55 resultados para Jason Kramer
Resumo:
OBJETIVO: avaliar os efeitos da administração da associação zidovudina-lamivudina-ritonavir nos fígados e rins de ratas prenhes e seus conceptos do ponto de vista morfológico e fisiológico. MÉTODOS: 40 ratas albinas prenhes foram aleatoriamente divididas em 4 grupos: 1 controle (Ctrl: controle de veículo) e 3 experimentais (Exp1x, Exp3x e Exp9x). Estes últimos foram tratados por solução oral de zidovudina/lamivudina/ritonavir (Exp1x: 10/5/20 mg/kg; Exp3x: 30/15/60 mg/kg; Exp9x: 90/45/180 mg/kg). As drogas e o veículo foram administrados por gavagem, desde o 1º até o 20º dia de prenhez. No último dia do experimento, todos os animais foram anestesiados e sangue foi retirado da cavidade cardíaca para avaliação sérica das enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), por método calorimétrico, bem como da ureia, determinada por método cinético-enzimático, e creatinina, por método cinético-colorimétrico. Em seguida, fragmentos dos fígados e rins maternos e fetais foram coletados, fixados em formol a 10% e processados segundo os métodos histológicos para inclusão em parafina. Cortes com 5 µm de espessura foram corados pela hematoxilina-eosina (HE) e analisados por microscopia de luz. Na leitura das lâminas, considerou-se o padrão de normalidade para fígado e rins, tais como: hepatócitos, espaço porta íntegros e veias hepáticas bem definidas. Nos rins, a presença de corpúsculos renais, túbulos contorcidos e alças de Henle típicos. Nos fígados fetais considerou-se, ainda, a morfologia das células da linhagem eritrocitária nas diferentes fases do desenvolvimento, bem como os megacariócitos. Quando houve alteração da coloração padrão estabelecida para as estruturas hepáticas e renais, alteração na morfologia de núcleos, rompimento de limites de alguma organela citoplasmática, presença de congestão vascular, tudo isso foi entendido como provavelmente provocado pelas drogas em sua(s) dose(s) de aplicação. A avaliação estatística foi realizada por análise de variância (ANOVA), completada pelo teste de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: os fígados maternos dos grupos Ctrl, Exp1x e Exp3x mostraram hepatócitos típicos, espaço porta íntegros e veias hepáticas com aspecto normal. No fígado materno do grupo Exp9x, foram encontrados hepatócitos com sinais de atrofia e apoptose (eosinofilia citoplasmática e núcleos picnóticos). Além disso, identificou-se vasodilatação dos capilares sinusoides (congestão). Os rins maternos dos grupos Ctrl e Exp1x apresentaram-se normais, com corpúsculos renais, túbulos contorcidos e alças de Henle típicos. Já nos grupos Exp3x e Exp9x, foram encontrados congestão vascular, glomérulos pequenos ricos em células contendo núcleos hipercromáticos, sendo mais intensos no Exp9x. Com relação aos fígados e rins fetais, não foram observadas alterações morfológicas ou fisiológicas nos grupos estudados. Encontrou-se aumento significante nos níveis da AST (305,70±55,80; p<0,05) e da creatinina (0,50±0,09; p<0,05) no grupo Exp9x. CONCLUSÕES: nossos resultados evidenciam que a administração da associação zidovudina/lamivudina/ritonavir a ratas prenhes em altas doses causa alterações morfológicas e funcionais nos fígados e rins maternos. Não houve alterações nem morfológicas nem fisiológicas nos fígados e rins fetais.
