659 resultados para Floresta Tropical
Resumo:
Complemento do Inventário Florestal Comercial, DST (s/d) - levantamento de árvores com DAP maior ou igual a 25 cm. Neste caso, o objetivo principal do inventário foi a regeneração natural pré-existente das espécies listadas (EL), desde as plântulas até as mudas estabelecidas, através da amostragem linear em quadrados de 2 x 2 metros. Num outro nível, quadrados de 10 x 10 metros, as classes superiores às mudas estabelecidas foram observadas para se ter uma idéia do grau de ocupação e desenvolvimento das EL e da floresta como um todo. Outras características foram observadas durante as coletas de dados. A ênfase maior, entretanto, é sobre o Índice de estocagem das EL, parâmetro que vai permitir a formulação dos níveis de intervenção na floresta natural de modo a encaixar nos objetivos do projeto de Manejo Ecológico e Exploração da Floresta Tropical Úmida, na Bacia 3.
Resumo:
Inventário Florestal da Bacia 3 do projeto "Manejo Ecológico e Exploração da Floresta Tropical Úmida" para a avaliação dos potenciais quantitativo e qualitativo da cobertura florestal existente na área, com base em medições e observações em árvores com diâmetro a altura do peito (DAP) maior ou igual a 25 cm, de uma população florestal de 96 hectares. A área coberta pelo inventário é composta de 4 blocos de 24 hectares cada, os quais serão destinados às pesquisas de manejo da regeneração natural enriquecimento da floresta natural e regeneração artificial. Localiza-se entre o km 21 e o km 24 na margem esquerda da vicinal ZF-2, no Distrito Agropecuário da SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
Resumo:
O autor apresenta resultados de observações fenológicas de 27 espécies lenhosas de campina, na Reserva Biológica de Campina do INPA, 60 Km ao Norte de Manaus, colhidas no período de agosto/77 a julho 86. A maioria das espécies apresentou a plena floração na estação seca, comportamento mostrado pelas espécies de Campina Sombreada; na transição da Campina Sombreada para a Campina Aberta houve tendência da plena floração ocorrer tanto na estação seca quanto na chuvosa e as espécies de Campina Aberta tiveram esta fase na estação chuvosa e na transição para a seca. Os comportamentos das espécies de transição e as de Campina Abertamostraram-se diferentes da maioria das espécies arbóreas de floresta tropical úmida. Verificou-se que 12 espécies apresentaram floração anual; 3 espécies floresceram regularmente durante todos os meses do ano; 8 espécies tiveram floração irregular e somente uma espécie floresceu em intervalos de 3 anos. Vinte espécies comportaram-se como perenifólias, sem troca de folhas, aparentemente. Numa análise dos componentes principais para a plena floração, folhas novas e frutas maduros, os eixos 1,8 e 3 definiram estas fases, respectivamente. Os círculos de correlações mostraram que existiram duas épocas de ocorrência distintas destas fases (estação seca e estação chuvosa). A representação plena em 3 eixos indicou as espécies em oposição e com comportamento similar, quanto às três fases analisadas.
Resumo:
O entendimento da complexa regeneração do ecossistema de floresta tropical passa pela associação da germinação com o fator luz. Assim, o presente estudo investigou a germinação das sementes de quatro espécies arbóreas tropicais, pertencentes a diferentes estágios sucessionais, quando submetidas a ambientes com luzes vermelha, vermelha-distante, azul, branca e também escuro. As sementes das espécies Mimosa scabrdla(pioneira), Chorisia epeciosa, Tabebuia avellanedae(secundárias) e Esenbeckia leiocarpa (clímax) germinaram melhor no escuro, seguido de vermelho, azul, branco e vermelho-distante. A análise conjunta dos dados, tratando cada câmara de luz como um ambiente, revelou dependência entre a germinação das sementes e os ambientes de luz. Essa interação espécie x luz, ao ser desdobrada, confirmou diferenças significativas das luzes na germinação das espécies.
Resumo:
Este trabalho analisa dados de 6 anos (1980-1985) de observações da fenologia de cinco indivíduos arbóreos da espécie Diplotropis purpures (Rich.) Amsh. var. coriacea Amsh., da família Leguminosae, subfamília Papilionoideae, localizados na Reserva Florestal Ducke. Determinou-se a época, duração e freqüência das fases reprodutivas, bem como o tipo de mudança foliar. A espécie apresentou a fase de floração na estação seca. A fase de frutificação foi observada no meio da estação seca e início da estação chuvosa. A duração média da fase de floração foi de 6 meses e a fase de frutificação 7 meses. Ao nível de espécie, o padrão de ocorrência da fase de floração e frutificação foi anual à irregular. Porém, ao nível de indivíduo, o padrão de comportamento foi irregular. Quanto ao tipo de mudança foliar, a espécie apresentou características de ser semi-caducifólia durante a floração, na época seca.
