447 resultados para Alteração do uso do solo
Resumo:
O zoneamento ambiental auxilia na gestão do solo e da água, pois fornece informações de uso e manejo do solo de forma adequada. Assim, propõe-se neste estudo: (i) a aplicação do zoneamento ambiental, baseado em valores de perda de solo, tolerância à perda de solo e à legislação ambiental; e (ii) etapa de monitoramento das características quali-quantitativas dos cursos d'água a partir do uso de curvas Total Maximum Daily Loads (TMDL). O estudo foi realizado na bacia hidrográfica do ribeirão Salobra, localizada na transição entre os biomas Cerrado e Pantanal. A partir do cruzamento dos planos de informação, obteve-se a divisão da área em cinco zonas de uso do solo, determinadas de acordo com a conservação e preservação da vegetação nativa, ocorrência de áreas úmidas e nascentes, uso adequado do solo e recuperação de áreas erodidas. Paralelamente, as curvas TMDL foram obtidas a partir da curva de permanência e de padrões de qualidade da água. Verificou-se que cerca de 6 % da área em estudo apresentou perda de solo superior ao limite tolerável e foi definida como área prioritária de recuperação no contexto do planejamento ambiental. O método aplicado permitiu a determinação de zonas específicas de uso do solo, identificação de irregularidades e de prioridades de conservação do solo. Além disso, as curvas TMDL constituem boa alternativa de monitoramento da água, pois produzem informações em condições críticas do corpo d'água.
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A umidade volumétrica do solo possui alta variabilidade espacial e temporal devido à influência de vários fatores ambientais e de uso do solo. Desse modo, seu entendimento assume papel fundamental na modelagem dos processos que envolvem o escoamento superficial, a erosão do solo e o transporte de sedimentos. Nesse contexto, objetivou-se neste estudo avaliar o padrão espacial e temporal da umidade volumétrica na camada superficial do solo, nas diferentes estações do ano, em uma bacia hidrográfica experimental, com predominância de latossolos, localizada na região Sul de Minas Gerais. Para isso, utilizou-se o conceito de estabilidade temporal e escalonamento de semivariogramas, o qual possibilitou a comparação da estrutura espacial dos modelos de semivariogramas ajustados. Foi possível detectar forte dependência espacial da umidade do solo na bacia hidrográfica, com grau de dependência sempre acima de 80 %, e os semivariogramas escalonados mostraram semelhanças no padrão espacial no verão e no outono e diferenças em relação ao inverno e à primavera. Dessa forma, constatou-se que houve diferença no padrão espacial da umidade do solo ao longo do ano, contudo maior homogeneidade no período chuvoso (verão). Ocorreu variação no padrão temporal de umidade do solo de acordo com as estações do ano, sendo verificada tendência nos dados de inverno e primavera, demonstrada pelo teste de Spearman. Devido às diferenças verificadas no padrão espaçotemporal da umidade do solo ao longo das estações do ano, quatro pontos distintos foram identificados, um em cada estação, para implantação de monitoramento permanente desse atributo do solo na bacia hidrográfica.
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As pastagens de gramíneas, quando bem formadas e manejadas, representam um componente ambiental importante em razão do papel que exercem na cobertura dos solos, na formação e estabilização dos agregados e na redução do adensamento ou da compactação. Os objetivos deste estudo foram quantificar o intervalo hídrico ótimo (IHO), para um Latossolo Vermelho-Amarelo degradado fisicamente e cultivado com Coastcross (Cynodon spp.), e utilizar o IHO como indicador de alteração da estrutura desse solo. Amostras indeformadas foram coletadas em anéis volumétricos de 0,025 m de altura e 0,065 m de diâmetro, nas profundidades de 0-0,05 e 0,20-0,25 m e no horizonte Bw (0,80-0,85 m), na ausência de tráfego de máquinas agrícolas, durante a estação chuvosa de 2008/2009, nos meses de novembro de 2008, março de 2009 e maio de 2009. Essas amostras foram utilizadas para determinar a curva de retenção de água, a curva de resistência à penetração, a densidade, o IHO e a densidade crítica do solo (Dsc). O IHO revelou-se um adequado indicador da alteração da estrutura de Latossolo. O Coastcross apresenta potencial para melhoria da estrutura, sendo sugerida sua utilização como alternativa ao uso de implementos agrícolas nesse contexto. A Dsc de 1,24 Mg m-3 é limitante ao adequado crescimento e desenvolvimento da forrageira no solo em estudo.
