246 resultados para Comunidades indígenas – Colombia
Resumo:
Giardia intestinalis infection is prevalent throughout the world and widely distributed in developing countries. In general, children display serious consequences to their state of health, including slow height-weight development; therefore, the main aim of this study was to determine the association between Giardia infection and the nutritional status of children who participate in the program of complementary feeding (Mejoramiento Alimentario y Nutricional de Antioquia (MANA) - Instituto Colombiano de Bienestar Familiar (ICBF)). A cross-sectional study examining the association of giardiasis with nutritional status was conducted. A total of 2035 children aged eight months to six years-old were studied. Data were collected using structured questionnaires, anthropometric measurements and laboratory analysis of blood and stool samples. Analysis of the results showed that 27.6% of children were infected with G. intestinalis, while 8.1% and 1.9% were mildly and significantly underweight, respectively, and 14.1% presented stunting. Giardiasis was statistically identified as a strong predictor of stunting in this study population.
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In Colombia, pentavalent antimonials and miltefosine are the drugs of choice for the treatment of cutaneous leishmaniasis; however, their toxicity, treatment duration, (treatment adherence problems), cost, and decreased parasite sensitivity make the search for alternative treatments of American cutaneous leishmaniasis necessary. Based on the results found in a controlled, open, randomized, phase III clinical trial, the efficacy and safety of miltefosine was compared to that of thermotherapy for the treatment of cutaneous leishmaniasis in Colombia. Adult patients from the Colombian army participated in the study; they received either 50 mg of miltefosine three times per day for 28 days by the oral route (n = 145) or a thermotherapy (Thermomed®) application of 50 °C for 30 seconds over the lesion and surrounding area (n = 149). Both groups were comparable with respect to their sociodemographic, clinical, and parasitological characteristics. The efficacy of miltefosine by protocol and by intention to treat was 70% (85/122 patients) and 69% (85/145 patients), respectively. The adverse effects were primarily gastrointestinal for miltefosine and pain at the lesion site after treatment for thermotherapy. No statistically significant difference was found in the efficacy analysis (intention to treat and protocol) between the two treatments. ClinicalTrials.gov: NCT00471705.
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Colombian physician Luis Benigno Patiño Camargo was one of the pioneers in the study of rickettsioses in South America, demonstrating for the first time in Colombia the presence of Rickettsia rickettsii as the etiological agent of a highly deadly exanthematic febrile syndrome in the 1930s. However, Patiño-Camargo performed other investigations from 1917-1943, which represent the first descriptions and scientific evidence of the presence ofR. prowazekii and R. typhi in Colombia. Almost 60 years after the latest research conducted by Dr. Patiño-Camargo, rickettsioses were again a matter of interest and research. In the last decade over 20 research studies have been published, showing new endemic areas forR. rickettsii, as well as the description of new rickettsial species in Colombia.
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Para determinar a prevalência de enteroparasitismo nas aldeias Tembé, foi realizado um inquérito coproparasitológico em toda a população (93 índios), em dezembro de 1996. Os parasitos mais freqüentes foram ancilostomídeos (29,0%), Ascaris lumbricoides (34,4%), Entamoeba histolytica (12,9%) e Giardia lamblia (4,3%). As maiores prevalências de ancilostomídeos e A. lumbricoides foram observadas na aldeia Turé-Mariquita, enquanto que as de E. histolytica e G. lamblia na Acará-Mirim. Não foi observada diferença significativa sob ponto de vista prático entre a média de idade dos índios parasitados e a dos não parasitados. Sexo esteve relacionado apenas a freqüência de ancilostomídeos, bem maior no sexo masculino. Desse modo, a prevalência de enteroparasitas ainda se encontra elevada para alguns agentes, sugerindo que as medidas de atenção devem ser imediatamente incrementadas a fim de se obterem resultados mais positivos no combate ao enteroparasitismo.