Resumo:
Estudo fenológico de cinco espécies de Sapotaceae, na Reserva Ducke, no período de 1970 a 1990. Procedeu-se análises multi variadas entre as fases de plena floração, frutos maduros e folhas novas e variáveis climáticas (umidade relativa do ar, precipitação, insolação, evaporação e temperatura média). A plena floração das espécies ocorreu na estação seca, entre os meses de julho e novembro; A periodicidade da floração de Pouteria guianensis Aubl. foi bianual; Radlkoferella macrocarpa(Hubr.) Aubr., padrão anual; Chrysophyllwn oppositum (Ducke) Ducke, anual irregular; Rogala ucuquirana-branca (Aubr. & Pellegr.) W. Rodr., anual alternado; e Rogala ulei (Krause) Aubr., padrão irregular (floresceu em apenas 5 anos). A frutificação das espécies ocorreu na estação chuvosa, entre os meses de dezembro e abril. A periodicidade da frutificação de p. guiaiiensis foi irregular; C. oppositum e R. macrocarpa, annual irregular; R. ucuquirana-branca, anual alternado e R. ulei foi muito irregular, tendo fruti ficado em apenas 2 anos. A irregularidade na frutificação, possivelmente, pode ser explicada pela predação dos frutos por animais, uma vez que são todos camosos e comestíveis. As espécies são perenifólias, com exceção de R. macrocarpa com tendência a ser semi-caducifólia durante a floração. A análise dos componentes principais demonstrou que as variáveis precipitação, umidade relativa e frutos maduros estão referidas à estação chuvosa, em oposição às variáveis insolação, evaporação e temperatura média que definiram a estação seca, onde se situaram a plena floração e folhas novas. E mostrada a Matriz de Correlações Lineares para as variáveis fenológicas e climáticas, e a análise fátorial de correspondência simples indicou que a precipitação teve a maior contribuição (40% da variação total), seguida da insolação (25%), plena floração (13%), folhas no-vas(9%), frutos maduros (8%), evaporação (5%), temperatura média (0%) e umidade relativa (0%).
Resumo:
Foi inventariado 0.5 ha de mala localizado na Reserva Florestal tio .Sacavém. parte integrante do Parque Estadual do Bacanga. que dista cerea de 7 Km do centro de São Luís (2"32'S: 44"I7'W), capital do Estado do Maranhão, numa altitude inferior a 30 in. A área foi coberta originalmente por uma floresta tropical úmida, denominada localmente de "Pré-Amazônia". O estudo foi realizado nas manchas remanescentes de vegetação. dividido em 50 parcelas de 10x10 m. nas quais foram amostrados 410 indivíduos com PAP (perímetro ã aluíra do peno) a partir de 15 cm. pertencentes a 34 famílas, 66 gêneros e 110 espécies, além de 46 espécies arbóreas, pertencentes a 41 gêneros e 25 famílias, que não foram incluídas na análise quantitativa. O DAP variou de 4.8 cm a 86.7 cm. ficando a média em 16.28 cm. As allur.is mínima, média e máxima foram, respectivamente, 2,0 m, 11,16 m e 25,0 ni. Foram leitas comparações com diversos trabalhos realizados na Amazônia, indicando que a área estudada apresenta uma riqueza elevada, sendo comparável àquelas florestas também em estrutura, embora os valores médios de alluni e diâmetro sejam mais baixos.
Resumo:
Foi amostrada fitossociologicamente uma área de 0,5 ha de mata na Reserva Florestal do Sacavém, distando cerca de 7 Km do centro da cidade de São Luís (2"32'S; 44"17'W), em manchas remanescentes de floresta tropical úmida, denominada localmente de "Pré-Amazônia". A área foi dividida em 50 parcelas de l0x 10 m ( 100 m2), nas quais foram amostrados 410 indivíduos com PAP a partir de 15 cm, pertencentes a 34 famílias, 66 gêneros e 110 espécies, além de 5 indivíduos mortos não considerados na análise fitossociológica. O DAP variou de 4,8 cm a 86,7 cm, ficando a média cm 16,28 cm. As alturas mínima, média e máxima foram, respectivamente, 2,0 m, 11,16 m e 25,0 m. A área basal total foi de 14,207 m2, equivalente a 28,4140 m2/ha, com média de 0,07 m2/indivíduo, e a densidade absoluta foi de 820 indivíduos/ha. As cinco famílias mais importantes em IVI foram Leguminosae, Chrysobalanaceae, Meliaceae, Myrtaceae e Arecaceae, perfazendo 49,24% do total. As primeiras cinco espécies em IVI foram Licania cf incana Aubl., Guarea guidonia (L.) Sleumer, Copaifera langsdorffii Desf., Dipteryx laamiferaDucke c uma morfo-espécie (Desconhecida 1). Cerca de 60% das espécies consideradas apresentaram apenas 1 ou 2 indivíduos. O índice de diversidade de Shannon e Weaver (Η') foi de 4,189. Foram feitas comparações com diversos trabalhos realizados em florestas amazônicas, confirmando que a área em estudo é comparável àquelas em riqueza, densidade e dominância, embora a área tenha sido subdimensionada.