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A rugosidade superficial do solo é uma característica importante, pois influencia a infiltração e a armazenagem de água no solo, a retenção de sedimentos na superfície e a erosão hídrica. Por sua vez, a rugosidade é influenciada pelo preparo, umidade e compactação do solo, pelos resíduos culturais, pelo efeito residual do uso do solo e pela erosividade da chuva. Este trabalho teve o objetivo de quantificar o efeito do tipo de preparo, da compactação do solo e da erosividade da chuva sobre o índice de rugosidade superficial ao acaso modificado (RRM), em um experimento conduzido sob chuva natural em um Cambissolo Húmico Alumínico léptico, com declividade média de 0,03 m m-1, entre setembro e novembro de 2008, em Lages, SC, com os seguintes tratamentos: (1) superfície quase lisa em solo compactado (LIC); (2) superfície quase lisa em solo não compactado (LINC); (3) uma aração e duas gradagens em solo compactado (PCC); (4) uma aração e duas gradagens em solo não compactado (PCNC); (5) uma escarificação em solo compactado (ESC); e (6) uma escarificação em solo não compactado (ESNC). O microrrelevo do solo foi medido com rugosímetro mecânico de varetas, em seis oportunidades: imediatamente antes e imediatamente após instalar os tratamentos; e após a ocorrência de cada um dos valores de erosividade (EI30) da chuva: 136, 190, 630 e 265 MJ mm ha-1 h-1. O preparo do solo com aração e gradagens e com escarificação aumentou o índice RRM em relação a antes do preparo, tanto em solo não compactado quanto em solo compactado. O aumento desse índice foi de 3,72 vezes em aração e gradagens e de 3,88 vezes na escarificação, na média do solo compactado e não compactado. A compactação do solo aumentou o índice RRM, independentemente do tipo de preparo. No caso da aração e gradagens, o aumento nesse índice foi de 4,58 vezes no solo compactado e de 3,04 vezes no não compactado, logo após o preparo; em se tratando da escarificação, em solo compactado o aumento pelo preparo foi de 5,49 vezes e de 2,61 vezes no solo não compactado, também logo após o preparo. A erosividade da chuva diminuiu o índice RRM, independentemente do tipo de preparo e da compactação do solo, cuja relação foi descrita pelo modelo y = ae-bx.
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A utilização do solo sob Cerrado tem acarretado modificações nas suas propriedades, bem como no comportamento e qualidade da sua matéria orgânica. O Cerrado piauiense vem sendo alvo de exploração sem a devida preocupação com a manutenção dos recursos naturais, onde os sistemas de produção têm se caracterizado pelo uso intensivo do solo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da utilização agrícola na alteração dos atributos biológicos e na dinâmica da matéria orgânica em Latossolos Amarelos distróficos típicos, cultivados com soja. O trabalho foi realizado na Serra do Quilombo, localizada no Cerrado piauiense. Foram verificadas as alterações nos atributos do solo em decorrência da utilização agrícola, que foi iniciada com plantio convencional, posteriormente substituído pelo sistema plantio direto. Foram amostrados solos com diferentes históricos de uso: PC7/PD8 - sete anos de plantio convencional e oito de plantio direto; PC5/PD4 - cinco anos de plantio convencional e quatro de plantio direto; PC3/PD3 - três anos de plantio convencional e três de plantio direto; e CN - solo com Cerrado nativo. Os atributos avaliados foram: respiração basal do solo, carbono da biomassa microbiana, quociente metabólico, quociente microbiano, carbono orgânico total e nitrogênio total. Para avaliar a dinâmica da matéria orgânica, foi feito o fracionamento físico. Os dados foram submetidos à análise de variância. Os resultados indicaram que o manejo imposto ao solo com cultivo convencional e posterior implantação do sistema plantio direto contribuiu para alterar as propriedades biológicas do solo, em comparação com o Cerrado nativo. A substituição do Cerrado nativo por culturas anuais sob o sistema plantio direto reduz os teores de carbono da biomassa microbiana e de nitrogênio total e eleva a respiração basal nos tratamentos com três e quatro anos de implantação do plantio direto, indicando que esse tempo é insuficiente para melhoria desses atributos. O aumento do tempo de uso do solo com plantio direto diminui o teor de C particulado e mantém o de C associado aos minerais, em comparação ao solo do Cerrado nativo.
