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FUNDAMENTO: Hiponatremia e fenômenos congestivos indicam mau prognóstico na insuficiência cardíaca descompensada. A ocorrência de insuficiência renal está associada a aumento do risco de morte. OBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia da solução hipertônica em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada para prevenção de insuficiência renal. MÉTODOS: Participaram do estudo pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, congestão e hiponatremia. Além do tratamento padrão, os pacientes receberam solução salina hipertônica, e foram submetidos a avaliação tanto clínica como laboratorial. RESULTADOS: Foram incluídos 9 pacientes. A média das idades dos pacientes foi de 55 + 14,2 anos, sendo 5 (55,5%) do sexo masculino e 4 (44,5%), do feminino. Todos apresentavam classe funcional III-IV da New York Heart Association (NYHA), e 5 (55,5%) recebiam dobutamina. Todos apresentaram creatinina inicial acima de 1,4 mg/dl. A tonicidade média da solução foi de 4,39% + 0,018% (2,5% a 7,5%) e a duração do tratamento foi de 4,9 dias + 4,1 dias (1 dia a 15 dias). Não houve efeitos adversos graves; em nenhum caso houve piora clínica ou distúrbios neurológicos; hipocalemia ocorreu em 4 (44,5%) casos. A comparação das variáveis pré- e pós-tratamento demonstrou queda da uréia (105 mg/dl + 74,8 mg/dl vs. 88 mg/dl + 79,4 mg/dl; p = 0,03) e aumento do volume urinário (1.183 ml/dia vs. 1.778 ml/dia; p = 0,03); houve tendência a redução da creatinina (2,0 mg/dl + 0,8 mg/dl vs. 1,7 mg/dl + 1,0 mg/dl; p = 0,08). Apesar da elevação do valor do sódio (131 mEq/l + 2,8 mEq/l vs. 134 mEq/l + 4,9 mEq/l) e da redução do peso (69,5 kg + 18,6 kg vs. 68,2 kg + 17,1 kg), não houve diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: O uso de solução salina hipertônica em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada pode ser método terapêutico seguro e potencialmente relacionado a melhora clínica e de prevenção da insuficiência renal.
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FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca é uma doença de alta prevalência, com prognóstico dependente de diferentes fatores preditores. OBJETIVO: A doença de Chagas é um preditor de mau prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) crônica. O objetivo deste estudo é analisar se ela também prediz pior evolução para pacientes agudamente descompensados. MÉTODOS: Estudamos 417 pacientes hospitalizados por IC descompensada. A idade média foi de 51,8 anos, sendo 291 (69,8%) homens. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 133 (31,9%) chagásicos (CH) e 284 com outras etiologias. Num subgrupo de 63 pacientes (15,1% com doença de Chagas), dosaram-se citocinas e noradrenalina. RESULTADOS: Na internação, 24,6% necessitaram de inotrópicos, e em um ano a mortalidade foi de 54,7%. Os CH apresentaram maior mortalidade (69,2% vs. 47,9%, p < 0,001). Na comparação de dados, os CH eram mais jovens (47,6 vs. 53,8 anos, p < 0,001) e apresentavam, em média, PA sistólica (96,7 vs. 111,2 mmHg, p < 0,001), fração de ejeção (32,7 vs. 36,4%, p < 0,001), Na sérico (134,6 vs. 136,0, p = 0,026) mais baixos e TNF-alfa mais elevado (33,3 vs. 14,8, p = 0,001). A presença de hipotensão necessitando de inotrópicos, o diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (VE), os dados de função renal, os níveis de interleucina-6 e os de noradrenalina não diferiram nos dois grupos. CONCLUSÃO: Os pacientes chagásicos hospitalizados com IC descompensada tiveram pior prognóstico quando comparados com aqueles de outras etiologias. Esse fato pode dever-se ao maior comprometimento cardíaco (fração de ejeção mais baixa), maior instabilidade hemodinâmica (pressão sistólica e freqüência cardíaca mais baixas) e maior ativação do sistema renina angiotensina (sódio mais baixo) e das citocinas (TNF-alfa).