Resumo:
Este trabalho busca apresentar, de uma maneira compacta, os principais resultados científicos já alcançados pela comunidade brasileira e mundial sobre pesquisas na Amazônia. Aborda-se o paleoclima da região, bem como as características atuais, em termos de temperatura do ar e da distribuição de chuvas. São discutidos os principais sistemas atmosféricos atuantes na região, tais como linhas de instabilidade, brisa fluvial, teleconexões com El-Niño, interação com sistemas frontais no sul do país, friagens, além da variabilidade do clima nas escalas interanuais e de longo-prazo. Tendo em vista as altas taxas de desmatamento em algumas partes da Amazônia, são discutidos as principais modificações microclimáticas e resultados obtidos por simulações numéricas devido à substituição de floresta tropical por áreas de pastagens. Finalizando, é apresentado um resumo dos vários experimentos micrometeorológicos que ocorreram na Amazônia nas últimas duas décadas.
Resumo:
Este estudo foi desenvolvido na Reserva Florestal Adolpho Ducke, ao norte de Manaus. Analisaram-se dados de observações fenológicas sobre cinco espécies da família Chrysobalanaceae, Licania heteromorpha L. longistyla L octandra Couepia longipendula, C. robusta e dados meteorológicos obtidos no período de 1970 a 1994. Determinaram-se as percentagens médias mensais de ocorrência, frequência, regularidade, data e duração média anual das fenofases, e o índice de sincronia entre indivíduos e na população para a plena floração (F2), frutos maduros (F5) e folhas novas (F8) de cada espécie. L. heteromorpha apresentou pico máximo de plena floração na transição para a estação chuvosa (Nov.-Jan.); L. longistyla (Jun.) e L. octandra (Jul.) na transição para a estação seca; C. longipendula e C. robusta na estação seca (Out.). As espécies apresentaram frequência anual a supra-anual na floração, com padrão irregular, com exceção de L. octandra supra-anual e padrão muito irregular. A duração média da floração foi de 4,8 meses e de 5,5 meses para a frutificação para as cinco espécies. O índice de sincronia da plena floração foi alta para L. octandra (0,79), média para C. longipendula (0,56) e baixa para L. heteromorpha, L. longistyla e C. robusta (< 0,32) espécies mostraram ser perenifólias. Uma análise multivariada mostrou que a plena floração teve correlação linear negativa com a precipitação e umidade relativa (r = -0,34) e correlação positiva com a insolação (r = 0,29), temperatura máxima (r = 0,26) e evaporação (r = 0,31); a fase de frutos maduros apresentou correlação positiva com a precipitação (r = 0,27) e negativa com a temperatura mínima (r = -0,35) e insolação (r = -0,27); a fase de folhas novas apresentou correlação semelhante à da plena floração.
Resumo:
As mudanças no microclima e no balanço hídrico devido ao desmatamento na Amazônia (região de Ji-Paraná-RO) foram estudadas com dados meteorológicos coletados de janeiro/92 até outubro/93, em sítios experimentais de floresta tropical e de pastagem. Observou-se que a troca de vegetação (desmatamento) reduz a precipitação total em 10%, diminui a evapotranspiração real de 24% e também apresenta uma maior amplitude térmica da temperatura do ar de 1,6 °C. A análise do balanço hídrico mostra claramente que a floresta tropical consegue extrair mais água do que o sítio de pastagem durante a estação seca, embora os dois sítios possuam comportamentos similares durante a estação chuvosa.
