119 resultados para PARASITOS
Resumo:
Fez-se um levantamento das condições de saúde de escolares primários do município de São Paulo. Nos alunos componentes da amostra foram realizados os seguintes exames: exame físico geral; exame físico especial; exame de fezes. Os resultados obtidos no exame físico geral permitiram construir tabelas de peso e altura para crianças de ambos os sexos, de 7 a 14 anos. Foi verificada a presença de parasitoses intestinais em 89,4% dos escolares examinados. Concluiu-se que, ao nível de significância de 1%, existe associação entre ausência de saneamento básico nas residências dos escolares e a presença de parasitos intestinais nos exames de fezes.
Resumo:
Relata-se a primeira ocorrência do parasitóide Pachycrepoideus vindemiae como inimigo natural de Ophyra aenescens, mosca de importância médico-sanitária. Para coleta dos insetos, foi utilizado como isca carcaça de suínos. Obtiveram-se 302 pupas de Ophyra aenescens (Wiedemann) (Diptera: Muscidae), das quais 6 emergiram parasitóides pertencentes à espécie Pachycrepoideus vindemiae (Rondani) (Hymenoptera: Pteromalidae), apresentando uma incidência de parasitismo de 1,98%.
Resumo:
O objetivo do trabalho é analisar os principais aspectos dos conhecimentos epidemiológicos atuais sobre o estado evolutivo das infecções. Os organismos que constituem a biosfera formam sistemas dinâmicos que abrangem todo o planeta. Tais relacionamentos podem ser variáveis em intensidade. Alguns limitam-se à superfície orgânica, enquanto outros chegam à intimidade do genoma. Portanto, há de se concluir que o parasitismo constitui fenômeno muito comum na natureza. Os parasitos infectantes comunicam-se mediante mecanismos variados. Entre eles, reconhece-se a existência de intercâmbio gênico mediante a troca de segmentos de DNA. Assim, as comunidades parasitárias não vivem isoladamente, mas estabelecem interconexões. O processo de internação objetiva a entrada do parasito no meio intracelular. E isso dá-se desde a fagocitose, manipulada pelos agentes infecciosos, até meios mais sofisticados como a elaboração de pilli. Para abandonar esse ambiente intracelular, alguns recorrem à apoptose. Este fenômeno, de comando genético, chega à especialização de destruir os macrófagos. Aceita-se, atualmente, que o DNA, sob a forma molecular, poderá circular na corrente sangüínea constituindo os denominados infectrons. Isso permite criar a hipótese sobre a existência de redes que, formadas principalmente por estes elementos, permitem a co-adaptabilidade entre o parasito e o organismo parasitado. Concluiu-se que há uma co-evolução entre o organismo hospedeiro e o do parasito, propiciando o surgimento de novas entidades mórbidas.
Resumo:
Cercárias de Schistosoma mansoni, inoculadas na cavidade peritoneal de camundongos da linhagem AKR/J, conseguiram sobreviver in situ e chegar à maturidade sexual. Ao contrário da linhagem convencional (SWISS), onde as fêmeas que se desenvolveram no peritônio não produziram ovos, 7,7% das fêmeas retiradas da cavidade peritoneal de camundongos AKR/J apresentavam ovo normal no útero. Os parasitos recuperados da cavidade peritoneal de ambas as linhagens não apresentaram pigmento hemoglobínico, indicando que os mesmos sobrevivem na cavidade peritoneal de camundongos sem a necessidade de ingestão de hemácias. O desenvolvimento do parasito na cavidade peritoneal de camundongos AKR/J, com produção de ovos normais, reforça os dados, já existentes na literatura, que mostram que o ciclo evolutivo do parasito pode ser completado sem a necessidade da fase pulmonar.
