128 resultados para Diversificação de copas
Resumo:
Em experimento realizado na região de Santa Bárbara (MG), no período de agosto de 1994 a fevereiro de 1995, avaliaram-se a precipitação pluviométrica interna, a evapotranspiração da cultura (ETc) e o regime hídrico do solo sob povoamento de Eucalyptus grandis (dos 32 aos 38 meses de idade) com densidades populacionais variando de 500 a 5.000 plantas ha-1. A umidade volumétrica do solo, em uma seção de controle de 0 a 285 cm de profundidade, foi determinada quinzenalmente, por meio de moderação de nêutrons. A interceptação de água pelas copas aumentou linearmente com o aumento da população de plantas, enquanto a ETc não foi significativamente influenciada. A umidade do solo tendeu a aumentar com a redução da população de plantas. A umidade do solo em todas as épocas monitoradas nunca apresentou valores inferiores àquele correspondente à água retida à tensão de 1,5 MPa.
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Propriedades morfológicas, físicas e químicas, mineralogia e transformações mineralógicas foram investigadas num Argissolo Vermelho - Amarelo eutrófico (bem drenado) e num Planossolo Háplico eutrófico solódico (imperfeitamente drenado), originados de gnaisse, numa toposseqüência no Sertão Central do Ceará. O trabalho teve o propósito de avaliar a influência da posição dos solos na paisagem (drenagem interna) e na diversificação de suas propriedades, bem como estudar a ação de processos superficiais de transporte e deposição na homogeneidade do material originário. A areia e o silte grosso foram analisados por microscopia de polarização e contraste de fase, e o silte fino e a argila, por difração de raios-X. A microscopia eletrônica de varredura foi também utilizada com o objetivo de fornecer informações complementares sobre as alterações mineralógicas ocorridas. As frações areia e silte grosso apresentaram no Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico (PVAe) grande teor de biotita e no Planossolo Háplico Eutrófico solódico (SXen), biotita e hornblenda com considerável redução dos horizontes inferiores em direção à superfície. Quartzo e plagioclásios foram também encontrados nessas frações em ambos os solos. Na fração argila do PVAe, dominam caulinita e vermiculita, ocorrendo também quartzo, e no silte fino, a caulinita é dominante com ocorrência de teores variáveis de biotita, plagioclásios e quartzo. No Sxen, a fração mais fina é dominada por caulinita e montmorilonita, ocorrendo ainda, em alguns horizontes, quartzo e um mineral interestratificado regular de 2,4 nm (vermiculita + mica). No silte fino, além da ocorrência dos minerais primários supracitados, verificou-se a presença de caulinita, ilita, vermiculita, montmorilonita e do mineral interestratificado, com teores variáveis de horizonte para horizonte. A drenagem interna de cada solo propiciou condições diferentes para as transformações dos minerais biotita, hornblenda e plagioclásios, com os dois primeiros, inicialmente, se alterando em argilomineral 2:1, e o segundo diretamente em caulinita. Em ambos os perfis, o teor de argila no B textural resultou, essencialmente, do intemperismo dos minerais primários da rocha subjacente.
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A disposição do lodo de esgoto e de outros resíduos orgânicos no solo apresentase como alternativa ao setor público, pois poderá fornecer nutrientes para o estabelecimento e manutenção de espécies vegetais que compõem os sistemas de áreas verdes das cidades. Com o objetivo de avaliar o uso de doses (0, 20, 40 e 80 Mg ha-1) de um composto orgânico de lodo de esgoto e resíduos de roçagem na recuperação de um solo decapitado, pelo efeito nos atributos químicos do solo e revegetação com espécies nativas, foi realizado um experimento em Mogi-Guaçu - SP, onde se observou que a dose de 80 Mg ha-1 do composto de lodo de esgoto promoveu aumento do teor de P, Ca, Mg, K, Mn e Fe e do pH do solo, alterando positivamente sua fertilidade, e que o teor de C orgânico do solo não sofreu modificações. O índice de cobertura do solo pelas copas das árvores não teve influência das dosagens crescentes de composto de lodo de esgoto no solo decapitado.