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Grande parte da produção brasileira de mamona encontra-se no Nordeste, como opção de cultura para a região semiárida no bioma Caatinga. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações nos estoques de C e N devido à mudança de uso do solo de vegetação natural para o cultivo de mamona no bioma Caatinga. Este trabalho foi realizado na Fazenda Floresta, no município de Irecê, no centro-norte baiano. O clima da região é do tipo BSwh (Köppen) - clima semiárido de altitude. O solo foi classificado em Latossolo Vermelho de textura argilosa. As situações avaliadas foram: três áreas cultivadas com mamona com diferentes tempos de implantação: (i) com 10 anos, (ii) com 20 anos e (iii) com 50 anos; e uma área de referência (vegetação nativa de Caatinga) contígua às situações avaliadas. Os estoques de C e N foram determinados em amostras de solo coletadas em cinco minitrincheiras, nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm. Os resultados mostraram que o constante aporte de resíduos vegetais na Caatinga promoveu a manutenção dos estoques de C (90 Mg ha-1) e N (10 Mg ha-1) para a camada de 0-30 cm. A mudança de uso da terra para o cultivo da mamona ocasiona redução em aproximadamente 50 % nos estoques de C e N do solo em relação à vegetação nativa nos primeiros 10 anos de implantação da cultura. A meia-vida da matéria orgânica do solo (MOS) calculada para essa situação na região do semiárido foi de 4,7 anos. O fator de emissão de C do solo, devido à mudança de uso da terra após 20 anos, conforme proposto pelo método do IPCC (2006), foi de 2,47 Mg C ano-1. Por meio do conjunto dos resultados, observa-se a fragilidade do solo do bioma Caatinga no que se refere à perda de MOS devido à mudança de uso da terra.
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A substituição da vegetação nativa no Brejo Paraibano, inicialmente por cana-de-açúcar e mais recentemente por pastagens, em relevo fortemente ondulado, causaram sérios problemas de degradação do solo. Atualmente, partes dessas pastagens estão dando lugar ao plantio de sabiá (MIMOSA CAESALPINIAEFOLIA: Benth). Objetivou-se, neste trabalho, analisar o efeito dessas mudanças nas propriedades físicas e químicas do solo e no desenvolvimento das raízes. O experimento foi conduzido no município de Areia, PB, em um Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico. Os tratamentos foram representados por três diferentes usos: mata secundária, cultivo de sabiá e pastagem com braquiária (BRACHIARIA DECUMBENS: ). As amostras de solo foram coletadas nas diferentes áreas, em três posições da encosta: parte superior, mediana e inferior. Em cada posição, coletou-se solo em três diferentes pontos em quatro profundidades: 0,0-2,5; 2,5-5,0; 5,0-10,0; e 10,0-20,0 cm, para análises físicas e de raízes. Foram feitas amostras compostas para as análises químicas e do conteúdo de argila. O experimento foi conduzido num delineamento inteiramente casualizado, com medidas repetidas no espaço. Observou-se que a agregação, densidade e a porosidade total apresentaram melhores resultados na área de mata nativa secundária. A substituição da área de pasto por sabiá prejudicou a agregação, mas não alterou a densidade e a porosidade total do solo. Os teores de nutrientes foram maiores na área de sabiá, embora sejam significativos apenas para o K e a saturação por bases. As mudanças no uso do solo sempre causam degradação de suas propriedades físicas e químicas, mas, quando essa substituição é feita por um sistema menos agressivo, é difícil perceber modificações em pouco tempo de uso.