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FUNDAMENTO: A medida casual da pressão arterial (PA) pelos profissionais de saúde está sujeita a uma grande variabilidade, sendo necessário buscar novos métodos que possam superar essa limitação. OBJETIVO: Comparar e avaliar a correlação entre os níveis de PA obtidos por meio da automedida da pressão arterial (AMPA) com a medida casual e com a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). MÉTODOS: Avaliamos hipertensos que realizaram as três metodologias de medida da PA com intervalo menor que 30 dias; as médias das pressões foram utilizadas para comparação e correlação. Foram empregados os aparelhos: OMRON 705 CP (medida casual), OMRON HEM 714 (AMPA) e SPACELABS 9002 (MAPA). RESULTADOS: Foram avaliados 32 pacientes, 50,09% mulheres, idade média 59,7 (± 11,2) anos, média do IMC 26,04 (± 3,3) kg/m². Valores médios de pressão sistólica (PAS) e pressão diastólica (PAD) para a AMPA foram de 134 (± 15,71)mmHg e 79,32 (± 12,38) mmHg. Na medida casual as médias da PAS e PAD foram, respectivamente, 140,84 (± 16,15)mmHg e 85 (± 9,68) mmHg. Os valores médios da MAPA na vigília foram 130,47 (± 13,26) mmHg e 79,84 (± 9,82) mmHg para PAS e PAD, respectivamente. Na análise comparativa, a AMPA apresentou valores semelhantes aos da MAPA (p > 0,05) e diferentes da medida casual (p < 0,05). Na análise de correlação a AMPA foi superior à medida casual, considerando a MAPA como o padrão de referência nas medidas tensionais. CONCLUSÃO: A AMPA apresentou melhor comparação com a MAPA do que a medida casual e também se correlacionou melhor com a aquela, especialmente para a pressão diastólica, devendo ser considerada uma alternativa com baixo custo para o acompanhamento do paciente hipertenso.
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FUNDAMENTO: Há controvérsias sobre a hora da admissão e os desfechos hospitalares da síndrome coronária aguda (SCA). A admissão em horários não regulares seria associada ao pior prognóstico dos pacientes. OBJETIVO: Analisar a influência da hora da admissão na internação prolongada e na mortalidade de pacientes com SCA, segundo os períodos diurno (das 7h às 19h) e noturno (das 19h às 7h). MÉTODOS: Foram avaliados, prospectivamente, 1.104 pacientes consecutivos com SCA. O óbito intra-hospitalar e a internação igual ou superior a cinco dias foram os desfechos analisados. RESULTADOS: A admissão no período diurno foi maior em comparação ao noturno (63% vs. 37%; p < 0,001). A angina instável foi mais prevalente no período diurno (43% vs. 32%; p < 0,001) e o infarto sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMssST) no noturno (33% vs. 43%; p = 0,001). Não se observaram diferenças na mortalidade e no tempo de internação nos períodos estudados. Os fatores de predição de internação igual ou superior a cinco dias foram: idade [OR 1,042 (IC 95% 1,025 - 1,058), p < 0,001]; fração de ejeção (FE) [OR 0,977 (IC 95% 0,966 - 0,988), p < 0,001]; IAMssST [OR 1,699 (IC 95% 1,221 - 2,366), p = 0,001]; e tabagismo [OR 1,723 (IC 95% 1,113 - 2,668), p = 0,014]. Para o óbito intra-hospitalar, foram: idade [OR 1,090 (IC 95% 1,047 - 1,134), p < 0,001]; FE [OR 0,936 (IC 95% 0,909 - 0,964), p < 0,001]; e tratamento cirúrgico [OR 3,781 (IC 95% 1,374 - 10,409), p = 0,01]. CONCLUSÃO: A internação prolongada e óbito intra-hospitalar em pacientes com SCA independem do horário de admissão.