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OBJETIVO: avaliar os efeitos de altas doses de genisteína sobre o epitélio mamário de ratas adultas. MÉTODOS: após 28 dias da ooforectomia, cinquenta ratas adultas foram divididas em cinco grupos, a saber: um controle (Ctrl), três que receberam genisteína (GEN) nas doses de 46 mg/kg (GEN46), 125 mg/kg (GEN125) e 250 mg/kg (GEN250), e um que recebeu estrogênios conjugados equinos na dose de 50 µg/kg (ECE). As substâncias foram administradas diariamente durante 30 dias consecutivos por gavagem e na última semana de tratamento foi efetuado exame colpocitológico durante sete dias consecutivos. Após o tratamento, os animais foram anestesiados, amostras de sangue foram retiradas para determinação do estradiol e da progesterona, e o primeiro par de mamas inguinais retirado e processado para análise histomorfométrica. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância complementada pelo teste de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: nos grupos Ctrl e tratados com as diferentes doses de GEN as mamas apresentaram-se atróficas, no entanto mostraram-se desenvolvidas no grupo ECE, onde se notou a presença de inúmeros ductos e alvéolos mamários contendo material eosinófilo em seu interior. A morfometria mostrou maior área de parênquima mamário no grupo ECE (98.870,1±550,4 µm²* por mm²; p<0,05) comparado aos outros grupos (Ctrl=36.875,6±443,4; GEN46=37.001,7±557,4; GEN125=36.480,8±658,3 e GEN250=37.502,8±669,3). O mesmo ocorreu em relação ao número de alvéolos e ductos mamários no grupo ECE (33,2±6,9* por mm²; p<0,05) em relação aos outros grupos (Ctrl=10,4±2,1, GEN 46=11,2±3,1; GEN 125=11,6±2,1 e GEN 250=12,3±2,3). Os níveis de estradiol mostraram-se aumentados no grupo ECE em relação aos outros grupos (9,4±1,7 pg/mL; p<0,05), sendo que os níveis séricos de progesterona mostraram-se semelhantes em todos os grupos de estudo. CONCLUSÃO: a administração de genisteína em altas doses não apresentou efeito proliferativo no tecido mamário de ratas.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos da eletroestimulação (ES) do assoalho pélvico na uretra de ratas. MÉTODOS: Quarenta ratas adultas foram distribuídas, randomicamente, em quatro grupos com dez animais cada: Ctrl - sem intervenção; Sham - não foi submetido a ES, recebeu um eletrodo dentro da vagina; Exp6 - submetido a seis sessões de ES do assoalho pélvico; e Exp12 - submetido a 12 sessões de ES do assoalho pélvico. Ao final do experimento, todos os animais foram anestesiados, e o terço médio da uretra foi retirado, fixado em líquido de Bouin e processado para estudo histomorfométrico. Alguns cortes foram corados pela hematoxilina e eosina, para descrição morfológica e morfométrica, e outros, pelo picrosirius red, para avaliação do colágeno total. As espessuras da camada muscular e do epitélio foram obtidas, nos 4 quadrantes da uretra, pela realização de 20 medições em cada animal. O número de vasos sanguíneos presentes na lâmina própria foi obtido nos quatro quadrantes, em uma área de 10³ mm² por quadrante, sendo as imagens obtidas pelo programa de análise de imagens AxioVision® REL 4.3 (Carl Zeiss). A proporção de colágeno e de fibras musculares foi obtida de duas imagens por quadrante, de cada lâmina da uretra corada pelo picrosirius red, com auxílio do programa Imagelab®. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de comparações múltiplas de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: A morfometria do colágeno, número de vasos sanguíneos e espessura do epitélio não mostraram alterações significantes. No entanto, a espessura do tecido muscular periuretral mostrou aumento significante no grupo Exp12 em relação aos outros grupos (Exp12*>Exp6==Ctrl==Sham; *p<0,05). CONCLUSÃO: A eletroestimulação funcional prolongada do assoalho pélvico induziu aumento na espessura da camada muscular periuretral em ratas.
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Realizou-se um estudo com o objetivo de avaliar a distribuição de lesões granulomatosas nos linfonodos das carcaças de suínos abatidos e de comparar os métodos de isolamento do Complexo Mycobacterium avium (MAC), coloração de Ziehl-Neelsen (ZN), exames histopatológico e de imunohisto-química (IHQ) para o diagnóstico da linfadenite granulomatosa causada por micobactérias do MAC. Foram utilizadas 431 amostras de linfonodos colhidos de 394 carcaças de suínos abatidos em 12 frigoríficos da Região Sul do Brasil, com o Serviço de Inspeção Federal (SIF). Os linfonodos que apresentavam lesões granulomatosas foram submetidos aos exames histológicos, ZN e IHQ com anticorpo monoclonal produzido com extrato celular de M. avium. A concordância entre os exames foi medida pelo teste Kappa, com nível de confiança de 95%. O exame macroscópico realizado pelo SIF identifica corretamente 90,3% das lesões granulomatosas, quando comparado com o exame histológico e a maioria das carcaças (92,5) apresentam lesões apenas nos linfonodos cadeia alimentar. O exame histológico confirmou a presença de lesões granulo-matosas em 90,3% dos linfonodos. As concordâncias entre os exames histopatológico e coloração de ZN (Kappa: 0,342) e de IHQ e o isolamento do MAC (Kappa: 0,102) foram baixas, porém alta entre os exames de IHQ e histológico com a presença de granulomas típicos nos linfonodos (Kappa: 0,973). O exame de IHQ associado ao exame histopatológico mostrou-se eficiente na identificação das lesões de linfadenite granulomatosa causadas pelo MAC.
