108 resultados para Dimensão vertical
Resumo:
Analisando dados sôbre a distribuição vertical das Bromeliáceas onde se criam Anopheles do subgênero Kerteszia, o autor obteve as seguintes conclusões: 1 - A influência da luminosidade, na distribuição das Bromeliáceas, e a umidade, com respeito áquelas que são criadouros de Kerteszia, se bem que conspícuas, não se apresentam da maneira esquemática como foram observadas em Trinidad F.I.O); 2 - As alturas preferenciais das três espécies de kerteszia variam de acôrdo com as condições de umidade reinantes na mata, porém, na maior parte da área de distribuição dêsses mosquitos, o A. bellator é uma espécies dos níveis mais elevados, o A. homunculus prefere as bromeliáceas mais baixas e o A. cruzii prolifera em qualquer nível, sendo, entretanto, mais encontradiço nas alturas preferenciais das duas outras espécies; 3 - Como foi mostrado, anteriormente por PITTENDRIGH (1950a) em Trinidad, a densidade de cada espécie está na dependência da amplitude da faixa de alturas que ela pode explorar e, portanto, do número de criadouros de que dispõe; assim, apesar da predominância quase total do A. cruzii, o A. bellator é abundante na orla litorânea, onde pode se criar até ao nível do solo, e o A. homunculus chega a ser a espécie mais numerosa em algumas várzeas da área de relêvo movimentado, onde os seus criadouros são encontrados até nos esgalhamentos das árvores; 4 - As distribuições de freqüência das Bromeliáceas em geral e daquelas que são criadouros de Kerteszia, apresentaram diferenças estatísticamente significativas; 5 - O fato do A. cruzii apresentar duas alturas preferenciais e o de sua distribuição vertical ser significativamente diferente daquela observada para as bromeliáceas das mesmas matas, sugere a hipótese de tratar-se de duas entidades biológicas difíceis de serem distinguidas pelos caracteres morfológicos, atualmente, utilizados na classificação dêsses mosquitos.
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By staining females of Anopheles cruzi with fluorescent coloured powders in a forest in the State of Santa Catarina, we showed that they move from canopy to ground and vice-versa to feed. This suggests that in areas where this mosquito is a vector of human and simian malarias sporadic infections of man with monkey plasmodia might be expected.
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Em prosseguimento aos estudos sobre a ecologia de culicídeos que vimos realizando no Parque Nacional da Serra dos Orgãos (PNSO), apresentamos nesta oportunidade a sua distribuição vertical. Por meio de capturas feitas em isca humana concomitantemente ao nível do solo e nas imediações da copa das árvores, estabelecemos as tendências das espécies que ali ocorreram de março de 1981 a fevereiro de 1982, por se alimentarem de sangue na copa da floresta ou junto ao solo. A distribuição é analisada comparativamente em ambos os níveis levando-se em consideração as variações de temperatura, umidade, precipitações pluviométricas e estações do ano. Dentre as espécies com nítida preferência à acrodendrofilia encontramos alguns importantes transmissores de doenças: Anopheles cruzii - malária humana e simiana; Culex nigripalpus - encefalite de São Luis (SLE); Haemagogus leucocelaenus e Haemagogus capricornii - febre amarela silvestre, todas também sendo obtidas, embora em menor número, a nível do solo. Os sabetíneos - Wyeomyia Knabi, Phoniomyia theobaldi, Sabethes tarsopus, Sabethes quasicyaneus, Sabethes chloropterus - completam a relação das principais espécies que preferem a copa. Por outro lado, Aedes fluviatilis, Trichoprosopon digitatum, Tr. similis, Tr. frontosus, Tr. theobaldi, Wy, arthrostigma, Wy. aporonoma, Wy. personata, Wy undulata, Wy. mystes, Limatus durhami, Li. pseudomethisticus, Sa. identicus e Sa. undosus foram capturados em grande maioria próximo ao solo.
