87 resultados para Relatório anual 1946
Resumo:
As observações que fizemos nos mostraram que: Guaiamú (Cardisoma guanhumi) As tocas tem água quase doce; entre 2 partes de água do mar para 998 de água doce e 20 partes de água do mar para 980 de água doce. Agua de composição pouco variavel, a pequena concentração de sais cae mais por ocasião das chuvas. Toca sempre fresca, no verão atinge 23º C. Sem grandes variações. Toda escavada em terra arenosa. Não é invadida pelas aguas da maré. A toca é proxima a manguesais possue enxames de mosquitos. As larvas de insetos crescem bem nesta água. Toca com cheiro das valas de água doce. Frepentemente o guaiamú sáe de seu buraco e vae para longe do manguesal. Ucá (Ucides cordatus) As tocas apresentam água salobra, de regime polihalino, com salinidade média anual variando entre 30 e 25 por mil. os uças na natureza não toleram a água de clorinidade 5, saem das tocas e passeiam pelo brejo procurando um local mais salgado (vimos isto em 4 set. 1939 e 6 abr. 1944). A toca do uça apresenta duas variações de salinidade em cada 24 horas, é levada duas vezes por dia pelas águas da preamar. os estuários as variações de salinidade são mais bruscas que nas ilhas, mesmo pouco afastadas das fozes de rios como a Ilha do Pinheiro. Toca muitas vêzes expostas ao sol, é quente de dia e fria de noite. No verão encontramos 44.5°C. A toca é escavada na argila preta macia, molhada pelas aguas da maré enchente. Toca dentro do manguesal, sem nenhuma larva de inseto. Toca em geral de cheiro particular, parecendo ao da marezia misturada com gazes sulfídricos e metânicos. Via de regra o uça se afasta pouco de seu buraco.
Resumo:
Examination of 267.107 liver specimens obtained in Brazil by viscerotomy during from 1937 to 1946 inclusive revealed 5,953 Schistosoma mansoni infe¬ctions. This represents 2.23% ± 0.019 of the total number of livers studied. Data on the incidence of the disease is tabulated by states and municipios. Infected livers were found in all of the states and territories except the Territory of Amapá. Schistosomiasis is widespread in Brazil with highest incidence in the states of the Northeast. The disease is quite common in Espírito Santo and Minas Gerais as well. A study of the age distribution of cases of intestinal schistosomiasis observed among liver specimens obtained in the year 1938 showed a low inci¬dence on young children with a peak of prevalence in the 10 to 19 year age group. The purpose of this contribution is to call attention of the health autho¬rities to the extent and gravity of the problem of intestinal schistosomiasis in Brazil.
Resumo:
Sempre passou despercebido o fato dos Kerteszia serem anofelinos de desenvolvimento lento. Mesmo os pesquisadores que mantiveram criações dêsses mosquitos sempre consideraram que, a demora observada no desenvolvimento das larvas, era devida à imperfeição da técnica adotada. Em uma análise de dados mensais de pesquisas larvárias e de capturas de alados, foi observado que: 1 - A mortalidade, no período que vai da postura atè a 1.ª ecdise, é da ordem de 90%, e durante o 1.º estádio não deve ser inferior a 75%. 2 - Pelo menos durante três meses a porcentagem dos criadouros que albergam larvas de 1.º estádio, mantém-se abaixo de 35%, fato que só pode ser observado entre insetos de desenvolvimento lento. 3 - A proporção de criadouros com larvas de 1.º e 2.ª estádios apresentou seu valor máximo no outono, enquanto que, aquêles habitados por formas jovens da 3.ª e 4.ª idade, predominaram no inverno. 4 - Na única mata onde a periodicidade dos criadouros que continham pupas foi estatìsticamente significativa, a maior porcentagem foi encontrada na primavera. 5 - O fato dos criadouros habitados por larvas do 1.º estádio serem mais abundantes no outono, época em que já é diminuta a atividade dos alados, e os que albergam larvas de 4.