105 resultados para Escoamentos em canais
Resumo:
FUNDAMENTO: A levosimendana é um novo agente inodilatador que aumenta a contratilidade cardíaca pela sensibilização ao Ca(2+) e induz vasodilatação por meio da ativação dos canais KATP/BKCa. OBJETIVO: Estudar a eficácia e segurança da levosimendana em uma coorte brasileira portadora de insuficiência cardíaca descompensada e em pacientes resistentes a agonistas b-adrenérgicos. MÉTODOS: O BELIEF (Brazilian Evaluation of Levosimendan Infusion Efficacy) foi um estudo aberto, prospectivo, multicêntrico e observacional realizado com 182 portadores de ICD de alto risco, todos tratados com levosimendana. O desfecho primário do estudo era alta hospitalar sem terapia inotrópica adicional (pacientes que responderam ao tratamento). Os desfechos secundários eram alterações nos parâmetros clínicos e hemodinâmicos e nos níveis de peptídeo natriurético cerebral (BNP). RESULTADOS: A taxa de mortalidade foi de 14,8%, e 139 dos 182 pacientes responderam ao tratamento. Entre os que não responderam, a taxa de mortalidade foi de 62,8%. A pressão arterial sistólica foi um preditor de resposta ao tratamento. No grupo resistente aos agonistas b-adrenérgicos, 55,8% responderam ao tratamento. Ao todo, 54 pacientes tiveram pelo menos um evento adverso, a maioria dos quais desapareceu espontaneamente ou após redução da dose da levosimendana. Houve uma melhora significativa na qualidade de vida entre 2 e 6 meses do acompanhamento (p < 0,0001). CONCLUSÃO: Nossos resultados indicam que a infusão de levosimendana é uma terapia alternativa de curto prazo para tratamento de pacientes com ICD. A gravidade da insuficiência cardíaca pode influenciar a resposta ao tratamento com levosimendana. São necessários estudos prospectivos com uma coorte brasileira que inclua também pacientes com doença de Chagas.
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Realizado pelo Grupo de Estudos de Eletrocardiografia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, este novo trabalho atualiza a primeira diretriz do eletrocardiograma de repouso, de 2003, com o resultado da reunião de especialistas de todo o Brasil em Pouso Alegre (MG), em novembro de 2008. Visando agregar mais conhecimento a esta centenária e fiel ferramenta, sempre presente nos consultórios dos clínicos e cardiologistas do Brasil e do mundo, são trazidas para esta versão as muitas novidades surgidas desde então. O descobrimento da eletrofisiologia, facilitando o diagnóstico das arritmias mais sofisticadas, o estudo pormenorizado das funções dos canais iônicos e suas repercussões na repolarização ventricular e, finalmente, o papel do ECG na prevenção da morte súbita cardíaca, foram alguns dos ganhos obtidos nestes últimos anos, além da transmissão dos exames eletrocardiológicos (ECG, holter, ergometria) através da internet, que possibilitou a difusão dos exames por todo o país.
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FUNDAMENTO: A função endotelial braquial tem sido associada ao fluxo lento coronário (FLC). O aumento do fluxo sanguíneo para a artéria braquial faz com que o endotélio libere óxido nítrico (ON), com subsequente vasodilatação. Além de sua atividade com betabloqueador, o nebivolol provoca vasodilatação, aumentando a liberação endotelial de ON. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do nebivolol na função endotelial vascular em pacientes com FLC. MÉTODOS: 46 pacientes com FLC e 23 indivíduos com artérias coronárias epicárdicas normais foram examinados com ecocardiografia transtorácica e ultrassonografia da artéria braquial. Os pacientes foram reavaliados dois meses após o tratamento com aspirina ou aspirina e nebivolol. RESULTADOS: Os pacientes com FLC apresentaram maior índice de massa corporal (26,5 ± 3,3 vs. 23,8 ± 2,8, p < 0,001), tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV) de influxo mitral (114,9 ± 18,0 vs. 95,0 ± 22,0 mseg, p < 0,001), menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) (63,5 ± 3,1% vs. 65,4 ± 2,2, p = 0,009), colesterol HDL (39,4 ± 8,5 vs. 45,8 ± 7,7 mg/dL, p = 0,003) e dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DFM) (6,1 ± 3,9% vs. 17,6 ± 4,5%, p <0,001). Houve correlações significativas entre a DFM e a presença de FLC (r = 0,800, p < 0,001) e o colesterol HDL (r = 0,349, p = 0,003). Dos pacientes com FLC, apesar de os valores médios de DFM em pré-tratamento terem sido semelhantes (6,1 ± 4,3% vs. 6,0 ± ,6%, p = 0,917), em comparação com a DFM do grupo em pós-tratamento apenas com aspirina, a DFM apresentou valores significativamente maiores do que os pacientes tratados com aspirina e nebivolol (6,0 ± 3,5% vs. 8,0 ± 2,9%, p = 0,047). Constatou-se que o tratamento com nebivolol está associado a um significativo aumento na DFM (6,0 ± 3,6 a 8,0 ± 2,9 %, p = 0,030), ao passo que o tratamento apenas com aspirina não apresentou a mesma associação. CONCLUSÃO: A função endotelial pode ser comprometida nas artérias coronárias e braquiais em pacientes com FLC, e o nebivolol pode ser eficaz na melhora da função endotelial em pacientes com FLC.
