84 resultados para McCordick, E. Frank, 1904-1980
Resumo:
Estudo retrospectivo descritivo dos 3.314 casos de malária notificados na área de abrangência da Superintendência de Controle de Endemias, Campinas (88 municÃpios, 5.366.081 habitantes), no perÃodo de 1980 a 2000. Foram considerados elementos da história da expansão da malária na região. Houve queda dos casos diagnosticados mesmo em perÃodos de recrudescimento da malária na Amazônia. Predominaram homens (83%), em idade produtiva (20 a 49 anos), vindos principalmente de Rondônia, Pará e Mato Grosso; 59% foram diagnosticados nos 3 primeiros dias dos sintomas. Considerou-se o possÃvel impacto positivo de campanhas educativas endereçadas à s populações de risco e aos profissionais de saúde na região. Em áreas não endêmicas, a assistência oportuna ao paciente com malária, a vigilância epidemiológica/entomológica e a ações educativas podem diminuir a gravidade dos casos e impedem o estabelecimento de focos de transmissão.
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Descreveu-se a evolução temporal e espacial de malária em Mato Grosso, discriminadas em perÃodos de 1980-1985; 1986-1991; 1992-1997 e 1998-2003, distribuÃdas por microrregião homogênea. O Ãndice parasitário anual do estado cresceu até 1992, reduzindo para 1,9 casos/mil habitantes em 2003; o coeficiente de mortalidade e a taxa de letalidade foram maiores nos anos de 1980 a 1989. Das 22 microrregiões, 13 apresentaram IPA inferior a 10 casos/1.000 habitantes em todos os perÃodos, ocorrendo concentração de casos nas microrregiões de ColÃder, Alta Floresta, Aripuanã e Alto Guaporé. Em 2003, apenas a microrregião de Aripuanã persistia com IPA superior a 50 casos/1.000 habitantes. As microrregiões de ColÃder, em 1983, 1985 a 1988 e 1990 e Alta Floresta, em 1991, apresentaram óbitos acima de 50/100.000 habitantes, sendo a maioria do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 49 anos. A distribuição da doença por microrregiões evidenciou que a malária é predominantemente focal.
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A taxa de detecção da hansenÃase no Brasil aumentou nas duas últimas décadas do século XX, sendo que a reforma sanitária ocorreu no mesmo perÃodo. A taxa de detecção é função da incidência real de casos e da agilidade diagnóstica do sistema de saúde. Utilizou-se a cobertura vacinal por BCG como uma variável procuradora do acesso à atenção primária em saúde. Uma regressão log-normal foi ajustada à taxa de detecção de 1980 a 2006, com o tempo, tempo ao quadrado e da cobertura do BCG como variáveis independentes, sendo positivo o coeficiente de regressão desta última variável, sugerindo que o comportamento da taxa de detecção da hansenÃase refletiu a melhora de acesso à atenção primária no perÃodo estudado. A tendência de aumento da taxa de detecção se reverte em 2003, indicando o inÃcio de uma nova fase no controle da hansenÃase.
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INTRODUÇÃO: A malária autóctone no Estado de São Paulo caracteriza-se por surtos esporádicos na região oeste e transmissão persistente na região leste onde ocorrem casos oligossintomáticos com baixa parasitemia pelo Plasmodium vivax. Os objetivos deste estudo foram: analisar a completitude das fichas de notificação de malária autóctone; estimar a tendência da incidência de casos autóctones no ESP de 1980 a 2007; analisar o comportamento clÃnico e epidemiológico dos casos em duas regiões de autoctonia neste perÃodo. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo com 18 variáveis das FIN de malária do ESP, analisadas em duas regiões e em dois perÃodos (1980-1993 e 1994-2007). Fontes de dados: SUCEN/SES/SP, SINAN/CVE/SES/SP e DATASUS. RESULTADOS: A completitude foi superior a 85% em 11 variáveis. A tendência da incidência foi decrescente. Foram notificados 821 casos autóctones, 91,6% na região leste, predominando Plasmodium vivax. A infecção assintomática teve maior porcentagem no segundo perÃodo (p<0,001). CONCLUSÕES: A completitude das informações foi considerada satisfatória. As diferenças clÃnicas encontradas merecem atenção da vigilância epidemiológica que deve lidar com o desafio da infecção assintomática por Plasmodium.