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A interpretação das alterações encontradas na necropsia é uma etapa importante para o sucesso do diagnóstico final. Este trabalho tem como objetivo descrever e ilustrar os aspectos anatômicos, não lesões, artefatos, lesões sem significado clínico e alterações post mortem encontradas em suínos domésticos e selvagens. Além disso, também se recomenda técnicas de colheita de tecidos para o diagnóstico de doenças que acometem essa espécie. Os principais aspectos anatômicos e não lesões descritos são fímbrias linguais, quadrilátero esofágico, toro pilórico e demarcação do padrão lobular do fígado (sistema gastrintestinal); tonsilas do palato mole, tecido linfoide associado ao estômago, placas de Peyer do intestino delgado e dobras da margem do baço (sistema hematopoiético); mediastino proeminente do testículo e aréolas da placenta (sistema reprodutor); atelectasia pulmonar e apêndice decidual (feto); e glândulas carpais (sistema tegumentar). Os artefatos de eutanásia abordados são petéquias na superfície do pulmão e rim, falsa anemia por sangria, hemorragia subdural por concussão cerebral, pseudo-infartos do baço e aspecto cerebriforme do intestino delgado. As lesões de pouco significado clínico descritas são cistos renais, linfonodos com pigmento de ferro, papilomas e hemangiomas no escroto, ossos no mesentério e hiperemia da mucosa gástrica. As alterações post mortem comumente encontradas são livor mortis, músculos pálidos, pseudomelanose e líquido serosanguinolento nas cavidades torácica e abdominal em fetos.
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We determined the antioxidant status of the aqueous humor after extracapsular lens extraction in 14 mongrel dogs weighing about 10 kg. The animals were examined by slit lamp biomicroscopy, applanation tonometry and indirect ophthalmoscopy. One eye was submitted to conventional extracapsular lens extraction and the other was used as control. Samples of aqueous humor were obtained by anterior chamber paracentesis before and at days 1, 2, 3, 7 and 15 after surgery. Total antioxidant status was determined as the capacity of aqueous humor to inhibit free radical generation by 2,2-azobis(2-amidopropane) chlorine. Ascorbic acid concentration was measured by HPLC with UV detection. Protein content was determined with the biuret reagent. Statistical analysis was performed by ANOVA followed by the Tukey-Kramer test. Protein concentration increased from 0.61 to 22 mg/ml 24 h after surgery. These levels were maintained and returned to normal at day 7. Total antioxidant capacity was reduced from 50 to about 30 min until day 3 and at day 7 it was equal to control. Ascorbic acid levels were reduced from 252 to about 110 µM and then returned to control values at day 15. Considering the importance of ascorbic acid concentration in aqueous humor for the maintenance of the antioxidant status of the anterior segment of the eye, the decrease of antioxidant defenses suggests that the surgical procedures promote an oxidative stress condition in the eye.
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Diabetic retinopathy has been associated with cardiac autonomic dysfunction in both type 1 and type 2 diabetes mellitus (DM) patients. Heart rate (HR) changes during exercise testing indicate early alterations in autonomous tonus. The aim of the present study was to investigate the association of diabetic retinopathy with exercise-related HR changes. A cross-sectional study was performed on 72 type 2 and 40 type 1 DM patients. Autonomic dysfunction was assessed by exercise-related HR changes (Bruce protocol). The maximum HR increase, defined as the difference between the peak exercise rate and the resting rate at baseline, and HR recovery, defined as the reduction in HR from the peak exercise to the HR at 1, 2, and 4 min after the cessation of the exercise, were determined. In type 2 DM patients, lower maximum HR increase (OR = 1.62, 95%CI = 1.03-2.54; P = 0.036), lower HR recovery at 2 (OR = 2.04, 95%CI = 1.16-3.57; P = 0.012) and 4 min (OR = 2.67, 95%CI = 1.37-5.20; P = 0.004) were associated with diabetic retinopathy, adjusted for confounding factors. In type 1 DM, the absence of an increase in HR at intervals of 10 bpm each during exercise added 100% to the odds for diabetic retinopathy (OR = 2.01, 95%CI = 1.1-3.69; P = 0.02) when adjusted for DM duration, A1c test and diastolic blood pressure. In conclusion, early autonomic dysfunction was associated with diabetic retinopathy. The recognition of HR changes during exercise can be used to identify a high-risk group for diabetic retinopathy.