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FUNDAMENTO: O tramadol é um analgésico de ação central cujo mecanismo de ação envolve a ativação de um receptor opioide. Anteriormente, mostramos que o tramadol e seus enantiômeros apresentavam um efeito inotrópico negativo sobre o músculo papilar no qual o (+)-enantiômero era mais potente que (-)- e (±)-tramadol. OBJETIVO: No presente trabalho, investigamos os efeitos do tramadol e seus enantiômeros na corrente de cálcio tipo L (I Ca-L). MÉTODOS: Os experimentos foram realizados em miócitos ventriculares isolados de ratos Wistar utilizando a técnica de patch-clamp com configuração de célula inteira. RESULTADOS: O tramadol (200 µM) reduziu a amplitude de pico do I Ca-L em potenciais de 0 a +50 mV. Em 0 mV, a I Ca-L foi reduzida em 33,7 ± 7,2%. (+)- e (-)-tramadol (200 µM) produziram uma inibição semelhante da I Ca-L, na qual a amplitude do pico foi reduzida em 64,4 ± 2,8% e 68,9 ± 5,8%, respectivamente a 0 mV (P > 0,05). O tramadol, (+)- e (-)-tramadol mudaram a inativação de estado estacionário de I Ca-L para potenciais de membrana mais negativos. Além disso, tramadol e (+)-tramadol alteraram significativamente a curva de recuperação dependente de tempo da I Ca-L para a direita e reduziram a recuperação de I Ca-L da inativação. A constante de tempo foi aumentada de 175,6 ± 18,6 a 305,0 ± 32,9 ms (P < 0,01) para o tramadol e de 248,1 ± 28,1 ms para 359,0 ± 23,8 ms (P < 0,05) para o (+)-tramadol. O agonista do receptor µ-opioide (DAMGO) não tem nenhum efeito na I Ca-L. CONCLUSÃO: A inibição da I Ca-L induzida por tramadol e seus enantiômeros não teve relação com a ativação de receptores opioides e poderia explicar, pelo menos em parte, seu efeito inotrópico negativo cardíaco.
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FUNDAMENTO: As extrassístoles ventriculares e supraventriculares (EV e ESSV) são frequentes e muitas vezes sintomáticas. O íon magnésio (Mg) desempenha um papel importante na fisiologia do potencial de ação transmembrana celular e do ritmo cardíaco. OBJETIVO: Avaliar se a administração do pidolato de magnésio (PMg) em pacientes com EV e ESSV tem desempenho superior ao uso do placebo (P) na melhora dos sintomas e densidade das extrassístoles (DES). MÉTODOS: Estudo duplo-cego, randomizado, com 60 pacientes sintomáticos consecutivos, com mais de 240/EV ou ESSV ao Holter de 24 horas e selecionados para receber P ou PMg. Para avaliar a melhora da sintomatologia, foi feito um questionário categórico e específico de sintomas relacionados às extrassístoles. Após o tratamento, foi considerada significante uma redução de mais de 70% na DES por hora. A dose do PMg foi de 3,0 g/dia por 30 dias, equivalente a 260 mg do elemento Mg. Nenhum paciente tinha cardiopatia estrutural ou insuficiência renal. RESULTADOS: Dos 60 pacientes estudados, 33 eram do sexo feminino (55%). A faixa etária variou de 16 a 70 anos. No grupo PMg, 76,6% dos pacientes tiveram redução maior que 70%, 10% deles maior que 50% e somente 13,4% tiveram redução menor que 50% na DES. No grupo P, 40% dos pacientes tiveram melhora de apenas 30% na frequência de extrassístoles (p < 0,001). A melhora dos sintomas foi alcançada em 93,3% dos pacientes do grupo PMg, comparada com somente 16,7% do grupo P (p < 0,001). CONCLUSÃO: A suplementação de Mg via oral reduziu a DES, resultando em melhora dos sintomas.