Resumo:
São descritas as alterações microscópicas presentes na forma localizada (ulcerada) da Leishmaniose cutânea produzida por Leishmania (Leishmania) amazonensis. Nesse tipo de manifestação, menos conhecido do que a forma anérgica ou difusa devida ao mesmo agente, as lesões são clinicamente idênticas às de leishmaniose cutânea causada por espécies outras de Leishmania, pertencentes ao subgênero Viannia. Na infecção localizada por L. (L.) amazonensis, entretanto, há um aspecto peculiar, só recentemente conhecido, ou seja, cerca de 50% dos indivíduos atingidos não reagem ao teste de Montenegro. A principal característica histológica observada foi a acumulação na derme, quase sempre focal, de numerosos macrófagos contendo no citoplasma um grande vacúolo cheio de amastigotas. O quadro é semelhante ao da forma difusa, porém sem o aspecto histiocitomatóide, próprio da última. Afora esses grupos de macrófagos, vêem-se também, na forma localizada, muitas células mononucleares da inflamação, principalmente plasmócitos e macrófagos não parasitados. Os acúmulos de macrófagos com amastigotas, quando volumosos, podem sofrer necrose na parte central; os parasitos, contidos nas células, são destruídos com elas ou liberados, e sua eliminação através da úlcera deve contribuir para a cura do processo. Esse tipo de necrose nunca foi descrito em casos da forma difusa. Não houve grande diferença, no quadro histológico, entre pacientes Montenegro-negativos e positivos. Apenas em alguns casos, do grupo Montenegro-positivo, havia granulomas formados por histiócitos epitelióides sem parasitos. Quanto à persistência das células com parasitos nas lesões, observou-se que aos seis meses ou mais de evolução, em ambos os grupos, ainda estavam elas presentes. Tal achado não é comum na leishmaniose tegumentar por L. (V.) braziliensis.
Resumo:
São apresentados os resultados preliminares de um estudo evolutivo da localização renal de complexos antígeno-anticorpo solúveis em ratos infectados com P. berghei. Embora no 2º dia o animal já apresentasse parasitos circulantes e no 6.° dia fôsse demonstrado anticorpos circulantes, somente no 12.° dia ficou caracterizada a presença simultânea de antígeno e anticorpo, por imunofluorescência, nos glomérulos e arteríolas renais, correspondendo a uma queda do nível sérico de complemento. No 16.° dia o depósito glomerular era mínimo e o complemento retornou a níveis considerados normais. Após um confronto com os dados obtidos em outros trabalhos o A. sugere que o P. berghei possa apresentar uma ação patogênica para o hospedeiro através da formação de complexos Ag-Ac embora acentuando a necessidade de estudos adicionais.
Resumo:
A eosinofilia sanguínea após o tratamento anti-helmíntico específico se comportou numa amostragem de 57 crianças da seguinte forma: .Na ascaridíase isolada ou associada à trieuríase a hipereosinofilia parasitária ou descia uniformemente após o tratamento, ou houve primeiro uma exacerbação que durava até a terceira semana após a erradicação da, parasitose, descendo em seguida. Em ambos os casos houve normalização do hemograma em dois meses. Na associação ascaridíase/ancilostomíase também são possíveis dois tipos de comportamento da eosinofilia após tratamento eficaz: ou vai diminuindo a hipereosinofilia, logo em seguida à expulsão dos parasitos, ou há no primeiro mês um aumento da hipereosinofilia (geralmente mais acentuado na primeira semana que se segue ao tratamento), para diminuir após o fim do primeiro mês progressivamente até desaparecer. Na estrongiloidíase e na associação ascaridíase/estrongiloidíase há diminuição constante da hipereosinofilia logo após o tratamento e o hemograma se normaliza em cerca de dois meses. Na trieuríase, a hipereosinofilia, aliás já discreta, diminui pouco com o tratamento. Na ancilostomíase e na associação ancilostomíase/trieuríase a hipereosinofilia ou desce após o tratamento gradativo e lentamente, ou primeiro há uma exaltação temporária nas primeiras três semanas após a terapêutica, para diminuir em seguida. Na associação ancilostomíase/estrongiloidíase também se encontram esses dois tipos de comportamento da hipereosinofilia verminótica, mas a exacerbação da hipereosinofilia, que ocorre na metade dos casos, só dura duas semanas; a regressão eosinofílica ocorre dois meses após o tratamento. Nas tri e tetraeparasitoses a involução pós-terapêutica da hipereosinofilia é irregular e a normalização das taxas sanguíneas de eosinófilos é sempre arrastada, principalmente nas associações ascaridíase/estrongiloidíase/ancilostomíase e nas tetraparasitoses.
