438 resultados para Italianos Rio Grande do Sul
Resumo:
No mês de julho de 1974, no plano de estudo da endemia chagásica na Zona Sul do Rio Grande do Sul, foram colhidas 360 amostras de sangue e registrado igual número de eletrocardiogramas entre as populações rurais de 10 localidades do MunicÃpio de Encruzilhada do Sul (R. G. do Sul). Dez amostras não puderam ser utilizadas por material insuficiente, anticomplementaridade etc. Das 350 submetidas à fixação de complemento, 104 reagiram positivamente para a Doença de Chagas (29,71%). Dos 350 eletrocardiogramas analisados, 116 apresentaram alterações de vários tipos (33,14%), sendo que 41 pertencem aos 104 indivÃduos com sorologia positiva (39,42%) e 75 aos 246 indivÃduos com sorologia negativa (30,46%) A diferença percentual de 8,94% entre os dois grupos não se mostrou estatisticamente significativa, Portanto a positividade sorológica parece não ser fator condicionante de um maior Ãndice de alterações eletrocardiográficas, a exemplo do que acontece em outras zonas endêmicas. O Autor compara os resultados atuais com aqueles obtidos em 1954 por Brant e Cols. no mesmo MunicÃpio, para concluir que neste intervalo de tempo houve um substancial aumento na prevalência sorológica e nas alterações eletrocardiográficas, sem que contudo se delineasse um maior Ãndice de alterações nos indivÃduos com positividade sorológica.
Resumo:
Com a finalidade de avaliar o emprego do AntÃgeno Látex na triagem de pacientes portadores de infecção chagásica o mesmo foi comparado com a Fixação de Complemento em placa e com a Hemoaglutinação, em 3 grupos de soros: a) 920 soros procedentes de inquérito epidemiológicos; b) 131 soros procedentes de pacientes hospitalizados; c) 90 soros procedentes de pacientes hospitalizados e familiares; Os resultados mostraram baixos Ãndices de co-positividade nos três grupos, evidenciando assim escassa sensibilidade por parte do antÃgeno Látex. Também a comparação entre a Hemoaglutinação e o AntÃgeno Látex, realizada nos 90 soros do grupo e evidenciou baixo Ãndice de co-positividade. A conclusão dos Autores é que o AntÃgeno Látex, pela sua escassa sensibilidade, e conseqüente porcentagem de soros falsos negativos, não encontra indicação na triagem sorológica em inquérito epidemiológicos, e na triagem de pacientes hospitalizados.
Resumo:
Foram examinadas 379 amostras de sangue colhidas ao acaso entre moradores de 6 localidades do MunicÃpio de Jaguarão. A reação de Guerreiro-Machado resultou positiva em 10 (2,64%). Analisando a naturalidade dos positivos nenhum deles resultou ser natural do MunicÃpio de Jaguarão. O pequeno número de positivos não permite estabelecer correlação entre prevalência sorológica e alterações eletrocardiográficas. Estas últimas apresentaram Ãndices de prevalência elevados e isto parece estar relacionado com a presença de valores tensionais alterados em uma alta porcentagem das pessoas examinadas. Conclui-se que a Doença de Chagas não existe em forma endêmica no MunicÃpio de Jaguarão e que os altos Ãndices de alterações eletrocardiográficas encontrados guardam relação com a prevalência de valores tensionais alterados na população examinada.
Resumo:
O trabalho analisa 4.758 correlações sorológicas eletrocardiográficas feitas em populações rurais não selecionadas de 17 municÃpios da Zona Sul do Rio Grande do Sul. A sorologia baseou-se na reação de fixação de complemento para doença de Chagas e os ECG foram interpretados segundo critérios da American Heart Association. 330 ECG alterados pertenciam aos 803 indivÃduos soropositivos (41,1%) e 1.287 aos 3.955 soronegativos (32,5%). O gradiente de 8,5% a favor dos positivos mostrou-se significativo a nÃvel de p < 0,001. As alterações acompanhadas por diferenças significativas entre positivos e negativos foram justamente aquelas consideradas caracterÃsticas de miocardiopatia chagásica (BCRD, HBDAE, extrassistolia ventricular, alterações de ST eTe áreas de necrose e/ou fibrose. Estes fatos permitem concluir que a infecção pelo Trypanosoma cruzi é fator importante de agressão miocárdica numa parcela significativa da população rural da área endêmica de doença de Chagas no Rio Grande do Sul.
Resumo:
O autor relata as primeiras informações epidemiológicas sobre surtos de tungÃase (Tunga penetrans) no Rio Grande do Sul.
Inquérito intradérmico com histoplasmina e paracoccidioidina em duas regiões do Rio Grande do Sul
Resumo:
Entre agosto e outubro de 1992, realizou-se estudo de prevalência de Intradermorreação com histoplasmina e paracoccidioidina nas cidades de Cachoeira do Sul (Vale do Rio JacuÃ) e Santo Ângelo (Encosta Ocidental do Planalto), Rio Grande do Sul, Brasil. O teste cutâneo foi aplicado em 193 soldados em Cachoeira do Sul e 161 soldados de Santo Ângelo, ambos grupos com idade entre 17 e 19 anos. Em Cachoeira do Sul a prevalência de testes positivos para o histoplasmina foi de 89% e para a paracoccidioidina foi de 82%. Em Santo Angelo 48% das reações intradérmicas foram positivas para histoplasmina e 39% para paracoccidioidina.