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Durante um ano completo efetuamos capturas de flebótomos em isca humana, simultaneamente no solo e na copa da floresta em plataforma a dez metros de altura. Lutzomyia fischeri foi a espécie mais numerosa na copa. L.sp. 1 (espécie ainda não descrita) também foi mais freqüente neste nivel; L.shannoni, apesar de ser mais ativa ao nivel do solo, compareceu várias vezes na copa; L.pessoai, L.ayrozai, L.davisi. L.sp.2 (espécie também não identificada), L.microps e L.monticola só picaram iscas situadas no solo; L.hirsuta esteve pouco representada na copa, porém sua maior densidade foi no solo, onde figura como espécie dominante nos meses mais frios e secos do ano. Dois aspectos devem ser enfatizados com relação à distribuição vertical: a acrodendrofilia de L. fischeri e, ao contrário, o fato de L.ayrozai alimentar-se exclusivamente ao nível do solo. Este comportamento de L.ayrozai e sua preferência em sugar nas partes mais baixas do corpo fazem supor que seus abrigos naturais sejam as folhas caídas no solo florestal. Dentre os fatores mesológicos que influenciam na estratificação dos flebótomos consideramos que a luminosidade seja preponderante, pois em noites mais claras (lua crescente ou cheia) a atividade foi nula, todos os flebotomíneos capturados na copa das árvores foram obtidos em noites mais escuras (lua nova ou minguante).
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The authors observed specimens of Biomphalaria glabrata climbing up the vertical wall of a ditch against the current. The snails that showed this behavior during application of a molluscicide in the breeding site survived and probably played a role in repopulation, which was observed three months later. These observations motivated field and laboratory investigations which led the authors to conclude that: a) this species is able to climb vertical surfaces both in field and laboratory situations; b) the current of water, as a physical stimulus, is sufficient to trigger this behavior (rheotaxis); c) rheotaxis on vertical surfaces depends on the presence of a necessarily moderate current; d) there are indications that B. glabrata may undergo habituation with respect to rheotaxis on vertical walls, e) the relationship between rheotaxis and habituation should be considered as a factor causing snail grouping in water bodies which may contribute to their localization in the field; f) rheotaxis on vertical surfaces may facilitate population dispersal, and its occurrence should be considered when campaigns for the control of schistosomiasis transmission are planned. The authors present some proposals to avoid the manifestation of this behavior in some filed situations.
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An anopheline survey was carried out in two simian malaria areas in the Brazilian Amazon, Balbina and Samuel, to determine the potential vectors of Plasmodium brasilianum. The most abundant and/or acrodendrophilic anophelines in the forest and the most likely vector were Anopheles mediopunctatus, An. nuneztovari, An. oswaldoi, An. triannulatus and An. shannoni. An. darlingi and An. marajoara were captured essentially in anthropic habitats outside the forest and are unlikely to be involved in the transmission of P. brasilianum among monkeys within the forests and from monkeys to man in their surroundings in the Amazon.
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In a study of congenital transmission during acute infection of Toxoplasma gondii, 23 pregnant Balb/c mice were inoculated orally with two cysts each of the P strain. Eight mice were inoculated 6-11 days after becoming pregnant (Group 1). Eight mice inoculated on the 10th-15th day of pregnancy (Group 2) were treated with 100 mg/kg/day of minocycline 48 h after inoculation. Seven mice inoculated on the 10th-15th day of pregnancy were not treated and served as a control (Group 3). Congenital transmission was evaluated through direct examination of the brains of the pups or by bioassay and serologic tests. Congenital transmission was observed in 20 (60.6%) of the 33 pups of Group 1, in one (3.6%) of the 28 pups of Group 2, and in 13 (54.2%) of the 24 pups of Group 3. Forty-nine Balb/c mice were examined in the study of congenital transmission of T. gondii during chronic infection. The females showed reproductive problems during this phase of infection. It was observed accentuated hypertrophy of the endometrium and myometrium. Only two of the females gave birth. Our results demonstrate that Balb/c mice with acute toxoplasmosis can be used as a model for studies of congenital T. gondii infection. Our observations indicate the potential of this model for testing new chemotherapeutic agents against congenital toxoplasmosis.