Resumo:
Neste trabalho é feita uma revisão sobre alguns aspectos biológicos do Toxoplasma gondii, principalmente sobre a ultraestrutura da forma interfásica e as modificações ultraestruturais que ocorrem no parasito durante o seu processo de divisão. Considera-se inicialmente o processo de divisão binária admitindo-se, porém, a possibilidade de que as imagens interpretadas como senão de divisão binária representem estágios da divisão por endodiogenia. Quanto à endodiogenia descrevem-se as alterações que ocorrem na "parasito mãe" durante o processo de formação dos dois "parasitos filhos". Este processo é semelhante no Toxoplasma gondii, Besnoitia jellisoni, Sarcocystis tenella e Frenkelia. Discute-se a possibilidade da formação de mais de dois "parasitos filhos" por um processo de endopoligenia, bem como o processo de esquizogonia. Os resultados mais recentes mostram que não existe esquizogonia nas formas vsgetativas do Toxoplasma gondii, senão que as imagens interpretadas como tal, ao microscópio ótico, são o resultado de endodiogenias sucessivas em que os endozoitas formados permanecem ligados entre si pela região posterior. A esquizogonia é, no entanto, encontrada nas formas que se desenvolvem no interior de células epiteliais do intestino do gato, que é o hospedeiro definitivo do Toxoplasma gondii. Discute-se o conceito de esquizogonia, comparando-o em três protozoários: Eimeria bovis, E. callospermophili e Plasmodium juxtanucleare, que apresentam diferenças entre si quanto ao processo de iniciação da individualização dos "parasitos filhos". Refere-se à recente hipótese que considera a endodiogenia como o processo fundamental de divisão dos esporozoárlos, ocorrendo na fase final da esquizogonia. Finalmente é acentuado o papel que a microscopia eletrônica aliada às modernas técnicas de citoquímica e imunocitoquimica poderá desempenhar no sentido de um melhor conhecimento da biologia do Toxoplasma gondii e da fisiopatogenia da Toxoplasmose.
Resumo:
Demonstramos, no depósito subungueal de 130 crianças residentes no bairro de Nova Descoberta, Natal - RN, a presença de ovos ou cistos de enteroparasitos, tais como: Ascaris lumbricoides, Trichocephalus trichiurus, Enterobius vermicularis, Ancylostomidae, Entamoeba coli, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia. Ao lado da demonstração dos referidos parasitos, fizemos a correlação entre a incidência parasitária e as espécies encontradas no resíduo que se forma sob as unhas. Dos enteroparasitos encontrados, parece ser esta a primeira referência a ovos de ancilostomídeos no depósito subungueal. Dos 130 exames realizados 16 mostraram-se positivos, com uma percentagem de 12,30%.
Resumo:
Foi feito o estudo anatomopatológico sistematizado de 106 corações de chagásicos falecidos subitamente os quais, tanto quanto se pode apurar, não apresentaram em vida sinais e/ou sintomas da doença. O estudo, macro e microscópico, destes corações demonstrou que no aspecto qualitativo, de um modo gerai, as lesões observadas são muito semelhantes às vistas no mesmo órgão de portadores da tripanossomíase que falecem após um período de insuficiência congestiva. Entretanto, do ponto de vista quantitativo, a intensidade das alterações nos chagásicos com morte súbita é, em geral, bem menor do que a observada nos tripanossómoticos com I.C.C. Baseados nos presentes resultados e, em dados da literatura, são discutidos os prováveis fatores responsáveis pela subitaneidade do óbito neste grupo de chagásicos. Concluem, os AA, que nem a miocárdite, nem a lesão do sistema nervoso autônomo intracardíaco e tampouco a presença de parasitos no miocàrdio são os responsáveis pelo evento. De outro lado encarecem a importância que certos achados, como por exemplo os fenômenos regressivos das miocélulas cardíacas, reação granu lama tosa, comportamento dos linfonodos intrapericárdicos e lesões do sistema excitocondutor, podem ter na elucidação do problema.