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FUNDAMENTO: A redução da frequência cardíaca (FC) na angiografia por tomografia das artérias coronarianas (ATCCor) é fundamental para a qualidade de imagem. A eficácia dos bloqueadores de cálcio como alternativas para pacientes com contraindicações aos betabloqueadores não foi definida. OBJETIVOS: Comparar a eficácia na redução da FC e variabilidade RR do metoprolol e diltiazem na ATCCor. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, incluiu pacientes com indicação clínica de ATCCor, em ritmo sinusal, com FC>70bpm e sem uso de agentes que interferissem com a FC. Cinquenta pacientes foram randomizados para grupos: metoprolol IV 5-15 mg ou até FC≤60 bpm(M), e diltiazem IV 0,25-0,60mg/kg ou até FC≤60 bpm (D). Pressão arterial (PA) e FC foram aferidas na condição basal, 1min, 3min e 5min após agentes, na aquisição e após ATCCor. RESULTADOS: A redução da FC em valores absolutos foi maior no grupo M que no grupo D (1, 3, 5min, aquisição e pós-exame). A redução percentual da FC foi significativamente maior no grupo M apenas no 1 min e 3 min após início dos agentes. Não houve diferença no 5 min, durante a aquisição e após exame. A variabilidade RR percentual do grupo D foi estatisticamente menor do que a do grupo M durante a aquisição (variabilidade RR/ FC média da aquisição). Um único caso de BAV, 2:1 Mobitz I, revertido espontaneamente ocorreu (grupo D). CONCLUSÃO: Concluímos que o diltiazem é uma alternativa eficaz e segura aos betabloqueadores na redução da FC na realização de angiografia por tomografia computadorizada das artérias coronarianas. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)
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FUNDAMENTO: A Disfunção Erétil (DE) se associa ao risco aumentado de Doença Arterial Coronariana (DAC). OBJETIVO: Avaliar a associação entre DE, determinada pelo Índice Internacional de Função Erétil Simplificado (IIFE-5), e DAC. MÉTODOS: Estudo de corte transversal que avaliou 263 hipertensos (55 [50 - 61] anos). A DE foi avaliada pelo IIEF-5 e a DAC, por meio da história de revascularização miocárdica prévia e/ou por cineangiocoronariografia. RESULTADOS: O IIFE-5 se correlacionou com o clearance de creatinina [ClCr] (Rho = 0,23; p < 0,001) e com a idade (Rho = -0,22; p < 0,001). Quarenta e dois pacientes apresentavam DAC; e o IIFE-5 foi capaz de discriminá-los (área sob a curva ROC = 0,63; p = 0,006). Os pacientes foram divididos em dois grupos: IIFE-5 < 20 (n = 140) e IIFE- 5 > 20 (n = 123); aqueles com menor IIFE-5 tinham idade mais elevada (57 [52 - 61] vs. 54 [45 - 60] anos; p = 0,002), maior prevalência de DAC (22% vs. 9%; p = 0,004), tabagismo (64% vs. 47%; p = 0,009) e do uso de inibidores dos canais de cálcio (65 % vs. 43%; p = 0,001), além de menor ClCr (67,3 [30,8 - 88,6] vs. 82,6 [65,9 - 98,2] ml/min; p < 0,001). O IIFE-5 < 20 se associou ao maior risco de DAC em regressão logística; tanto univariada (RR = 2,89 [IC 95% 1,39 - 6,05]), quanto após ajustes para idade, diabetes, ClCr, tabagismo, pressão arterial média e uso de anti- hipertensivos (RR = 2,59 [IC 95%: 1,01 - 6,61]). CONCLUSÃO: O IIFE-5 se associa ao diagnóstico de DAC e sua utilização pode agregar informação ao estadiamento do risco cardiovascular em pacientes hipertensos.
