71 resultados para Sociedade Nacional de Belas-Artes
Resumo:
A riqueza de espécies e os fatores determinantes da ocorrência da vegetação de cerrado há muito têm despertado o interesse de pesquisadores. Muitos cerrados protegidos em unidades de conservação ainda não foram investigados florística e estruturalmente. Neste trabalho foi realizado um levantamento florístico e fitossociológico no Parque Nacional da Serra do Cipó (19º22'01''S e 43º37'10''W). Foram instaladas 12 parcelas de 150 m² e foram amostrados todos os indíviduos lenhosos com circunferência do caule à altura do solo maior ou igual a 10 cm. Foram relacionadas 44 espécies de 37 gêneros e 30 famílias. Entre estas, Leguminosae Caesalpinioideae, Leguminosae Mimosoideae e Guttiferae, com três espécies cada, foram as mais ricas. As espécies mais importantes (VI) foram Hymenaea stigonocarpa, Allagoptera campestris, Diospyros hispida, Rapanea guianensis e Piptocarpha rotundifolia.
Resumo:
O presente trabalho foi realizado na FLONA de Paraopeba, MG, e teve como objetivo o levantamento florístico das fanerófitas, ao longo de um gradiente de cerradão e cerrado sensu stricto, em uma área de 2.600 m². Foram encontradas 91 espécies, pertencentes a 71 gêneros de 41 famílias. As famílias mais representativas foram Leguminosae, Myrtaceae, Malpighiaceae, Vochysiaceae, Rubiaceae e Melastomataceae. Os gêneros Miconia, Myrcia, Erythroxylum e Qualea foram os mais ricos. Magonia pubescens destacou-se em número de indivíduos. A similaridade florística mostrou a separação das parcelas em dois grupos, em que o primeiro apresentou um nível de similaridade de cerca de 45%, e o segundo foi dividido em dois grandes subgrupos, sendo que o primeiro mostrou nível de similaridade de cerca de 38%, enquanto as demais parcelas não formaram grupos definidos. A ordenação das espécies pela análise de correspondência canônica sugeriu que Magonia pubescens, Bauhina holophylla e Terminalia brasiliensis tenderam a ser mais abundantes nas áreas com valores mais altos de pH, Ca, Mg e H+Al. A variação não explicada das demais espécies pode estar associada a outras variáveis não analisadas, além de um complexo conjunto de fatores que estão envolvidos na determinação da composição da vegetação.
Resumo:
O trabalho teve como objetivo analisar o uso público das trilhas ecoturísticas da Floresta Nacional de Ipanema. Para tanto, foram entrevistados 112 visitantes, quando se levantaram o perfil sociocultural e também suas expectativas quanto às trilhas visitadas. Também, foram verificadas as alterações ambientais nas trilhas causadas pelas visitas, bem como, a atuação dos monitores ambientais. Foi analisado o plano de manejo da unidade, no que se refere ao uso público. Os resultados apontaram que os visitantes são, em sua maioria, jovens com bom nível cultural e econômico, provindos da região do entorno de espaço protegido, com expectativas de contato com a natureza e preocupações com à manutenção da qualidade ambiental local. Os monitores cumpriam bem suas funções. Verificou-se que as trilhas estavam em bom estado de conservação. O plano de manejo deixa muito a desejar no que se trata do uso público. Conclui-se que, com um melhor planejamento, a Flona de Ipanema poderia prestar melhores serviços ambientais e de ócio à sociedade regional.
Resumo:
Este estudo teve como objetivos elaborar um mapa de uso da terra com base nas imagens do satélite IKONOS II, delimitar de maneira automática as áreas de preservação permanente e identificar a ocorrência de conflitos de usos, tendo como referência legal o Código florestal e a Resolução n.º 303 do CONAMA. A pesquisa foi desenvolvida na entorno do Parque Nacional do Caparaó, pertencente aos municípios de Alto Jequitibá, Alto Caparaó, Caparaó e Espera Feliz, todos situados no estado de Minas Gerais. Utilizando os recursos disponíveis no geoprocessamento, foi possível mapear 8 classes de uso da terra e delimitar as áreas de preservação permanente situadas em áreas com altitudes superior a 1.800 metros (8,42 ha), no terço superior dos morros (18,67 ha); encostas com declividade superior a 45 graus (92,96 ha); nascentes e suas respectivas áreas de contribuição (1.989,44 ha); margens dos cursos d´água com largura inferior a 10 metros (3.957,19 ha); e no terço superior das sub-bacias (6.031,54 ha), perfazendo um total de 12.098,22 ha (48,06%) da área total da bacia. A área de uso indevido correspondeu a 8.922,91 ha (73,75%), sendo as classes cafezal (5.183,43 ha) e pastagem (3.650,74 ha) as principais ocorrências nessas áreas. Apenas 2.160,69 ha (18,40%) das áreas de preservação permanente estão protegidas por vegetação nativa.
