88 resultados para cinomose canina
Resumo:
INTRODUÇÃO: A campanha anti-rábica no Brasil é realizada anualmente utilizando a vacina de cérebro de camundongos lactentes Fuenzalida-Palacios. A resposta imune humoral de cães vacinados durante as campanhas foi analisada objetivando avaliar se os cães apresentavam título protetor (0,5 UI/ml), 12 meses após a vacinação, e quantos deles alcançam esse título 30 dias após o reforço vacinal. MATERIAL E MÉTODO: Foram analisadas 341 amostras de soro de cães domiciliados (259 do Município de São Paulo e 82 do Município de Paulínia), através da Técnica de Inibição de Focos de Fluorescência Rápida. A resposta imune foi avaliada considerando o estado nutricional do animal e o número de vacinações anteriores. RESULTADO: A maioria dos cães não tinha título de 0,5 UI/ml após 12 meses, independentemente do estado nutricional, e a resposta humoral ao reforço vacinal mostrou-se melhor em cães com duas ou mais vacinações prévias. DISCUSSÃO: São discutidos o referencial de 0,5 Ul/ml como título protetor para a espécie canina e a influência do estado nutricional e condição de saúde do animal como responsável pela resposta imune humoral.
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Realizou-se inquérito sorológico em cães domiciliados e errantes do Município de São José do Rio Preto, SP, para identificar animais infectados e detectar a possibilidade de transmissão da leishmaniose visceral americana. De novembro de 1998 a junho de 2000, 2.104 amostras de soros foram testadas por meio da reação de imunofluorescência indireta, empregando-se como antígeno formas promastigotas de Leishmania (L.) chagasi. Observaram-se 2.092 amostras não reagentes e 12 reagentes. Dos cães com sorologia positiva foi possível realizar raspados de lesão em três animais. O material fixado em lâminas foi corado por Giemsa e, em apenas um, foram encontradas formas amastigotas características de Leishmania sp. Este resultado indica a necessidade de manutenção da vigilância sorológica canina e entomológica no município de São José do Rio Preto, a fim de detectar, precocemente, qualquer alteração na epidemiologia local.
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OBJETIVO: Estimar a população total de cães e a de gatos com proprietário, visando ao melhor planejamento das ações de controle das doenças que envolvam esses animais. MÉTODOS: O estudo foi realizado no interior do Estado de São Paulo, no período de maio a dezembro de 2002. Foram pesquisados 41 municípios e 100 setores censitários, sorteados por amostragem probabilística, estratificada, por conglomerados em dois estágios. Os estratos foram formados agrupando-se os municípios segundo tamanho da população e condições de vida. Para obter os dados da população canina, foi utilizada a Técnica Pasteur São Paulo, desenvolvida para estimar e classificar os cães segundo graus de dependência e restrição. RESULTADOS: Foram visitados 20.958 domicílios e em 52,6% deles o morador possuía cão. A média de cães por domicílio foi de 1,6. Em relação aos gatos, foram encontrados 4.624 deles, concentrados em 12,6% dos domicílios. Os resultados obtidos apontam para a relação cão/habitante de 1:4,0 e de gato/habitante de 1:16,4. CONCLUSÕES: As razões animal/habitante observadas foram bem mais elevadas do que o esperado. Ao serem incorporadas na avaliação da campanha de vacinação contra raiva canina, evidenciaram padrões mais reais de cobertura, levando à rediscussão das metas de vacinação dos municípios. Foi constatada a existência de associação entre o tamanho do município ou condições de vida da população e o nível de restrição dos cães.
