105 resultados para Industrias Medidas de seguridad.
Resumo:
FUNDAMENTO: A associao entre parmetros antropomtricos e carga aterosclertica ainda no est bem estabelecida e poucos estudos na literatura abordam esse tema. OBJETIVO: Avaliar a associao de diferentes parmetros antropomtricos com a carga aterosclertica coronariana. MTODOS: Participaram do estudo pacientes adultos submetidos cineangiocoronariografia. Dados sociodemogrficos e fatores de risco cardiovasculares foram coletados em um questionrio padronizado. Foram medidos peso, altura, circunferncia da cintura (CC), circunferncia abdominal (CABD), circunferncia do quadril (CQ) e circunferncia do pescoo (CP), com o clculo do ndice de massa corporal (IMC) e das relaes cintura-quadril (RCQ), circunferncia abdominal-quadril (RCABDQ) e cintura-altura (RCALT). A carga aterosclertica coronariana na cineangiocoronariografia foi medida pelo Escore de Friesinger (EF). Aterosclerose significativa foi considerada quando o EF > 5. RESULTADOS: A amostra foi constituda por 337 pacientes, dos quais 213 eram homens (63,2%). A idade mdia foi de 60,1 10 anos. Somente a RCQ (r = 0,159 e p = 0,003) apresentou correlao linear significativa com a carga aterosclertica coronariana medida pelo EF. Quando separamos a amostra por gnero, nas mulheres encontramos correlao significativa da RCABDQ (r = 0,238 e p = 0,008) e da RCQ (r = 0,198 e p = 0,028) com o EF. No se encontrou nos homens correlao entre parmetros antropomtricos e EF. Aps os ajustes para as variveis sexo, idade, HAS, tabagismo e DM, nenhum parmetro antropomtrico foi associado com a carga aterosclertica coronariana medida pelo EF na amostra total ou separada por gnero. CONCLUSO: Nenhum parmetro antropomtrico foi fator de risco independente para a carga aterosclertica coronariana.
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FUNDAMENTO: O sobrepeso e a obesidade so um importante problema de sade pblica na sociedade pela sua associao com diversas doenas crnicas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo determinar a prevalncia e a distribuio de sobrepeso e obesidade, usando diferentes medidas antropomtricas, e identificar o melhor indicador antropomtrico intimamente relacionado aos fatores de risco de Doenas Cardiovasculares (DCV) em populao iraniana urbana. MTODOS: O presente estudo transversal foi realizado com 991 homens e 1.188 mulheres de 15 a 64 anos. Foram medidos ndice de Massa Corporal (IMC), Circunferncia Abdominal (CA), Relao Cintura-Quadril (RCQ), Relao Cintura-Altura (RCA) e porcentagem de gordura corporal. Foi obtida amostra de sangue em jejum. Foram avaliados os fatores de risco cardiovascular, incluindo glicemia de jejum, triglicerdeos, colesterol total (col-T), colesterol de baixa densidade (LDL-colesterol) e colesterol da lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol). RESULTADOS: Em relao ao IMC, 49% dos homens e 53% das mulheres estavam acima do peso ou obesos, e 10,2% dos homens e 18,6% das mulheres encontravam-se obesos. Tanto nos homens quanto nas mulheres, a prevalncia de sobrepeso esteve maior entre aqueles com 40-49 anos de idade, e a prevalncia de obesidade esteve maior entre aqueles com 50 anos ou mais. Usando a anlise de regresso mltipla, IMC, RCA e RCQ explicaram o maior percentual de variao de triglicerdeos, razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em homens, respectivamente, ao passo que RCQ explicou o maior percentual de variao de triglicerdeos e CA explicou o maior percentual de variao da razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em mulheres. CONCLUSO: Nossos dados indicam que RCQ e RCA foram os indicadores antropomtricos que melhor previram fatores de risco cardiovascular em homens e RCQ e CA, em mulheres.