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INTRODUÇÃO: A doença de Chagas é um problema emergente e negligenciado na Região Amazônica. MÉTODOS: Descreve-se uma série de casos agudos autóctones de doença de Chagas atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Manaus, de 1980 a 2006. RESULTADOS: Registraram-se 29 casos, sendo 19 do sexo masculino e 10 casos do sexo feminino. Quinze eram casos isolados e 14 provenientes de surtos. Os sinais/sintomas mais freqüentes foram febre, fadiga, cefaléia, mialgia, calafrios, palidez, dispnéia e edema de face e de membros inferiores. Não foi registrado nenhum óbito. CONCLUSÕES: A doença incidiu com frequência em jovens. Os métodos parasitológicos mostraram elevada sensibilidade.
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INTRODUCTION: The co-infection Trypanosoma cruzi/HIV has been described as a clinical event of great relevance. The objective of this study wasto describe clinical and epidemiological aspects published in literature. METHODS: It is a systematic review of a descriptive nature from the databases Medline, Lilacs, SciELO, Scopus, from 1980 to 2010. RESULTS: There were 83 articles (2.8 articles/year) with a total of 291 cases. The co-infection was described in 1980 and this situation has become the defining AIDS clinical event in Brazil. This is the country with the highest number of publication (51.8%) followed by Argentina (27.7%). The majority of cases are amongst adult men (65.3%) native or from endemic regions with serological diagnosis in the chronic stage (97.9%) and indeterminate form (50.8%). Both diseases follow the normal course, but in 41% the reactivation of the Chagas disease occurs. The most severe form is the meningoencephalitis, with 100% of mortality without specific and early treatment of the T. cruzi. The medication of choice was the benznidazole on doses and duration normally used for the acute phase. The high parasitemia detected by direct or indirect quantitative methods indicated reactivation and its elevation is the most important predictive factor. The lower survival rate was related to the reactivation of the Chagas disease and the natural complications of both diseases. The role of the antiretroviral treatment on the co-infection cannot yet be defined by the knowledge currently existent. CONCLUSIONS: Despite the relevance of this clinical event there are still gaps to be filled.
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O Inquérito sorológico da prevalência de infecção chagásica no Brasil, 1975/1980, cujos resultados foram objeto de publicação anterior, em 1984 (Camargo e cols), é aqui detalhado em sua distribuição geográfica. Foi uma iniciativa da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM/MS) e do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) através de seu Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE), tendo servido para delimitar e estratificar mais precisamente a área com transmissão endêmica da doença de Chagas e orientar as ações de controle vetorial, implementadas a partir da segunda metade da década de 1970. Mostrou uma soroprevalência estimada de 4,22% da infecção chagásica para a população geral residente em área rural no paÃs. Observe-se que não foram incluÃdos o Estado de São Paulo e o Distrito Federal, para onde se acreditava já haver informação suficiente e recente. Abrangeu todas as demais unidades federativas, com o exame de 1.626.745 amostras de sangue, processadas por imunofluorescencia indireta. Destas, foram consideradas válidas para efeito de processamento e análise estatÃstica 1.352.197, procedentes de 3.026 municÃpios de 24 estados, segundo a divisão polÃtica de então. Os resultados no geral foram confirmatórios em relação ao que era já conhecido. Alguns achados no entanto não corresponderam ao esperado, o que foi objeto de investigação ou se soube depois justificáveis, com base em dados de entomologia e outros que serviram à interpretação dos resultados.
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OBJETIVO: Estudar a série histórica de suicÃdio no Estado do EspÃrito Santo (1980 a 2006) e suas estratificações. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, de série histórica. Foram incluÃdos os óbitos registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade como suicÃdio, de residentes no EspÃrito Santo (1980 a 2006). Foram construÃdas as séries históricas e calculados os coeficientes de mortalidade por suicÃdio para o perÃodo. Procedeu-se à padronização das taxas de mortalidade pelo método direto, em que a população do censo IBGE-2000 foi considerada padrão. Para cálculo das taxas, utilizou-se o Programa Excel 7.0. As equações de tendência linear e as estatÃsticas de ajuste de modelo (valor de R² e o valor p do teste F de adequação do modelo) foram obtidas do programa Statistical Package for Social. Sciences. O nÃvel de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: A tendência de crescimento das taxas de suicÃdio no Estado foi de 24,9%. Para os homens, essa tendência de crescimento foi de 23,8%. As faixas etárias com tendência de crescimento foram aquelas entre 10 e 14 anos e acima de 30 anos até 59 anos. CONCLUSÃO: O suicÃdio foi mais frequente entre os homens, e as principais faixas etárias com tendência de crescimento foram aquelas entre 30 e 59 anos.