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Quais são as principais tendências do financiamento da universidade na América Latina? Que modelos seriam apropriados, tendo em vista as funções da instituição? Essas são as principais questões tratadas no artigo. Baseado em tendências ilustrativas, e considerado o cenário econômico da região, o texto inicialmente aborda alternativas quanto ao papel do Estado e contrasta propostas de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID - e da Unesco para países em desenvolvimento. Discutindo modelos de destinação de recursos para a universidade, o artigo trata da diversificação das fontes de recursos; dos contratos de gestão e de sua associação com o mercado e com a interferência de governos, à luz da experiência européia; da gestão da universidade como instituição complexa, necessariamente convivendo com estilos acadêmicos e empresariais de administração; da responsabilidade ética pela eficiência e da preservação da autonomia de gestão financeira. A conclusão da análise argúi a favor de um dos modelos discutidos, envolvendo avaliação institucional, esta entendida como indispensável prestação de contas à sociedade e mediação entre sociedade, Estado e universidade.
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O campo do currículo está se caracterizando, em diferentes países, por uma significativa diversificação de temas e de influências teóricas. Apoiando-se no conceito de campo de Bourdieu, o texto aborda o campo no Brasil, tal como vem sendo construído no Grupo de Trabalho - GT - de Currículo da ANPEd. Examina o funcionamento do grupo, procurando situá-lo no contexto mais amplo da associação e das políticas de pós-graduação. Focaliza, a seguir, os trabalhos apresentados nos encontros ocorridos no período de 1996 a 2000. Critica o grande número de textos selecionados, o que tem contribuído para a secundarização da discussão de problemas educacionais que carecem de atenção. Propõe perguntas e sugere estratégias que possam enriquecer o processo de construção do conhecimento desenvolvido no GT.
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Qual é o destino profissional de mestres e doutores titulados no país? Como percebem a relevância da formação em pesquisa que obtiveram em seus cursos, tendo em vista o trabalho que realizam? O artigo procura responder a estas questões com base em estudo anterior e, a partir da evidência, discute aspectos das políticas de pós-graduação. O estudo original entrevistou 8,7 mil mestres e doutores titulados nos anos 90, em 15 áreas do conhecimento, oriundos de universidades do Nordeste ao Sul do país. A agregação dos dados em três grupos de grandes áreas do conhecimento permitiu uma nova perspectiva de análise. Nos três grupos, o destino profissional de mestres é bastante diversificado e a docência no ensino superior não costuma ser a ocupação majoritária; o de doutores concentra-se na academia (universidades e instituições de pesquisa). Os titulados freqüentemente têm uma avaliação positiva da formação em pesquisa, mas a apreciação de mestres que trabalham fora da academia geralmente é menos favorável que a de docentes e pesquisadores; já entre doutores, diferenças análogas são observadas apenas num dos grupos. A evidência sugere, para várias áreas, uma diversificação de modelos de formação pós-graduada no país.
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Grande dificuldade existente nas organizações é a seleção adequada das suas fontes de informação, tanto para os aspectos do negócio, quanto para o seu dia-a-dia. Neste trabalho, a ênfase foi dada às fontes de informação coletadas externamente, que podem ser úteis para a montagem de um acervo em uma organização da área siderúrgica. Analisou-se a importância da Internet e dos bancos de dados nacionais e internacionais, assim como os aspectos da aquisição de fontes de informação para o setor siderúrgico. Baseado na experiência da Superintendência de Informações Técnicas do Sistema Usiminas, procurou-se mostrar aspectos da seleção e da organização de um acervo com fontes de informações confiáveis, custos compatíveis e diversificação adequada. O trabalho apresenta, anexas, tabelas indicando as principais fontes de informação para a siderurgia.
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Os efeitos da utilização de interenxerto (filtro) da ameixeira 'Januária' (Prunus salicina L.) foram verificados em duas cultivares de pessegueiro (Prunus persica L.), Tropical e Ouromel-2. O porta-enxerto básico utilizado foi o pessegueiro 'Okinawa'. Foram avaliadas duas safras, respectivamente, na 4ª e 5ª folha de plantas enxertadas e estabelecidas no campo em 1994. O uso do enxerto intermediário diminuiu o vigor das plantas -- perímetro e área da secção do tronco, perímetro das pernadas e comprimento dos entrenós -- e aumentou o peso do fruto e a produção por planta, em comparação com as copas-controle enxertadas diretamente no 'Okinawa'. A eficiência produtiva, o índice de fertilidade, o florescimento e a frutificação efetiva foram incrementados com o uso do filtro. A interenxertia com ameixeira 'Januária' apresenta adequadas características de compatibilidade com o pessegueiro, como forma de compactar as copas e aumentar a produtividade e o tamanho do fruto.
