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Resumo:
Os autores revisam a evolução da intervenção coronariana percutânea, a sua crescente aplicação na revascularização miocárdica de pacientes portadores de doença arterial coronariana, seja no Brasil, seja no âmbito mundial. Desde a introdução do método, em 1977, com a utilização isolada do cateter-balão, a constatação de que o mesmo tinha limitações (oclusão aguda e reestenose), a adoção dos stents coronarianos e, mais recentemente, o advento dos stents farmacológicos, idealizados para reduzir ainda mais as taxas de reestenose, possibilitaram o crescimento exponencial da aplicação da intervenção coronariana percutânea (ICP) no Brasil, superando a cirurgia de revascularização e tornando-se o tratamento majoritário para enfermos sintomáticos, acometidos de aterosclerose obstrutiva coronariana. Esta preferência se salienta, a partir do ano 2000, após o início do reembolso dos stents pelo Sistema de Único de Saúde Brasileiro. Este fato demonstra a importância do Sistema Público de Saúde, quando este incorpora os avanços médicos, e passa a oferecer bons padrões de tratamento cardiovascular a grande número de brasileiros. Destaca-se a complexidade da profilaxia da reestenose intra-stent, por sua ocorrência imprevisível e ubíqua. O controle deste fenômeno melhora a qualidade de vida, reduzindo o retorno da angina do peito, a realização de novos procedimentos de revascularização e a re-internação hospitalar. Os stents farmacológicos lograram êxito sólido e consistente na conquista deste objetivo de forma abrangente, beneficiando todas as apresentações clínicas e angiográficas, em maior ou menor grau. Sua adoção e critérios para sua utilização em outros países são discutidos, assim como a formalização das indicações preconizadas pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, para o seu reembolso pelo SUS. A incorporação de novas tecnologias em saúde é um processo que compreende duas etapas distintas: na primeira, o registro do produto é efetivado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nesta etapa, a empresa interessada submete ao nosso órgão regulatório os resultados dos estudos clínicos que demonstram a eficácia e segurança do novo produto, seja ele um fármaco ou um novo dispositivo. Freqüentemente, além dos estudos clínicos, também são apresentados os registros de aprovação para uso clínico obtido nas agências regulatórias de outros países, principalmente dos Estados Unidos da América e da Comunidade Européia. O cumprimento bem sucedido desta etapa significa que o medicamento ou o dispositivo pode ser prescrito ou utilizado pelos médicos no Brasil. A segunda etapa da incorporação de novas tecnologias em saúde envolve o reembolso ou o financiamento do tratamento aprovado na etapa anterior, com base na sua eficácia e segurança. Esta etapa pode ser mais complexa do que a primeira, pois as novas tecnologias, sejam elas de substituição ou de introdução de novas modalidades de tratamento, são habitualmente de custo mais elevado. Incorporar novas tecnologias exige a avaliação de custo efetividade, para permitir que os gestores dos recursos possam tomar decisões que atendam ao cenário universal de recursos limitados, para financiar a saúde com tratamentos cada vez mais onerosos. As dificuldades de gestão dos recursos são agravadas pelas implicações de ética médica e social, que ocorrem quando um tratamento aprovado com base na sua eficácia e segurança não é disponibilizado para pacientes com grande potencial de benefício. No Brasil, a avaliação da incorporação de novas tecnologias, visando a seu reembolso ou financiamento, ainda não está devidamente amadurecida, seja no Sistema Único de Saúde (SUS) ou no privado. A adoção destas tecnologias, nos dois sistemas, ainda ocorre lentamente e, freqüentemente, como reação à exigência dos pacientes ou de organizações que os representam, às vezes com ações judiciais, ou por pressão política dos médicos e de suas respectivas sociedades científicas. Nosso objetivo é revisar a evolução da intervenção coronariana percutânea (ICP) no Brasil, sua situação atual com o advento dos stents farmacológicos, e a crescente participação destes como modalidade de revascularização miocárdica de pacientes portadores de doença arterial coronariana, assim como comparar as normas regulatórias brasileiras e de outros paises, em relação à incorporação desta nova tecnologia, e as recomendações para sua utilização.
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OBJETIVO: Avaliar o prognóstico clínico dos doentes coronários submetidos a revascularização percutânea com implantação de stents revestidos com fármacos na descendente anterior proximal. MÉTODOS: Cento e setenta doentes consecutivos, com idade média de 65 anos, 49 (29%) mulheres, receberam implante de pelo menos um stent revestido com fármaco, no nosso centro. O número total de stents revestidos com fármaco implantados foi 189, dos quais 115 (61%) de sirolimus (CYPHER®) e 74 (39%) de paclitaxel (TAXUS®). Em 100 (60%) dos casos, estava presente doença coronário multivaso. Em 61 (36%) dos doentes tratou-se outro segmento coronário para além da descendente anterior proximal. Efetuou-se um seguimento clínico durante um tempo médio de 11 ± 5 meses e controle angiográfico entre os seis e os nove meses. Obteve-se um endpoint final composto por morte, infarto agudo do miocárdio e pela necessidade de reintervenção sobre a descendente anterior. Analisou-se secundariamente a ocorrência de reestenose, a necessidade de reintervenção sobre o segmento proximal da descendente anterior e a trombose de stent. RESULTADOS: O procedimento teve êxito angiográfico imediato em todos os doentes. Registraram-se duas mortes, dois infartos agudos do miocárdio, e duas reintervenções coronárias percutâneas por trombose de stent no período intra-hospitalar. Aos seis meses de seguimento, observou-se mais uma morte cardíaca e identificaram-se três infartos do miocárdio; houve necessidade de três novos procedimentos de revascularização. Até ao final do seguimento, verificaram-se mais três mortes, três infartos do miocárdio e oito revascularizações da descendente anterior, duas delas por cirurgia. A sobrevivência livre de eventos cardíacos adversos maior foi de 91%. A mortalidade cardíaca foi de 3%. A reestenose binária no segmento proximal da descendente anterior foi de 4,1%. A sobrevivência livre de revascularização do vaso alvo foi de 94%. Não se observaram casos de trombose tardia de stent. CONCLUSÃO: A revascularização percutânea da descendente anterior proximal com a implantação de stents revestidos com fármacos constitui uma estratégia terapêutica segura e muito eficaz em curto e longo prazos.