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FUNDAMENTO: A medida da pressão arterial (PA) pelo próprio paciente, sem protocolos rígidos, com treinamento adequado, aparelhos validados e no próprio domicílio, é definida como automedida da pressão arterial (AMPA). OBJETIVO: Avaliar a interferência da AMPA na adesão ao tratamento e no controle pressórico. MÉTODOS: Participaram do estudo 57 pacientes, 38 no grupo de estudo (GE) e 19 no grupo de controle (GC). Esses pacientes foram seguidos por 12 meses e avaliados na randomização (V1), bem como no sexto (V2) e no décimo segundo mês (V3). Comparadas as médias da PA pela medida casual, pela AMPA e pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), exames laboratoriais e as respostas ao questionário sobre o estilo de vida. Os aparelhos utilizados foram: OMRON HEM 714, para a AMPA; OMRON 705 CP, para a medida casual; e Monitor SPACELABS 9002, para a MAPA. RESULTADOS: A idade média em anos foi de 62,05 ± 10,78 e de 55,42 ± 11,87 no GE e no GC (p = 0,03), respectivamente. Os valores da pressão arterial sistólica (PAS) pela medida casual no GE e no GC foram: 140,01 ± 16,73 mmHg e 141,79 ± 23,21 mmHg em V1 (p = 0,72); 135,49 ± 12,73 mmHg e 145,69 ± 19,31 mmHg em V2 (p = 0,02); 131,64 ± 19,28 mmHg e 134,88 ± 23,21 mmHg em V3 (p = 0,59). Os valores da pressão arterial diastólica (PAD) foram: 84,13 ± 10,71 mmHg e 86,29 ± 10,35 mmHg em V1 (p = 0,47); 81,69 ± 10,88 mmHg e 89,61 ± 11,58 mmHg em V2 (p = 0,02); 80,31 ± 11,83 mmHg e 86 ± 13,38 mmHg em V3 (p = 0,12). CONCLUSÃO: Os pacientes do GE apresentaram adesão ao tratamento não farmacológico semelhante ao GC, mas tiveram maior adesão ao tratamento medicamentoso e utilizaram menor número de drogas anti-hipertensivas. Não houve diferença entre os grupos na comparação do perfil metabólico e da função renal. (Arq Bras Cardiol. 2011; [online].ahead print, PP.0-0)
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Background: Heart failure with preserved ejection fraction (HFPEF) is the most common form of heart failure (HF), its diagnosis being a challenge to the outpatient clinic practice. Objective: To describe and compare two strategies derived from algorithms of the European Society of Cardiology Diastology Guidelines for the diagnosis of HFPEF. Methods: Cross-sectional study with 166 consecutive ambulatory patients (67.9±11.7 years; 72% of women). The strategies to confirm HFPEF were established according to the European Society of Cardiology Diastology Guidelines criteria. In strategy 1 (S1), tissue Doppler echocardiography (TDE) and electrocardiography (ECG) were used; in strategy 2 (S2), B-type natriuretic peptide (BNP) measurement was included. Results: In S1, patients were divided into groups based on the E/E'ratio as follows: GI, E/E'> 15 (n = 16; 9%); GII, E/E'8 to 15 (n = 79; 48%); and GIII, E/E'< 8 (n = 71; 43%). HFPEF was confirmed in GI and excluded in GIII. In GII, TDE [left atrial volume index (LAVI) ≥ 40 mL/m2; left ventricular mass index LVMI) > 122 for women and > 149 g/m2 for men] and ECG (atrial fibrillation) parameters were assessed, confirming HFPEF in 33 more patients, adding up to 49 (29%). In S2, patients were divided into three groups based on BNP levels. GI (BNP > 200 pg/mL) consisted of 12 patients, HFPEF being confirmed in all of them. GII (BNP ranging from 100 to 200 pg/mL) consisted of 20 patients with LAVI > 29 mL/m2, or LVMI ≥ 96 g/m2 for women or ≥ 116 g/m2 for men, or E/E'≥ 8 or atrial fibrillation on ECG, and the diagnosis of HFPEF was confirmed in 15. GIII (BNP < 100 pg/mL) consisted of 134 patients, 26 of whom had the diagnosis of HFPEF confirmed when GII parameters were used. Measuring BNP levels in S2 identified 4 more patients (8%) with HFPEF as compared with those identified in S1. Conclusion: The association of BNP measurement and TDE data is better than the isolated use of those parameters. BNP can be useful in identifying patients whose diagnosis of HF had been previously excluded based only on TDE findings.