º estádio apresentarem seu máximo no inverno, parece mostrar que as posturas do fim do verão não completam o seu desenvolvimento em menos de quatro meses. Para as outras épocas do ano, os dados não permitem que se forme nenhum juízo. 6 - O encontro de pupas durante todos os meses do ano, mostra que a eclosão de adultos é ininterrupta. 7 - Os dois aumentos bruscos da densidade anofélica observados, geralmente, em setembro e em janeiro, parecem mostrar que: a) os kertezias eclodidos no inverno e os sobreviventes da estação anterior, passam o período frio com a sua atividade reduzida e só começam a sugar, àvidamente, com a chegada das primeiras ondas de calor da primavera. b) As posturas feitas de setembro em diante, só vão produzir alados no fim de dezembro, isto é, quse quatro meses depois. 8) Depois de examinar os diversos fatôres que retardam o desenvolvimento dos mosquitos, concluiu que, a lentidão do crescimento das larvas dos kerteszias é uma resultante de sua evolução num ambiente permanentemente estabilizado, como é a água das bromeliáceas e, portanto, onde a deficiência de alimentosé crônica. 9 - O fato de tôdas as espécies do subgênero Kerteszia serem anofelinos de pequeno porte, parece ser um argumento favorável à conclusão anterior. Os dados em que se baseou o presente trabalho foram tirados de notas de campo, gentilmente cedidos pelo Dr. Henrique P. Veloso.
Resumo:
Em continuação aos estudos dos trematódeos monogenéticos da Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz, descrevemos no presente trabalho uma espécie do gênero Loimos MacCallum, 1917, Loimolinae Price, 1936, loimoidae Bychowsky, 1957 que consideramos nova para a ciência, e assinalamos nova ocorrência de Tagia ecuadori (Meserve, 1938) Sproston, 1946, Tagiinae Yamaguti, 1963, Diclidophoridae Najibina & Obonikova, 1971, no Atlântico Sul. Loimos scitulus sp. n. diferencia-se das outras espécies do gênero pelos seguintes caracteres: forma e estrututra do proaptor, oótipo grande, número de testículos, posição do poro genital, filamento do ovo e forma de opistaptor. Dentre as diferenças dadas Loimos scitulus sp. n. aproxima-se de L. salpinggoides pela estrutura do proaptor, de L. secundus pela posição do poro genital; de L. winteri pelo opistaptor. Quanto aos exemplares de Tagia ecuadori por nós estudados, apesar de ter sido evidenciada uma vagina, identificamos a esta espécie, por apresentar estruturas e medidas que se enquadram nas variações dadas pelos estudiosos do grupo.
Resumo:
Ascarophis brasiliensis recovered from the stomach of Trachinotus carolinus (L. 1766), is proposed as a new species and Procamallanus (Spirocamallanus) pereirai Annereaux, 1946 is redescribed from a new host: Paralonchurus brasiliensis (Steind., 1875). A. brasiliensis is more closely related to A. crassicolis Dollfus & Campana-Rouget, 1956, from which it differs mainly by the absence of cervical cuticular expansion and size of the eggs. The new species is also compared to A. cooperi johnston & Mawson, 1945 and A. girellae (Yamaguti, 1935) Campana-rouget, 1955. The validity of the proposed species is discussed.
Resumo:
Larval stages and adults of Procamallanus (Spirocamallanus) pereirai Annereaux, 1946 are described from naturally infected Paralonchurus brasiliensis (Steindachner) (Sciaenidae) from the coast of the State of Rio de Janeiro, Brazil. The translucent first-stage larvae have a denticulate process at the anterior end, no buccal capsule or esophagus undifferentiated into anterior muscular and posterior glandular parts and an elongate tail; third-stage larvae have a tail with three terminal projections, a buccal capsule divided into an anterior portion with 12-20 ridges running to the left and a posterior smooth portion, and an esophagus with muscular and glandular regions. Fourth-stage larvae exhibit a buccal capsule lacking a distinct basal ring with ridges running to the right and a tail with two terminal processes, as in adults. New host records are reported and their role in its life-cycle are discussed.
