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Resumo:
Um grupo de 199 crianças de 1 mês a 1 ano de idade, residentes em Parintins, AM, divididas em casos e controles de DDA, foram comparadas segundo: idade; ocupação do chefe da família; condições de moradia; condições demográficas; participação social da família; nutrição; percepção de suscetibilidade e gravidade da DDA; crenças sobre a causalidade da DDA. Foram aceitas as hipóteses nulas de não-associação entre as variáveis independentes e a presença de DDA, exceto idade. Questiona-se a representatividade da amostra tomada. Propõe-se o prosseguimento dos estudos relativos aos fatores que condicionam a manutenção da DDA como principal causa da mortalidade em nosso meio.
Resumo:
A monitorização mensal de alanina aminotransferase (ALT) sérica de pacientes em hemodiálise e os testes sorológicos para exclusões de infecções por vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), citomegalovirus (CMV) e vírus Epstein-Barr (EBV), permitiu-nos identificar 11 casos de hepatites não-A, não-B em 111 indivíduos avaliados durante o período de 12 meses e acompanhados por 2 anos. Foram observados 3 padrões de atividade de ALT: elevação em pico monofásico em 2, bifásico ou polifásico em 6 e em platô em 3 pacientes. Individíduos com padrão monofásico exibiram os níveis mais elevados de ALT. Cinco pacientes apresentaram normalização bioquímica persistente 4,8 meses em média após o início da elevação aguda e seis evoluíram com ascensão crônica de ALT durante o período de estudo. A hepatite não-A, não-B foi, predominantemente, assintomática e anictérica, sempre antecedida por transfusões sangüíneas e com maior incidência nos seis primeiros meses de terapia dialítica dos pacientes.
Resumo:
Analisou-se características clínicas e evolutivas em crianças menores de um ano internadas com infecção do trato respiratório inferior por vírus sincicial respiratório (VSR). Feito estudo transversal com 89 lactentes hospitalizados durante as épocas de maior incidência do VSR, em 1997 e 1998, na cidade do Rio de Janeiro. Foram pesquisados antígenos virais, nas secreções de nasofaringe, com anticorpos monoclonais anti-VSR, antiinfluenza A e B e antiparainfluenza tipo 3, por ensaio de imunofluorescência indireta. Formaram-se três grupos: bronquiolite ou bronquite sibilante (n=44), pneumonia (n=26) e bronquiolite e pneumonia (n=19). Houve positividade para o VSR em 42 (47,1%) pacientes. Em 1997 a média de dias de oxigenoterapia foi de 5,2 e em 1998, de 2,5 dias (p> 0,05). Não houve diferença de apresentação clínica entre os lactentes que apresentaram positividade para o VSR e aqueles cujo resultado foi negativo. A sensibilidade e especificidade da sibilância em relação ao isolamento de VSR foram 85% e 65%, respectivamente. O VSR foi o principal causador de infeções do trato respiratório inferior em lactentes que necessitaram de hospitalização.
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Estudo de prevalência da co-infecção HIV-sífilis realizado com 830 pacientes em acompanhamento ambulatorial para HIV/aids entre janeiro e maio de 2005 no Hospital na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes realizaram exames de VDRL (veneral disease research laboratory), contagens de células CD4+/CD8+ e de carga viral e responderam perguntas sobre características sócio-demográficas e história prévia de sífilis. A prevalência da sífilis foi de 2,7% (22), a relação entre homens e mulheres co-infectados foi de 4:1, aproximadamente. Homossexuais masculinos foram os mais acometidos e não encontramos associação entre co-infecção e idade, escolaridade e parâmetros laboratoriais testados. Do total de casos com sífilis, 73% (16) relataram tratamento prévio; destes, 14 (88%) pacientes foram re-infectados, enquanto 2 (12%) pacientes realizaram tratamento inapropriado. A presença de co-infecção HIV-sífilis em pacientes em acompanhamento rotineiro alerta-nos para necessidade de aconselhá-los a adotar práticas sexuais seguras durante os seus atendimentos ambulatoriais.