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Abstract Background: Studies suggest that statins have pleiotropic effects, such as reduction in blood pressure, and improvement in endothelial function and vascular stiffness. Objective: To analyze if prior statin use influences the effect of renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors on blood pressure, endothelial function, and vascular stiffness. Methods: Patients with diabetes and hypertension with office systolic blood pressure ≥ 130 mmHg and/or diastolic blood pressure ≥ 80 mmHg had their antihypertensive medications replaced by amlodipine during 6 weeks. They were then randomized to either benazepril or losartan for 12 additional weeks while continuing on amlodipine. Blood pressure (assessed with ambulatory blood pressure monitoring), endothelial function (brachial artery flow-mediated dilation), and vascular stiffness (pulse wave velocity) were evaluated before and after the combined treatment. In this study, a post hoc analysis was performed to compare patients who were or were not on statins (SU and NSU groups, respectively). Results: The SU group presented a greater reduction in the 24-hour systolic blood pressure (from 134 to 122 mmHg, p = 0.007), and in the brachial artery flow-mediated dilation (from 6.5 to 10.9%, p = 0.003) when compared with the NSU group (from 137 to 128 mmHg, p = 0.362, and from 7.5 to 8.3%, p = 0.820). There was no statistically significant difference in pulse wave velocity (SU group: from 9.95 to 9.90 m/s, p = 0.650; NSU group: from 10.65 to 11.05 m/s, p = 0.586). Conclusion: Combined use of statins, amlodipine, and renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors improves the antihypertensive response and endothelial function in patients with hypertension and diabetes.
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The author studies, with the aid of Mitscherlich's law, two experiments of sugar cane fertilization with vinasse. The first one, carried out in Piracicaba, State of S. Paulo, by ARRUDA, gave the following yields. No vinasse 47.0 tons/ha. 76.0 tons/ha. 250 c.m./ha. of vinasse 75.0 do. 112.0 do. 500 do. 90.0 do. 112.0 do. 1000 do. 98.0 do. 107.0 do. Data without NPK were appropriate for the fitting of the law, the equation of which was found to be: y = 100.8 [1 - 10 -0.00132 (x + 206) ], where y is measured in metric tons/hectare, and x in cubic meters/hectare. The optimum amount of vinasse to be used is given by the formula x* = 117.2 + 1 log w u , ______ ____ 0.00132 250 t being u the response to the standard dressing of 250 cubic meters/hectare of vinasse, w the price per ton of sugar cane, and t the price per cubic meter for the transportation of vinasse. In Pernambuco, a 3(4) NPK vinasse experiment gave the following mean yields: No vinasse 41.0 tons/hectare 250 cm./ha. of vinasse 108.3 do. 500 do. 134.3 do. The equation obtained was now y = 150.7 [1 - 10 -000165 (x + 84)], being the most profitable level of vinasse x* = 115.2 + 1 log w u , _______ ____ 0.00165 250 t One should notice the close agreement of the coefficients c (0.00132 in S. Paulo and 0.00165 in Pernambuco). Given the prices of Cr$ 20.00 per cubic meter for the transportation of vinasse (in trucks) and Cr$ 250.00 per ton of sugar cane (uncut, in the fields) the most profitable dressings are: 236 c.m./ha. of vinasse in S. Paulo, and 434 c.m./ha. in Pernambuco.
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O presente trabalho relata os dados obtidos referentes à concentração de cloro em folhas de cafeeiro, adubado com cloreto de potássio. As folhas (3º ou 4º par) foram colhidas de diversos tratamentos de um experimento NPK + micronutrientes do tipo fatorial, que vem sendo conduzido pelo Instituto Agronômico em sua estação experimental em Campinas. Foram analisadas as folhas procedentes dos tratamentos: K0, isto é, tratamento em que não entrou o KC1; K1, isto é, tratamento em que entrou uma dose de potássio, 100 g de K2O, na forma de KC1; K2, isto é, 200 g de K2O na forma de KC1; e K3, isto é, 400 g de K2O. Os resultados obtidos confirmaram o elevado teor de cloro, já assinalado em trabalhos anteriores, acusando uma variação de 709 a 1112 ppm, com a média de 843,3 ± 134,3 ppm de cloro nas folhas procedentes dos canteiros do tratamento K0; uma variação de 3938 a 5149 ppm, com a média de 4476,0 ± 356,4 ppm de cloro nas folhas do tratamento K1 (100g de K 0); uma variação de 2726 a 6763 ppm, com a média de 4812,0 ± 670,7 ppm de cloro nas fôlhas do tratamento K2 (200 g de K 0); e uma variação de 4341 a 7974 ppm, com a média de 5149,0 ± 570,7 ppm de cloro, nas fôlhas do tratamento K3 (400 g de K2O). Outros trabalhos estão sendo conduzidos com o objetivo de estudar a variação do teor de cloro nas folhas do cafeeiro, relacionando-a com outros fatores.