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FUNDAMENTO: A hipertenso arterial importante fator de risco para Doena Arterial Obstrutiva Perifrica dos Membros Inferiores (DAOMI). Entretanto, a correlao entre presso arterial e Presso de Pulso (PP) com a gravidade da DAOMI e o prejuzo funcional decorrente dessa doena ainda no est bem estabelecida na populao brasileira. OBJETIVO: Verificar se h correlao entre presso arterial, PP, gravidade da DAOMI e capacidade funcional de pacientes com DAOMI sintomtica. MTODOS: FORAM avaliados 65 pacientes (62,2 8,1 anos; 56,9% do sexo masculino), divididos em dois grupos: presso arterial normal (A) e elevada (B). A gravidade da DAOMI foi avaliada por meio do ndice Tornozelo-Braquial (ITB) e a capacidade funcional, pelas distncias total e livre de dor percorridas em teste de marcha. RESULTADOS: O grupo A foi constitudo por 17 (26,1%) pacientes. A Presso Arterial Sistlica (PAS), diastlica e a PP foram, respectivamente, 125,4 11,7; 74,5 9,1 e 50,9 10,0 mmHg, para o grupo A, e 160,7 19,6; 90,0 12,2 e 70,7 20,2 mmHg, para o grupo B. O ITB foi significativamente menor no grupo B (0,66 0,12 vs 0,57 0,13, p < 0,05). PAS e PP correlacionaram-se com a gravidade da DAOMI e com as distncias percorridas em teste de marcha. Pacientes com PP > 40 mmHg percorreram menores distncias. CONCLUSO: A PAS e a PP correlacionaram-se de forma significativa com as distncias percorridas em teste de marcha, sugerindo que sejam marcardores clnicos da limitao da capacidade funcional em pacientes com DAOMI sintomtica.
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FUNDAMENTO: Medidas ainda hoje utilizadas como referncia na ressonncia magntica cardaca foram obtidas principalmente de estudos realizados em populaes norte-americanas e europeias. OBJETIVO: Obter medidas do dimetro diastlico, dimetro sistlico, volume diastlico final, volume sistlico final, frao de ejeo e massa miocrdica dos ventrculos esquerdo e direito em brasileiros. MTODOS: Foram submetidos ressonncia magntica cardaca, utilizando tcnica de precesso livre em estado de equilbrio, 54 homens e 53 mulheres, com idade mdia de 43,4 13,1 anos, assintomticos, sem cardiopatias. RESULTADOS: As mdias e os desvios padro dos parmetros do ventrculo esquerdo foram: dimetro diastlico = 4,8 0,5 cm; dimetro sistlico = 3,0 0,6 cm; volume diastlico final = 128,4 29,6 mL; volume sistlico final = 45,2 16,6 mL; frao de ejeo = 65,5 6,3%; massa = 95,2 30,8 g. Para o ventrculo direito, foram: dimetro diastlico = 3,9 1,3 cm; dimetro sistlico = 2,5 0,5 cm; volume diastlico final = 126,5 30,7 mL; volume sistlico final = 53,6 18,4 mL; frao de ejeo = 58,3 8,0% e massa = 26,1 6,1 g. As massas e os volumes foram significativamente maiores nos homens, exceto para o volume sistlico final do ventrculo esquerdo. A frao de ejeo do ventrculo direito foi significativamente maior nas mulheres. Houve correlao significativa e inversa do volume sistlico do volume direito com o aumento da idade. CONCLUSO: Este estudo descreveu, pela primeira vez, medidas cardacas obtidas pela ressonncia magntica cardaca em brasileiros assintomticos, sem cardiopatias, mostrando diferenas de acordo com o gnero e a idade.
Resumo:
A gordura epicrdica (GE) um depsito de gordura visceral, localizado entre o corao e o pericrdio, que compartilha muitas das propriedades fisiopatolgicas dos demais depsitos de gordura visceral, mas com potenciais efeitos locais diretos no processo inflamatrio e aterosclertico coronariano. Ecocardiografia, tomografia computadorizada e ressonncia magntica tm sido utilizadas para avaliar a GE, mas variaes entre as metodologias limitam a comparabilidade entre elas. Realizamos uma reviso sistemtica da literatura e encontramos associaes de GE com sndrome metablica e doena arterial coronariana. A quantificao dessas associaes limitada pela grande heterogeneidade dos mtodos utilizados e das populaes estudadas, sendo a maior parte dos sujeitos com alto risco para doena cardiovascular. A GE tambm est associada com outros fatores conhecidos, tais como, obesidade, diabetes mellitus, idade e hipertenso, o que dificulta interpretar seu papel independente como marcador de risco. Baseado nesses dados, conclumos que a GE um depsito de gordura visceral com potencial implicao na doena arterial coronariana. Descrevemos os valores de referncia da GE nos diferentes mtodos de imagem, ainda que os mesmos no estejam validados para emprego clnico. Ainda necessrio melhor definir os valores de referncia normais e o risco associado GE, para ento definir sua utilidade na avaliao de risco cardiovascular e metablico em relao aos outros critrios atualmente empregados.