Resumo:
Numa série de pesquisas sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará, muitas espécies de mamíferos foram examinadas, dentre elas algumas espécies de quirópteros. Já antes, no Brasil, 15 espécies foram encontradas infectadas com tripanosomo tipo cruzi, dentre as 30 encontradas infectadas na América, de 1931 a 1964. Esses estudos se fizeram aproveitando o material do Censo Relativo de Morcegos na área da Serra de Maranguape (realizado por dois autores), abrangendo os municípios de Maranguape e Caucaia. Em 141 exemplares (18 espécies e 5 famílias) foram feitos xenos com 5 ninfas de Rhodnius prolixus. Examinando o material 30 a 45 dias depois, foram encontrados infectados 9 exemplares, todos da família Phyllostomidae: 7 Artibeus jamaicensis, 1 Glossophaga soricina e 1 Trachops cirrhosus. O primeiro já havia sido encontrado infectado na Colombia e no Panamá; o segundo o foi na Colombia e no Brasil (Estado do Pará); o terceiro o é pela primeira vez. As duas primeiras espécies são insetívoras e frugívoras; a terceira é carnívora, além de frugívora e insetívora. Os parasitos isolados apresentaram características morfológicas e de cultura que permitem colocá-los no grupo dos tripanosomos tipo cruzi.' infectaram triatomíneos e produziram parasitemia (baixa) e lesões típicas em camundongos brancos. A cepa de T. cirrhosus não foi isolada, mas as formas metacíclicas em triatomíneos eram semelhantes.
Resumo:
Uma criança de 2 anos com desnutrição grave e infestação intestinal maciça por Ascaris lumbricoides, apresentou como complicação, documentada em necrópsia, a migração de vermes adultos para a cavidade peritonial e penetração aberrante de dois parasitos através do rim esquerdo. Os Ascaris ficaram alojados no sistema pielo-ureteral, determinando grave infecção purulenta e obstrução ureteral. Esta complicação demonstra a capacidade agressiva de vermes erráticos na cavidade peritonial, com possibilidade de perfurar mesmo uma víscera sólida. São comentados os fatores que facilitaram a migração dos vermes por aqueles órgãos.
Resumo:
Um inquérito em cães realizado na região de Três Braços, Bahia, mostrou que 3,0% de 98 animais tinham amastigotas em lesões de pele. Parasitos não foram encontrados em pele normal da orelha. De uma amostra selecionada de 13 cães, portadores de lesão cutânea ativa, nove (69,2%) deles estavam comprovadamente infectados. Sete amostras de lesão produziram infecção em hamsters. O estudo biológico (crescimento em meio de cultura, evolução da lesão em hamster e desenvolvimento no tubo digestivo de Lutzomyia longipalpis) identificou o parasito como pertencente ao complexo L. braziliensis. A caracterização bioquímica (mobilidade eletroforética de enzimas em placas de acetato de celulose) e o estudo imunotaxonômico (anticorpos monoclonais) definiram as amostras como L. braziliensis braziliensis. O papel do cão como um possível reservatório de L. b. braziliensis na região de Três Braços é discutido.
Resumo:
Em autópsias realizadas durante 20 anos em portadores de miocardite crônica chagásica parasitologicamente comprovados, foi realizada uma pesquisa exaustiva das formas tissulares do Trypanosoma cruzi nas secções histológicas de vários órgãos. Os parasitos intracelulares foram encontrados nos tecidos extracardíacos em 11 casos (55%), a saber: tubo digestivo (10 vezes), adrenal (6 vezes) e em vários outros órgãos (1 vez cada). A presença dos parasitos se associava com discreta infiltração mononuclear focal, mas, o mais das vezes, não havia qualquer alteração. O estudo mostra que as formas de multiplicação do T. cruzi tendem a se distribuir amplamente na infecção crônica, mas como são escassas, o seu encontro depende de pesquisa minuciosa. Um fato interessante é que somente no miocárdio os parasitos aparecem associados com inflamação crônica, difusa, progressiva e fibrosante.
Resumo:
Procedeu-se a um levantamento coproscópico em alunos de 8 a 15 anos, pertencentes a 3 escolas do Alto da Boa Vista. De 155 alunos examinados, encontraram-se 4 casos positivos (2,6%) de esquistossomose. Entre 25 familiares destes, encontraram-se outros 4 casos positivos (16%). Havia na área uma população de Biomphalaria tenagophila (Orbigny, 1835), amplamente distribuída nas valas de irrigação de hortas de agrião, ligadas ao rio das Fumas. A taxa de infecção dos moluscos foi de 7 (0,29%) em 2.400 examinados. Comparando-se estes resultados com dados anteriores, observa-se que a prevalência da esquistossomose se mantém no Alto da Boa Vista há pelo menos 15 anos.