82 resultados para 1953
Resumo:
A variação espacial e temporal de rotíferos foi analisada em um reservatório pequeno, raso e eutrófico, com intensas florações de algas Cyanobacteria, em sete pontos de amostragem durante 17 meses (março/2002 a julho/2003). Foram identificados 52 táxons em 16 famílias, sendo Brachionidade, Conochilidae, Synchaetidae, Lecanidae, Collothecidae, Trichocercidae e Gastropodidae as mais frequentes. Collotheca sp. foi abundante no inverno (período seco), enquanto Conochilus coenobasis Skorikov, 1914 e Keratella cochlearis Gosse, 1851 apresentaram baixas abundâncias. Brachionus mirus var. reductus (Koste, 1972), Filinia longiseta (Ehrenberg, 1834) e Keratella lenzi (Hauer, 1953) apresentaram picos de abundância no verão (período chuvoso), e Kellicottia bostonensis (Rousselet, 1908), Ploesoma truncatum (Levander, 1894), Polyarthra remata (Skorikov, 1896), Polyarthra vulgaris Carlin, 1943 e Ptygura sp. no inverno, entretanto, relacionados a chuvas atípicas. Diferenças significativas do número de táxons e da abundância total dos rotíferos ocorreram entre os meses amostrados. A análise de correspondência canônica explicou 46% da relação da abundância dos rotíferos e variáveis ambientais, correlacionados com a pluviosidade, nitrito, temperatura da água, nitrogênio orgânico, nitrato e temperatura do ar. Houve flutuações na abundância dos rotíferos um mês após oscilações na abundância do fitoplâncton. A maior parte das correlações entre as abundâncias de espécies de rotíferos e do fitoplâncton foi positiva. Alguns táxons como Filinia longiseta, Keratella lenzi e K. cochlearis apresentaram variação temporal definida e semelhante a outros reservatórios eutróficos. A ausência de padrões claros de distribuição em algumas espécies foi atribuída a hidrodinâmica do reservatório, o qual foi construído recentemente, e as condições climáticas adversas durante o período de estudo, como as chuvas intensas no inverno.
Resumo:
É analisado o mecanismo da picada dos Triatominae sob a consideração das observações até hoje conhecidas em Heteroptera e Homoptera. Leva à conclusão que os dados da literatura não chegam para esclarecer o mecanismo da picada dos Triatominae. Dos resultados das pesquisas e observações do animal vivo surge o seguinte quadro: Uma contração extremamente forte do músculo protrator pode mover as mandíbulas do adulto de Triatoma infestans para frente no máximo por 500 micra. Uma fonte de alimentação suficiente pode ser encontrada na epiderme do hospedeiro (homen) apenas numa profundidade de pelo menos 1000 a 1500 micra. O lábio nem pode ser encurtado nem dobrado. Correspondendo aos "fingerfoermigen Fortsaetzen" (WEBER) encontra-se na ponta do último segmento labial um mecanismo para a fixação das mandíbulas numa certa posição. Depois do esgotamento das possibilidades de contração dos protratores das mandíbulas as últimas são fixadas na posição atual. Em seguida segue uma dilatação dos protratores e depois do relaxamento do aparelho de fixação das mandíbulas os protratores são capazes de mover novamente as mandíbulas por quasi 500 micra para frente. Êsse processo pode ser repetido umas vêzes . Com o aparelho de fixação é ligado um mecanismo para a limpeza das mandíbulas na parte apical do último segmento labial em forma de uma escova. Na cabeça dos Triatominae é situado um órgão de contrôle muito complicado para estímulos mecânicos controlando a entrada das mandíbulas no tecido do hospedeiro. (O órgão receptivo correspondente para estímulos químicos é o órgão gustativo da epifaringe, já descrito umas vêzes.) O órgão representa um prolongamento do fim do tentório tubiforme dirigindo-se para frente. Perto da alavanca de articulação das mandíbulas o tubo, cheio de um líquido, aumenta-se formando uma vesícula que se insere na alavanca citada e na parede da cabeça diretamente ou por meio de tonofibrilas. Daqui o tubo continua pela antena inteira e insere-se, fechado no fim, por dois feixes de tonofibrilas fortes na extremidade do último segmento antenal. Imediatamente antes do órgão de Johnston insere-se no tubo do órgão de contrôle um scolopídio grande com a contrainserção na parede da antena (pedicelo). Cada tensão na vesícula na alavanca de articulação da mandíbula altera a pressão no líquido do órgão. A alteração da pressão é percebida pelo scolopídio. O scolopídio possui um aparelho terminal que representa uma invaginação da cutícula da parede antenal. Esta formação encontra-se também nos scolopídios do orgão de Johnston. O órgão pertence tanto às formas hematófagas dos gêneros Triatoma e Rhodnius como também à várias formas predatoras e fitófagas. Pode-se supor que o órgão é presente num grande número dos Heteroptera e que, eventualmente, representa uma parte do plano geral da ordem. O grau da evolução muito elevada deste órgão de controle indica que tem um papel importante para a manutenção da vida das espécies.