Concepções de enfermeiros de um hospital universitário público sobre o relatório gerencial de custos
Resumo:
O presente trabalho trata de estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, sobre a construção teórica no campo da fenomenologia que objetivou compreender as concepções de enfermeiros de um hospital universitário público sobre o relatório gerencial de custos. A coleta de dados deu-se no período de agosto de 2009 a março de 2010, com 59 enfermeiros, sendo composta por três questões norteadoras: Qual o significado do gerenciamento de custos? Como você utiliza o relatório gerencial de custo? Qual a contribuição dos relatórios gerenciais de custos? Como resultado, obteve-se que os enfermeiros não utilizam tal relatório em sua prática profissional, pois mantêm o foco do trabalho voltado às questões assistenciais, e justificaram que não possuem formação acadêmica em relação ao gerenciamento de custos, faltando-lhes a compreensão do relatório. Contudo, apesar de pouco explorado, esse relatório contribui para os enfermeiros que ocupam cargos de direção, no controle dos gastos e no gerenciamento de custos.
Resumo:
O mapeamento da erosividade da chuva e da precipitação pluvial consiste de um instrumento prático e indispensável para o planejamento do uso do solo em escalas regionalizadas, como países, Estados ou grandes bacias hidrográficas. Nesse contexto, objetivou-se neste estudo analisar a continuidade espacial do potencial erosivo da chuva e da precipitação pluviométrica, nas escalas de tempo mensal e anual, e posterior mapeamento destas, para o Estado do Espírito Santo, visando fornecer informações básicas ao planejamento de uso e manejo sustentável do solo. Para isso, 129 estações pluviométricas foram empregadas no estudo; a erosividade da chuva foi calculada tendo-se como base equações de Fournier ajustadas para os Estados vizinhos, porém com características climáticas semelhantes. Observou-se forte estrutura de dependência espacial das variáveis regionalizadas, especialmente da erosividade da chuva, com predomínio do modelo de semivariograma exponencial. Quanto à precipitação pluvial, os valores do grau de dependência espacial foram inferiores aos obtidos para a erosividade; contudo, foi possível classificar a estrutura de dependência como moderada a forte. A região do Rio Doce foi classificada como de "alto" a "muito alto" potencial erosivo, cuja erosividade média anual variou de 7.000 a 11.460 MJ mm ha-1 h-1 ano-1. Nessa região, os solos, além de ocorrerem em relevo dissecado e serem pobres em nutrientes, apresentam déficit hídrico pronunciado, dificultando o estabelecimento da vegetação, e são aqueles de maior vulnerabilidade natural à erosão hídrica.
Resumo:
Descreve os objetivos e o programa do Seminário sobre Avaliação da Produção Científica, realizado em São Paulo pelo Projeto SciELO, de 4 a 6 de março de 1998. Inclui os temas e a abrangência dos trabalhos apresentados e as conclusões do evento.
Resumo:
O trabalho foi conduzido no Pantanal, em fitofisionomia de campo a savana, regionalmente denominada de caronal, pela dominância de Elyonurus muticus. Os objetivos foram avaliar o efeito da queima anual de caronal sobre a biomassa aérea acumulada, produção primária líquida da parte aérea (PPLA) do estrato herbáceo e cobertura do solo. Foram coletados dados mensais de biomassa aérea acumulada durante dois anos, em uma área com queima em set./95 e ago./96, e outra sem queima. A PPLA foi estimada através das diferenças de biomassa aérea viva coletada mensalmente. A queima reduziu a biomassa aérea acumulada em aproximadamente 36% no primeiro ano e 50% no segundo. Houve uma tendência de redução de biomassa acumulada com a repetição da queima. A PPLA do estrato herbáceo nas áreas sem queima e com queima foi 3.850 kg/ha e 4.980 kg/ha no primeiro ano, e 5.090 kg/ha e 2.880 kg/ha no segundo, respectivamente. A cobertura do solo 30 dias após a queima foi de aproximadamente 30%, e somente quatro a seis meses depois foi restabelecido o porcentual da área sem queima