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Diante do mercado aberto para a produção de madeiras tropicais, o complexo ferruginoso Nectandra (CFN), formado pelo grupo de espécies Nectandra lanceolata, N. oppositifolia e N. rigida (canelas-ferrugem), possui aspectos promissores, pois apresenta madeira de alto valor mercadológico e com potencial silvicultural. Esse grupo de espécies é de difícil distinção em campo, justificando-se o manejo do complexo em conjunto. Essas são as primeiras espécies madeireiras a se tornarem abundantes em florestas secundárias na Região Sul do país, favorecidas pela abertura de pequenas clareiras. Realizaram-se estudos demográficos desse grupo, na FLONA de Ibirama, SC, objetivando alicerçar o manejo sustentável de madeira para serraria. Numa Floresta Ombrófila Densa de 38 ha, foram inventariados todos os indivíduos do CFN presentes em 14 parcelas aleatórias de 40 x 40 m. Caracterizou-se a distribuição espacial das árvores, bem como a produção de madeira. A população apresentou distribuição espacial aleatória, sendo 58% de toras de boa qualidade. Ocorreram 43 indivíduos/ha na regeneração, o que caracteriza a formação de banco de plântulas. Foi possível explorar 11 árvores/ha (com DAP > 16 cm), o que representaria 3,5 m³ de madeira/ha. Um ciclo de corte de 20 anos renderia quase 7 m³ de madeira de alta qualidade ao ano. Dez por cento das árvores adultas apresentaram três rebrotas/indivíduo, estabelecendo o potencial de segunda rotação. As árvores classificadas como toras de "baixa qualidade" (32% do total) e com DAP > 40 cm podem ser deixadas como porta-sementes. Recomendam-se estudos mais detalhados de demografias espacial e temporal, autoecologia e análise econômica para alicerçar o manejo sustentável.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a inserção da certificação florestal no mercado moveleiro nacional. Para a realização deste estudo, utilizaram-se dados do Conselho de Manejo Florestal (FSC Brasil) e dados obtidos por meio de questionários aplicados às empresas moveleiras que possuíam produtos certificados. A certificação mostrou-se presente nas empresas do Estado de São Paulo e da Região Sul, principalmente entre aquelas ligadas à exportação. As empresas da indústria moveleira voltadas para o mercado interno não demonstraram maior interesse na certificação florestal em função da baixa exigência dos clientes.
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Este estudo teve por objetivos construir e analisar cenários de paisagem, baseando-se no arcabouço teórico da ecologia de paisagem e utilizando como ferramenta um sistema de informação geográfica. A bacia hidrográfica do rio Mambucaba, importante reduto de Floresta Ombrófila Densa, domínio Atlântico, foi o estudo de caso. A metodologia baseou-se na construção de um cenário hipotético, supondo-se completa ausência de interferência humana, e em um cenário recente, que foram comparados entre si por meio da sobreposição dos respectivos mapas e informações temáticas. As combinações permitiram evidenciar grande variabilidade de ambientes resultante de fatores biofísicos e do uso e ocupação do solo. Foram obtidas 84 unidades territoriais no cenário livre de pressões humanas, evidenciando-se grande complexidade ambiental natural. No cenário com interferências do homem, a paisagem apresentou 111 tipos de unidades territoriais. As vias de acesso foram apontadas como fontes da origem e da distribuição de impactos negativos por toda a paisagem Mambucaba. Foram feitas recomendações de manejo, visando à recuperação e conservação da área.
