151 resultados para Boal, Augusto, 1931-2009
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a evolução recente das competências científicas na área de saúde, o efeito das linhas de fomento na redução dos desequilíbrios científicos regionais e a interação universidade-empresas entre os grupos de pesquisa em saúde no Brasil. MÉTODOS: As informações utilizadas foram provenientes das bases de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, referentes aos anos de 2000 a 2010. Foram calculados indicadores relativos à mobilização de recursos, à estruturação de grupos de pesquisa e à realização de esforços para transferência de conhecimentos entre a esfera científica e o setor empresarial. RESULTADOS: Com base no mapa da distribuição regional das competências técnico-científicas na área de saúde, foram identificados possíveis padrões de especialização científica e os padrões de interação entre a comunidade científica e o setor empresarial. Houve relativa desconcentração espacial dos grupos de pesquisa em saúde e seis áreas de conhecimento eram responsáveis por mais de 6% dos grupos de pesquisa em saúde, pela ordem: Medicina, Saúde Coletiva, Odontologia, Medicina Veterinária, Ecologia e Educação Física. Os incentivos representados pelas linhas de fomento no período 2000-2009 contribuíram para reduzir os desequilíbrios científicos regionais, induzindo o aprofundamento de competências pré-existentes ou, alternativamente, estimulando a descentralização espacial dessas competências. CONCLUSÕES: Ainda persiste uma concentração espacial elevada das competências técnico-científicas em saúde e os incentivos de política têm contribuído apenas parcialmente para reduzir esses desequilíbrios.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar o coeficiente de mortalidade por intoxicações ocupacionais relacionadas aos agrotóxicos no Brasil.MÉTODOS: Utilizaram-se dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade de 2000 a 2009 referentes aos diagnósticos de intoxicação por agrotóxicos, T60.0-T60.4, T60.8 e T60.9, X48, Y18, e Z578 da CID-10, para a causa básica ou associadas; a natureza ocupacional foi identificada pelo registro no campo
Resumo:
OBJETIVO Analisar a evolução da mortalidade perinatal quanto à dimensão do problema e sua extensão. MÉTODOS Estudo descritivo de tendência temporal com 10.994 óbitos perinatais, de mães residentes em Salvador, BA, com idade gestacional ≥ 22 semanas, idade do recém-nascido até seis dias e 500 g ou mais de peso ao nascer, registrados de 2000 a 2009. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do sitio eletrônico do Datasus/Ministério da Saúde. Calcularam-se taxas de mortalidade perinatal e fetal/1.000 nascimentos e neonatal precoce/1.000 nascidos vivos. Aplicaram-se: teste Qui-quadrado de Pearson para diferenças em proporções, teste de sequências ( runs ), cálculo de médias móveis e coeficiente de determinação linear (R 2 ) para análise de tendência. Utilizou-se a classificação de Wigglesworth para causas de morte. RESULTADOS A taxa de mortalidade perinatal mostrou tendência decrescente, sendo reduzida em 42,0% no período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), com maior contribuição da taxa neonatal precoce (-56,3%). A mortalidade fetal representou grande proporção (61,9%) da taxa de mortalidade perinatal em 2009. A classificação dos óbitos apontou como causas mais frequentes de óbito perinatal: asfixia intraparto (8,8/1.000), imaturidade (7,1/1.000) e malformações congênitas (1,3/1.000). CONCLUSÕES Mesmo em declínio, a taxa de mortalidade perinatal continua elevada e o predomínio recente da mortalidade fetal indica mudança no perfil de causas e impacto nas ações de prevenção. A consulta pré-natal de qualidade com controle de riscos e melhoria da assistência ao parto pode reduzir a ocorrência de causas evitáveis.