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OBJECTIVE: To analyze the trends of specific, standardized coefficients of mortality due to ischemic heart disease according to sex and age during the years 1980 and 1994 in the municipality of Goiania, GO, Brazil. METHODS: Data on deaths were retrieved from the Information on Mortality System of the Ministry of Health; population data were obtained from the Foundation of the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE). The trends of the specific coefficients were analyzed by triennia of the historical series, including individuals of both sexes from 25 years of age on, partitioned into 6 age groups of ten years intervals. The population data corresponding to the year 1980 were used as the standard for the calculation of each age group coefficient. Analyses were carried out by straight linear regression. RESULTS: Coefficients were greater for males in each triennium of the series and increased with age in both sexes. The study of the trends of the specific age coefficients of both sexes revealed a stable pattern of evolution up to the age of 65-74 years (P>0.05). From 75 years on, a clear-cut decline in mortality due to ischemic heart disease was shown by both sexes. The standardized coefficients also showed a significant decline (p<=0.05). CONCLUSION: The municipality of Goiânia is at present in a stage of epidemiological transition similar to that of developed countries, even though the observed decline is predominantly influenced by the mortality of older individuals (75 years of age or older).
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OBJECTIVE: To assess the trends of the risk of death due to circulatory (CD), cerebrovascular (CVD), and ischemic heart diseases (IHD) in 11 Brazilian capitals from 1980 to 1998. METHODS: Data on mortality due to CD, CVD and IHD were obtained from the Brazilian Health Ministry, and the population estimates were calculated by interpolation with the Lagrange method based on census data from 1980 and 1991 and the population count of 1996. The trends were analyzed with the multiple linear regression method. RESULTS: CD showed a trend towards a decrease in most capitals, except for BrasÃlia, where a mild increase was observed. The cities of Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia, Belém, and Manaus showed a decrease in the risk of death due to CVD and IHD, while the city of BrasÃlia showed an increase in CVD and IHD. The city of São Paulo showed a mild increase in IHD for individuals of both sexes aged 30 to 39 years and for females aged 40 to 59 years. In the cities of Recife and Salvador, a reduction in CD was observed for all ages and both sexes. In the city of Recife, however, an increase in IHD was observed at younger ages (30 to 49 years), and this trend decreased until a mild reduction (-4%) was observed in males E=Symbol>³ 70 years. CONCLUSION: In general, a reduction in the risk of death due to CD and an increase in IHD were observed, mainly in the cities of Recife and BrasÃlia.
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OBJECTIVE: To estimate the frequency of medical care preceding deaths due to coronary artery diseases (CAD) in different Brazilian regions and capitals and to describe trends in medical care from 1980 to 1999. METHODS: Information on medical care preceding deaths due to coronary artery diseases/acute myocardial infarction in adults > 20 years from 1980 to 1999 was collected in the DATASUS, the databank of the Brazilian Health Ministry. Sex, states, and capitals selected for 1999 were analyzed in the study. Medical care was stratified as follows: with, without, and ignored medical care. The descriptive analysis comprised frequencies, ratios of frequency, test for proportions, and increments or reductions in frequencies. RESULTS: Acute myocardial infarction (AMI) represented 75 to 85% of the CAD in the period; the frequency of deaths with medical care ranged from 48.9 to 63%, and that of ignored medical care ranged from 27.2 to 41.5%. The frequency of other CAD with medical care ranged from 56 to 76%. The frequency of deaths preceded by medical care decreased by 17.8%, and that with ignored medical care increased by 36.5% (RF=2). The values for the other CAD were -20.2% and +64.6% (RF=44.4). Deaths preceded by medical care were more frequent in females at all ages and in all Brazilian regions. CONCLUSION: The results show a high frequency of sudden death and suggest errors in diagnosis or codification and overestimation of the statistics about mortality. Validation of the death certificate diagnosis and frequent surveillance are required.