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FUNDAMENTO: A obesidade tem sido identificada como importante fator de risco no desenvolvimento de doenas cardiovasculares, porm outros fatores exercem influncia, combinados ou no obesidade, e devem ser considerados na estratificao de risco cardiovascular em pediatria. OBJETIVO: Analisar a associao entre medidas antropomtricas e fatores de risco cardiovascular, investigar os determinantes para as mudanas da presso arterial (PA) e propor uma equao de predio para circunferncia de cintura (CC) em crianas e adolescentes. MTODOS: Foram avaliadas 1.950 crianas e adolescentes, com idade entre 7-18 anos. Foi investigada a gordura visceral pela CC e a relao cintura-quadril, PA e ndice de massa corporal (IMC). Em uma subamostra selecionada aleatoriamente desses voluntrios (n = 578), foram medidos o colesterol total, a glicemia e os triglicerdeos. RESULTADOS: A CC se correlacionou positivamente com o IMC (r = 0,85; p < 0,001) e a PA (PAS r = 0,45 e PAD = 0,37; p < 0,001). A glicemia e os triglicerdeos apresentaram correlao fraca com a CC (r = 0,110; p = 0,008 e r = 0,201; p < 0,001, respectivamente). O colesterol total no se correlacionou com nenhuma varivel. Idade, IMC e CC foram preditores significativos nos modelos de regresso para PA (p < 0,001). Prope-se uma equao de predio da CC para crianas e adolescentes: meninos: y = 17,243 + 0,316 (altura em cm); meninas: y = 25,197 + 0,256 (altura em cm). CONCLUSO: A CC est associada com fatores de risco cardiovascular e apresenta-se como fator preditor de risco para hipertenso em crianas e adolescentes. A equao de predio para CC proposta em nosso estudo deve ser testada em futuros trabalhos.
Resumo:
Estudou-se a variao diurna da transpirao de quatro porta -enxertos de citros, durante 12 horas, em intervalos de 60 minutos, pelo mtodo das pesagens. Verificou-se que no ocorreu diferenas estatsticas na marcha diria da transpirao, entre Poncirus trifoliata, Citrus aurantium (laranja "Azeda"), Citrus sinensis (laranja "Caipira") e Citrus limonia (limo "Cravo"). O limoeiro "Cravo" mostrou, nas condies estudadas, rea foliar superior Poncirus, laranja "Azeda" e laranja "Caipira". Observou-se ainda uma correlao positiva entre a rea foliar e a transpirao dos quatro porta-enxertos de citros.
Resumo:
apresentada uma rpida introduo emque o presente estudo situado dentro do programa de trabalho do Instituto de Malariologia, no litoral sul do Brasil. Em seguida, com o auxlio de uma srie de grficos, mostrada a distribuio dos valores da temperatura do ar, da umidade relativa e da evaporao, nas trs zonaes e entre os estratos da mata. Com o intuito de permitir a outros pesquisadores a correlaoentre os dados colhidos e observaes referentes ao comportamento dos mosquitos, so apresentados, alm das mdias e totais mensais, os valores obtidos de dia e de noite. Dsse conjunto de dados possvel tirar, entre outras, as seguintes concluses: 1. Temperatura do ar: De uma maneira geral, na mata, as mdias so mais baixas do que ao ar livre. Entretanto, no inverno, principalmente em meses de cu muito limpo, pode dar-se o contrrio. Os valores obtidos nas diversas zonaes, mesma altura, foram, no vero, quase iguais, com ligeira tendncia para a estratificao normal. J no inverno as mdias foram bastante influenciadas pela inverso noturna e se apresentaram com diferenas maiores. Numa mesma zonao as mdias foram sempre mais elevadas nos estratos superiores do que nos inferiores. 2. Umidade relativa: As mdias obtidas nos postos da mata, dependendo da sua localizao, foram mais altas ou mais baixas do que as tomadas ao ar livre. Entre os mesmos estratos de vegetao os valores foram sempre maiores no vale, menores no alto da elevao e intermedirios na encosta. Em cada zonao as mdias foram sempre mais baixas junto copa das rvores, do que sob os arbustos. A inverso de temperatura, que se verifica noite, afeta pouco a distribuio da mdias da umidade relativa. 3. Evaporao: A evaporao , durante o dia, mais elevada ao ar livre do que sob os arbustos da mata, o que nem sempre se verifica noite. Dentre as zonaes, o alto da elevao apresentou, sempre, totais maiores. No inverno os valores diurnos da encosta...