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A diversificação da agricultura possibilita implementar a renda, reduzir custos, disponibilizar nutrientes, proteger o solo, reduzir impacto ambiental negativo e ofertar alimentos. A quinoa (Chenopodium quinoa Willd.), uma Chenopodiaceae originária dos Andes, destaca-se por tolerância à seca, elevada qualidade da proteína, baixo colesterol, ausência de glúten (útil a pacientes celíacos), e uso na alimentação animal. A espécie apresenta diversidade, com ciclo variável entre 80 e 150 dias no Brasil central. Os frutos, do tipo aquênio, são pequenos, achatados e sem dormência. BRS Piabiru, primeira recomendação de quinoa ao cultivo no Brasil, originou-se da linhagem EC 3, selecionada em uma população procedente de Quito, Equador. Após dois anos de ensaios, foi uniformizada em suas características agronômicas a partir de 1998. Em sucessão à soja (safrinha) e na entressafra, sob irrigação, apresentou produção média de 2,8 t/ha de grãos, com 145 dias da emergência à maturação. Constitui um potencial componente do sistema plantio direto.
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O objetivo deste trabalho foi verificar o envolvimento dos glicosídeos cianogênicos na incompatibilidade, por translocação, do clone de seringueira IPA 1 com copas enxertadas com clones de outras espécies de Hevea. Determinou-se, na casca dos clones de painel IPA 1, Fx 4098 e Fx 3864, a atividade das enzimas beta-glicosidase, beta-diglicosidase e beta-cianoalaninassintase (beta-CAS) e o desenvolvimento de combinações de enxertos, tendo como clone de painel o IPA 1 e como copa enxertada, clones de baixo ou alto potencial cianogênico (HCNp). Dosou-se o HCN-p de folhas jovens e maduras de clones de copa já conhecidos como compatíveis ou incompatíveis. A atividade de beta-CAS no IPA 1 foi baixa, sendo alta no Fx 3864 e intermediária no Fx 4098. Esse fato, associado à maior atividade da beta-glicosidase e beta-diglicosidase encontradas no IPA 1, confere a este clone extrema sensibilidade ao cianeto. Os enxertos com clones de baixo HCN-p nas folhas jovens mostraram-se compatíveis, bem como com os clones em que o alto HCN-p nas folhas jovens permanece alto nas folhas maduras. Os clones incompatíveis apresentaram alto HCN-p nas folhas jovens e significativa redução nas maduras. Essas evidências reforçam a hipótese de a incompatibilidade ser causada pela translocação de linustatina, das folhas dos clones enxertados, para o caule do IPA 1. Os sintomas se assemelham aos de secamento do painel de sangria, indicando o envolvimento da cianogênese na sua evolução.
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A diversificação do sistema produtivo depende de espécies com rápido crescimento, tolerância ao déficit hídrico, produção de biomassa, ciclagem de nutrientes e utilização humana e animal. As espécies Amaranthus caudatus, A. cruentus e A. hypochondriacus apresentam essas características e sementes claras, sem dormência. Distinguem-se das invasoras A. spinosus, A. hybridus, A. blitum e A. viridis, com sementes escuras e dormentes. Os grãos, com excelente qualidade protéica, atendem à demanda por dietas especiais, livres de glúten e podem ser usados na alimentação animal. O A. cruentus BRS Alegria, primeira recomendação ao cultivo granífero no Brasil, originou-se da variedade AM 5189, dos Estados Unidos, na qual realizou-se seleção massal. Em sucessão à soja, apresentou produção média de 2.359 kg ha-1 de grãos e 5.650 kg ha-1 de biomassa total em apenas 90 dias de ciclo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de três leguminosas arbóreas sobre a densidade e a diversidade de macrofauna de um Argissolo Vermelho-Amarelo, de baixa fertilidade natural. Duas espécies fixadoras de nitrogênio atmosférico, a orelha-de-negro (Enterolobium contortisiliquum) e o jacarandá-da-baía (Dalbergia nigra), e uma não-fixadora, o angico-canjiquinha (Peltophorum dubium), foram consorciadas em pastagem de capim survenola (híbrido interespecífico entre Digitaria setivalva e Digitaria valida), tendo por testemunha pasto a pleno sol. Formicidae foi o grupo mais abundante em todos os tratamentos, sendo seguido por Oligochaeta, com 47% nos tratamentos com leguminosas e 23% no pasto a pleno sol. Os maiores valores em diversidade de fauna foram obtidos nas amostragens sob as copas das leguminosas fixadoras de N2. A análise multivariada de agrupamento mostrou que o consórcio formado com orelha-de-negro apresentou grupos de fauna bastante semelhantes ao do consórcio formado com jacarandá-da-baía. De acordo com a análise multivariada de correspondência, as leguminosas arbóreas contribuíram para aumentar a densidade de alguns grupos de fauna, principalmente Oligochaeta, Coleoptera, Araneae e Formicidae.