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Este estudo avalia a contaminação mercurial em comunidades de pescadores em quatro localidades nas margens do rio Tapajós: Rainha, Barreiras, São Luís do Tapajós e Paraná-Mirim. Análises toxocológicas das amostras de cabelo foram realizadas por espectofotometria de absorção atômica. Os níveis de mercúrio total em amostras de cabelo variaram entre 2,9µg/g e 71,5µg/g. Os valores mais baixos foram encontrados na comunidade de Paraná-Mirim. Os mais elevados, em São Luís do Tapajós e Barreiras, cerca de seis a sete vezes superiores ao valor estabelecido. As diferenças entre as concentrações médias de mercúrio total nas amostras, coletadas em populações ribeirinhas, a montante e a jusante do rio Tapajós em Itaituba, não apresentaram significância estatística (p > 0,05). Conclui-se que a exposição humana ao mercúrio por ingestão de peixes contaminados constitui risco potencial para o aparecimento de sintomas e sinais da doença de Minamata, o que recomenda a manutenção de um programa de vigilância epidemiológica.
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Avaliou-se a exposição humana ao metilmercúrio e ao mercúrio total em comunidades ribeirinhas do rio Tapajós e da região metropolitana de Belém, no Estado do Pará, Brasil, através da determinação de mercúrio total e metilmercúrio em amostras de cabelo nos anos de 1994 e 1995. Observou-se que as concentrações médias de mercúrio total variaram de 2 ± 1µg/g-1 a 20,5 ± 12,1µg/g-1, enquanto que as concentrações médias de metilmercúrio variaram de 1,4 ± 0,7µg/g-1 a 18,5 ± 11µg/g-1. Estes resultados confirmam a contaminação mercurial na região do rio Tapajós, admitem a possibilidade do aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação mercurial e recomendam a manutenção da monitorização do mercúrio total e do metilmercúrio nas amostras de cabelo, bem como a necessidade de estudos clínico-epidemiológicos para implantação de medidas de prevenção e controle da intoxicação mercurial.
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A infecção pelo VHB e VHD são importantes problemas de saúde na Amazônia. Este estudo avalia a prevalência da infecção por esses agentes em sete grupos indígenas do Estado do Amazonas. A taxa de infecção passada pelo VHB encontrada foi de 54,5% e a de portadores do AgHBs de 9,7%. Observa-se variação importante destes marcadores entre as aldeias, inclusive da mesma etnia. Não evidenciamos marcador de infecção aguda, os quatro AgHBe reativos eram todos Apurinã, da mesma aldeia, e três da mesma família. O VHD foi encontrado em 13,4% dos AgHBs reativos. O padrão de infecção pelo VHB e VHD encontrado possui as seguintes características: endemicidade elevada, baixo potencial de infectividade, transmissão marcada em idade precoce, provável transmissão familiar, e pouca importância da transmissão vertical. Entretanto, também sugere que esses vírus não tenham sido ainda introduzidos efetivamente em algumas das etnias estudadas.
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Avaliou-se a presença de formas transmissíveis de enteroparasitas em água e em hortaliças consumidas cruas, no período de agosto de 1997 a julho de 1998. A água foi submetida à filtração em membranas de celulose. A água da lavagem destas membranas foi submetido ao método de Faust. As hortaliças in natura e lavada foram lavadas e a água submetida ao método de sedimentação. Uma escola não apresentou contaminação; duas tiveram todos os materiais contaminados; quatro, 2 materiais contaminados e três, 1 material contaminado. A água apresentou índice de 0,7% de contaminação (Hymenolepis diminuta, Strongyloides stercoralis e ancilostomídeos); a hortaliça in natura, 3,9% (Strongyloides stercoralis, ancilostomídeos, Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia) e a lavada, 1,3% (Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia). As hortaliças e a água são veiculadoras de enteroparasitas. A forma larval foi a mais presente. A hortaliça in naturaapresentou maior contaminação que a lavada. A lavagem não garantiu a ausência dessas formas em hortaliças.
