110 resultados para Girassol
Resumo:
Conduziu-se um ensaio em campo na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul, RS, em 1989/90. O objetivo foi determinar o efeito dos herbicidas clomazone, chlorimuronethyl, imazaquin e imazethaphyr, aplicados em três doses à superfície do solo (PRE) ou incorporados no mesmo (PPI), sobre o rendimento de aquênios de girassol e seus componentes. Os herbicidas de solo para controle de plantas daninhas na cultura da soja com maior potencial de dano ao girassol cultivado em sucessão, conforme indicado pelo rendimento de aquênios, foram os seguintes, em ordem decrescente: imazaquin > clomazone > imazethapyr> chlorimuron-ethyl. O efeito mais pronunciado dos herbicidas foi a redução da população de plantas. Este foi o fator que mais influenciou no rendimento do girassol.
Resumo:
Com o objetivo de determinar o período adequado de semeadura da cultura do girassol (Helianthus annuus), em relação à aplicação de 2,4-D, foi realizado um experimento em condições de campo da área experimental da Embrapa Soja, Londrina-PR, durante o ano agrícola 1995/96. Os tratamentos estabelecidos foram doses do herbicida 2,4-D (0,0, 536 e 1.005 g e.a. ha-1 ) e épocas de semeadura da cultura. Dessa forma, a semeadura foi realizada um dia antes da aplicação do produto (-1 dia), no dia da aplicação (0 dia) e a 1, 4, 7, 10 e 13 dias depois da aplicação do herbicida. Os resultados indicaram que o girassol sofreu injúrias mais severas nas três primeiras épocas de semeadura (-1, 0 e 1). Aumentando o tempo entre a aplicação das doses do herbicida e a semeadura do girassol, observaram-se menores danos causados à cultura. O experimento permitiu concluir que áreas tratadas com o 2,4-D nas doses de 536 e 1.005 g e.a. ha-1 podem ser cultivadas com girassol, desde que se mantenha um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação do herbicida e a sua semeadura.
Resumo:
Os objetivos deste experimento foi avaliar a resposta do girassol às aplicações de boro (B), isoladas ou em mistura com herbicidas, e o controle de plantas daninhas por meio de experimento conduzido na Embrapa Soja, Londrina-PR. Os tratamentos foram acetochlor (1,92 kg i.a. ha-1), oxyfluorfen (0,36 kg i.a. ha-1), sulfentrazone (0,35 kg i.a.ha-1), trifluralin (1,80 kg i.a. ha-1) e as testemunhas capinada e sem capina. Todos os tratamentos foram aplicados, isoladamente ou em mistura, com 2 kg ha-1 de B (Na2B4O7.10H2 0 - bórax e H3BO3 - ácido bórico). O tratamento mais eficiente foi acetochlor mais ácido bórico; essa combinação resultou em solução mais homogênea da calda de pulverização, quando comparada com os herbicidas mais bórax. O herbicida acetochlor aplicado isoladamente ou em mistura com as duas fontes de B foi eficiente no controle da trapoeraba (Commelina benghalensis), do picão-preto (Bidens pilosa) e da corda-de-viola (Ipomoea grandifolia). Os herbicidas oxyfluorfen e sulfentrazone, aplicados isoladamente ou em misturas com as duas fontes de B, foram eficientes no controle do amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) e da corda-de-viola, respectivamente. É viável a aplicação de boro juntamente com os herbicidas testados nesta pesquisa em mistura em tanque, evitando a deficiência desse micronutriente e controlando as plantas daninhas na cultura do girassol.
Resumo:
Embora o herbicida atrazine aplicado na cultura do milho seja seletivo para esta cultura, pode causar fitotoxicidade em cultivos em sucessão/rotação. Dois experimentos foram conduzidos em campo, a fim de avaliar o efeito residual do herbicida atrazine aplicado na cultura do milho sobre a cultura do girassol em sucessão. Um deles foi conduzido no município de Montividiu-GO e o outro em Londrina-PR. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas subdivididas. Intervalos entre a aplicação do herbicida atrazine na cultura do milho e a semeadura da cultura do girassol foram dispostos nas parcelas, e as doses de atrazine aplicadas na cultura do milho, nas subparcelas. Em Montividiu, o girassol foi semeado aos 90, 116 e 128 dias após a aplicação (DAA) das doses de 0 (testemunha sem aplicação), 1,5 e 2,5 kg ha-1 de atrazine. Em Londrina, o girassol foi semeado aos 60, 90 e 120 DAA das doses de 0 (testemunha sem aplicação), 3,0 e 6,0 kg ha-1 de atrazine. A produtividade da cultura do girassol sofreu reduções significativas, em função dos resíduos de atrazine na semeadura realizada aos 60 dias após a aplicação das doses de 3,0 e 6,0 kg ha-1. Nenhuma das características avaliadas na cultura do girassol foi afetada significativamente pelos resíduos do herbicida quando a semeadura foi realizada aos 90, 116, 120 e 128 dias após a aplicação das doses de atrazine na cultura do milho em ambos os locais estudados.
