65 resultados para Formaçao Universitária
Resumo:
A definição do melhor sistema de produção de mudas de maracujazeiro em função do tipo de ambiente, de recipientes e de composições de substratos resulta em informações úteis que beneficiam os produtores. Desta forma, foi conduzido um experimento com a formação de mudas de maracujazeiro-amarelo, em ambientes protegidos, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Aquidauana, nos meses de setembro a novembro de 2006. Teve por objetivo avaliar quatro ambientes protegidos, dois tipos de recipientes e três composições de substratos. Foram avaliados as alturas de plantas e o número de folhas. Em síntese, o ambiente com tela de monofilamento, a sacola de polietileno e o substrato "solo + composto orgânico + vermiculita, na proporção volumétrica de 1:1:1 v/v", apresentaram os melhores resultados para altura e número de folhas do maracujazeiro na região de Aquidauana-MS.
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A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma espécie frutífera nativa do Cerrado, que devido às características dos seus frutos apresenta enorme potencial de aceitação pelo mercado consumidor, além de apresentar expressivo potencial produtivo. Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes substratos na produção de mudas de mangabeira em sacos de polietileno e determinar o melhor substrato para a propagação da espécie. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Cassilândia. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e 15 plantas por parcela. Foram testadas cinco misturas de substratos: A (areia lavada + Plantmax® + solo, 1:1:3 v:v:v); B (casca de arroz carbonizada + Plantmax® + solo, 1:1:3); C (casca de arroz carbonizada + húmus de minhoca + solo, 1:1:3); D (esterco bovino + Plantmax® + solo, 1:1:3), e E (esterco bovino + solo, 2:3). Foram avaliados os parâmetros: porcentagem de germinação, índice de velocidade de emergência (IVE), porcentagem de mortalidade, altura da muda (cm), diâmetro do colo (mm), comprimento da raiz (cm), número de folhas/planta, índice de clorofila foliar (CCI), massa seca, parte aérea da raiz e total (g/planta). As melhores características para uma muda sadia e de boa qualidade para pegamento no campo foram obtidas com os substratos D e E, sendo estes os recomendados para a produção de mudas de mangabeira em sacos de polietileno.
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As atividades de produção/divulgação de informações foram otimizadas pela facilidade de comunicação oferecida pela internet, e a produção científica cresce cada vez mais. Com foco nas facilidades de acesso à informação científica oferecidas pela tecnologia, o objetivo é evidenciar os benefícios da aplicação da Disseminação Seletiva da Informação (SDI) na formação de profissionais da saúde, a partir da análise do web site Amedeo. Faz-se um estudo comparativo, de modo a verificar como os artigos disseminados pelo Amedeo podem ser acessados no próprio e numa biblioteca universitária - no caso, analisou-se o acesso através do site do Sistema de Bibliotecas da Unicamp e, ainda, recorre-se à literatura para identificar relações entre a Ciência da Informação e a área de Ciências da Saúde, principalmente quanto à prática da Medicina Baseada em Evidências. Apresentam-se sugestões aos profissionais da informação e professores interessados em identificar possibilidades de uso dos recursos do Amedeo e demais serviços de SDI, em bibliotecas universitárias, de modo a colaborar com o processo educacional dos profissionais da área da saúde.
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A administração universitária, em especial a gestão da escola médica, não é temática reconhecida e valorizada pela comunidade acadêmica. No entanto, o desenvolvimento da formação médica depende, em grande parte, de boas práticas de gestão. Isso é ainda mais relevante quando a escola está imersa em processos de mudança. Este ensaio aborda nove tópicos relacionados à gestão segundo um enfoque crítico/autocrítico: 1. Auto-suficiência médica; 2. Dicotomia acadêmica e administrativa; 3. Aprimazia do bombeiro frente ao estrategista; 4. Educação permanente de docentes; 5. Despreparo para formar e manter equipes de trabalho; 6. Parcerias incompletas; 7. Ensino multiprofissional; 8. Trabalho em rede; 9. Produção teórica. A análise visa contribuir para o sucesso das mudanças na educação médica, para melhores perspectivas de trabalho dos atuais e futuros gestores e para a melhoria das escolas médicas.
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Esta pesquisa foi realizada em instituição pública universitária com o objetivo de melhor conhecer visões, valores e atitudes dos médicos docentes em relação aos pacientes em processo de morrer. Trabalhou-se com o conceito de representação social (Moscovici) e a metodologia qualitativa de análise do discurso do sujeito coletivo (DSC) proposta por Lefèvre e Lefèvre. Os discursos dos investigados revelaram que sofrem muito os médicos, os estudantes e os pacientes diante da morte. Articulados com o predomínio da ótica da biomedicina, prevalecem o despreparo profissional e a ausência de reflexão mais abrangente sobre a morte. Os investigados parecem não perceber relações entre o que falam de si próprios e o que dizem dos estudantes. Alterações na vida institucional parecem necessárias para o enfraquecimento de uma herança não percebida e que envolve médicos, pacientes e estudantes.