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OBJETIVO: Analisar a tendência de mortalidade pelas doenças isquêmicas do coração, por sexo, e do infarto agudo do miocárdio, por sexo e faixa etária, de 1980 a 1998, na cidade de Curitiba. MÉTODOS: Utilizou-se os dados de óbitos por doença isquêmica do coração e infarto agudo do miocárdio do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, por sexo, faixa etária e local de residência em Curitiba. Os dados de população foram obtidos da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. As taxas de mortalidade foram ajustadas por idade pelo método direto, utilizando como referência a população de Curitiba, em 1980. A análise de tendência foi calculada através da regressão linear simples, com um nÃvel de significância de 5%. RESULTADOS: As taxas de mortalidade das doenças isquêmicas do coração apresentaram uma tendência de declÃnio em ambos os sexos. Nas faixas etárias do infarto agudo do miocárdio, o sexo masculino apresentou queda até os 79 anos; no sexo feminino, até os 59 anos, mantendo-se estáveis após estes perÃodos. No restante das doenças isquêmicas, o sexo feminino apresentou uma queda maior que o masculino. CONCLUSÃO: O estudo demonstra uma tendência de redução da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, em ambos os sexos, na cidade de Curitiba, de 1980 a 1998. No infarto agudo do miocárdio, essa redução vem ocorrendo de forma mais pronunciada nos homens, mantendo-se estável, a partir dos 60 anos, nas mulheres. As razões para a tendência de redução diferenciada entre os sexos não são claras, permanecendo como importante questão para novas investigações.
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OBJETIVO: Avaliar comparativamente a evolução das mortalidades por doenças do aparelho circulatório (DAC), doenças isquêmicas do coração (DIC) e cerebrovasculares (DCBV), no estados do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS), e suas capitais, no perÃodo 1980-1999. MÉTODOS: Os dados relativos a óbitos por DAC provieram do Datasus, e os das populações, do IBGE. Calcularam-se taxas de mortalidade brutas e ajustadas, por sexo e idade, pelo método direto (população padrão: maiores de vinte anos do Estado do RJ, em 2000). Em razão do crescimento relevante da mortalidade por causas mal definidas no municÃpio e no Estado do RJ, a partir de 1990, procedeu-se à compensação dos óbitos preliminares aos ajustamentos. As tendências foram analisadas com regressões lineares. RESULTADOS: Os declÃnios anuais da mortalidade, compensados e ajustados, variaram de -11,3 óbitos por DAC, por cem mil habitantes, no municÃpio e no Estado do RJ, até -7,4 no municÃpio de SP. As DIC foram semelhantes no Estado e municÃpio do RJ e em Porto Alegre, sendo menores no municÃpio de SP (-2,5 óbitos por cem mil habitantes). Nas DCBV, a variação observada foi de -6,0 a -2,8 óbitos por cem mil habitantes, no Estado do RJ e em Porto Alegre, respectivamente. CONCLUSÃO: Observaram-se declÃnios das taxas de mortalidade compensadas e ajustadas por DAC, DIC e DCBV, no perÃodo 1980-1999, nos três estados e capitais. No RJ, Estado e municÃpio, os declÃnios das DIC foram nÃtidos a partir de 1990, enquanto as DCBV mostraram quedas em todo o perÃodo.
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OBJETIVO: Analisar tendências do risco de morte por doenças circulatórias (DC) em 13 estados do Brasil, no perÃodo de 1980 a 1998. MÉTODOS: Dados de mortalidade por DC, isquêmicas do coração (DIC) e cerebrovasculares (DCbV) nos 13 estados foram obtidos do Ministério da Saúde. Estimativas das populações, de 1980 a 1998, foram calculadas por meio de interpolação, pelo método de Lagrange, com base nos dados dos Censos de 1970, 1980, 1991 e contagem populacional de 1996. As tendências foram analisadas pelo modelo de regressão linear múltipla. RESULTADOS: A mortalidade por DC mostrou tendência de queda na maioria dos estados. Observou-se aumento, nos homens, em Pernambuco, para todas as faixas etárias, em Goiás, a partir de quarenta anos e na Bahia e Mato Grosso, a partir dos cinqüenta anos. Nas mulheres, aumento em Mato Grosso, a partir dos trinta anos, em Pernambuco, a partir dos quarenta anos, e em Goiás, nas faixas etárias entre trinta e 49 anos. Em Goiás, nas outras faixas etárias, o aumento foi discreto. Para as DIC, aumento da mortalidade para todas as faixas etárias em Mato Grosso e Pernambuco, e a partir dos quarenta anos, na Bahia, Goiás e Pará. Para as DCbV, aumento da mortalidade para todas as faixas etárias em Mato Grosso e Pernambuco, e a partir dos quarenta anos na Bahia e em Goiás. CONCLUSÃO: Observou-se importante aumento do risco de morte para as doenças circulatórias nos estados menos desenvolvidos do Brasil.