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Avaliou-se, em um Latossolo Roxo, o efeito de diferentes formas de manejo do solo sobre a matéria orgânica do solo e na biomassa microbiana. Os tratamentos usados foram: mata natural; mata natural até 1976 e café até 1994 (amostragem na projeção da copa e na entrelinha); mata natural até 1976, café até 1991 e milho até 1994; mata natural até 1940, café até 1960, citros até 1978, e cana-de-açúcar até 1994 (amostragem na linha e na entrelinha). A mata natural apresentou os maiores valores de C orgânico no solo e na fração humina e os menores valores foram obtidos nas áreas com cana-de-açúcar, que apresentaram os maiores valores de C microbiano em relação à mata natural. O uso agrícola do solo aumentou a porcentagem de C orgânico na forma de ácidos húmicos e fúlvicos, em relação à mata natural. Em geral, o solo apresentou mais de 74% do C orgânico na forma de húmus residual.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso do solo sobre a densidade e a diversidade da macrofauna invertebrada, bem como a relação dessa com atributos químicos do solo em diferentes agroecossistemas. Foram estudados cinco agroecossistemas: sistema ecológico com três anos de adoção (SE3), sistemas agroflorestais com seis (SAF6) e dez (SAF10) anos de adoção; agricultura de corte e queima (ACQ), e floresta nativa (FN). Em cada sistema, foram coletadas aleatoriamente cinco amostras solo, em forma de blocos (25x25 cm), na profundidade de 10 cm, nas épocas seca (outubro, 2006) e chuvosa (maio, 2007). A relação entre os atributos químicos e a macrofauna edáfica, nos diferentes sistemas de uso do solo, foi determinada por meio da análise da coinércia. Maior abundância da macrofauna foi observada na época chuvosa. Os sistemas SE3, SAF6 e SAF10 apresentaram maior riqueza de espécies e índices de Shannon e Pielou, independentemente da época de coleta. O manejo agroflorestal favoreceu a ocorrência de "engenheiros do ecossistema". Os sistemas agroflorestais propiciam melhores características químicas do solo e aumentos na abundância e riqueza da macrofauna invertebrada do solo.
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Avaliou-se o uso de pó de coco verde e maduro na formulação de substratos para formação de mudas de cajueiro anão precoce. O experimento foi conduzido na Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza (CE). Porta-enxertos dos cajueiros foram obtidos com semente CCP06 e os enxertos, de árvores adultas CCP76, ambos clones de cajueiro anão precoce. Pó das cascas de coco verde e de coco maduro mostraram-se favoráveis ao desenvolvimento das plantas, apresentando boas características como facilidade de retirada da muda do tubete e agregação das raízes ao substrato, podendo assim, substituir o uso do solo hidromórfico, na proporção de 20%.
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Neste trabalho, avaliaram-se o número de plântulas e a composição do banco de sementes do solo em áreas de domínio ciliar com remanescentes florestais ou utilizadas para agricultura ou pastagem. As amostras foram coletadas em três épocas do ano. O número médio de indivíduos encontrados nas áreas com remanescentes florestais, agricultura e pasto foi de 551,68; 451,36; e 452,48 sementes viáveis por metro quadrado, respectivamente. O maior número de espécies por metro quadrado foi observado na coleta de verão, com 46,72 espécies. No total, foram identificadas 37 famílias e 81 espécies. Das espécies identificadas, 65,4% foram consideradas como invasoras, 7,41% como gramíneas e 27,19% como arbóreas. Dentre as espécies arbóreas foram identificadas 19 famílias com Ulmaceae, Cecropiacea e Euphorbiaceae, apresentando-se com maior número de plântulas. O maior número de espécies arbóreas foi encontrado em amostras de solo de áreas com remanescentes florestais.
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Os benefícios gerados pelos sistemas agroflorestais (SAFs) ao ambiente são comprovados nas mais diversas regiões do mundo. No entanto, na região semi-árida cearense, são poucos os trabalhos desenvolvidos englobando as vantagens atribuídas a este tipo de sistema quanto ao uso do solo. Objetivou-se avaliar o impacto de quatro SAFs e um convencional sobre a qualidade do solo, comparativamente à condição natural (caatinga nativa), após cinco anos de uso na região semi-árida cearense. Os tratamentos testados foram: agrossilvipastoril (AGP); silvipastoril (SILV); tradicional cultivado em 1998 e 1999 (TR98); tradicional cultivado em 2002 (TR02); e cultivo intensivo (CI) e duas áreas de mata nativa (MN-1 e MN-2), que foram usadas como referência de um estado de equilíbrio. O impacto dos sistemas de manejo sobre a qualidade do solo foi medido pelas seguintes variáveis: a granulometria; argila dispersa; a estabilidade e distribuição porcentual dos agregados; os teores de Ca2+, Mg2+, K+, Na+ trocáveis; a acidez potencial; o pH do solo; e o teor de carbono orgânico total (COT), considerando-se as profundidades de 0-6, 6-12, 12-20 e 20-40 cm. Os tratamentos AGP, TR98 e CI promoveram maior revolvimento do solo provocando a redução nos teores de COT. Os atributos químicos, como bases trocáveis, capacidade de troca catiônica, pH e acidez potencial nos tratamentos SILV e MN-2, variaram em função dos teores de argila, enquanto nos tratamentos TR98 e CI a redução nesses atributos foi devido ao maior revolvimento do solo. O tratamento AGP mostrou-se eficiente na ciclagem de nutrientes, entretanto, o revolvimento do solo e a concomitante redução do teor de COT, geraram também diminuição na estabilidade de agregados. Os resultados obtidos permitem recomendar o tratamento SILV para a manutenção da qualidade do solo e produção de alimentos na região do semi-árido cearense.