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Em continuao a um artigo anterior (I), so apresentados os valores mdios mensais das seguintes observas: efeito do abrigo, temperaturas extremas, amplitude trmica diria, temperatura do solo, radiao global, velocidade do vento e dficit de saturao. O exame, dos grficos e tabelas contidos no texto, mostra que: 1 - Enquanto em locais livremente expostos ao vento a diferena entre a temperatura lida dentro do abrigo tipo "Stevenson" e a obtida com o psicrmetro ventilado, s excepcionalmente tem significado estatstico, na mata as diferenas mdias da ordem de 0,5C so comuns, em qualquer das horas de observao. 2 - As maiores mdias das temperaturas mximas foram sempre as obtidas ao ar livre. Na mata elas so mais elevadas no vale e mais baixas no alto da elevao. 3 - As diferenas entre as temperaturas mnimas s so ntidas no inverno, quando em alguns pontos da mata elas so mais baixas e em outros mais altas do que as observadas ao ar livre. Nos meses mais frios a inverso noturna pde provocar, na mata, uma diferena mdias de 3C para um desnvel de 100 m. 4 - A no ser no vale, onde foram registrados alguns valores mdios iguais aos observados aos ar livre, a amplitude trmica diria sempre menor na mata. 5 - A evoluo da curva da temperatura do solo influenciada pela situao topogrfica e pela proteo oferecida pela vegetao. 6 - A atenuao da velocidade do vento provocada principalmente pelas copas das rvores. Abaixo dess estrato, praticamente no foi registrada variao nos valores mdios da velocidade do vento. 7 - Para o estudo do estado higromtrico do ar, dentro da mata, o dficit de saturao fornece melhors informaes do que a umidade relativa.
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The control measures preconized by Ministrio da Sade/Fundaao Nacional de Sade for 1990/1991, started to have a new focus when significant advances were evidenced in the two last decades and after internal meetings with participation of the cientific community interested in accompanting the actions directed to the control of schistosomiasis in our country. Since then, the priority started to be the suppressing of the occurence of advanced clinical forms, having as an objective, the detection and treatment of all carrier of Schistosoma mansoni. Beyond the control measures, factors that may interfere in the application of those measures were also boarded, the diverse phasis of field operations, the work methodology and results obtained in the first semester of 1991.
Resumo:
Trata-se de parte de estudo onde avalia-se o conhecimento e a prtica de enfermeiros e ocupacionais de enfermagem em relao a medidas de preveno e controle de infeces hospitalares em vinte e nove hospitais gerais, da cidade de So Paulo. Objetiva, alm de avaliar o conhecimento e a prtica acerca das medidas de preveno e controle das infeces, investigar se existem diferenas entre os nveis de conhecimento e de atuao prtica dos enfermeiros e ocupacionais de enfermagem, quando lotados em diferentes grupos de hospitais: hospitais pblicos com servio de preveno e controle de infeces hospitalares; hospitais pblicos sem servio de preveno e controle de infeces hospitalares; hospitais privados com servio e privados sem o referido servio. Constata-se que existem lacunas no que se refere ao conhecimento e a prtica acerca das medidas de preveno e controle das infeces estudadas e que embora se detectem diferenas significativas para o conhecimento e a prtica dos profissionais e ocupacionais de enfermagem, quando lotados em diferentes grupos de hospitais, a anlise de perguntas isoladas nem sempre distingue, com significncia, os mesmos grupos.
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Este estudo descritivo teve como objetivo avaliar as facilidades e barreiras enfrentadas por enfermeiros com cargo de chefia quanto s medidas preventivas exposio ocupacional envolvendo material biolgico, tendo como base o Modelo de Crenas em Sade de Rosenstock. O estudo foi realizado com 87 enfermeiros de um hospital-escola do interior paulista em 2006. Os dados foram coletados atravs de um roteiro semi-estruturado, com questes abertas e fechadas e analisados pela tcnica de Anlise de Contedo. O equipamento de proteo individual foi citado como a maior facilidade para a preveno de acidentes, porm a falta de adeso ao uso e o uso incorreto foram referidos como barreiras para a preveno de acidentes e como os principais motivos para a ocorrncia destes. importante que estes enfermeiros estejam preparados para desenvolver estratgias individualizadas e motivadoras para adeso ao uso do equipamento de proteo individual em seus setores de trabalho.