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As leguminosas tropicais constituem opção como fonte de alimento para o gado, e como revestimento para proteger taludes e aterros contra a erosão. Com a finalidade de se conhecer o habito alimentar das leguminosas tropicais centrosema (Centrosema pubescens Benth.), siratro (Macroptilium atropurpureum cv. 'Siratro') e soja perene (Glycine wightii Willd.) instalou-se o presente ensaio no campo, em Piracicaba, SP, visando obter dados para estabelecer equações para o crescimento, para a concentração e extração dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S), e para a matéria seca digestível das folhas e caules, "in vivo", no bovino, em função da idade da planta. Da apreciação geral dos resultados obtidos, verificou-se diferenças entre as três espécies quanto aos fatores estudados, tais como: a. A máxima produção de matéria seca é da soja perene, seguida pela centrosema e siratro, ocorrendo entre 134 e 140 dias. A maior velocidade no crescimento ocorre entre 83 e 91 dias, para as três espécies. b. O caule apresenta as maiores concentrações de potássio; as folhas, todos os outros macronutrientes. Existem diferenças entre as espécies quanto aos teores de nitrogênio, potássio, cálcio, magnesio e enxofre. O enxofre é absorvido e acumulado continuamente pela centrosema. c. A maior velocidade de acumulação de nitrogênio, fósforo, magnesio e enxofre pelas folhas ocorre entre 80 e 95 dias para as três espécies; de potássio aos 83 e 90 dias para a centrosema e soja perene, respectivamente; de cálcio, aos 116 e 135 dias para a soja perene e siratro. A quantidade maxima e a idade em que ocorre são: d. Existem diferenças na digestibilidade da matéria seca das partes entre as leguminosas. Essa digestibilidade aumenta com a idade da centrosema e do siratro; na soja perene, a digestibilidade mínima ocorre aos 74 dias (39,2%) para o caule e 88 dias (30,2%) para a folha. A matéria seca digestível das folhas de centrosema é 29,8% e das do siratro, 20%, aos 42 dias de idade; aos 147 dias, a da soja perene e 58,8%, seguida do siratro, 56,5%, e da centrosema, 44,0%.
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Foi feita a determinaçio dos elementos minerais contidos nos frutos do cacaueiro, amêndoas e casca. Um quilo de amendoas secas contêm, em grama: N-33,4; P--2,1; K-8,1; Ca-0,8; Mg-1,9; S-0,9; em mg: B-12; Cu-16, Fe-80; Mn-28; Mo-0,04; Zn-47. A análise completa do casqueiro semi decomposto mostrou na matéria seca os seguintes teores porcentuais N-2,20; P-0,05; K-2,40; Ca-0,51; Mg-0,32; S--0,12; concentração dos micronutrientes, em ppm é B-16; Cu-16; Fe-368; Mn-56; Mo-0,06; Zn-93. Foram colhidas amostras de folhas de uma roça altamente produtiva (172 arrobas ou 2580 quilos//ha)cuja análise mostrou os sequintes teores: N-I ,98%; P-0,17; K-2,20; Ca--0,73; Mq-0,19; B-25 ppm; Cu-14; Fe-87; Mu-134; Mo-0,16; Zn-96.