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The maternal history of type 2 diabetes mellitus (DM) has been reported more frequently in patients with type 2 DM than paternal history. The aim of the present study was to determine if there was an association between maternal history of DM and the presence of chronic complications or metabolic syndrome (MetS) in patients with type 2 DM. A cross-sectional study was conducted with 1455 patients with type 2 DM. All outpatients with type 2 diabetes attending the endocrine clinics who fulfilled the eligibility criteria were included. Familial history of DM was determined with a questionnaire. Diabetic complications were assessed using standard procedures. The definition of MetS used was that of the World Health Organization and the National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III report criteria. Maternal history of DM was present in 469 (32.3%), absent in 713 (49.1%) and unknown in 273 patients (18.7%). Paternal history of DM was positive in 255 (17.6%), negative in 927 (63.8%) and unknown in 235 patients (16.1%). The frequency of microvascular chronic complications in patients with and without a positive maternal history of DM was similar: diabetic nephropathy (51.5 vs 52.5%), diabetic retinopathy (46.0 vs 41.7%), and diabetic sensory neuropathy (31.0 vs 37.1%). The prevalence of macrovascular chronic complications and MetS was also similar. Patients with type 2 DM were more likely to have a maternal than a paternal history of DM, although maternal history of DM was not associated with an increased prevalence of chronic complications or MetS.
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The objective of this study was to evaluate the effect of metabolic syndrome (MetS) and its individual components on the renal function of patients with type 2 diabetes mellitus (DM). A cross-sectional study was performed in 842 type 2 DM patients. A clinical and laboratory evaluation, including estimated glomerular filtration rate (eGFR) calculated by the modification of diet in renal disease formula, was performed. MetS was defined according to National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III criteria. Mean patient age was 57.9 ± 10.1 years and 313 (37.2%) patients were males. MetS was detected in 662 (78.6%) patients. A progressive reduction in eGFR was observed as the number of individual MetS components increased (one: 98.2 ± 30.8; two: 92.9 ± 28.1; three: 84.0 ± 25.1; four: 83.8 ± 28.5, and five: 79.0 ± 23.0; P < 0.001). MetS increased the risk for low eGFR (<60 mL·min-1·1.73 (m²)-1) 2.82-fold (95%CI = 1.55-5.12, P < 0.001). Hypertension (OR = 2.2, 95%CI = 1.39-3.49, P = 0.001) and hypertriglyceridemia (OR = 1.62, 95%CI = 1.19-2.20, P = 0.002) were the individual components with the strongest associations with low eGFR. In conclusion, there is an association between MetS and the reduction of eGFR in patients with type 2 DM, with hypertension and hypertriglyceridemia being the most important contributors in this sample. Interventional studies should be conducted to determine if treatment of MetS can prevent renal failure in type 2 DM patients.
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Changes in vascular endothelial growth factor (VEGF) in pulmonary vessels have been described in congenital diaphragmatic hernia (CDH) and may contribute to the development of pulmonary hypoplasia and hypertension; however, how the expression of VEGF receptors changes during fetal lung development in CDH is not understood. The aim of this study was to compare morphological evolution with expression of VEGF receptors, VEGFR1 (Flt-1) and VEGFR2 (Flk-1), in pseudoglandular, canalicular, and saccular stages of lung development in normal rat fetuses and in fetuses with CDH. Pregnant rats were divided into four groups (n=20 fetuses each) of four different gestational days (GD) 18.5, 19.5, 20.5, 21.5: external control (EC), exposed to olive oil (OO), exposed to 100 mg nitrofen, by gavage, without CDH (N-), and exposed to nitrofen with CDH (CDH) on GD 9.5 (term=22 days). The morphological variables studied were: body weight (BW), total lung weight (TLW), left lung weight, TLW/BW ratio, total lung volume, and left lung volume. The histometric variables studied were: left lung parenchymal area density and left lung parenchymal volume. VEGFR1 and VEGFR2 expression were determined by Western blotting. The data were analyzed using analysis of variance with the Tukey-Kramer post hoc test. CDH frequency was 37% (80/216). All the morphological and histometric variables were reduced in the N- and CDH groups compared with the controls, and reductions were more pronounced in the CDH group (P<0.05) and more evident on GD 20.5 and GD 21.5. Similar results were observed for VEGFR1 and VEGFR2 expression. We conclude that N- and CDH fetuses showed primary pulmonary hypoplasia, with a decrease in VEGFR1 and VEGFR2 expression.