Resumo:
OBJETIVO Descrever a investigação do surto de febre amarela silvestre e as principais medidas de controle realizadas no estado de São Paulo. MÉTODOS Estudo descritivo do surto de febre amarela silvestre na região sudoeste do estado, entre fevereiro e abril de 2009. Foram avaliados casos suspeitos e confirmados em humanos e primatas não humanos. A investigação entomológica, em ambiente silvestre, envolveu captura em solo e copa de árvore para identificação das espécies e detecção de infecção natural. Foram realizadas ações de controle de Aedes aegypti em áreas urbanas. A vacinação foi direcionada para residentes dos municípios com confirmação de circulação viral e nos municípios contíguos, conforme recomendação nacional. RESULTADOS Foram confirmados 28 casos humanos (letalidade 39,3%) em áreas rurais de Sarutaiá, Piraju, Tejupá, Avaré e Buri. Foram notificadas 56 mortes de primatas não humanos, 91,4% do gênero Alouatta sp . A epizootia foi confirmada laboratorialmente em dois primatas não humanos, sendo um em Buri e outro em Itapetininga. Foram coletados 1.782 mosquitos, entre eles Haemagogus leucocelaenus , Hg. janthinomys/capricornii , Sabethes chloropterus , Sa. purpureus e Sa. undosus . O vírus da febre amarela foi isolado de um lote de Hg. leucocelaenus procedente de Buri. A vacinação foi realizada em 49 municípios, com 1.018.705 doses aplicadas e o registro de nove eventos adversos graves pós-vacinação. CONCLUSÕES Os casos humanos ocorreram entre fevereiro e abril de 2009 em áreas sem registro de circulação do vírus da febre amarela há mais de 60 anos. A região encontrava-se fora da área com recomendação de vacinação, com alto percentual da população suscetível. A adoção oportuna de medidas de controle permitiu a interrupção da transmissão humana em um mês, assim como a confirmação da circulação viral em humanos, primatas não humanos e mosquitos. Os isolamentos facilitaram a identificação das áreas de circulação viral, mas são importantes novos estudos para esclarecer a dinâmica de transmissão da doença.
Resumo:
OBJETIVO Analisar a tendência da mortalidade por acidentes de motocicleta no Brasil. MÉTODOS Estudo descritivo de séries temporais sobre a taxa de mortalidade de acidentes de motocicleta no Brasil, segundo unidades federativas e faixas etárias entre 1996 e 2009. Os dados de óbitos foram obtidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e da população no Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Taxas de mortalidade padronizadas foram calculadas no período para o Brasil como um todo e Unidades Federativas. Variações anuais das taxas de mortalidade foram estimadas pelo método de Prais-Winsten de regressão linear. RESULTADOS A taxa de mortalidade por acidentes de motocicleta aumentou de 0,5 para 4,5/100.000 habitantes de 1996 a 2009 (aumento de 800% no período e 19% ao ano). Estados com maiores taxas em 2009 foram: Piauí, Tocantins, Sergipe e Mato Grosso. As maiores taxas de crescimento foram observadas nos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. CONCLUSÕES Houve grande aumento das taxas de mortalidade por acidente de motocicleta em todo o Brasil no período, principalmente nos Estados do Nordeste.
Resumo:
OBJETIVO : Propor método simplificado para corrigir informações vitais e estimar o coeficiente de mortalidade infantil no Brasil. MÉTODOS : A correção dos dados vitais dos sistemas de informação sobre mortalidade e nascidos vivos foi obtida por meio de fatores de correção, estimados com base em eventos não informados ao Ministério da Saúde e captados por pesquisa de busca ativa. O método simplificado de correção das informações vitais, de 2000-2009 para o Brasil e unidades da federação, estabelece o nível de adequação das informações de óbitos e nascidos vivos, pelo cálculo do coeficiente geral de mortalidade padronizado por idade e da razão entre os nascidos vivos, informados e esperados, respectivamente, em cada município brasileiro. A partir da aplicação dos fatores de correção ao número de óbitos e nascidos vivos, informados em cada município, as estatísticas vitais foram corrigidas, possibilitando estimar o coeficiente de mortalidade infantil. RESULTADOS : Os maiores fatores de correção foram referentes aos óbitos infantis que atingiram valores maiores do que 7 para municípios com grande precariedade de informações de mortalidade. Os fatores de correção apresentaram gradiente decrescente à medida que melhoraram os indicadores de adequação das informações vitais para óbitos e nascidos vivos. As informações vitais corrigidas pelo método simplificado por unidade da federação, em 2008, foram similares às obtidas na pesquisa de busca ativa. A taxa de natalidade e o coeficiente de mortalidade infantil decresceram em todas as regiões brasileiras, no período. A taxa de decréscimo anual foi de 6,0% no Nordeste, a maior do Brasil (4,7%). CONCLUSÕES : A busca ativa de óbitos e nascimentos possibilitou calcular fatores de correção por nível de adequação das informações de mortalidade e de nascidos vivos. O método simplificado proposto permitiu corrigir as informações vitais por unidade da federação, de 2000 a 2009, e avaliar os progressos do coeficiente de mortalidade infantil no Brasil, regiões e unidades da federação.