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OBJETIVO: Os cães são importante fonte de infecção da criptosporidiose para o homem. O objetivo do estudo foi avaliar a ocorrência de Cryptosporidium sp. em cães e, adicionalmente, comparar duas técnicas de análise fecal. MÉTODOS: Foram analisadas 450 amostras fecais de cães na cidade de São Paulo entre 2003 e 2004. Os espécimes fecais foram randomicamente selecionados: 200 amostras de cães provenientes de um hospital veterinário universitário público (grupo 1) e 250 amostras de canis particulares (grupo 2). A pesquisa de Cryptosporidium sp. foi realizada empregando-se a coloração de Ziehl-Neelsen modificada e a técnica de PCR. Foi empregado o teste de duas proporções com intervalo de confiança de 0,05 (z crítico=±1,645). RESULTADOS: Foram encontrados somente oocistos de Cryptosporidium parvum. A prevalência observada pela microscopia de luz foi de 8,8% e com a técnica de PCR foi de 9,5%. Os animais jovens apresentaram menor freqüência (5,5%) em relação aos adultos (10,1%) e não se observou diferença estatisticamente significante na prevalência entre machos e fêmeas. CONCLUSÕES: A prevalência de C. parvum na população canina estudada foi semelhante às observadas em outros estudos e acometendo em igual proporção machos e fêmeas. A técnica de PCR permitiu a detecção de um número maior de casos positivos que a microscopia de luz.
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OBJETIVO: Desenvolver método para planejamento e avaliação de campanhas de vacinação contra a raiva animal. MÉTODOS: O desenvolvimento da metodologia baseou-se em sistemas de informação geográfica para estimar a população e a densidade animal (canina e felina) por setores censitários e subprefeituras do município de São Paulo, em 2002. O número de postos de vacinação foi estimado para atingir uma dada cobertura vacinal. Foram utilizadas uma base de dados censitários para a população humana, e estimativas para razões cão:habitante e gato:habitante. RESULTADOS: Os números estimados foram de 1.490.500 cães e 226.954 gatos em São Paulo, uma densidade populacional de 1.138,14 animais domiciliados por km². Foram vacinados, na campanha de 2002, 926.462 animais, garantindo uma cobertura vacinal de 54%. O número total estimado de postos no município para atingir uma cobertura vacinal de 70%, vacinando em média 700 animais por posto foi de 1.729. Estas estimativas foram apresentadas em mapas de densidade animal, segundo setores censitários e subprefeituras. CONCLUSÕES: A metodologia desenvolvida pode ser aplicada de forma sistemática no planejamento e no acompanhamento das campanhas de vacinação contra a raiva, permitindo que sejam identificadas áreas de cobertura vacinal crítica.
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En la República Argentina, la hidatidosis constituye un serio problema que afecta a la salud publica y tiene graves repercusiones socioeconómicas. Las fuertes corrientes urbanisticas han traido consigo el traslado de algunas costumbres rurales hacia los centros poblados. A partir ae ello la hidatidosis en las areas endêmicas ha adquirido importância como zoonosis urbana. Si bien las cifras de infección canina halladas (1.12%) son significativamente inferiores que en las áreas rurales de la misma región, la capacidad potencial de infectar al hombre es muy superior en canes domiciliados en áreas de gran densidad demográfica. Las altas tasas de infección humana halladas son demostrativas de los aspectos señalados.
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A evidência da transmissão extraflorestal da leishmaniose cutâneo-mucosa na região do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiológico prospectivo, visando avaliar a atividade enzoótica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisológica da infecção natural em pequenos mamíferos e população canina foi complementada com o teste de imunofluorescência indireta (IFI) para cães e captura de flebotomíneos em ambiente florestal e peridomiciliar. A positividade para o teste sorológico e exame parasitológico somente foi observada para cães residentes e com taxas de 5,6 e 2,4%, respectivamente. Entre animais silvestres e sinantrópicos capturados, destacam-se os pertencentes a Oryzomys (Oligoryzomys) e Rattus rattus, ambos assinalados em proporções equivalentes (29,3%), em ambiente peridomiciliar. Foram capturados apenas 166 exemplares femininos de Lutzomyia intermedia, fato atribuído à borrifação das habitações humanas e anexos com DDT. No contexto epidemiológico mais amplo, discute-se a fragilidade do ciclo extraflorestal da L. (V.) braziliensis; o papel do cão e de pequenos mamíferos, como fonte de infecção domiciliar, além de analisar o potencial deles na dispersão do parasita na área estudada.
