350 eletrocardiogramas analisados, 116 apresentaram alterações de vários tipos (33,14%), sendo que 41 pertencem aos 104 indivíduos com sorologia positiva (39,42%) e 75 aos 246 indivíduos com sorologia negativa (30,46%) A diferença percentual de 8,94% entre os dois grupos não se mostrou estatisticamente significativa, Portanto a positividade sorológica parece não ser fator condicionante de um maior índice de alterações eletrocardiográficas, a exemplo do que acontece em outras zonas endêmicas. O Autor compara os resultados atuais com aqueles obtidos em 1954 por Brant e Cols. no mesmo Município, para concluir que neste intervalo de tempo houve um substancial aumento na prevalência sorológica e nas alterações eletrocardiográficas, sem que contudo se delineasse um maior índice de alterações nos indivíduos com positividade sorológica.
Resumo:
Foram examinadas 379 amostras de sangue colhidas ao acaso entre moradores de 6 localidades do Município de Jaguarão. A reação de Guerreiro-Machado resultou positiva em 10 (2,64%). Analisando a naturalidade dos positivos nenhum deles resultou ser natural do Município de Jaguarão. O pequeno número de positivos não permite estabelecer correlação entre prevalência sorológica e alterações eletrocardiográficas. Estas últimas apresentaram índices de prevalência elevados e isto parece estar relacionado com a presença de valores tensionais alterados em uma alta porcentagem das pessoas examinadas. Conclui-se que a Doença de Chagas não existe em forma endêmica no Município de Jaguarão e que os altos índices de alterações eletrocardiográficas encontrados guardam relação com a prevalência de valores tensionais alterados na população examinada.