Resumo:
Dois experimentos foram conduzidos na Embrapa Soja, Londrina-PR, com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes períodos de interferência de plantas daninhas sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura do girassol. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os períodos de interferência consistiram em manter a cultura na presença e na ausência das espécies daninhas por 7, 14, 21, 28, 42, 49, 56, 70, 84 e 118 dias após a emergência (DAE) da cultura (total do ciclo). A comunidade infestante existente na área experimental era composta, principalmente, de picão-preto (Bidens subalternans) e plantas voluntárias de trigo. Foram determinados a densidade e o peso da matéria seca das plantas daninhas, o rendimento de óleo e a produtividade da cultura. A presença da comunidade infestante proporcionou perdas diárias de 1,1 e 2,5 kg ha-1 para o rendimento de óleo e a produtividade, respectivamente. Na ausência das espécies daninhas, até 30 DAE, houve ganho diário de 6,5 kg ha-1 de rendimento de óleo e de 14,4 kg ha-1 de produtividade de grãos. A convivência do girassol com as plantas daninhas até 21 DAE não causou efeito sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura, correspondendo ao período anterior à interferência (PAI). O período total de prevenção da interferência (PTPI) foi de 30 DAE e o período crítico de prevenção da interferência (PCPI), dos 21 aos 30 dias após a emergência da cultura do girassol.
Resumo:
Determinações bioquímicas e físico-químicas são úteis para verificar o tipo de interação herbicida. Três experimentos foram conduzidos com dois herbicidas geradores de estresse oxidativo para demonstrar o possível sinergismo em sua associação. Plantas de girassol foram cultivadas em solução nutritiva até o estádio de dois pares de folhas, quando então os herbicidas foram aplicados. Os tratamentos consistiram de metribuzin a 0 e 0,28 µmol L-1 e clomazone a 0 e 80 µmol L-1, com quatro repetições, isolados e em mistura. No material coletado, três dias após a aplicação, determinou-se o malondialdeído (MDA), pelo método das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Em outro experimento, os herbicidas foram testados sobre 40 discos de 4 mm de folhas de girassol imersas em 5 mL de tampão MES-NaOH, em pH 6,5. Os tratamentos consistiram de metribuzin a 0 e 12 µmol L-1 e clomazone a 0 e 237 µmol L¹, com quatro repetições, isolados e em mistura. Os discos foliares tratados foram incubados por 24 h no escuro a 24 ºC e por 36 h sob luz, à mesma temperatura. A condutividade eletrolítica da solução foi então medida. Em relação ao metribuzin e clomazone aplicados isoladamente, a mistura dos dois herbicidas aumentou o equivalente MDA em 217 e 166%, e a condutividade eletrolítica, em 37 e 41%, respectivamente. Esses resultados demonstram, em nível bioquímico e físico-químico, a existência de sinergismo na mistura de metribuzin e clomazone, nas doses estudadas.
Resumo:
Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de avaliar o controle de plantas daninhas em pré-semeadura da soja (Glycine max) e do girassol (Helianthus annuus), por meio de aplicações de herbicidas dessecantes, isolados ou em combinação com boro, bem como a resposta dessas culturas à aplicação desse micronutriente. Nas parcelas de soja, foram aplicados os tratamentos glyphosate (1,44 kg e.a. ha-1), glyphosate potássico (2,48 kg i.a. ha-1), diuron (0,2 kg i.a. ha-1) + paraquat (0,4 kg i.a. ha-1), e paraquat (0,400 kg i.a. ha-1). Nas parcelas de girassol, foram aplicados os tratamentos glyphosate (0,54 kg e.a. ha-1), glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1), glyphosate potássico (1,24 kg i.a. ha-1), paraquat (0,4 kg i.a. ha-1), glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1) + flumioxazin (0,025 kg i.a. ha-1) e glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1) + carfentrazone (0,02 kg i.a. ha-1). Ambos os experimentos continham as testemunhas capinada e sem capina. As subparcelas dos dois experimentos foram constituídas pela ausência ou presença de B, junto à calda de pulverização, na fonte ácido bórico [H3BO3 - 17% B]. A adição de ácido bórico à calda de pulverização não prejudicou o controle das plantas daninhas pelos tratamentos dessecantes, exceto para a mistura formulada de paraquat + diuron. Houve aumento dos teores de boro no solo e nas folhas da cultura da soja e do girassol quando foram associados os tratamentos com herbicidas dessecantes e o ácido bórico. É viável a aplicação de herbicidas dessecantes e ácido bórico, controlando as plantas daninhas em présemeadura e aumentando o teor de B no solo e nas plantas de soja e de girassol.