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A falta de estudos básicos necessários para o plano de manejo vem retardando a implementação efetiva de diversas Unidades de Conservação na região amazônica. Neste trabalho, interpretações de imagens orbitais e semiorbitais aliadas a trabalhos de campo foram utilizadas para a caracterização geoambiental da Floresta Nacional (FLONA) do Purus. Através da geração de mapas temáticos, criou-se uma base digital georreferenciada que constitui a primeira plataforma para o SIG da FLONA. Foram identificados quatro geoambientes principais: Platôs Dissecados com Mata sobre Latossolos e Argissolos; Encostas e Rampas com Mata sobre Argissolos; Planícies Aluviais Eutróficas com Neossolos Flúvicos e Gleissolos; e Planícies Aluviais Distróficas com Gleissolos. Os aluviões holocênicos na área sob influência do rio Purus são ricos em nutrientes (eutróficos), com influência de sedimentos subandinos. Em contraste, a maior parte da FLONA possui solos extremamente ácidos e pobres em nutrientes (distróficos), formados a partir do intemperismo de sedimentos da Formação Solimões. O manejo dessas áreas deve visar ao incremento do aporte de biomassa na superfície dos solos, aumentando a eficiência da ciclagem de nutrientes pela vegetação, já que a reserva química natural é extremamente baixa.
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El objetivo de este trabajo es la selección de un modelo para estimación de carbono en Tipo Forestal Roble-Raulí y Coigüe. La recolección de datos se realizo en la Reserva Nacional Malleco. Cada sitio fue representado por un grupo de 5 parcelas (cuadradas, de lado 35m, superficie 1225m2), ubicadas en un transecto según la pendiente más fuerte. Fueron estimados los volúmenes de madera con y sin corteza de la totalidad de los individuos por medio de funciones para cada especie del tipo forestal en estudio. La cantidad de carbono almacenado a nivel de fuste de las parcelas fue estimada aplicando la función universal de carbono. En cada parcela se contabilizaron los árboles por clase diamétrico de DAP, siendo definidas las clases a partir del DAP mínimo de 3 cm y con una amplitud de 5 cm. Fueron ajustados los modelos de Spurr, Meyer, Stoate, Naslund y Schumacher-Hall. El modelo Schumacher-Hall presento el mejor ajuste de acuerdo a los indicadores estadísticos considerados, además de una mejor distribución de residuales.
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O presente trabalho foi conduzido na Floresta Nacional de Ipanema, unidade de conservação de uso sustentável localizada no município de Iperó-SP, com o objetivo de quantificar e comparar as frações de precipitação efetiva e interceptação da chuva em três povoamentos florestais distintos, sendo eles: Eucalyptus cloeziana, Pinus caribea var. hondurensis e Floresta Estacional Semidecidual. Para tanto, realizou-se o monitoramento das variáveis precipitação interna, escoamento pelo tronco, interceptação e precipitação em aberto em cada formação florestal, ao longo do período de novembro de 2009 à maio de 2010. O estudo revelou a precipitação efetiva de 86,2%, 85,0% e 77,2%; interceptação de 13,8%, 15,0% e 22,8% em relação à precipitação em aberto em Eucalyptus cloeziana, Pinus caribea var. hondurensis e Floresta Estacional Semidecidual, respectivamente. A influência dos povoamentos na distribuição da chuva apresentou diferença significativa somente para o processo de interceptação entre Floresta Estacional Semidecidual e os demais.
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RESUMO Objetivou-se aplicar e avaliar métodos para estimar múltiplos volumes em uma Área de Manejo Comunitário, localizada na Floresta Nacional do Tapajós. Foram cubadas, rigorosamente, 516 árvores-amostra de 21 espécies comerciais, todas com 50 cm > dap < 160 cm. Utilizaram-se o modelo único para múltiplos volumes (análise de regressão) proposto por Leite et al. (1995) e redes neurais artificiais (RNA) para a estimativa do volume de fuste e galhos. Após os resultados preliminares usando o método de regressão, optou-se por separar os dados em três estratos, considerando a relação volume de galhos em razão do volume de fuste comercial. As equações geradas por estratos apresentaram melhoria nos ajustes, mas os resultados obtidos pela RNA foram melhores que os pelas equações de regressão.