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RESUMOO presente trabalho teve como finalidade determinar a composição florística e os índices de agregação das espécies da regeneração natural de uma floresta tropical úmida da região de Manaus, sob quatro níveis de exploração. Pelos resultados observou-se a influência dos tratamentos no número total de indivíduos e no número de indivíduos por classe de tamanho. A floresta estudada compreendeu 291 espécies, 169 gêneros e 56 famílias botânicas. A testemunha aprensetou o menor número de espécies. Os valores do grau de homogeinidade e Quociente de mistura de Jentsch também evidenciaram uma alta heterogeneidade, sendo a testemunha mais heterogênea. As famílias predominantes foram: Burserapeae, Annonaceae, Violaceae, Melastomataceae e Rubiaceae. As famílias mais ricas em espécies foram: Caesalpiniaceae, Sapotaceae, Lauraceae e Mimosaceae. O ìndice de Fracher & Brischle apresentou maior número de espeécies agrupadas nos 4 tratametnos, já o índice de Payandeh apresentou maior número de espécies não agrupadas.
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OBJETIVO: Revisão da experiência com diversas técnicas de correção empregadas, nos últimos 20 anos, em crianças menores de um ano de idade. MÉTODOS: No período de 1978 a 1998, foram operados 148 pacientes (pc) consecutivos com coartação de aorta (CoAo) com até um ano de idade, com ou sem defeitos intracardíacos associados. A idade apresentou mediana de 50 dias, 92 pc do sexo feminino (62,1%). O peso foi de 4.367±1.897 gramas. O seguimento foi em média de 1.152±1.462 dias. A população foi dividida em 3 grupos: Grupo I, CoAo isolada: 74 pc (50%); Grupo II, CoAo e comunicação interventricular (CIV): 41 pacientes (27,7%) e Grupo III, CoAo com malformações complexas: 33 pc (22,3%). RESULTADOS: Mortalidade total foi 43 pc (29%): com menos de 30 dias, foi 53%, p=0,009, OR=4,5, entre 31 e 90 dias, foi 14,7%, p=0,69, e acima de 91 dias, 15%, p=0,004. A probabilidade de sobrevida atuarial de toda a população foi de 67% aos 5 e 10 anos. Trinta e seis pacientes (24,3%) recoartaram, dos quais 18 pacientes (50%) tinham menos de 30 dias, OR=6,35. A incidência de recoartação foi com a técnica de Waldhausen em 4 pacientes (10%) e com a término-terminal clássica em 19 pacientes (26%) p=0.03, e a istmoplastia em 6 pacientes (37,5%). A probabilidade de sobrevida atuarial livre de recoartação aos 5 e 10 anos foi de 69% com a técnica de Waldhausen e 63% com a técnica término-terminal clássica. CONCLUSÃO: Pacientes com menos de 30 dias apresentaram risco aumentado de mortalidade e recoartação. A técnica de Waldhausen em pacientes com mais de 30 dias mostrou-se efetiva. A técnica término-terminal clássica mostrou não ser uma boa opção em todas as faixas etárias, sendo imperativo executar variantes técnicas como término-terminal estendida.