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A criação de ligas acadêmicas por estudantes de Medicina tem ocorrido em todo o Brasil. Aceitas como atividades extracurriculares de extensão universitária, as ligas trazem tanto benefícios como riscos à formação médica. Assim, a abertura de ligas deveria ser racionalizada, visando ao aperfeiçoamento de suas atividades. Neste relato, descrevemos a normatização adotada na Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp), contextualizando- a numa discussão sobre a importância das ligas como atividades extracurriculares e os prejuízos que podem trazer à formação médica. A normatização contém orientações processuais e um conjunto de critérios para avaliação dos projetos de abertura de novas ligas. Os critérios avaliam a relevância da proposta, os objetivos, o modelo de gestão planejado e a ideologia da formação. A utilização destas diretrizes tem capacitado o desenvolvimento de projetos de novas ligas e desencadeado na escola o aprofundamento de reflexões sobre a função de ligas acadêmicas.
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As Feiras de Saúde do curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR) buscam informar e sensibilizar a comunidade quanto à melhoria da qualidade de vida a partir da prevenção, orientando para a mudança de hábitos de vida e diagnosticando precocemente as doenças a fim de tratá-las e curá-las. Além disso, a UFRR busca se aproximar da população boa-vistense por meio desse trabalho de extensão universitária e da realização de um serviço de utilidade pública de grande relevância acadêmica e comunitária. A diversidade das lições aprendidas, registradas como relatos de experiências ou como estudos, pelo conjunto de profissionais, gestores, pesquisadores e acadêmicos constituiu um importante estímulo ao debate acerca dos limites e possibilidades do Programa Saúde da Família e da interação do acadêmico na comunidade.
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O uso problemático de álcool (UPA) é um dos principais problemas de saúde pública na lista de prioridades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este artigo objetiva investigar a visão de enfermeiros e médicos de Saúde da Família sobre o UPA, focando a compreensão que trazem sobre esta temática e o modo como é trabalhada no dia a dia dos serviços da região amazônica. Trata-se de um estudo qualitativo, com 14 trabalhadores da ESF, médicos e enfermeiros recém-formados de um município do interior do Amazonas. Foram utilizados dois grupos focais. Os dados foram analisados por meio de análise temática, a partir dos princípios do SUS e da formação de recursos humanos em saúde. Os profissionais identificaram os fatores de risco para o UPA, mostraram conhecer as consequências para o indivíduo e para a sociedade, e descreveram os critérios utilizados pelos sistemas de classificação de doenças, mas não sabiam como atuar sobre esta questão, indicando problemas na formação universitária.
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A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico, que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, possibilitando uma relação transformadora entre Universidade e sociedade. Nesse contexto, o projeto Unimontes Solidária tem como objetivo promover ação solidária articulada, por meio dos diversos cursos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), nos municípios carentes das regiões norte e noroeste de Minas Gerais, Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, de forma a equacionar os problemas sociais, reduzir a exclusão e as disparidades regionais, colocando a serviço da sociedade o conhecimento que é produzido na Universidade. As ações do projeto no município de Indaiabira (MG) proporcionaram benefícios tanto aos acadêmicos do curso de Medicina como à comunidade local, a partir das atividades extracurriculares desenvolvidas, ampliando o espaço de aprendizado oferecido pela instituição, complementando a formação acadêmica, bem como amenizando as demandas inerentes ao município relacionadas à saúde. Pesquisar, aprender sobre temas relacionados e estender o conhecimento adquirido à comunidade é a tríade que sustenta a formação acadêmica nas mais modernas metodologias de ensino.
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Esta pesquisa foi realizada em instituição federal pública universitária com o objetivo de melhor conhecer visões, valores e atitudes dos médicos residentes em clínica médica em relação ao suicídio. Trabalhou-se com o conceito de representação social (Moscovici) e a metodologia qualiquantitativa do discurso do sujeito coletivo (DSC) (Lefèvre e Lefèvre). Os discursos revelaram que os médicos residentes se apresentam sensibilizados com a questão do suicídio, entretanto não familiarizados com a bibliografia especializada e nem com os procedimentos de atendimento normatizados pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Os pesquisados revelaram dificuldades para identificar e prestar atendimento a pacientes em risco de suicídio. Conclui-se que parece faltar à formação médica (graduação e residência) maior atenção ao tema suicídio.
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Ligas Acadêmicas têm ocupado o cotidiano do estudante de Medicina de forma crescente. As motivações pelas quais os estudantes as procuram estão atreladas à necessidade de vivência clínica, de socialização e de qualificação profissional. Muitas Ligas, porém, têm se distanciado do propósito da extensão universitária, abrindo espaço para o currículo paralelo, o preenchimento de lacunas curriculares, a especialização precoce e o reforço de vícios acadêmicos. Diante disso, é necessário repensar as Ligas Acadêmicas no âmbito de sua relevância social e acadêmica, de seus objetivos e de sua pactuação com a formação médica, com a interdisciplinaridade, com o SUS e com princípios éticos, visando à integração entre ensino, pesquisa e extensão universitária, para sanar demandas populacionais e contribuir com a formação médica.