Resumo:
Na agricultura atual, o método mais utilizado para o controle de plantas daninhas é o químico, em razão da facilidade de uso, elevada eficiência e baixa necessidade de mão de obra. No entanto, a utilização inadequada desses produtos provoca problemas ao ambiente e à saúde humana. Cresce, portanto, a busca por métodos alternativos de controle de plantas daninhas, menos demandadores de energia e menos tóxicos e agressivos ao ambiente. Este trabalho objetivou avaliar o efeito alelopático da cultura do girassol (Helianthus annuus) sobre diferentes espécies de plantas daninhas e cultivadas, em dois experimentos realizados em delineamento experimental completamente casualizado, utilizando o método da semeadura em substituição. O primeiro experimento foi realizado com quatro repetições, em esquema bifatorial. O primeiro fator foi constituído por seis espécies indicadoras: picão-preto (Bidens pilosa), corda-de-viola (Ipomoea grandifolia), caruru (Amaranthus hybridus), alface (Lactuca sativa, cultivar Aurélia), tomate (Lycopersicon esculentum, cultivar Santa Cruz), trigo (Triticum aestivum, cultivar BRS 208); e o segundo, pela presença ou não de plântulas de girassol. O segundo experimento foi composto por 24 tratamentos, representados por 23 genótipos de girassol e por uma testemunha sem girassol, utilizando-se quatro repetições. A espécie indicadora foi apenas o picão-preto. Em ambos os experimentos, no final do período de sete dias de convívio, foram avaliados o número de sementes germinadas e o comprimento radicular e da parte aérea das espécies indicadoras. Não foram observadas diferenças entre as porcentagens de germinação de quaisquer das espécies indicadoras avaliadas, em função da presença ou não das plântulas de girassol. A presença de plântulas de girassol estimulou o crescimento radicular das plântulas de tomate e trigo e inibiu o crescimento da parte aérea de picão-preto, trigo e corda-de-viola. Houve grande variabilidade de potencial alelopático entre genótipos de girassol sobre a germinação e o crescimento radicular e da parte aérea de Bidens pilosa. Os resultados demonstram que a técnica da semeadura em substituição é adequada para detectar efeitos estimulativos ou inibitórios de girassol sobre espécies indicadoras e para discriminar genótipos de girassol quanto à habilidade em inibir ou estimular plântulas de Bidens pilosa.
Resumo:
O levantamento fitossociológico da comunidade de plantas daninhas na cultura do girassol foi realizado em duas épocas distintas: no desenvolvimento inicial da cultura (entre 20 e 40 dias após a semeadura) e na pré-colheita do girassol. As espécies de plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método do quadrado inventário (1,0 x 1,0 m), com amostragem de 12 m² por área. Os levantamentos foram realizados em 54 propriedades de seis municípios da região do cerrado e em 38 propriedades de oito municípios da região dos pampas, que são as duas principais regiões produtoras brasileiras. Foram registrados a frequência, a frequência relativa, a densidade, a densidade relativa, a abundância, a abundância relativa, o índice de importância relativa e o índice de similaridade. No total, foram identificadas 60 espécies de plantas daninhas, sendo 17 presentes em ambas as regiões. Asteraceae e Poaceae foram as duas principais famílias, entre as 16 encontradas. As principais espécies presentes no cerrado foram Euphorbia heterophylla, Chamaesyce hirta, Ageratum conyzoides, Commelina benghalensis, Zea mays e Bidens sp. As principais espécies presentes no Rio Grande do Sul foram Bidens sp., Raphanus raphanistrum, Lolium multiflorum, Gnaphalium spicatum, Sonchus oleraceus, Euphorbia heterophylla, Sida rhombifolia, Digitaria sp. e Ipomea sp. A densidade das plantas daninhas foi maior na fase de pré-colheita do que no desenvolvimento inicial da cultura, em ambas as regiões, sendo de 30,84 plantas m-2 e 23,58 plantas m-2, respectivamente, para o cerrado, e de 23,19 plantas m-2e 21,41 plantas m-2, para o Rio Grande do Sul. O índice de similaridade dentro das regiões foi de 0,91 para os levantamentos do cerrado e de 0,79 para os do Rio Grande do Sul. Entretanto, entre as regiões, os índices ficaram abaixo de 0,5, mostrando similaridade mediana entre a flora daninha do cerrado e a do Rio Grande do Sul, na cultura do girassol, nas duas épocas estudadas.