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OBJETIVO: Análise do volume diastólico final ventricular esquerdo crítico, definido como o menor volume aceitável para a manutenção do débito cardíaco, na seleção de pacientes com estenose aórtica pós-valvotomia, candidatos à correção univentricular. MÉTODOS: Estudo retrospectivo em 21 pacientes com estenose aórtica, durante o primeiro ano de vida, e 232 compilados da literatura. Arbitraram-se como normais os valores do volume diastólico final (VDF) de 20 a 60 ml/m2. Foi comparado o VDF dos grupos que foram ao óbito com aqueles que sobreviveram. Procurou-se, também, estabelecer uma correlação da idade e volume ventricular, na época da valvotomia, entre os grupos. Por fim, determinou-se o VDF esquerdo crítico, obtido através de uma relação teórica entre o VDF esquerdo e freqüência cardíaca para diferentes frações de ejeção e determinados índices cardíacos (IC): 2.000 e 2.500 ml/min/m2. RESULTADOS: Para valores do VDF <20ml/m2 e >60 ml/m2, houve significância estatística entre os mortos e os sobreviventes (p<0,0001). Entretanto, na faixa entre 20 e 60 ml/m2, esta significância foi menor (p=0,0309). Também ocorreu uma maior incidência de óbito naqueles, com apresentação na primeira semana de vida. Para um IC de 2.500 ml/min/m2 e uma freqüência cardíaca de 140 bpm, o VDF crítico será de 26 ml/m2 se a fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo for de 0,70 e de 44,5 ml/m2, se a FE for de 0,40. CONCLUSÃO: A análise do volume ventricular esquerdo crítico pode adicionar mais um parâmetro na indicação da correção univentricular em pacientes com estenose aórtica pós-valvotomia, durante o primeiro ano de vida.
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Paciente de 52 anos de idade, do sexo masculino, com diagnóstico de angina instável pós-infarto. A angiografia coronariana revelou obstrução luminal de 90% no terço médio da artéria coronária direita e de 90% no ramo marginal da artéria circunflexa. Após o uso de clopidogrel 300 mg associado ao ácido acetilsalicílico, o paciente foi submetido a implante de stent com eluição de sirolimus (CYPHER; Johnson&Johnson-Cordis) 2,5 x 18 mm, na lesão do ramo marginal esquerdo. Após um ano e cinco meses do implante do stent CYPHER, foi observada em nova angiografia a presença de aneurisma coronariano intra-stent, no ramo marginal esquerdo. O presente relato sugere que o implante de stent coronariano revestido com sirolimus pode ocasionar, tardiamente, a formação de aneurisma da artéria coronária.
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OBJETIVO: Analisar o papel da disfunção renal na internação ou durante a evolução nos pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). MÉTODOS: Foram avaliados 274 pacientes com IAM, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2001. A função renal foi monitorada com a dosagem de creatinina (Cr) na internação e o valor pico durante a hospitalização. O clearance de creatinina (ClCr) foi calculado pela fórmula de Cockcroft & Gault. Foi avaliada a morbidade e mortalidade intra-hospitalar e após um ano do evento. RESULTADOS: A média de idade foi 62,2 ± 13,5 anos e 73% eram do sexo masculino. A função renal esteve mais reduzida nos homens, em pacientes com hipertensão arterial sistêmica e cirurgia de revascularização prévia. A análise multivariada revelou aumento da mortalidade intra-hospitalar relacionada com a elevação nos níveis pico de Cr (OR:1,18 95% IC:1,18-2,77 p = 0,006), com o decréscimo no ClCr inicial (OR:0,96 95% IC:0,93-0,99 p = 0,025) e no ClCr pico (OR:0,96 95% IC:0,92-0,99 p = 0,023). A diferença percentual entre o ClCr inicial e o menor ClCr atingido também indicou maior mortalidade (OR:1,04 95% IC:1,00-1,07 p = 0,033). A piora da função renal não alterou a morbidade e mortalidade em um ano. CONCLUSÃO: Disfunção renal na internação, e sua deterioração durante a hospitalização, mostrou ser um importante marcador prognóstico de pior evolução imediata.