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A study on the presence of Babesia in humans was performed in Puerto Berrío (Latitude 6.50deg. Longitude: -74.38deg. River: Magdalena. Area: 74.410km², Colombia-South America). Indirect immunofluorescence, thin and thick blood smears were used to study 194 individuals. Patients were grouped according to their risk-factors for Babesia infection: (group 1) individuals with fever, chills, sweating and other malaria-type symptoms; (group 2) symptomatic and asymptomatic individuals from local cattle ranches, which were enrolled in an active form, and (group 3) workers from the local slaughterhouse. Seven individuals were serologically positive for Babesia: Three individuals presented IgM antibodies against B. bovis, while one had IgG against this species; one individual had IgM against B. bigemina, another had IgG and a third both IgM and IgG against this species. Only one individual was parasitologically positive for Babesiaand serologically positive for Babesia bovis (IgM 1:64)
Resumo:
Entre populações autóctones da América, estudos relatam altos índices de infecção e doença pelos vírus das hepatites B e D. Esta é uma revisão do que já foi descrito entre indígenas da Amazônia brasileira. Em alguns grupos a prevalência do AgHBs é muito baixa, enquanto que outros da mesma região, apresentam padrão de elevada endemicidade, presente inclusive entre menores de 10 anos. O VHD só foi encontrado entre etnias no estado do Amazonas. É descrito a importância da transmissão horizontal familiar, e do contato sexual entre adultos jovens. Fatores socioculturais, genéticos, ecológicos, e a formação histórica desses povos, são apontados como determinantes deste padrão. Entretanto, a origem do VHB e VHD na Amazônia é ainda obscura. Populações indígenas com sua memória genética são, na verdade, o experimento ao vivo, o que demanda investigação abrangente, avaliando a influência dos aspectos históricos, ecológicos, médicos e antropológicos envolvidos, utilizando inclusive técnicas modernas de biologia molecular.
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Foram analisados padrões radiológicos de 23/33 (69,7%) dos indígenas Suruí tratados em 2003-2004. Observou-se 44,8% de consolidações não homogêneas, 10,3% de cavitações e 39,1% de acometimentos múltiplos do parênquima. Apesar de 36% dos doentes avaliados terem apresentado radiografias normais, o tratamento específico foi iniciado sem que tivessem sido esgotadas as possibilidades de investigação diagnóstica.
Resumo:
A partir de 1999, no município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, foi implementado pelo Ministério da Saúde o Programa de Controle de Tuberculose. Com o objetivo de verificar se a estratégia promoveu mudanças na incidência da tuberculose entre indígenas daquela região, foram estudados, retrospectivamente, os registros médicos de 768 pacientes, divididos em dois grupos. Constituíram o Grupo I os casos tratados entre 1994 e 1998 e o Grupo II os pacientes tratados entre 1999 e 2003. A taxa anual média de incidência foi de 239 e 284 casos de todas as formas de tuberculose por 100.000 habitantes, houve predomínio da forma pulmonar, com 88,2% e 85,9% dos casos e índices de cura elevados, representando 97,2% e 91,5%, respectivamente nos Grupos I e II. Não houve impacto na redução da taxa de incidência da doença, na comparação entre os dois períodos citados, evidenciando que persiste alto risco de aquisição de tuberculose entre indígenas daquela região.
Resumo:
Foi avaliada a ocorrência de parasitoses intestinais em indígenas da aldeia Mapuera (Oriximiná, Estado do Pará, Brasil). No contexto de apreciações congêneres, expressa contribuição para adequado conhecimento do assunto, significativo sob o ponto de vista médico-sanitário. O exame parasitológico das fezes, de 83 pessoas, realizado por meio de quatro métodos, pode ser considerado como dotado de razoável amplitude para estabelecer diagnósticos. Ocorreu encontro de cistos de protozoários e de ovos de helmintos de múltiplos tipos, até mesmo em expressivas porcentagens, merecendo destaque a muito freqüente presença de Blastocystis hominis (57,8%), como também o encontro de Cryptosporidium sp (3,6%) e de Cyclospora cayetanensis (10,8%), comentado especificamente. O verificado demonstra que tais índios vivem em ambiente onde prevalecem más condições higiênicas, em especial, facilitador da disseminação de protozoários e helmintos pelo contato com o solo ou ingestão de água e alimentos contaminados.
Resumo:
O estudo foi realizado em 25 aldeias indígenas pertencentes a 13 municípios do Estado de Mato Grosso. Foram identificados 4.424 exemplares de 37 espécies do gênero Lutzomyia e uma espécie do gênero Brumptomyia. Vetores da leishmaniose tegumentar americana e da leishmaniose visceral foram abundantemente capturados e representaram 28,7% (Lutzomyia whitmani) e 23,6% (Lutzomyia longipalpis), respectivamente.