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Observou-se grande variabilidade anatômica no sincrânio de Otaria byronia (Blainville, 1820) e de Arctocephalus australis (Zimmerman, 1783), com correspondentes implicações na sistemática dos Otariidae. As principais diferenças observadas entre as duas espécies foram a largura do rostro, exposição (ou não) do etmóide na órbita, vacuidade palatino/pterigóide, extensão do maxilar, concavidade e forma do palato, tamanho/forma da órbita/processo supra-orbital, altura/forma do palato, tamanho/forma da órbita/processo supra-orbital, altura/forma do arco zigomático, forma do hâmulo pterigóide, tamanho de processos e cristas em geral, esfenóide e neurocrânio; presença ou não do canal vidiano e transverso; forma do pétreo e proporções do processo angular secundário. Enquanto algumas diferenças (etmóide) são bastante incomuns entre espécies contemporâneas pertencentes à mesma família, muitas outras são de natureza alométrica. Algumas diferenças são peramórficas: tamanho do crânio, do palato e das cristas (hipermórficos em O. byronia). Outros caracteres são pedomórficos em O. byronia: forame incisivo, processo maxilar do frontal e canais vidianos. As principais diferenças entre machos e fêmeas de O. byronia, e similiraridades entre os machos desta espécie e A. australis estão relacionadas a modificações no tempo/taxa de desenvolvimento. Alguns caracteres usualmente empregados na sistemática do grupo não foram corroborados, principalmente referentes à fossa naso-labialis, sutura jugo-temporal, meato acústico interno, entotimpânico e extensão do pétreo.
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Os autores relatam nesse trabalho observações colhidas no estudo da fauna anofélica da cidade de Campos, Estado do Rio. Assinalaram a presença das espécies A. arbitarsis, A. darlingi, A. triannulatus, A. oswaldoi, A. noroestensis, A. pessoai e A. intermedius. Em capturas domiciliares foram assinalados o darlingi, albitarsis e triannulatus, sendo êste último encontrado em pequeno número e nas casas em que animais domésticos cohabitavam com o homem, dormindo sob o mesmo teto. Como vetores locais encontraram o A. darlingi com 6.8% de oócistos e 4% de esporozoítos, o albitarsis com 2% de oócistos e as glândulas negativas para esporozoítos. Fizeram os A. A. um estudo sumário dos criadouros, assinalaram que as larvas do darlingi tanto podem ser encontradas nas grandes coleções hídricas, lagoas e canais, como em depressão do terreno e valas de drenagem a céu aberto. Fizeram ainda uma revisão bibliográfica em relação a capacidade vetora do darlingi e sôbre a ecologia das suas larvas.