Resumo:
A presente pesquisa apresenta um método de determinação do diâmetro máximo de corte para florestas tropicais utilizando-se a construção gráfica denominada de "Uplot-Dap". O objetivo da pesquisa foi detectar a existência e locação de um possível diâmetro máximo em função do equilíbrio biológico das espécies em uma floresta clímax, utilizando-se o método gráfico "Uplot-Dap". Para testar o método gráfico foram utilizados 28320 DAP com casca de árvores procedentes de 15 blocos de 96 ha da Floresta Nacional do Tapajós, Belterra, Pará. Os gráficos foram construídos considerando uma amplitude de classe diamétrica de 10 cm adotada como valor de referência. O método "Uplot-Dap" que utiliza técnica de análise visual de dados como forma de interpretação da dispersão dos diâmetros, mostrou-se bastante flexível e essencialmente prático. Através do método foi possível fixar o DAP=95 cm como um indicador do diâmetro máximo de explorabilidade a ser adotado na primeira intervenção como valor de referência nas operações de corte para esse tipo de floresta. Todavia, esse ponto pode variar de floresta para floresta e sua nitidez depende do tipo de floresta e suas condições estruturais. A maior contribuição do método gráfico consistiu em respeitar as propriedades das classes diamétricas em florestas naturais que por razões biológicas ou estágio sucessional, expressem a sua distribuição diamétrica como uma função de eventos raros, nulos ou probabilísticos. A eficiência do método baseia-se na sua capacidade de controlar a variação dos dados de modo que as análises sejam mais consistentes com os fatores físicos e biológicos que caracterizam a dinâmica de florestas naturais.
Resumo:
A arqueologia da Amazônia boliviana ou das "Terras Baixas" compreende um imenso território que mostra, a luz da informação disponível, significativas descontinuidades espaço-temporais. A identificação nesta área de sociedades constituindo "cacicados da floresta tropical" a partir de critérios baseados em preconceitos, requer a reavaliação da pré-história regional do ponto de vista causal. A arqueologia beniana (de Llanos de Mojos) é conhecida, fundamentalmente, a partir das escavações de Erland Nordenskiöld, que sem dúvida estabeleceu as bases conceituais existentes atualmente. Entre os anos de 1977 e 1981 uma missão do Museu de La Plata (Argentina), sob a direção de B. Dougherty, e em estreita colaboração com o Instituto de Arqueologia de La Paz (Bolívia) e com o Amazonian Ecosystem Research (EUA), conduziu pesquisas sistemáticas considerando variados itens antropológicos e produzindo numerosas datações de radiocarbono. Estas contribuições ajudaram a esclarecer, mas não a simplificar o panorama pré-hispânico regional, tão importante na temática arqueológica sul-americana. Complementa este artigo uma exaustiva lista de bibliografias que facilita o acesso ao conhecimento sobre este grande território.
Resumo:
Uma das espécies potenciais para a diversificação da produção florestal não-madeireira é Euterpe precatoria Mart., cujo manejo de seus frutos para produção de polpa engloba aspectos sociais, econômicos e ecológicos concernentes à floresta. No presente estudo analisamos a densidade, estrutura, dinâmica e a estabilidade populacional desta espécie em florestas inundadas e de terra firme para avaliar o potencial ecológico de manejo. A densidade média de adultos na floresta de baixio foi de 60 indivíduos ha-1 e na terra firme de 23 indivíduos ha-1. A estrutura populacional apresentou-se em forma de J invertido. Houve uma alta produção de frutos e a sua produção por indivíduo não foi diferente entre os tipos florestais. A estabilidade populacional apresentou-se variável entre os tipos florestais e os sítios amostrados. Este estudo sugere que de modo geral Euterpe precatoria possui características ecológicas favoráveis para seu manejo sustentável, tais como alta densidade e freqüência, regeneração abundante e grande produção de frutos. Um maior potencial de manejo apresentou-se na floresta de baixio comparado ao da terra firme.
Resumo:
Com o avanço da atividade madeireira através da Bacia Amazônica, comunidades localizadas ao longo das fronteiras madeireiras passam a ter oportunidade de vender os direitos de extração da madeira de suas áreas. O valor localmente percebido e as decisões das populações locais sobre a forma de uso de seus recursos contrastam fortemente com as visões globalmente construídas sobre o valor da floresta tropical. Este valor local é baseado em representações que consideram a importância local dos produtos florestais e no contexto em que estas representações são construídas. Para explorar esta temática, o artigo começa com uma reconstrução do histórico de uma comunidade cabocla enfocando nas dinâmicas de uso da floresta. Para os comunitários, a madeira sempre representou uma herança que poderia ser gasta ao longo do tempo. A madeira foi o principal produto da floresta com valor de mercado e, até recentemente, sua extração não reduziu significativamente o acesso aos outros produtos florestais. A madeira, então, foi vista como uma herança com valor de troca e uso não conflituoso. Quatro fatores sócio-econômicos influenciaram a continuidade das vendas de madeira mesmo quando as perdas no consumo de produtos não madeireiros ficaram evidentes: 1) relações paternalistas entre os compradores da madeira e os caboclos; 2) dificuldades de gestão comum dos recursos; 3) especialização na extração de madeira e dependência de produtos externos e; 4) crescente envolvimento no mercado que demandou maior quantidade de dinheiro para suprir novas necessidades.