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OBJETIVO: Determinar a sensibilidade, a especificidade e o risco de eventos cardiovasculares em pacientes com Duke-escore (DE) baixo, intermediário e alto risco, em comparação com a presença (ou não) de defeitos de perfusão à cintilografia do miocárdio. MÉTODOS: Estudo prospectivo, consecutivo, com 173 pacientes com 2 ou mais fatores de risco para doença arterial coronariana (DAC), que foram submetidos à cintilografia de perfusão do miocárdio com tetrofosmin marcado com tecnécio-Tc 99m (CPM) e ao teste ergométrico (aplicando-se o DE), de um bairro de Curitiba, entre janeiro de 2003 a fevereiro de 2004. Os pacientes tiveram seguimento de 13±1 meses e 162 completaram o acompanhamento. Foi avaliada a presença de morte, angina, infarto agudo do miocárdio, angioplastia coronariana e revascularização do miocárdio. RESULTADOS: A média do DE dos pacientes que apresentaram eventos (18) foi de -0,27 (95% IC= -3,97 a +3,91) e daqueles livres de eventos (144) foi de +4,92 (95% IC= +4,03 a +5,81), com p<0,00069. A sensibilidade do DE foi de 72,22% e da CPM foi de 77,78%, sem diferença estatística, com p=0,21. A especificidade do DE foi de 54,17% e a da CPM foi de 88,19%, com p<0,0001. A curva de Kaplan-Meier demonstrou que 94% dos pacientes com DE baixo risco permaneceram livres de eventos em 01 ano. Em contraste, todos os de alto risco apresentaram eventos no mesmo período. Os que apresentaram DE de intermediário risco apresentaram 15% de eventos em 01 ano. CONCLUSÃO: O DE foi tão sensível quanto CPM em determinar o risco para DAC em um ano. Os pacientes com DE <-0,27 tiveram maior risco de eventos cardíacos.
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FUNDAMENTO: O benefício clínico de intervenção coronária percutânea (ICP) para lesões coronárias longas é incerto; além disso, foram levantadas dúvidas questões sobre a sua segurança. OBJETIVO: Avaliar os preditores de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) associados à ICP utilizando Full Metal Jacket (FMJ), definido como a sobreposição de stents farmacológicos (SF) medindo >60 mm de comprimento, para lesões muito longas. MÉTODOS: Foram incluídos 136 pacientes consecutivos com lesões coronárias longas, requerendo FMJ em nosso cadastro de centro único. O desfecho primário incluiu a ocorrência combinada de todas as causas de morte, infarto do miocárdio (IM) e revascularização do vaso alvo (RVA). Variáveis demográficas, clínicas, angiográficas e de procedimento foram avaliadas por meio de análise de regressão de Cox para determinar os preditores independentes de desfecho. RESULTADOS: O comprimento médio do stent por lesão foi de 73,2 ± 12,3 mm e o diâmetro médio do vaso de referência foi de 2,9 ± 0,6 mm. O sucesso angiográfico foi de 96,3%. A ausência de ECAM foi de 94,9% em 30 dias e 85,3% em um ano. No acompanhamento de um ano, a taxa de mortalidade por todas as causas foi de 3,7% (1,5% por mortes cardíacas), a taxa de IM foi de 3,7%, e a incidência de trombose de stent (TS) definitiva ou provável foi de 2,9%. O gênero feminino [risco relativo (RR), 4,40; intervalo de confiança de 95% (IC), 1,81-10,66, p = 0,001) e ICP de artéria coronária não direita (RR, 3,49; p = 0,006; IC 95%, 1,42-8,59) foram preditores independentes de ECAM em um ano. A ausência de eventos adversos em um ano foi maior em pacientes com angina estável submetidos à ICP (RR, 0,33; IC 95% 0,13-0,80, p = 0,014). CONCLUSÕES: A ICP utilizando FMJ com SF para lesões muito longas foi eficaz, mas associada a uma alta taxa de TS em acompanhamento de um ano. No entanto, a taxa de mortalidade cardíaca, IM não relacionado a procedimento, e ECAM foi relativamente baixa. ICP de vaso coronário alvo, apresentação clínica, e gênero feminino são novos fatores clínicos contemporâneos que parecem apresentar efeitos adversos sobre o resultado da ICP utilizando FMJ para lesões longas.