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de 18 clones de seringueira resistentes ao Microcyclus ulei, usados como copas enxertadas. Foram utilizados oito clones híbridos de Hevea pauciflora x Hevea guianensis var. marginata, oito de H. pauciflora x H. rigidifolia e dois clones de H. pauciflora, enxertados sobre o painel de CNS AM 7905 - seleção primária de H. brasiliensis - e cultivados em Latossolo Amarelo distrófico, em Manaus, AM. Foram avaliados: perímetro do tronco, estado nutricional e produtividade de borracha seca. Copas enxertadas de híbridos H. pauciflora x H. guianensis var. marginata causam crescimento mais rápido do tronco, com redução do período de imaturidade da seringueira. O alto nível de resistência dos híbridos de H. rigidifolia ao percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae) justifica a introdução de outros genótipos dessa espécie para novas hibridações. Os clones CPAA C 01, 06, 13, 15, 16 e 45 apresentam excelente potencial de produção de borracha seca, nas condições climáticas e de solos de terra firme da Amazônia Tropical Úmida.
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O objetivo deste trabalho foi estudar a relação da produção de sementes de árvores nativas de castanha-do-brasil com características morfométricas da copa e índices de competição. Os dados foram coletados em florestas nativas no Sul do Estado de Roraima, com 88 árvores amostradas em diferentes classes de produtividade. Em cada árvore, foram medidas as variáveis dendrométricas e foram determinados os índices morfométricos da copa e os índices de competição, dependentes e independentes da distância. As relações entre a morfometria, os parâmetros da copa e os índices de competição com a produção de sementes foram obtidas com o coeficiente de correlação de Spearman e os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Witney. Para inferir as relações entre as variáveis morfométricas da copa e o diâmetro do tronco, utilizou-se a análise de regressão linear pelo procedimento "stepwise". As árvores mais produtivas foram aquelas com posições superiores no dossel, que apresentam copas bem formadas, mais compridas e com menor relação altura/diâmetro. A competição teve pouco efeito sobre a produção de sementes, em árvores adultas que começam a produzir frutos somente após atingirem as posições superiores do dossel.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pastejo animal sobre a produção de forragem e sobre os componentes estruturais dos pastos das cultivares Marandu, Xaraés e Piatã de Brachiaria brizantha. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três tratamentos e duas repetições. Os piquetes com 2 ha foram subdivididos em dois e submetidos a pastejo alternado, com 28 dias de utilização e 28 dias de diferimento. Foram utilizados três animais avaliadores por piquete, e animais reguladores foram adicionados e retirados de cada piquete, para manter resíduos pós-pastejo em torno de 3 Mg ha-1 de matéria seca. Os pastos foram amostrados, no pré e no pós-pastejo, a fim de se estimarem a massa de forragem e a proporção dos componentes morfológicos. A massa de forragem no pré-pastejo foi superior para a cultivar Xaraés, quando comparada à Marandu; a cultivar Piatã apresentou massa semelhante às das outras duas. As principais diferenças nas estruturas dos dosséis, entre as cultivares, foram acúmulo de colmo e, conseqüentemente, redução na relação lâmina foliar:colmo, na cultivar Piatã no período das águas e na Xaraés no período seco, o que indica que o manejo do pastejo deve ser diferenciado para essas cultivares. À semelhança da 'Marandu', as cultivares Xaraés e Piatã são bem adaptadas aos solos do Cerrado e são alternativas à diversificação de forragem.