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A intradermorreação de Montenegro, um teste de hipersensibilidade tardia, é um método muito utilizado no diagnóstico auxiliar da leishmaniose tegumentar americana (LTA) humana. Entretanto, são escassos os relatos a respeito das alterações histológicas induzidas experimentalmente peto teste cutâneo, sobretudo no cão. Frente a isso, a nível de campo, foram comparados dois testes cutâneos para diagnóstico da leishmaniose tegumentar canina (LTC), utilizando-se o LeishvacinR e o P10.000G como antígenos. Nos cães que receberam o PIO.OOOG, constatou-se reação inflamatória mais evidente e difusa que nos testados com o LeishvacinR.
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Avaliou-se o teste de aglutinação direta (TAD) no sorodiagnóstico da leishmaniose visceral (LV) humana e de canídeos (cão e raposa Cerdocyon thous), sendo os resultados comparados com aqueles obtidos em imunofluorescência indireta (IFI) e ensaio imunoenzimático (ELISA). Utilizaram-se soros: humanos (303): indivíduos com LV confirmada (16), suspeitos de LV (65), em outras condições (102), controles negativos (15), indivíduos em área endêmica (105): de cães (82): de área endêmica (68), Salvaterra/Marajó/PA. (21 parasitologicamente positivos), e controles negativos (14), de Belém; de raposas (9): espécimes capturados na Ilha do Marajó. Antígenos para o TAD foram preparados a partir de promastigotas de Leishmania (Leishmania) donovani e L. (L.) chagasi. Aqueles utilizados em ELISA e IFI, respectivamente, de promastigotas (antígeno solúvel) e amastigotas deL. (L.) chagasi. Em humanos, a especificidade e sensibilidade do TAD, utilizando-se antígeno deL. (L.) donovani, foram altas (98,4% e 100%, respectivamente) e comparáveis às de IFI (97,5% e 100%). ELISA foi menos específico (84,8%), embora igualmente sensível. Em cães, o TAD foi mais específico com antígeno de L. (L.) donovani do que com aquele preparado a partir de L. (L.) chagasi. Entretanto, ELISA e TAD foram menos sensíveis (ambos 71,4%) que IFI (100%). Essa diferença foi reflelida nos resultados de cães de área endêmica, 87% dos quais foram positivos para IFI, mas somente 54% para ELISA e 49% para o TAD. Resultados similares foram observados com raposas, quando todos os 9 soros foram positivos para IFI, 7 de 9 (78% ) positivos para ELISA, enquanto que o TAD não revelou nenhum resultado positivo. Concluiu-se que o TAD, usando antígeno de L. (L.) donovani é um teste útil para LV humana; sua utilização em ampla escala é indicada, desde que monitorada por um laboratório de referência que garanta qualidade dos antígenos. Contudo, não é a melhor opção em inquéritos sorológicos caninos, já que foi menos específico que ELISA e, especialmente, IFI, na detecção de anticorpos em casos infecção canina.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do Teste de Aglutinação Direta (TAD) como método de detecção da infecção natural canina por Leishmania (Viannia) braziliensis, foi realizado um estudo envolvendo soros de cães residentes em uma área endêmica de leishmaniose tegumentar, Serra de Baturité, CE e soros de cães provenientes da cidade de Curitiba, PR, área não endêmica de leishmaniose. Os resultados obtidos com o TAD neste trabalho indicam a possibilidade do uso deste teste sorológico para levantamentos epidemiólogicos da infecção em reservatórios; neste estudo, o cão doméstico.
Resumo:
Foram estudados oito cães provenientes do Município de Maricá (RJ), com lesões sugestivas de leishmaniose tegumentar americana por métodos parasitológicos e sorológicos. Leishmania spp foi encontrada em seis cães através do cultivo in vitro. Anticorpos específicos foram detectados em seis animais pelo ELISA e em dois pela imunofluorescência indireta. Cinco isolados caninos analisados apresentaram zimodema similar a Leishmania (Viannia) braziliensis. Sugere-se que cães clinicamente suspeitos sejam acompanhados periodicamente, na tentativa de confirmar o diagnóstico da leishmaniose tegumentar canina.