Resumo:
São determinadas as seguintes regras sôbre a função dos órgãos odoríferos dos machos dos Lepidópteros: l.ª regra: A secreção das glândulas age em forma de gás sobre a fêmea diminuindo a reação normal de fuga e provocando a disposição e preparação para a copulação. 2.ª regra: Os órgãos odoríferos nos machos de um grupo de espécies parentes encontram-se constantemente nos mesmos órgãos possuindo o mesmo tipo de estrutura (constância orgânica ) . 3.ª regra: As partes quitinosas (escamas odoríferas, cerdas distribuidoras, inserções etc.) são especificadas para cada espécie (constância de forma). 4.ª regra: O grau de desenvolvimento e com isto o grau de eficiência dos órgãos odoríferos dos Lepidópteros noturnos é sempre mais elevado do que os dos diurnos.
Resumo:
1. O órgão odorífero do macho de Caligo arisbe é descrito morfológica e histològicamente. 2. O órgão consta de pares de placas glandulares de hipoderme com escamas odoríferas no quarto e quinto segmento do abdomen e de um aparelho auxiliar na asa posterior para a evaporação da secreção. 3. O aparelho auxiliar consta de 4 filas de cerdas e de uma área nua de evaporação com uma área em forma de anel com cerdas compridas. 4. Devido a falta de trabéculas as escamas odoríferas podem ser aumentadas em forma de vesícula. 5. O exame histológico demonstra nas células glandulares a presença de ergastoplasma e plastósomos grandes no pólo basal da célula. 6. A inserção é especialisada em alto grau. O pedúnculo da escama tem uma situação móvel o que facilita uma emissão da secreção em choque.
Resumo:
1. Os aparelhos odoríferos dos machos das seguintes Syntomidae ( = Ctenuchidae) são descritas: Androcharia diversipennis, Cosmosoma ignidorsia e C. auge. 2. Nas duas primeiras espécies realiza-se a copulação durante o dia enquanto o aparelho odorífero sexual dos machos é pequeno e pouco desenvolvido. 3. Em Cosmosoma auge realiza-se a copulação durante a noite enquanto o aparelho odorífero sexual tem uma evolução alta e é relativamente bem grande. 4. Cosmosoma ignidorsia possui uma área de escamas odoríferas no fêmur anterior. Como aparêlho protetor serve um ligeiro sulco sem escamas na coxa anterior. As escamas odoríferas estão colocadas irregularmente. 5. Andocharta diversipennis tem uma área de escamas odoríferas na superfície da asa posterior. Como aparêlho protetor serve a asa anterior. As escamas odoríferas estão agrupadas em filas. 6. a) O órgão odorífero de Cosmosoma auge consta de duas placas glandulares abaixadas no terceiro e quarto ventrito protegidas por aumentos do segundo e terceiro ventrito. b) Os espaços em baixo dêstes aumentos são preenchidos por um fêltro cabeludo formado pelas certas das placas glandulares. c) Os complexos glandulares podem ser abertos e fechados por movimento muscular. Por um sistema de sacos aéreos o mecanismo de abertura é rerforçado. d) Sôbre a abertura deitam-se quando em repouso escamas com área grande que favorecem à evaporação da secreção e ainda escamas de cobertura compridas e finas. e) Observações com o microscópio eletrônico demonstraram a falta de uma membrana entre as trabéculas das cerdas do fêltro cabeludo. f) A hipoderme das glândulas possui células glandulares pequenas com plastósomas. As partes situadas em baixo das placas glandulares dos sacos aéreos têm células fortemente aumentadas. Admite-se que estas células servem como células de alimentação na preparação da secreção. São lembradas observações paralelas na glândula da asa de Danaidae e nas glândulas das pernas de Erebus odoratus a onde células aumentadas na vizinhança das células glandulares exercem aparentemente um papel no preparo da secreção.