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Este trabalho foi realizado na Mesorregião do Agreste da Borborema, em uma área de 1.404 ha, correspondente à bacia hidrográfica da represa Vaca Brava, em Areia, PB. Para avaliar relevo e fertilidade do solo, 360 amostras simples de solo (0-20 cm) dessa bacia hidrográfica, representando combinações de quatro usos do solo e cinco posições no relevo, foram analisadas. As propriedades químicas estudadas foram: carbono, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e pH. Com relação às propriedades físicas, avaliaram-se a granulometria e densidade do solo. Pela análise descritiva, constatou-se que os dados de densidade do solo e pH foram os que menos variaram, enquanto o fósforo, potássio e magnésio apresentaram as maiores variações. As propriedades químicas e físicas mostraram-se influenciadas pelo uso do solo, com aumento nos teores no sentido agriculturafloresta. Entretanto, em relação ao fósforo disponível, a variabilidade ocorreu no sentido contrário.
Resumo:
Este estudo teve como objetivos caracterizar florística e estruturalmente um trecho de Floresta Ombrófila Densa Submontana urbana e avaliar os fatores que contribuíram para a regeneração, a partir do último uso do solo para produção de banana, há 50 anos. Para a amostragem da área foram implantadas 25 parcelas de 100 m², totalizando 0,25 ha. O critério de inclusão adotado foi diâmetro à altura do peito (DAP) > 5 cm. Foram amostrados 311 indivíduos de 92 espécies, 67 gêneros e 31 famílias. A área basal total foi de 34,18 m²/ha, enquanto a densidade, de 1.244 ind./ha. As espécies mais importantes na comunidade, representando 42% do valor de importância (VI) da área, foram: Aiouea saligna Meisn., Tachigali paratyensis (Vell.) H.C. Lima, Ficus insipida Willd., Bathysa gymonocarpa K. Schum, Chrysophyllum flexuosum Mart., Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr., Piper rivinoides Kunth., Hyeronima alchorneoides Allemão, Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin e Guarea guidonia (L.) Sleumer. O elevado valor do Índice de diversidade de Shannon (H'= 4,13 nats/ind.), bem como o de equabilidade (J = 0,91), compara-se aos valores referenciados para florestas conservadas e inventariadas no Sudeste brasileiro. A floresta amostrada encontra-se em processo de regeneração e representa um estágio intermediário de sucessão. O cultivo da banana, após seu abandono, permitiu a entrada de espécies com estratégias de estabelecimento e propagação em condições de pouca luminosidade. A presença de uma árvore remanescente, do gênero Ficus, está relacionada a uma crença popular que acabou influenciando a estrutura da vegetação. Dessa forma, as espécies amostradas neste estudo refletiram o uso do solo passado e a cultura local.
Resumo:
A compactação do solo devido ao tráfego de máquinas utilizadas no setor florestal causa modificações estruturais deste, podendo assim interferir na densidade do solo, velocidade e capacidade de infiltração de água e no desenvolvimento radicular das culturas. Objetivou-se, neste trabalho avaliar a resistência mecânica do solo à penetração na Bacia Hidrográfica do Riacho Fundo, Felixlândia-MG em área de uma empresa do setor florestal localizada no cerrado mineiro. Os testes de resistência à penetração foram realizados em fevereiro de 2011, em seis parcelas com plantios de eucalipto localizadas nos talhões 35, 36, 39, 40, 42 e 44, utilizando-se um penetrômetro de impacto. Os talhões apresentaram valores médios da resistência mecânica do solo acima de 4 MPa e esses altos valores podem estar associados ao uso do solo que antes dos plantios de eucalipto era pastagem e também devido a condição de baixo teor de umidade do solo no período em que foi realizada a determinação da resistência mecânica do solo.