62 resultados para Poesia alemã
Resumo:
A primeira peça de Vladimir Maiakóvski, Vladimir Maiakóviski: uma tragédia, de 1913, é composta sob o signo da abstração. A metáfora das personagens, a poesia metonímica e o deslocamento do foco de ação do sujeito para o objeto contribuem para a construção de imagens cênicas abstratas da alienação. O principal procedimento poético do autor é o alegórico.
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O presente texto, que serve de apresentação à série de cartas traduzidas pela A. e publicadas a seguir junto ao original alemão (Karl Kraus), esboça em rápidos traços a personalidade de Rosa Luxemburg, tendo como pano de fundo a cultura do seu tempo. Procura-se sugerir que se Rosa é uma personagem tão rica e interessante, isso deve-se ao amálgama, existente na sua formação, entre a Bildungsbürgertum e a atmosfera revolucionária proveniente da Rússia.
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Poucos autores modernos deram tanta força de expressão à "afinidade eletiva" entre o romantismo e o feminismo quanto o fez Christa Wolf. Quando nos referimos a ela como escritora romântica, não só levamos em consideração seu interesse explícito pelas escritoras românticas do início do século XIX, como Caroline von Günderrode e Bettina von Arnim, mas também, e acima de tudo, sua própria visão de mundo romântica, e a relação desta com o marxismo e com o feminismo.
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Através do Fogo - elemento marcante tanto em Novalis (século XVIII) quanto em Gaston Bachelard (século XX), pudemos ensaiar uma aproximação entre esses dois autores, distantes no tempo, mas próximos no tocante à valorização da imaginação (estética).
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O combate que Thomas Mann travou contra o nazismo a partir de 1922 é exemplar, pois é o de um escritor apaixonado pela liberdade e não o de um militante. Ele privilegia a ficção e o mito como meios de luta contra o fascínio exercido pelo nazismo e afirma a permanência de uma Alemanha cultural, cosmopolita, fonte de uma universalidade estranha a todos os particularismos étnicos. Goethe, com quem ele se identifica e no qual se projeta, é a figura de proa dessa Alemanha.
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Trata-se de uma investigação histórica da neurologia alemã das primeiras décadas do século XIX, representada por Burdach e Carus, e da relação que manteve com pressupostos românticos de abordagem biológica. Carus acentua a necessidade de pesquisar o cérebro pelo viés anatômico e o considera um organismo total, atestando a influência do filósofo Schelling. Burdach, por seu lado, investiga a estrutura cerebral em conexão com a sensibilidade e o processo evolutivo.
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Estudo da relação entre os judeus cultivados de Berlim (na figura de Rachel Varnhagen) e a cultura clássica alemã por meio da análise do papel nela representado pela idéia de "personalidade", senha da ideologia dos mandarins alemães.
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Estudo da relação entre os judeus cultivados de Berlim (na figura de Rachel Varnhagen) e a cultura clássica alemã por meio da análise do papel nela representado pela idéia de "personalidade", senha da ideologia dos mandarins alemães.
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Neste artigo, investigo o significado do ato de suplicação - uma importante instituição social e religiosa na civilização grega - e busco identificar o momento preciso em que, no vocabulário homérico, o verbo gounoûmai (literalmente: "tocar os joelhos de alguém") adquire um valor abstrato ("suplicar, rogar", sem idéia de contato físico com os joelhos).
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O objetivo deste artigo é apresentar as origens da crítica marxiana da política. Encontrando seu lugar entre os anos de 1842 e 1843 essa crítica nasce no interior de uma revisão da filosofia hegeliana e assume uma primeira forma como crítica filosófica da política. A crítica da política desenvolvida por Marx era, assim, rigorosamente, um empreendimento filosófico, mas de uma filosofia que assumia o mundo como seu objeto e se vertia para fora de si própria manifestando-se externamente como uma crítica da sociedade da época e como uma negação da política existente.
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Tendo como referência O Nascimento da Tragédia de Friedrich Wilhelm Nietzsche, busca-se explicitar a particularidade da concepção nietzscheana de tragédia a partir de um duplo movimento: 1) Reconstrução das principais teses dos primeiros parágrafos da obra; 2) Demonstração da vinculação daquelas teses à tradição estética alemã do final do século XVII e do início do século XIX. Com isso se realça e reedita o diálogo intenso de Nietzsche com aquela tradição e se mostra as inovações e a radicalidade da sua interpretação da tragédia.
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O artigo explora algumas metáforas marinhas que surgem no pensamento alemão de Leibniz a Goethe, com o intuito de indicar como se desenvolvem certos temas de estética, tais como a noção de alma, de linguagem, de criação artística e de relação dialética entre forma e conteúdo. Passando por autores como Leibniz, Winckelmann, Herder, Goethe e Kant, pretende-se mostrar como, por meio desse desenvolvimento, se constitui uma visão de homem mais ampliada, que não se define mais somente pelo entendimento, mas envolve elementos inconscientes e afetivos.
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O artigo examina a interpretação feita por Walter Benjamin dos poemas de Charles Baudelaire marcados pela noção de ideal, a qual se opõe ao spleen. Benjamin encontra aí o esforço de rememoração de uma experiência plena, a qual constituiria, por sua vez, um elemento essencial à compreensão da modernidade como impossibilidade desta forma de experiência. Com as noções de beleza e de aura, o artigo busca ainda salientar a importância da categoria da distância para a configuração desta forma de experiência.
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Este artigo tem por objetivo trazer à luz os meandros e as particularidades do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia. Embora esta não seja uma questão central em seu pensamento, é possível notar sua preocupação acerca do tema, especificamente nos textos que escreveu durante o período no qual exerceu a função de professor e diretor do ginásio em Nürember. A apresentação que aqui se faz do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia divide-se em três momentos: no primeiro, são pontuados os conteúdos que ele julga necessários para a formação do pensamento filosófico; no segundo, é apresentada a questão do método e a sua relação com os conteúdos no ensino da filosofia; e finalmente, no terceiro, procura-se entender o papel que o professor exerce nesse ensino.
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Quando consideramos a extensão da obra dramática de Richard Wagner, não causa estranheza que seus textos teóricos sejam praticamente desconhecidos. No entanto, um de seus escritos, intitulado Beethoven, influenciou decisivamente a elaboração de um livro famoso, hoje considerado um capítulo importante da história da estética, O nascimento da tragédia. Este artigo pretende analisar este escrito de Wagner na intenção de desvendar o que pode ter sido tão determinante na leitura que Nietzsche fez dele, e que o levou ao ponto de citá-lo de modo efusivo no primeiro prefácio da sua obra de estréia, dedicado àquele que, até então, era seu grande mestre e amigo e, como veremos, uma influência não só musical, mas também teórica.