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Several factors appear to affect vertical HIV-1 transmission, dependent mainly on characteristics of the mother (extent of immunodeficiency, co-infections, risk behaviour, nutritional status, immune response, genetical make-up), but also of the virus (phenotype, tropism) and, possibly, of the child (genetical make-up). This complex situation is compounded by the fact that the virus may have the whole gestation period, apart from variable periods between membrane rupture and birth and the breast-feeding period, to pass from the mother to the infant. It seems probable that an extensive interplay of all factors occurs, and that some factors may be more important during specific periods and other factors in other periods. Factors predominant in protection against in utero transmission may be less important for peri-natal transmission, and probably quite different from those that predominantly affect transmission by mothers milk. For instance, cytotoxic T lymphocytes will probably be unable to exert any effect during breast-feeding, while neutralizing antibodies will be unable to protect transmission by HIV transmitted through infected cells. Furthermore, some responses may be capable of controlling transmission of determined virus types, while being inadequate for controlling others. As occurence of mixed infections and recombination of HIV-1 types is a known fact, it does not appear possible to prevent vertical HIV-1 transmission by reinforcing just one of the factors, and probably a general strategy including all known factors must be used. Recent reports have brought information on vertical HIV-1 transmission in a variety of research fields, which will have to be considered in conjunction as background for specific studies.
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Distinct Toxoplasma gondii antigens were entrapped within liposomes and evaluated for their ability to protect Balb/c mice against congenital transmission: soluble tachyzoite antigen (L/STAg), soluble tissue cyst antigen (L/SCAg), soluble tachyzoite plus tissue cyst (L/STCAg) or purified 32kDa antigen of tachyzoite (L/pTAg). Soluble tachyzoite antigen alone in PBS (STAg) or emulsified in Freund's Complete Adjuvant (FCA/STAg) was also evaluated. Dams were inoculated subcutaneously with these antigens 6, 4 and 2 weeks prior to a challenge with four tissue cysts of the P strain of T. gondii orally between 10 and 14 days of pregnancy. Significant diminution differences were observed between the frequency of infected pups born of the dams immunized with the antigens incorporated into liposomes and that of pups born of the dams immunized with antigen emulsified in FCA or non immunized group (p<0.05). There was a significant decrease in the number of pups born dead in the groups L/STAg, L/SCAg and L/pTAg when compared with pups from all other groups (p <0.05). All dams immunized with or without adjuvant showed an antibody response and a proliferation of T-cells. However, no correlation was found between immune response and protection against the challenge.
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Aedes albopictus was responsible for transmission in the first outbreak of chikungunya (CHIK) on La Réunion Island, Indian Ocean, in 2005-2006. The magnitude of the outbreak on this island, which had been free of arboviral diseases for over 30 years, as well as the efficiency of Ae. albopictus as the main vector, raises questions about the maintenance of the CHIK virus (CHIKV) through vertical transmission mechanisms. Few specimens collected from the field as larvae were found to be infected. In this study, Ae. albopictus originating from La Réunion were orally infected with a blood-meal containing 10(8) pfu/mL of the CHIKV epidemic strain (CHIKV 06.21). Eggs from the first and second gonotrophic cycles were collected and raised to the adult stage. The infectious status of the progeny was checked (i) by immunofluorescence on head squashes of individual mosquitoes to detect the presence of viral particles or (ii) by quantitative RT-PCR on mosquito pools to detect viral RNA. We analysed a total of 1,675 specimens from the first gonotrophic cycle and 1,709 from the second gonotrophic cycle without detecting any viral particles or viral RNA. These laboratory results are compared to field records.
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O estudo teve como finalidade avaliar o avanço da epidemia da Aids entre os japoneses e seus descendentes, residentes no Município de São Paulo. Dimensionou-se o número de pessoas notificadas com a doença desde o início da epidemia até julho de 1994, identificando o perfil do grupo estudado em termos de idade, faixa etária, escolaridade, profissão/ ocupação, tipo de orientação sexual, forma de exposição ao vírus e tempo de sobreviria
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Este artigo faz uma reflexão sobre a humanização da assistência à saúde, que é uma demanda crescente da atualidade. Ela envolve inúmeras dimensões que são complexas e mutuamente influenciáveis. Aspectos relativos à esfera subjetiva do profissional e do relacionamento interpessoal são discutidos e evidenciados como componentes essenciais da humanização do cuidado. São ressaltadas as necessidades de auto-conhecimento dos profissionais e de consciência de suas resistências pois estas são importantes para a efetivação do verdadeiro encontro dos profissionais com seus clientes.