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1. A estrutura externa e interna do esqueleto crânico de Triatoma infestans é descrita e microanatomia da cabeça é apresentada por meio de uma série de cortes transversais. Surgem algumas observações que estão em contradição aos dados da literatura mais nova (posição dos côndilos da cabeça posterior; pontos de origem de alguns músculos, tendão bem desenvolvido da bomba salivar, etc.). 2. Os órgãos da cabeça que servem diretamente ou indiretamente à alimentação são examinados detalhadamente: Tentório, faringe, aparelho salivar, partes bucais (mandíbulas, maxilas e lábio) e músculos sa cabeça. É explicado que a estrutura de algumas partes é mais fácil de ser compreendida quando ela é considerada como resultado de invaginações e evaginações. Dentro desta descrição não é referida a filogenia das partes do esqueleto. 3. O tentório sòmente serve à fixação das partes internas da cabeça mas sim também á condução dos estiletes. Trata-se de uma invaginação da parede crãnica anterior cujo lume pode ser comprovado. 4. Por meio dos resultados microanatômicos e das observações "in vivo" em larvas de bactrodes, é demonstrado o mecanismo do engulhamento. 5. O aparelho salivar é explicado como invaginação complicada do fundo da hipofaringe. 6. O pistilo da bomba salivar possui um tendão, no qual o retrator insere-se em forma de penas. A contra-inserção encontra-se exclusivamente na parte posterior do tentório. 7. A cúpula da bomba tem uma válvula de entrada e outra de saída. Em frente do desembocamento do canal condutor encontra-se uma segunda válvula que aparentemente impede um flutuamento da saliva já injetada na maxila para dentro do canal condutor. 8. A cúpula possui em frente e em baixo do canal produtor de saliva um aumento secundário que representa o começo da invaginação do aparelho salivar e deve ser considerado funcionalmente como reservatório equilibrador. 9. As mandíbulas têm para o protrator uma alavanca de articulação que reforça o efeito do músculo. A alavanca mostra-se como parte final posterior e engrossada do desdobramento do tentório que daqui em diante deve ser chamado "invaginação". A alavanca insere-se por intermédio de um arco de tonofibrilas indiretamente na parte final da mandíbula. Esta inserção é apresentada por uma reconstrução (fig. 35). O retrator da mandíbula insere-se como um tendão na parede do canal do tentório colada á mandíbula. O retrator tem a sua contra-inserção na parede superior e posterior da cabeça. 10. A inserção dos protratores das maxilas também é indireta (mas se malavanca de articulação, veja reconstrução em fig. 36), a dos retratores é direita. o contra-inserção dêstes últimos encontra-se na parede superior e posterior da cabeça. 11. As pontas das mandíbulas são especializadas numa forma que na picada fecham os dois canais (canal de alimentação e de saliva) abrindo-se sòmente no momento da sucção. (fig. 30). 12. Ao contrário aos dados de literatura, é observado que o aparelho salivar tem função própria e que a secreção é expelida através do canal salivar maxilar.
Resumo:
As glândulas de cêra das lagartas adultas da Lasiocampidae Tolype serralta do Brasil são descritas morfolôgica e histolôgicamente. As células glandulares juntam-se em placas mostrando um grau de evolução mais alto em comparação com as lagartas de certas Hesperiinae (DETHIER 1943): Deslocamento das células glandulares para baixo, formação de um canal plasmático que interrompe a posição das células legítimas da hipoderme, canais na cutícula, cerdas especializadas para segurar a secreção na superfície do corpo e saída da secreção pela membrana de inserção da cerda ( a membrana do anel basal).
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É examinado histològicamente o aparelho peçonhento da largata de Megalopyge albicollis superba. 1. As células glandulares são abaixadas da camada das células hipodérmicas para dentro da cavidade do corpo. Elas mantêm ligação com a cutícula por meio de um tubo quitinoso formado por células hipodérmicas deslocadas. 2. As células possuem um núcleo grande e relativamente, pouco protoplasma. 3. O lumen da célula é atravessado por um sistema de canais representando um órgão coletor de secreção. 4. O aparelho condutor forma um aparelho de injeção automático, a "bomba peçonhenta". 5. A bomba peçonhenta é formada por um aumento do canal entre célula glandular e cerda inoculadora. Consta de uma cavidade basal e imóvel e de uma parte apical coniforme e móvel que, pela pressão sôbre a ponta da cerda, pode entrar na primeira provocando, assim, a pressão necessária para a injeção. 6. A parte apical da bomba peçonhenta é formada pela inserção fortemente modificada da cerda inoculadora. 7. A extremidade da cerda inoculadora não possui um ponto predestinado para a rutura. 8. A fromação da secreção começa com grandes grânulos de secreção sendo depois liquidificados e conduzidos pelo sistema de canais para a bomba peçonhenta.