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho avaliar em solos de várzea o efeito de herbicidas préemergentes, aplicados isoladamente e em mistura, sobre a cultura do girassol. A variedade de girassol Embrapa V122 e o híbrido triplo Agrobel 972 foram avaliados individualmente, utilizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Foram realizados dois experimentos, e os tratamentos utilizados em ambos foram: oxadiazon (250 g ha-1), oxyfluorfen (240 g ha-1), S-metolachlor (1.440 g ha-1), flumetsulam (120 g ha-1), pendimethalin (1.000 g ha-1), oxyfluorfen+S-metolachlor (192+960 g ha-1), flumetsulam +S-metolachlor (72+960 g ha-1), pendimethalin+S-metolachlor (1.000 + 1.440 g ha-1), pendimethalin+flumetsulam (1.000+72 g ha-1), além de duas testemunhas, sem e com capina. Os dados de altura de planta, diâmetro do caule, diâmetro do capítulo e da produção de grãos foram submetidos aos testes estatísticos multivariados de análise de agrupamento e análise de componentes principais. Os resultados foram semelhantes em ambos os cultivares, com a formação de três grupos principais, sendo o primeiro e o segundo constituídos pelas testemunhas sem e com capina, respectivamente. O terceiro grupo foi constituído pelos herbicidas aplicados isoladamente e em mistura. Dessa forma, verificou-se que os efeitos causados pelos herbicidas aplicados isoladamente e em mistura sobre as variáveis analisadas foram menos prejudiciais em relação aos da interferência das plantas daninhas. Esses resultados evidenciaram potencial de seletividade dos herbicidas aplicados isoladamente e em mistura na variedade de girassol Embrapa V122 e no híbrido triplo Agrobel 972, nas condições em que foram avaliados.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar os possíveis efeitos alelopáticos da massa seca de plantas de capim-colchão (Digitaria horizontalis), incorporadas ao solo em diferentes densidades, sobre a germinação e o crescimento inicial de milho, girassol e triticale. O experimento foi realizado em casa de vegetação, e as parcelas foram constituídas de uma planta, conduzida em vasos com capacidade para 2,5 L, dispostos inteiramente ao acaso. Material seco de capim-colchão nas quantidades equivalentes a 0, 2,5, 5,0 e 10 t ha-1 foi incorporado à terra. A emergência foi avaliada diariamente até 10 dias após a semeadura, quando se calculou a porcentagem final de emergência e o índice de velocidade de emergência (IVE). A altura e a massa seca das plantas foram avaliadas 35 dias após a semeadura. A incorporação da palhada da planta daninha não interferiu na germinação e no IVE das espécies avaliadas. A massa seca e a altura de plantas de todas as espécies foram influenciadas pela palhada, decrescendo de acordo com o aumento da concentração da palhada incorporada ao solo, com exceção do triticale, que não teve alteração quanto à altura.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi determinar o período anterior à interferência e o período total de prevenção à interferência da comunidade infestante sobre a cultura do girassol (híbrido M 734). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por parcelas constituídas por períodos de controle e de presença de plantas daninhas. Para os períodos de controle, o girassol foi mantido livre das plantas daninhas pelos períodos crescentes de 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49 e 125 dias após a sua emergência (DAE). Quanto a convivência, a cultura foi mantida na presença da comunidade infestante pelos mesmos períodos. Foram avaliados a densidade e o peso da matéria seca das plantas daninhas e, no girassol, a altura de plantas, o diâmetro de capítulos e a produtividade de aquênios e de óleo. Para a produtividade de aquênios, o período anterior à interferência foi de 15 DAE da cultura, e o período total de prevenção à interferência, de 39 DAE. O período crítico de prevenção à interferência abrangeu 24 dias do ciclo da cultura. Quanto à produtividade de óleo, o período anterior à interferência foi de 32 DAE, e o período total de prevenção à interferência, de 28 DAE.