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar o consumo alimentar mais frequente da população brasileira. MÉTODOS: Foram analisados dados referentes ao primeiro dia de registro alimentar de 34.003 indivíduos com dez anos ou mais de idade que responderam ao Inquérito Nacional de Alimentação, composto por amostra probabilística da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. O padrão de consumo foi analisado segundo sexo, grupo etário, região e faixa de renda familiar per capita. RESULTADOS: Os alimentos mais frequentemente referidos pela população brasileira foram arroz (84,0%), café (79,0%), feijão (72,8%), pão de sal (63,0%) e carne bovina (48,7%), destacando-se também o consumo de sucos e refrescos (39,8%), refrigerantes (23,0%) e menor presença de frutas (16,0%) e hortaliças (16,0%). Essa configuração apresenta pouca variação quando se consideram os estratos de sexo e faixa etária; contudo, observa-se que os adolescentes foram o único grupo etário que deixou de citar qualquer hortaliça e que incluiu doces, bebida láctea e biscoitos doces entre os itens mais consumidos. Alimentos marcadamente de consumo regional incluem a farinha de mandioca no Norte e Nordeste e o chá na região Sul. Houve discrepâncias no consumo alimentar entre os estratos de menor e maior renda: indivíduos no quarto de renda mais elevada referiram sanduíches, tomate e alface e aqueles no primeiro quarto de renda citaram os peixes e preparações à base de peixe e farinha de mandioca entre os alimentos mais referidos. CONCLUSÕES: Existe um padrão básico do consumo alimentar no Brasil que inclui entre os alimentos mais consumidos arroz, café, feijão, pão de sal e carne bovina, associado ao consumo regional de alguns poucos itens. Particularmente entre os adolescentes, alimentos ricos em gordura e açúcar são também de consumo frequente.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalência de ingestão inadequada de nutrientes na população idosa brasileira. MÉTODOS: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação como parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares, em 2008-2009. Dados de consumo alimentar individual de 4.322 indivíduos com 60 anos ou mais foram obtidos por meio do registro alimentar de dois dias não consecutivos. A ingestão habitual para cada nutriente foi estimada pelo método do National Cancer Institute, cujos modelos tiveram como covariáveis sexo e região. As prevalências de inadequação de ingestão de micronutrientes foram estimadas segundo sexo e região utilizando o método da EAR como ponte de corte. RESULTADOS: Elevadas prevalências de inadequação (> 50%) foram observadas para as vitaminas E, D, A, cálcio, magnésio e piridoxina em ambos os sexos. Em todas as regiões, observou-se 100% de inadequação de vitamina E. Vitamina D obteve percentuais de inadequação próximos de 100% em todas as regiões, exceto para a região Norte. As prevalências de inadequação de vitamina A foram superiores a 70% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Cálcio e magnésio foram os minerais com maior prevalência de ingestão inadequada (> 80%) em todas as regiões. CONCLUSÕES: Idosos brasileiros apresentam elevada inadequação da ingestão de nutrientes, reconhecidos como protetores contra doenças crônicas.