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The stable carbon isotopic composition of 165 grass species was determined with the objective of verifying their photosynthetic pathway (C3 and C4). The samples, taken from the INPA herbarium, were mainly collected in the North of Brazil. Approximately 60% of the species proved to be of the C4 type, with d 13C values ranging from -13.6 to -9.5, while the remainder 40% belonged to the C3 type, with values ranging from -34.7 to -23.4. This relatively high proportion of C3 species is probably due to the high relative humidity of the sites where the species were collected.
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O propósito do presente trabalho foi descrever a composição florística e a estrutura da comunidade arbórea da floresta de vale da queda d'água Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil. A análise florística e fitossociológica procurou avaliar, respectivamente: (a) a influência das principais províncias fitogeográficas brasileiras na composicão florística desta floresta de vale e (b) o papel das espécies mais importantes da comunidade arbórea em termos de sua abundância, grupo ecológico e porte dos indivíduos adultos. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com circunferência do caule à altura do peito (CAP) ³ 15 cm contidos em 36 parcelas de 30 x10 m. Foram registradas 172 espécies arbóreas pertencentes a 133 genêros e 61 famílias. O perfil florístico apresentou fortes laços tanto com a flora Amazônica como com a Atlântica (sensu lato), evidenciando o caráter transicional desta comunidade arbórea. As principais espécies arbóreas, em termos de valor de importância, se repetem entre as mais abundantes em outros levantamentos realizados na região.
Resumo:
O Parque Nacional da Serra da Canastra localiza-se nos municípios de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, sudoeste de Minas Gerais (20°00'-20°30' S e 46°15'-47°00' W), abrangendo uma área de 71.525 ha e com altitudes variando entre 800 e 1200 m, atingindo um máximo de 1496 m. Os tipos de vegetação são as florestas mesófilas de encosta, capões, cerradão, cerrado, campo cerrado, campo limpo e campo rupestre. As coletas foram realizadas ao longo da estrada principal que atravessa o Parque, bem como nas estradas abandonadas, de fevereiro de 1994 a dezembro de 1995, em intervalos de dois meses, totalizando 12 viagens. O levantamento florístico apresenta 101 famílias, das quais 73 foram identificadas, totalizando 768 espécies. Com base na distribuição de 45 espécies endêmicas, incluindo várias espécies novas, pertencentes a 11 famílias, foram delimitadas e descritas 17 áreas de endemismo, as quais são propostas como zonas de preservação permanente.
Resumo:
Estudamos as bromeliáceas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ, nas cinco diferentes zonas de vegetação: psamófila halófila reptante (PHR), fechada pós-praia (FPP), arbustiva aberta de Clusia (AAC), arbustiva aberta de ericácea (AAE) e mata periodicamente inundada (MPI). Analisamos abundância, densidade, biomassa, riqueza, diversidade, equitabilidade e similaridade de espécies entre as zonas. Estimamos a quantidade de água reservada no interior das bromélias por zona de restinga e por espécie de bromélia. Em 98 parcelas de 100 m² (10 X 10 m) cada, registramos as espécies de bromélias, a abundância de cada espécie e a zona amostrada. A quantidade de água armazenada e a biomassa das bromélias foram estimadas medindo-se o volume de água reservada no vaso e pesando 10 indivíduos por espécie. Encontramos 10 espécies na restinga de Jurubatiba, com densidade total estimada de 10386 ind.ha-1. Na zona PHR, não ocorreu nenhuma espécie de bromélia. Na FPP, ocorreu a maior biomassa total (7721,2 kg.ha-1), sendo Bromelia antiacantha a mais abundante e com maior biomassa (1366,5 kg.ha-1). Na AAE, ocorreu a maior densidade total (15725 ind.ha-1), diversidade (H = 2,358), equitabilidade (0,786) e quantidade de água reservada no interior de bromélias (3294,8 L.ha-1). Na MPI, Aechmea bromeliifolia foi a mais abundante, sendo exclusiva desta zona. A maior similaridade ocorreu entre AAC e AAE (88,9%). Concluímos que a estrutura e a composição de Bromeliaceae da restinga de Jurubatiba variam fortemente entre as zonas estudadas, com cada zona possuindo um conjunto particular de espécies com diferentes distribuições de abundância.