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Foram descritas anatômica e histològicamente as glândulas labiais modificadas que são um par de complexos glandulares, cada um composto de três glândulas. Cada glândula tem uma parede formada por uma camada unicelular limitando uma cavidade relativamente grande, o reservatório. As duas primeiras glândulas (D 1 e D 2) encontram-se justapostas uma à outra. Entre elas é formado um hilo que tem um canal auxiliar que o liga à terceira glãndula ( D 3), situada mais para trás. Pelo hilo as três secreções das glândulas são automàticamente misturadas, sempre na mesma proporção, de modo que a composição da saliva só varia dentro de pequenos limites. Tôdas as glândulas são recobertas por uma musculatura e possuem válvulas que se abrem por meio dos músculos. O nervo (nervus glandulae salivaris, alias labialis) sai da parte posterior do gânglio subesofagiano (segmento labial do cérebro) encosta-se no canal salivar principal (entre hilo e bombasalivar) e emite ramos para as três glândulas. A parte ectodermal do aparelho salivar termina no centro das válulas das três glândulas. Os canais do hilo são revestidos por uma cutícula. As células de tôdas as três glândulas são binucleadas. Cada glândula apresenta um tipo de secreção característico. Animais famintos possuem quase exclusivamente glândulas no estado de regeneração, ou melhor em repouso. A expulsão da secreção das células para o interior da cavidade glandular realiza-se durante ou imediatamente depois da picada. Com isto, a quantidade de saliva gasta pela picada, vai ser substituída. Ficou provada uma correlação entre núcleo e protoplasma durante e, depois da secreção. Foi confirmada a opinião de HEIDENHAIN de que a formação das secreções representa uma função autônoma do protoplasma enquanto que a regeneração do mesmo realiza-se por intermédio de substâncias líquidas expulsas do núcleo para dentro do protoplasma no momento da saída das secreções. Estas substâncias são formadas novamente dentro do núcleo na fase...
Resumo:
Neste trabalho descreve-se o aparelho condutor, do testículo até o ductus ejaculatorius, incluindo as glândulas anexas, do macho de Triatoma infestans. O vas deferens compõem-se de três regiões: a) parte proximal do vas deferens; b) vesícula seminalis; c) parte distal do vas deferens com uma região glândular no ponto de saída da vesícula seminalis. As partes finais do vas deferens desembocam nos lados internos de dois ramos terminais do ductus ejaculatorius. O sistema das glândulas anexas consta de 4 mesadênias. Estas são glândulas vesiculares das quais duas são ragiócrinas e duas lipócrinas. A terceira e a quarta glândula possuem a mesma formação e função, enquanto que a primeira se difere profundamente da segunda. As secreções das glândulas misturam-se num hilo de onde o líquido passa ao ductus glandularum que o conduz ao ductus ejeculatorius. Êste possui nos seus ramos terminais uma glândula mesodérmica de natureza ragiócrina (mesadênia modificada em posição extremamente distal) e uma origem ectedérmica (ectadênia modificada em posição extremamente proximal). As secreções são expulsas das vesículas glandulares por contração da musculatura das suas paredes. O transporte dos líquidos misturados, através do ductus glandularum, verifica-se por ondas peristálticas da musculatura da membrana peritoneal do próprio ducto. As glândulas não possuem válvulas. Um refluxo das secreções é evitado pelo turgor das células epiteliais dos canais condutores. O esperma, ao entrar no ductus ejaculatorius, recebe uma mistura de 5 diferentes secreções, na qual o mesmo diluido, formando, finalmente, uma suspensão. Os aspectos histológicos estão apresentados nas figuras.
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O aparelho genital interno do macho de Phlebotomus longipalpis compõe-se de dois testículos simples e dos vasos deferentes que se unem em um hilo e continuam, depois, como canal ímpar, penetrando na pompeta que representa uma bomba de sucção e pressão para o transporte do esperma. Os vasos deferentes, antes de formar um hilo, possuem regiões glandulares. Também uma parede do hilo é glandular. As duas secreções misturam-se na cavidade do hilo onde se realiza a suspensão dos espérmios neste líquido. A pompeta consta de um corpo de compressão e de um pistilo comprido que penetra neste por ação muscular. Os músculos que comprimem o esperma para dentro dos canais ejaculatórios, localizam-se entre oo corpo de compressão e a extremidade do pistilo, de onde partem alguns fascículos de músculos para a antecosta do 5º segmento abdominal onde se inserem: êste músculo representa o retrator do pistilo. A construção da pompeta e dos canais ejaculatórios é explicada nos esquemas das figs. 1, 4 e 5. Nos tergitos dos 7º e 8º segmentos abdominais do macho existe uma grande glândula odorífera de origem hipodermal. Esta foi encontrada em Phlebotomus longipalpis e P. quinquefer, sendo êste órgão ausente em P. renei e nas fêmeas de tôdas as três espécies.