Resumo:
São relatados os primeiros casos de paracoccidioidomicose com envolvimento ósseo observados no Rio Grande do Sul. Comentam-se os achados clÃnico-radiológicos e destacam-se peculiaridades observadas nos casos sul-riograndenses.
Resumo:
São relatados 12 casos de cromoblastomicose diagnosticados no interior do Rio Grande do Sul, no perÃodo 1988-1995. Os aspectos clÃnicos e evolutivos são analisados e comparados com a literatura. O único agente isolado foi Fonsecaea pedrosoi.
Resumo:
Relatam-se oito casos de criptococose não associada à AIDS diagnosticados em Santa Maria, RS, no perÃodo 1961-1995. É revisada a literatura sul-riograndense sobre a micose e comentada a prevalência da infecção pela var. neoformans em pacientes sem doença predisponente nas regiões subtropicais.
Resumo:
É relatado o primeiro caso autóctone de paracoccidioidomicose disseminada aguda/subaguda ocorrido em criança no Rio Grande do Sul. A doença iniciou com adenomegalias superficiais generalizadas, seis meses antes da internação hospitalar. O diagnóstico foi feito através de biópsia de gânglio cervical. É comentado o espectro de formas clÃnicas da micose observado nesse Estado.
Resumo:
Foram estudados 31 casos de esporotricose diagnosticados na região central do Rio Grande do Sul, no perÃodo 1988-1997. Os dados obtidos foram comparados com os de um estudo de três décadas anteriores, evidenciando decréscimo na incidência da micose e alteração no perfil da infecção, com diminuição de casos em pacientes residentes na zona rural, em crianças, mulheres e agricultores. Na última década, a micose foi mais freqüente no adulto residente na zona urbana, de profissões variadas, estando o inÃcio da doença freqüentemente associada ao lazer rural, como pescarias e caçadas.
Resumo:
A população estudada foi composta por 2.126 gestantes atendidas em unidades do Sistema Único de Saúde da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Após o screening sorológico inicial ocorreu o acompanhamento das gestantes, durante o pré-natal, e de seus bebês. Foram realizadas dosagens de IgG, IgM, IgA, Avidez de IgG, inoculação em camundongos, PCR e coleta de placenta e de cordões umbilicais para realizar a técnica de imuno-histoquÃmica além de avaliações clÃnicas. Das gestantes avaliadas, 74,5% eram IgG reagentes e 3,6% IgM reagentes. Nas avaliações oftalmológicas, foi observada lesão em dez gestantes e uma criança apresentou lesões oftalmológicas e calcificações cerebrais. A presença de IgM especÃfico anti-T.gondii, durante toda a gestação não caracterizou a fase aguda recente da infecção, fazendo-se necessária a realização de testes complementares. Ressalta-se a importância do acompanhamento de neonatos de mães com sorologia compatÃvel com a infecção mesmo sem sinais e sintomas sugestivos de toxoplasmose congênita.
Resumo:
A partir de relato de diagnóstico de leishmaniose visceral em cinco cães dos municÃpios de Santa Maria, Itaara e Júlio de Castilhos, no centro do Estado do Rio Grande do Sul, foi realizado levantamento sorológico através de teste de imunofluorescência indireta em sangue obtido em papel de filtro de 40 cães de Santa Maria, 20 de Itaara e 11 de Júlio de Castilhos, em geral relacionados aos cinco cães considerados como positivos. Além destes, foi também examinado o sangue de 44 cães vadios de Júlio de Castilhos, 68 de Cachoeira do Sul e 20 de Caçapava do Sul. Soros fracamente reagentes com tÃtulos < 1:40 foram avaliados em ensaios de Ensaio Imuno-enzimático. Amostras de fÃgado, baço, pulmão e linfonodos de um sexto cão de Santa Maria, considerado como positivo à necropsia, foram examinadas através de histopatologia e PCR. Todos os resultados dos 204 cães foram negativos, indicando que, apesar de não ser impossÃvel a ocorrência de leishmaniose visceral na região, por vários fatores aqui discutidos, ela deve ser pelo menos extremamente rara, sendo necessários estudos mais detalhados do material dos cinco cães tidos como positivos.
Resumo:
Para investigar a presença de helmintos, agentes de zoonoses parasitárias, foram examinadas 237 amostras fecais de cães, na área central do principal balneário do litoral sul do Rio Grande do Sul. As principais contaminações foram: ovos e larvas do gênero Ancylostoma (71,3%), ovos de Trichuris (32,5%) e Toxocara (9,3%).
Resumo:
Este trabalho descreve os aspectos epidemiológicos e clÃnico-laboratoriais de 111 casos de histoplasmose disseminada provenientes do Rio Grande do Sul, no perÃodo de 25 anos (1977-2002). CaracterÃsticas da doença foram analisadas em pacientes com e sem aids. A aids foi doença predisponente em 70 (63,1%) pacientes. Nos dois grupos houve predomÃnio de homens, brancos, sem história de contato conhecido com microfocos contaminados com Histoplasma capsulatum var capsulatum. As principais manifestações clÃnicas foram de caráter sistêmico como febre e emagrecimento (presentes em 97,1 e 92,7% dos pacientes com e sem aids), seguidos de manifestações respiratórias e mucocutâneas. A soromicologia (positiva em 54,5 e 65,3% respectivamente) se mostrou um bom método de triagem diagnóstica. O alto Ãndice de acometimento cutâneo no grupo com aids (44,3%) comparado com estudos norte-americanos (p<0,01) sugere que diferentes cepas do Histoplasma capsulatum possam ocasionar diferentes manifestações clÃnicas da doença.