Resumo:
OBJECTIVE To assess the impact of consuming ultra-processed foods on the nutritional dietary profile in Brazil.METHODS Cross-sectional study conducted with data from the module on individual food consumption from the 2008-2009 Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF – Brazilian Family Budgets Survey). The sample, which represented the section of the Brazilian population aged 10 years or over, involved 32,898 individuals. Food consumption was evaluated by two 24-hour food records. The consumed food items were classified into three groups: natural or minimally processed, including culinary preparations with these foods used as a base; processed; and ultra-processed.RESULTS The average daily energy consumption per capita was 1,866 kcal, with 69.5% being provided by natural or minimally processed foods, 9.0% by processed foods and 21.5% by ultra-processed food. The nutritional profile of the fraction of ultra-processed food consumption showed higher energy density, higher overall fat content, higher saturated and trans fat, higher levels of free sugar and less fiber, protein, sodium and potassium, when compared to the fraction of consumption related to natural or minimally processed foods. Ultra-processed foods presented generally unfavorable characteristics when compared to processed foods. Greater inclusion of ultra-processed foods in the diet resulted in a general deterioration in the dietary nutritional profile. The indicators of the nutritional dietary profile of Brazilians who consumed less ultra-processed foods, with the exception of sodium, are the stratum of the population closer to international recommendations for a healthy diet.CONCLUSIONS The results from this study highlight the damage to health that is arising based on the observed trend in Brazil of replacing traditional meals, based on natural or minimally processed foods, with ultra-processed foods. These results also support the recommendation of avoiding the consumption of these kinds of foods.
Resumo:
OBJECTIVE To analyze oral health behaviors changes over time in Brazilian adolescents concerning maternal educational inequalities.METHODS Data from the Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar(Brazilian National School Health Survey) were analyzed. The sample was composed of 60,973 and 61,145 students from 26 Brazilian state capitals and the Federal District in 2009 and 2012, respectively. The analyzed factors were oral health behaviors (toothbrushing frequency, sweets consumption, soft drink consumption, and cigarette experimentation) and sociodemographics (age, sex, race, type of school and maternal schooling). Oral health behaviors and sociodemographic factors in the two years were compared (Rao-Scott test) and relative and absolute measures of socioeconomic inequalities in health were estimated (slope index of inequality and relative concentration index), using maternal education as a socioeconomic indicator, expressed in number of years of study (> 11; 9-11; ≤ 8).RESULTS Results from 2012, when compared with those from 2009, for all maternal education categories, showed that the proportion of people with low toothbrushing frequency increased, and that consumption of sweets and soft drinks and cigarette experimentation decreased. In private schools, positive slope index of inequality and relative concentration index indicated higher soft drink consumption in 2012 and higher cigarette experimentation in both years among students who reported greater maternal schooling, with no significant change in inequalities. In public schools, negative slope index of inequality and relative concentration index indicated higher soft drink consumption among students who reported lower maternal schooling in both years, with no significant change overtime. The positive relative concentration index indicated inequality in 2009 for cigarette experimentation, with a higher prevalence among students who reported greater maternal schooling. There were no inequalities for toothbrushing frequency or sweets consumption.CONCLUSIONS There were changes in the prevalences of oral health behaviors during the analyzed period; however, these changes were not related to maternal education inequalities.
Resumo:
OBJECTIVE To evaluate the impact of consuming ultra-processed foods on the micronutrient content of the Brazilian population’s diet.METHODS This cross-sectional study was performed using data on individual food consumption from a module of the 2008-2009 Brazilian Household Budget Survey. A representative sample of the Brazilian population aged 10 years or over was assessed (n = 32,898). Food consumption data were collected through two 24-hour food records. Linear regression models were used to assess the association between the nutrient content of the diet and the quintiles of ultra-processed food consumption – crude and adjusted for family incomeper capita.RESULTS Mean daily energy intake per capita was 1,866 kcal, with 69.5% coming from natural or minimally processed foods, 9.0% from processed foods and 21.5% from ultra-processed foods. For sixteen out of the seventeen evaluated micronutrients, their content was lower in the fraction of the diet composed of ultra-processed foods compared with the fraction of the diet composed of natural or minimally processed foods. The content of 10 micronutrients in ultra-processed foods did not reach half the content level observed in the natural or minimally processed foods. The higher consumption of ultra-processed foods was inversely and significantly associated with the content of vitamins B12, vitamin D, vitamin E, niacin, pyridoxine, copper, iron, phosphorus, magnesium, selenium and zinc. The reverse situation was only observed for calcium, thiamin and riboflavin.CONCLUSIONS The findings of this study highlight that reducing the consumption of ultra-processed foods is a natural way to promote healthy eating in Brazil and, therefore, is in line with the recommendations made by the Guia Alimentar para a População Brasileira (Dietary Guidelines for the Brazilian Population) to avoid these foods.