Resumo:
Descreve-se o perfil epidemiológico da leishmaniose visceral entre índios no estado de Roraima, Brasil, baseado na ocorrência de casos humanos observados e nos inquéritos caninos e entomológicos realizados no período de 1989 a 1993. Foram registrados 82 casos humanos de leishmaniose visceral em seis dos oito municípios então existentes no estado; houve predomínio de 69,5% para o sexo masculino entre os casos observados. A maioria (52,4%) dos casos foi entre crianças de zero a dez anos de idade. Registrou-se o índice de 10,3% de infecção canina natural, entre 3.773 cães examinados em 74 localidades pesquisadas. A Lutzomyia longipalpis foi encontrada nas áreas de maior prevalência da doença, em 31 localidades diferentes. Os casos humanos, caninos e vetores estão concentrados em regiões onde predominam serras e lavrados, áreas características de ocorrência da leishmaniose visceral americana. A introdução e intensificação das atividades garimpeiras na região podem ter contribuído para a introdução da doença.
Resumo:
A leptospirose canina é conhecida como enfermidade de Stuttgard desde 1898, sendo os cães, depois dos roedores, considerados como a segunda principal fonte de infecção para o homem. O isolamento de um sorovar patogênico da urina de um cão, laboratorial e clinicamente identificado como tendo leptospirose, e sua utilização para testar amostras de soro de casos de leptospirose humana e canina, evidenciou a sua importância no ecossistema da região sul do Brasil. Os resultados do teste de soroaglutinação microscópica indicaram que 100% das amostras de soro humano de 12 pacientes do banco de soro de 2001 do Centro de Controle de Zoonoses, que haviam reagido com títulos que variaram de 25 a 3.200 para o sorovar canicola, e 72% das amostras de 105 soros caninos do mesmo banco de soro, também reagiram contra o novo isolado. O título médio e mediana dos soros humanos testados com a bateria de antígenos recomendada pela OMS, foi respectivamente 630 e 100, ao passo que os testados com o isolado foi de 1.823 e 400. Nos soros caninos, os títulos foram respectivamente de 347 e 100 para a bateria e de 1.088 e 200 para o isolado.
Resumo:
O laboratório do Pólo da Alta Sorocabana, Presidente Prudente, SP e Instituto Biológico de São Paulo, SP, realizaram avaliação do diagnóstico laboratorial da raiva no período de 1996 a 2003 na região oeste do Estado de São Paulo. Para tal, se fez uso dos testes de imunofluorescência direta e prova biológica (inoculação em camundongos) em 4.950 amostras encaminhadas para análise envolvendo as espécies canina, felina, bovina, quiróptera (morcego) e outras (eqüina, caprina, suína e roedores). Detectou-se a presença de 74 amostras positivas, sendo que destas, 58 (78,4%) foram referentes a quirópteros não hematófagos e 16 (21,6%) para bovinos. O presente estudo epidemiológico constatou que, apesar do alto índice de positividade nos quirópteros, não houve um surto de raiva nestas espécies na região de Presidente Prudente no período estudado, porque o aumento no índice de positividade foi decorrente do significativo aumento de amostras de quirópteros encaminhadas ao laboratório para pesquisa do vírus rábico.
Resumo:
Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia almerioi, espécies integrantes da fauna flebotomínea da Serra da Bodoquena, no Estado de Mato Grosso do Sul, têm sido objeto de estudo devido às suas elevadas abundâncias no Assentamento Guaicurus, foco de leishmaniose tegumentar humana e visceral canina. Em pesquisas que vem sendo realizadas neste acampamento para a identificação de vetores destas parasitoses, foram capturados no período de 2002 a 2004, com armadilhas automáticas luminosas, instaladas em ambiente peridoméstico (galinheiro), 83 exemplares ingurgitados de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia almerioi. O presente estudo teve como objetivo a investigação do hábito alimentar para ave das fêmeas de ambas as espécies de flebotomíneos, mediante o emprego da técnica imunoenzimática de captura,comparando-se a reatividade durante os anos de 2002 a 2004. Dentre 57 amostras de Lutzomyia longipalpis e 26 de Lutzomyia almerioi, foram encontradas 72% reagentes para ave em Lutzomyia longipalpis e 96% em Lutzomyia almerioi, o que justifica o estudo do hábito alimentar na região, como medida de prevenção e instituição de vigilância epidemiológica.