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O ensino superior brasileiro tem sofrido mudanças significativas nas últimas décadas após a reforma universitária e a ampliação do setor privado. O número de escolas médicas é crescente, porém não tem sido acompanhado do aumento do número de vagas de residência médica. A competição acirrada por vagas de residência médica pode levar os estudantes a buscar auxílios para estudo, como os cursinhos preparatórios. A presença de estudantes nestes cursinhos pode influenciar negativamente o modo de aprendizagem dos médicos em formação, por estes se submeterem a normas de condutas e rotinas de estudo enrijecedoras. Entendendo os cursinhos como reflexo do desequilíbrio de políticas educacionais e de saúde, aponta-se a necessidade de políticas de formação profissional em saúde embasadas em necessidades sociais.
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O estudo descreve a experiência de uso da telemedicina no processo de ensino-aprendizagem em Pediatria. Trata-se de relato de experiência da prática de telemedicina em Pediatria do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal do Ceará Campus Cariri. A telemedicina em Pediatria foi desenvolvida pela Rede Universitária de Teleconferência em parceria com instituições federais de ensino médico. O projeto desenvolveu-se mediante programação semestral com sessões de temas relevantes em Pediatria. Entre as etapas de sua realização, destacaram-se os debates, desenvolvimento de grupo focal e avaliação dos conteúdos abordados na teleconferência. As sessões ocorreram na universidade, com participação de professores, estudantes de Medicina do terceiro ano, internos e residentes em Pediatria. Os resultados evidenciaram a teleconferência como recurso para a consolidação de metodologias ativas do processo de ensino-aprendizagem, com protagonismo dos estudantes em sua formação acadêmica, como um instrumento importante na integração ensino-serviço e como tecnologia inovadora para a problematização pedagógica de práticas clínicas. Conclui-se que a telemedicina representa uma possibilidade ampliada de construção do conhecimento e aponta-se a necessidade de maior investimento nesta tecnologia.
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RESUMO Este artigo objetiva investigar de que forma os alunos de Medicina estão sendo formados quanto à integralidade e à interdisciplinaridade. O estudo teve abordagens qualitativa e quantitativa. Inicialmente, foi realizado um grupo focal com estudantes do último ano do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba; posteriormente, todos os estudantes matriculados no último ano do curso responderam a um questionário elaborado pelos pesquisadores, com questões sobre o perfil sociodemográfico e estudantil, e sobre a integralidade e interdisciplinaridade na formação médica. As questões avaliaram conceito, prática, aptidão profissional e contribuição da extensão universitária para a integralidade e interdisciplinaridade, as quais se mostraram limitadas na formação dos estudantes. Os resultados apontam a necessidade de priorizar a interação entre teoria e prática; investir na formação dos docentes de modo a capacitá-los para atuação/ensino da integralidade e interdisciplinaridade; organizar as atividades para que possam garantir encontros em componentes curriculares obrigatórios, realizando atividades conjuntas numa perspectiva interdisciplinar; diversificar mais os cenários de prática, para que contemplem a integralidade no cuidado e a atuação interdisciplinar, em todos os níveis de atenção à saúde.
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OBJETIVOS: avaliação dos resultados iniciais de fertilização in vitro (FIV) em instituição universitária, empregando ciclos programados de baixo custo. MÉTODOS: entre maio e dezembro de 2002, foram iniciados 66 ciclos programados de FIV, utilizando acetato de noretisterona, citrato de clomifeno e gonadotrofina coriônica humana (hCG). A punção folicular guiada por ultra-sonografia foi realizada 34 a 36 horas após a administração de hCG e a transferência, 48 horas após a punção. A gestação foi considerada clínica após visualização de batimentos cardíacos à ultra-sonografia transvaginal. RESULTADOS: a taxa de cancelamento foi de 21,2%. Em média, 2,8 folículos e 1,7 oócitos foram obtidos por punção. Em 79,6% dos ciclos puncionados recuperaram-se oócitos, que foram fertilizados em 69% dos casos. O número de embriões por transferência foi de 1,5. Houve algum grau de dificuldade em 10,2% das punções e 32,4% das transferências realizadas. A taxa de gestação obtida foi de 10,8% por transferência, entretanto, o custo com medicação por embrião transferido foi de apenas R$ 96,00. CONCLUSÃO: evidenciam-se as dificuldades de iniciar um programa de FIV em instituição de ensino, sem fins lucrativos e voltada à população carente. Com a prática, a taxa cumulativa de gravidez tende a ser semelhante às dos centros de referência, porém com custo e incidência de complicações significativamente inferiores.