Resumo:
The objective of the present study was to evaluate the serum viral load in chronically infected Hepatitis B virus (HBV) patients and to investigate the distribution of HBV genotypes in São Paulo city. Quantitative HBV-DNA assays and HBV genotyping have gained importance for predicting HBV disease progression, have been employed for assessing infectivity, for treatment monitoring and for detecting the emergence of drug resistance. Twenty-nine Brazilian patients with suspected chronic hepatitis B were studied, using real time PCR for viral load determination and direct DNA sequencing for the genotyping. The serology revealed chronic HBV infection in 22 samples. The HBV-DNA was positive in 68% samples (15/22). The phylogenetic analysis disclosed that eleven patients were infected with HBV genotype A, two with genotype F and two with genotype D. Thus, the genotype A was the most prevalent in our study.
Resumo:
The rising success rate of solid organ (SOT) and haematopoietic stem cell transplantation (HSCT) and modern immunosuppression make transplants the first therapeutic option for many diseases affecting a considerable number of people worldwide. Consequently, developing countries have also grown their transplant programs and have started to face the impact of neglected tropical diseases (NTDs) in transplant recipients. We reviewed the literature data on the epidemiology of NTDs with greatest disease burden, which have affected transplant recipients in developing countries or may represent a threat to transplant recipients living in other regions. Tuberculosis, Leprosy, Chagas disease, Malaria, Leishmaniasis, Dengue, Yellow fever and Measles are the topics included in this review. In addition, we retrospectively revised the experience concerning the management of NTDs at the HSCT program of Amaral Carvalho Foundation, a public transplant program of the state of São Paulo, Brazil.
Resumo:
Hepatitis C virus (HCV) and human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) share routes of transmission and some individuals have dual infection. Although some studies point to a worse prognosis of hepatitis C virus in patients co-infected with HTLV-1, the interaction between these two infections is poorly understood. This study evaluated the influence of HTLV-1 infection on laboratory parameters in chronic HCV patients. Twelve HTLV-1/HCV-coinfected patients were compared to 23 patients infected only with HCV, in regard to demographic data, risk factors for viral acquisition, HCV genotype, presence of cirrhosis, T CD4+ and CD8+ cell counts and liver function tests. There was no difference in regard to age, gender, alcohol consumption, smoking habits, HCV genotype or presence of cirrhosis between the groups. Intravenous drug use was the most common risk factor among individuals co-infected with HTLV-1. These patients showed higher TCD8+ counts (p = 0.0159) and significantly lower median values of AST and ALT (p = 0.0437 and 0.0159, respectively). In conclusion, we have shown that HCV/HTLV-1 co-infected patients differs in laboratorial parameters involving both liver and immunological patterns. The meaning of these interactions in the natural history of these infections is a matter that deserves further studies.
Resumo:
After detecting the death of Howlers monkeys (genus Alouatta) and isolation of yellow fever virus (YFV) in Buri county, São Paulo, Brazil, an entomological research study in the field was started. A YFV strain was isolated from newborn Swiss mice and cultured cells of Aedes albopictus - C6/36, from a pool of six Haemagogus (Conopostegus) leucocelaenus (Hg. leucocelaenus) mosquitoes (Dyar & Shannon) collected at the study site. Virus RNA fragment was amplified by RT-PCR and sequenced. The MCC Tree generated showed that the isolated strain is related to the South American I genotype, in a monophyletic clade containing isolates from recent 2008-2010 epidemics and epizootics in Brazil. Statistical analysis commonly used were calculated to characterize the sample in relation to diversity and dominance and indicated a pattern of dominance of one or a few species. Hg. leucocelaenus was found infected in Rio Grande do Sul State as well. In São Paulo State, this is the first detection of YFV in Hg. leucocelaenus.