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O presente artigo teórico teve como objeto de estudo a dimensão ética do processo de formação do enfermeiro, considerando a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Enfermagem. Fundamentou-se nos pressupostos da ética, suas relações com a implementação da mudança no processo de formação do enfermeiro, tomando como referência fatores do fazer ético na formação, buscando oportunizar reflexões e contribuir com os rumos da educação em enfermagem. Concluiu-se que a dimensão ética na formação do enfermeiro envolve valores que permeiam as relações entre os sujeitos desse processo e a própria natureza. O estudo recomenda a necessidade de transformação da prática do educando/educador e do modelo curricular constituído, apontando elementos que indicam que a preocupação com a ética no desenvolvimento do currículo não se limita ao ensino em uma disciplina, mas perpassa todas as práticas que se dão no interior do processo educativo.
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A dimensão e o modo de participação da família, no cuidado à criança hospitalizada, tem sido tema de estudo da enfermagem. O objetivo desta pesquisa foi analisar como está delineada a dimensão cuidadora da enfermagem e da família na assistência à criança hospitalizada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com a equipe de enfermagem de um hospital-escola, por meio de entrevista semiestruturada. A organização dos dados pautou-se na análise temática. Os resultados apontam que o trabalho realizado pela enfermagem está centrado em procedimentos; que a interação com a criança e sua família é tangencial no processo de cuidar; e que a família tem dividido cuidados com a equipe mas não tem sido compreendida como co-participante, tampouco incluída na perspectiva do cuidado. Defende-se que a criação de vínculo pode promover uma lógica do processo de trabalho, na perspectiva da integralidade e resgate da dimensão cuidadora da enfermagem.
Resumo:
Uma população é composta por indivíduos, e a amostragem correta dos indivíduos estima adequadamente as características da população. Porém, para avaliar a fertilidade do solo, quem seria o indivíduo solo (unidades de amostra) e qual sua dimensão? Com o objetivo de definir a dimensão do indivíduo solo componente de determinada população, sob plantio direto (PD) ou sob plantio convencional antes (PCAA) ou depois da aração (PCDA), visando avaliar a fertilidade do solo e desenvolver um método de amostragem de solos, determinando o número de amostras simples necessário à formação de uma amostra composta que caracterize o indivíduo solo (unidade de amostra), foram coletadas amostras simples de solo (5,4 cm de diâmetro x 10 cm de profundidade) sobre as semidiagonais de cinco hexágonos delimitados sobre cada uma das áreas selecionadas para amostragem (PD, PCAA e PCDA). Os hexágonos de amostragem apresentavam 2 m de lado e, em cada uma das seis semidiagonais dos mesmos, foram coletadas dez amostras simples de solo (55 por hexágono) nas seguintes distâncias, a partir de uma amostra simples central, medidas até o centro do orifício de coleta: 12,5; 25,0; 37,5; 50,0; 75,0; 100,0; 112,5; 150,0 e 200,0 cm, sendo a amostra simples central comum às seis semidiagonais. Foram determinados o pH (H2O), os teores de P e K disponíveis e de Ca2+ e Mg2+, H + Al, P-rem e a matéria orgânica. As amostras simples foram agrupadas sucessivamente a partir do centro do hexágono, formando nove unidades de amostra: A (até 18,75), B (até 31,25), C (até 43,75), D (até 56,25), E (até 81,25), F (até 106,25), G (até 118,75), H (até 156,25) e I (até 206,25 cm). Foi realizada análise de regressão das médias e dos desvios-padrão das características avaliadas, considerando possíveis dimensões da unidade de amostra de solo. A partir dos resultados obtidos, pôde-se concluir que: para a caracterização do indivíduo solo (unidade de amostra), devem-se coletar 25 amostras simples, necessárias à formação de uma amostra composta representativa, num hexágono de 68,75 cm de lado e área de 1,228 m².