Resumo:
A ocorrência de plantas daninhas dicotiledóneas tem limitado o aumento da área de cultivo de girassol no Brasil, devido ao seu impacto sobre a produtividade. Isso se deve à escassez de produtos registrados para a cultura com amplo espectro de ação. Em razão disso, desenvolveram-se dois experimentos com o objetivo de avaliar a eficácia e seletividade de herbicidas do grupo das imidazolinonas aplicados em pós-emergência de plantas daninhas dicotiledôneas na cultura do girassol Clearfield®. Os experimentos foram instalados no campo, em Iguatemi, distrito de Maringá-PR. Os tratamentos constituíram-se de duas testemunhas sem aplicação de herbicida, sendo uma sem capina e outra capinada, sulfentrazone (200,00 g ha-1) aplicado em pré-emergência e imazapic+imazapyr aplicados em pós-emergência nas doses de [36,75+12,25], [52,5+17,5], [12,25+36,75] e [17,5+52,5] g ha-1. Foram feitas avaliações de controle para Euphorbia heterophylla, Conyza bonariensis, Raphanus raphanistrum, Bidens pilosa, Ipomoea grandifolia e Portulaca oleracea. Também foram realizadas avaliações de intoxicação do girassol Clearfield®, estande e produtividade em kg ha-1. De acordo com os resultados, verificou-se que o uso do sistema Clearfield® mostrou-se uma ótima opção para áreas com infestação de plantas daninhas dicotiledôneas, pois possibilita a aplicação de herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS); os controles obtidos variaram de medianos a excelentes, além de ele não provocar injúrias à cultura e manter o estande inicial e a produtividade.
Resumo:
O controle das plantas daninhas, em geral, é realizado pelo uso de herbicidas, porém essa prática é limitada na cultura do girassol, por haver apenas dois produtos registrados para essa cultura (alachlor e trifluralin). Entretanto, o uso de novas tecnologias pode facilitar o controle das plantas daninhas com herbicidas que possuem amplo espectro de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e seletividade de herbicidas do grupo das imidazolinonas aplicados em pós-emergência de plantas daninhas monocotiledôneas na cultura do girassol Clearfield (CL). Para isso, foram instalados dois experimentos em campo. Os tratamentos e as respectivas doses em g ha-1 foram: trifluralin (1.800) aplicado em pré-emergência, fluazifop-p-butil (187) e imazapic+imazapyr nas doses de [36,75+12,25], [52,5+17,5], [12,25+36,75] e [17,5+52,5], aplicados em pós-emergência, além de duas testemunhas sem aplicação de herbicida, sendo uma sem capina e outra com capina. Foram realizadas avaliações de controle para Eleusine indica, Brachiaria plantaginea, Lolium multiflorum, Digitaria insularis, Cenchrus echinatus e Digitaria horizontalis, fitointoxicação do girassol Clearfield, estande e produtividade em kg ha-1. De acordo com os resultados, verificou-se que o uso do sistema CLmostrou-se uma ótima opção para áreas com infestação de plantas daninhas monocotiledôneas, pois possibilita a aplicação de herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS), obtendo excelente controle das plantas daninhas, além de não provocar injúrias visuais, mantendo o estande inicial, sem alterar a produtividade da cultura.
Resumo:
Óleos de sementes de girassol com diferentes níveis de ácido oléico foram utilizados sob condições de termoxidação e fritura para avaliar o comportamento do óleo de girassol com alto teor de ácido oléico quanto ao seu grau de insaturação quando comparado com o óleo de girassol convencional. Os métodos analíticos aplicados incluíram a determinação de compostos polares totais, quantificação de compostos glicerídicos menores, quantificação da composição triglicerídica, período de indução a 100oC e níveis de a -tocoferol. Os resultados para compostos polares totais apresentaram menores valores em óleo de girassol com alto teor de ácido oléico quando comparados com óleo de girassol convencional. Quanto à distribuição dos compostos glicerídicos menores, verificou-se, de modo geral, que o aumento dos compostos polares totais estava relacionado essencialmente aos compostos de maior peso molecular, isto é, polímeros, dímeros e triglicerídios oxidados, os quais são representantes das alterações térmica e oxidativa. Já os diglicerídios e ácidos graxos, indicativos da alteração hidrolítica, permaneceram praticamente nos níveis originais; uma vez que a umidade não se encontrava presente no meio. A perda quantitativa da composição triglicerídica dependeu do grau de insaturação do triglicerídio, sendo mais elevada em triglicerídios que contêm duas ou três moléculas de ácido linoléico. Em todos os casos, o óleo de girassol convencional teve uma maior tendência à polimerização, um maior grau de alteração total e uma maior perda de triglicerídios majoritários que o óleo de girassol com alto teor de ácido oléico. Assim, dentre os óleos utilizados neste estudo, os resultados mostraram um excelente comportamento do óleo de girassol com alto teor de ácido oléico em relação à termoxidação, independente do tipo de aquecimento e à fritura descontínua. Tais resultados demonstraram que sua resistência à alteração termoxidativa estava relacionada com seu baixo teor em ácidos graxos polinsaturados e alto teor em ácido oléico e trioleína.