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Com o objetivo de elucidar alguns aspectos da biologia reprodutiva de Ligia exotica Roux, 1828, duas populações que habitam o Estuário da Lagoa dos Patos (Molhe Oeste da Barra de Rio Grande e Ilha do Leonídeo) foram analisadas. A amostragem foi realizada quinzenalmente entre o verão/2003 e o inverno/2004. Os animais foram coletados manualmente durante uma hora. O período reprodutivo da espécie foi registrado para os meses de outubro a junho. Nenhuma fêmea ovígera foi observada de julho a setembro. No Molhe Oeste da Barra de Rio Grande, 5.376 indivíduos foram capturados (1.494 juvenis, 1.748 machos e 2.134 fêmeas, das quais 245 eram ovígeras). A proporção sexual estimada foi 0,78 (M:F). Para a análise da fecundidade, 178 fêmeas ovígeras com o marsúpio intacto foram analisadas. O comprimento total destas fêmeas variou entre 20,73 a 34,3 mm, e o número de ovos-embriões variaram de 33 a 142. O comprimento médio de primeira maturação sexual das fêmeas foi 24,65 mm e o número médio de ovos-embriões foi 88. Na Ilha do Leonídeo, 5.519 animais foram coletados (510 juvenis, 1.956 machos e 3.053 fêmeas, das quais 129 eram ovígeras). A proporção sexual foi 0,68 (M:F). Pequenas porcentagens de fêmeas ovígeras foram encontradas de setembro a maio, sendo a mais alta porcentagem observada no final de março. Neste local, 101 fêmeas ovígeras foram analisadas, com o comprimento total variando entre 17,62 a 28,61 mm e o número de ovos-embriões entre 25 e 113. O comprimento médio de primeira maturação sexual das fêmeas e o número médio de ovos-embriões foram, respectivamente, 21,43 mm e 73,8.
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Foi feita uma revisão critica da literatura sobre cardiopatia da Doença de Chagas, discutindo-se os principais aspectos clínicos desta cardiopatia á luz da experiência por nós adquirida nestes últimos anos. A evolução dos conhecimentos clínicos sobre esquisotripanose pode ser sintetisada em três fases: a) A primeira corresponde á descoberta da doença, feita por Chagas, e á descrição por ele e seus primeiros colaboradores das manifestações clínicas essenciais da nova entidade mórbida, na qual distinguiu a forma aguda e várias formas crônicas. b) Na segunda fase, a pesquisa orientou-se essencialmente pela busca dos casos de infecção aguda, havendo considerável duvida a respeito da realidade clinica das formas crônicas da infecção. Durante um longo período raros casos de cardiopatia crônica foram publicados. Ate o momento acual (1948) encontram-se na literatura estrangeira 134 casos de cardiopatia crônica chagásica, dos quais 9 autopsiados; ate fins de 1944, o numero de casos publicados no Brasil, fora de Lassance, era de 45, dos quais 3 autopsiados. c) A terceira fase ou fase atual, tende a caracterisar-se por um interesse particular nos casos de infecção crônica, orientando-se porém a pesquisa cli¬nica essencialmente pelas manifestações da cardiopatia. Contribuições recentes de ordem clínica e experimental trouxeram ampla confirmação as idéias de Chagas a respeito desta cardiopatia e colocaram-na em posição de entidade clinica de realidade indiscutível. Sua importância social esta sendo determinada e os dados disponíveis já lhe apontam relevante significação em certas regiões. Mais de 600 casos de cardiopatia crônica chagásica foram publicados no Brasil nestes últimos quatro anos.