Resumo:
As glândulas de cêra das lagartas adultas da Lasiocampidae Tolype serralta do Brasil são descritas morfolôgica e histolôgicamente. As células glandulares juntam-se em placas mostrando um grau de evolução mais alto em comparação com as lagartas de certas Hesperiinae (DETHIER 1943): Deslocamento das células glandulares para baixo, formação de um canal plasmático que interrompe a posição das células legítimas da hipoderme, canais na cutícula, cerdas especializadas para segurar a secreção na superfície do corpo e saída da secreção pela membrana de inserção da cerda ( a membrana do anel basal).
Resumo:
1. É feita uma revisão do método de KJELDAHL até 1950. 2. É dada a descrição de um método, trabalhando com amostras de material biológico contendo 0,14 a 0,70 mg de N. O desvio padrão encontrado foi de 0,0007 mg.
Resumo:
O extrato total placentário humano, o Apoidin (Park-Davis) (hormônio sexual pré-hipofisoide), a Cortone (Merk, U.S.A. - acetato de Cortisona) e o sangue placentário total humano citratado, quando injetados como terpêutica curativa, não tiveram influência alguma benéfica na evolução da doença experimetnal pela raça V. B. no cobaio. As cobaias fêmeas prenhes, quando inoculadas com a raça V.B. apresentam, não raro, uma evolução mórbida aparentemente mais benígna que as não fecundadas.
Resumo:
O autor diz ter tentado a terapêutica do Tifo exantemático neotrópico entre nós, por várias maneiras, durante cêrca de 18 anos, sem que tivesse obtido resultado apreciável. Agora, porém, pensa que a questão está resolvida com o emprego apropriado da Terramicina. Antes dêsse antibiótico aparecer, aconselhára a Aureomycina e a Cloromicetina. Prefere, porém, agora a Terramycina, via oral e sub-cutânea ou intra muscular. Diz o autor que com ou sem terapêutica, as formas graves do Tifo exantemático neotrópico no Brasil deixavam escapar 16 a 18 % dos doentes. Foi por isso que agora, reunindo cerca de 34 casos das formas graves da doença, resolveu publicar o quadro que se segue. Nele vemos que dos doentes tratados com a Aureomicina, morreram 31,25% e os tratados com Terramicina, apenas 6,6%. Deve assinalar que o doente tratado com Terramicina que faleceu, esteve apenas no Hospital Cícero Ferreira, 7 horas antes da morte. Descreve 4 observações clínicas da doença.
Resumo:
a) The species Amblyomma tapiri Tonelli Rondelli, 1937 and Amblyomma finitimum Tonelli Rondelli, 1937 are synonymous with Amblyomma cajennense Fabricius, 1787. Both species are based in differences of size, colour, punctations and form of the dorsal shield, presence or absence of ventral plates, size, form and direction of the spine of coxa IV. Such differences prouved to be only variations frequently observed in large lots or in cultures of Amblyomma cajennense. The revalidation of Koch's species Amblyomma tenellum Koch, 1844 and Amblyomma mixtum Koch, 1844 proposed by TONELLI RONDELLI as also of Amblyomma sculptum Berlese, 1888 and Amblyomma versicolor Nuttal et Warburton, 1908 cannot be accepted by the same reasons. b) Amblyomma beccari Tonelli Rondelli, 1939 and Amblyomma latepunctatum Tonelli Rondelli, 1939 are cospecific with Amblyomma scalpturatum Neumann, 1899 the same being true for Amblyomma myrmecophagium Schulze, 1935 and for Amblyomma brasiliense var. guianense Floch et Abonnenc, 1940, as previously stated. c) Amblyomma tasquei Floch et Abonnenc, 1940 is a good species but synonym with Amblyomma romitii Tonelli Rondelli, 1939 which has priority. d) Amblyomma curruca Schulze, 1936 is a synonym of Amblyomma parvum Aragão, 1908. e) Amblyomma deminutivum Neumann, 1899 represents a variation of Amblyomma dissimile Koch, 1844, a species whose internal spine of coxa IV may be poorly developed or even absent. f) Amblyomma nigrum Tonelli Rondelli, 1939 prouved to be synonym with Amblyomma paccae Aragao, 1911 the type representing a blackish specimen of the later species. g) Amblyomma brimonti Neumann, 1913 is a synonym of Amblyomma humerale Koch, 1844.