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O estudo teve como objetivo determinar efeitos de intervenes em sade sobre hbitos alimentares e medidas fsicas. Trata-se de estudo de interveno quase experimental com usurios de Servio de Sade. Avaliaram-se, portanto, hbitos alimentares, antropometria e presso arterial (PA) e aplicou-se Questionrio de Frequncia Alimentar no ingresso dos indivduos no servio. Intervenes: grupos de atividade fsica e educao nutricional, e acompanhamento nutricional individual. Mensuraram-se os efeitos pela repetio das medidas fsicas e pelo teste Como est sua alimentao. Foram avaliados 167 indivduos (idade mdia=52,512,6; 92,8% mulheres). Aps a interveno, houve reduo da PA sistlica (p=0,02) e do uso de banha animal (p<0,01); aumento do percentual de indivduos com classificao normal para circunferncia da cintura, do consumo dirio de verduras/legumes e leite/derivados (p<0,01). Participar das intervenes foi efetivo para melhorar a alimentao e sade dos usurios, denotando a importncia de intervenes que associem prticas alimentares e atividade fsica para a promoo da sade.
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A taxa de infiltrao de gua no solo, conjuntamente com a taxa de chuva, determina a taxa de enxurrada, constituindo medida importante para a previso de eroso e estudos de conservao do solo. Pode-se medir a taxa de infiltrao por meio de um infiltrmetro de cilindros concntricos (CC) ou de um simulador de chuva (SC). A utilizao do CC requer menos trabalho do que o SC, mas os resultados obtidos com o CC comumente esto em desacordo com as taxas de infiltrao que ocorrem em situaes de chuva natural, possivelmente por causa da formao de uma crosta superficial sob chuva. A formao dessa crosta procede tanto de fatores independentes do manejo do solo, como a intensidade da chuva e a textura do solo, quanto de fatores dependentes do manejo, principalmente a resistncia ao cisalhamento e a cobertura vegetal. Em situaes favorveis ocorrncia de formao de crosta, espera-se que taxas de infiltrao medidas com o CC superestimem as taxas reais durante uma chuva. Para verificar a correlao entre o manejo do solo e a razo das taxas de infiltrao obtidas com CC e SC, essas taxas foram medidas por ambos os mtodos em dois Podzlicos (Ultissolos) da regio sul do Brasil. Os tratamentos diferiram com a cobertura vegetal e com a existncia de crosta superficial. Medidas da taxa de infiltrao com SC foram realizadas com um simulador de chuva com bicos aspersores Veejet 80100, em parcelas de 3,5 x 11,0 m, gerando chuva de intensidade de 64,2 mm h-1, durante 100 a 150 minutos. As parcelas foram delimitadas com chapas de metal e a enxurrada foi coletada no lado inferior por trs segundos a cada trs minutos. O CC consistiu de dois cilindros (dimetros de 0,30 e 0,60 m), cravados no solo at 0,10 m pouco antes da determinao com o SC. A rea dentro dos anis foi inundada e as taxas de infiltrao foram registradas dentro do anel interior, em intervalos de tempo regulares, com trs repeties por parcela. Os resultados mostraram que a taxa de infiltrao final, quando medida com o CC, foi de cinco a 10 vezes superior medida com o SC. Medidas da taxa de infiltrao com o CC diferiram menos das do SC, quando uma cobertura do solo estava presente. Taxas instantneas de infiltrao diferiram menos quando a crosta preexistente foi removida anterior aos testes. Esses resultados mostram que as taxas de infiltrao determinadas pelo CC e SC no podem ser utilizadas em estudos de conservao do solo sem correo e que essa correo deve considerar as condies de manejo, especialmente aquelas relacionadas com a existncia e formao de crosta superficial e com a presena de cobertura vegetal.
Resumo:
O elevado nvel de variabilidade espacial de observaes experimentais de campo da condutividade hidrulica do solo dificulta o planejamento de amostragem e a utilizao e extrapolao de valores mdios, em estudos de campo de dinmica da gua no solo. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi verificar a estabilidade temporal de medidas do teor e do potencial mtrico da gua no solo e sua aplicao como ferramenta para racionalizar a estratgia de amostragem para avaliao da condutividade hidrulica do solo em condies de campo. O experimento de drenagem foi desenvolvido num Latossolo Vermelho-Amarelo em Piracicaba (SP), numa parcela experimental com 50 pontos de observao distanciados de 1 m entre si, nos quais foram medidos o teor de gua (com TDR) e o potencial mtrico (com tensimetros) durante trs semanas de redistribuio da gua no solo. Os resultados mostraram que o mtodo da estabilidade temporal permite identificar, com exatido, os locais mais adequados para as amostragens, possibilitando a reduo do nmero de amostras necessrias e do custo de execuo do esforo amostral para o planejamento de sistemas de uso e manejo de gua na agricultura.