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Transmission of Chagas disease is realized through contamination of ocular conjunctiva, mucosa or skin with infected dejections eliminated by the insect vectors of Schizotrypanum cruzi (Triatoma infestans, Panstrongylus megistus and Rhodnius prolixus). The triatomid bugs live in holes and craks in the walls, in beds, behind trunks, etc. Found in primitive mud huts covered with thatched roofs, and so the human dwellers have many chances to contract the disease, reinfections being reasonably more to expect than a single inoculation. Experimental work reproducing those natural conditions is welcomed as some important features in the pathologic picture of the disease such as the extensive myocardial fibrosis seen in chronic cases are still incompletely known. Microscopic changes were studied in the heart muscle of seven Cebus monkeys infected by S. cruzi. This animal survives the acute stage of the disease and so is particularly suited to experiments of long duration in which several inoculations of S. cruzi are performed. Three different strains of S. cruzi isolated from acute cases of Chagas' disease were employed. One monkey was injected in the skin with infected blood and necropsied after 252 days. Two monkeys were three times, and one, eight times infected in skin, one of them with contaminated blood, and two with contaminated blood and dejections from infected bugs. The necropsies were performed after 35, 95 and 149 days. One monkey was three times inoculated through the intact ocular conjunctiva (one time with infected blood, two times with dejections from infected bugs), and one time through the wounded buccal mucosa, and necropsied after 134 days. Another monkey was six times inoculated, four times through the intact ocular conjunctiva (one time with contaminated blood, three times with dejections from infected bugs) and two times injected in the skin with infected blood, and necropsied after 157 days. Finally, another monkey was nine times inoculated, four times through the intact ocular conjunctiva (one time with infected blood, and three times with dejections from infected bugs), and five times injected in the skin (four times with contaminated blood, and one time with dejections from infected bugs), and necropsied after 233 days. The microscopic picture was uniform presenting, however, considerable individual variations, and was represented by diffuse interstitial myocarditis, frequently more (marked in the right ventricle base of the heart), accompanied by lymphatic stasis. The infiltration consists of macrophages, plasma cells and lymphocytes, the cellular reaction having sometimes a perivascular distribution, involving the auriculo-ventricular system of conduction, endocardium, epicardium and cardiac sympathetic gangliae. The loss of cardiac muscle fibers was always minimal. Leishmanial forms of S. cruzi in myocardial fibers are scanty and, in two cases, absent. Fatty necrosis in the epicardium was noted in two cases. Obliterative changes of medium-sized branches of coronary arteries (hypersensitivity reaction?) and multiple infarcts of the myocardium was found in one instance. The diffuse myocarditis induced by S. cruzi in several species of monkeys of the genus Cebus observed after 233 days (several inoculations) and 252 days (single inoculation) is not associated with disseminated fibrosis such as is reported in chronic cases of Chagas' disease. Definite capacity of reversion is another characteristic of the interstitial myocarditis observed in the series of Cebus monkeys here studied. The impression was gained that repeated inoculation with S. cruzi may influence the myocardial changes differently according to the period between the reinoculations. A short period after the first inoculation is followed by more marked changes, while long periods are accompanied by slight changes, which suggests an active immunisation produced by the first inoculation. More data are required, however before a definite statement is made on this subject considering that individual variations, the natural capacity of reversion of the interstitial myocarditis and the employement of more than a species of Cebus monkeys probably exerts influence also in the results here reported.
Resumo:
Quatro estudos sobre a morbilidade da esquistossomose mansoni foram realizados na localidade de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, Brasil, respectivamente em 1973, 1974, 1979 e 1983, constando basicamente do exame de fezes quantitativo e do exame clínico da população residente, acrescidos do estudo da dinâmica e índices de infecção dos planorbídeos e do contacto homem-água entre os dois primeiros estudos. O presente trabalho compara a situação da infecção na localidade em 1973 a 1983 e estuda a evolução da doença em uma amostra de 324 pessoas residentes na área desde o primeiro estudo, dos quais 190 eram infectados com S. mansoni naquela época (26,3% dos infectados) e 134 não infectados (27,6% dos não infectados). A prevalência da infecção era de 60,8% entre as 1.234 pessoas examinadas em 1973 e de 26,2% entre 1.269 examinadas em 1983, havendo, portanto, uma redução de 24,6% sem nenhum tipo de intervenção dirigida. Entretanto, a grande mobilidade da população da área e o tratamento por iniciativa própria de 7% das pessoas estudadas podem justificar essa redução da prevalência. Embora tenha havido uma redução de mais de 50% do número mediano de ovos de S. mansoni eliminados pela população, não se modificou a morbilidade da doença nem a proporção entre as formas clínicas no período. A incidência da infecção entre os 134 casos negativos acompanhados, foi de 40,3% nos dez anos (média anual de 4%), com 61,9% entre os indivíduos do sexo masculino. A incidência das formas clínicas nesse grupo foi de 51,8% para o tipo I (infecção), 38,9% para o tipo II (hepatointestinal) e 9,3% para o tipo III (hepatoesplênica). A evolução clínica dos 190 casos anteriormente infectados ficou inalterada em 75,3%, evoluiu progressivamente em 12,1% (agravamento) e regressivamente em 12,6% (melhora), entre os quais 8,4% ou seja, dois terços fizeram tratamento específico por conta própria.