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O método da diluição isotópica foi empregado com êxito para estudar a influência de doses crescentes de calcário na disponibilidade do fósforo do solo de cerrado. Os valores A foram determinados usando-se uma técnica simplificada; as amostras de solos de cerrado usadas no trabalho haviam sido submetidas prèviamente ao tratamento com diferentes dosagens de calcário em condições de campo. Tais amostras foram colhidas nas localidades de Orlandia, Pirassununga e Matão, todas elas no Estado de São Paulo. As seguintes conclusões puderam ser tiradas: (1) os três tipos de solos de cerrado apresentaram teores diferentes de fósforo assimilável; (2) nos casos das amostras de Pirassununga e Matão a calagem aumetou a disponibilidade do fósforo de modo linear; em Orlandia, entretanto, a dose mais alta de calcário diminuiu significativamente o teor de fósforo disponível.
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Callinectes danae (Smith, 1869), siri-azul, constitui um importante recurso pesqueiro nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho. O objetivo do presente estudo foi estimar a maturidade sexual das fêmeas de C. danae. Os espécimes foram capturados, entre outubro de 2003 a junho de 2004, com auxílio de um barco de pesca equipado com rede de arrasto do tipo "wing-trawl" e arrastados durante 5 minutos. No laboratório, os siris foram contados, numerados, sexados, pesados e mensurados. A largura da carapaça (LC) foi medida na base do espinho lateral e a largura do abdome (LA) mensurada na altura da articulação do quinto esternito abdominal. Um total de 596 fêmeas de C. danae foram analisadas: 417 (69,97%) no rio Botafogo e 179 (30,03%) no Carrapicho; as fêmeas não-ovígeras apresentaram LC de 18,38 a 101 mm (59,14 ± 13,65 mm) e 26,70 a 83,48 mm (59,16 ± 13,77 mm), nos respectivos rios; a LC de fêmeas ovígeras foi de 57,04 a 83,30 mm (67,68 ± 6,56 mm). As médias de larguras das carapaças não apresentaram diferenças estatisticamente significativas O conhecimento da maturidade sexual das fêmeas de Callinectes danae é de grande importância para o seu manejo e conservação. O L50 gonadal foi estimado em 63,58 mm (chi2 = 140,47; g.l. = 1; p < 0,01) e 61,59 mm (chi2 = 90,94; g.l. = 1; p < 0,01) e o L50 morfológico foi de 57,13 mm (chi2 = 484,51; g.l. = 1; p < 0,01) e 56,46 mm (chi2 = 257,82; g.l. = 1; p < 0,01), nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho, respectivamente. Em ambos os estuários, a maturidade morfológica de fêmeas de C. danae ocorreu antes da maturidade gonadal e para garantir que esta espécie seja manejada com êxito, sugere-se que a pesca seja permitida apenas em indivíduos com largura da carapaça superior a 65 mm.
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Os autores apresentaram um caso de linfangioma cístico congênito, localizado na região axilar esquerda e porção lateral correspondente do torax, em menina de 19 meses de idade, cujo tratamento cirúrgico teve pleno êxito. O tumor existia desde o nascimento, a sua estrutura histológica correspondendo à de linfangioma cístico, associada à de linfangioma cavernoso.
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Depois de relembrarem as condições da extensa região, em que é a peste endêmica no Brasil, e que dificultam a aplicação, em sua plenitude, das medidas profiláticas recomendadas para o combate à doença, sumariam os A. A. a legislação brasileira em vigor e discriminam o que tem realizado com aquele fim o Serviço Nacional de Peste. Aludindo aos benefícios do sôro, das sulfas e possìvelmente da estreptomicina para os doentes acentuam a precária possibilidade do seu isolamento, o que tem levado o Serviço à maior intensificação das práticas de anti-ratização e das que visam a destruição de roedores e pulgas. Mostram, quanto às primeiras medidas, o que tem sido possível fazer, intensa e progressivamente, não só para a proteção das habitações rurais, aí incluídas as praticas de desratização, limpeza dos terrenos e cuidados com o lixo, como no tocante à instalação de silos e giraus à prova de ratos, e a outras providências concernentes à adequada disposição de gêneros alimentícios e dos diversos materiais, que podem servir de alimento e ninho aos roedores. Detêm-se mais no particular das medidas de desratização, salientando o valor do cianogás, que veio, para aquela finalidade, tomando o passo ao envenenamento com iscas raticidas, tendo o arsênico por base, largamente empregadas pelo Serviço ate 1942. Mostram como tem crescido, de ano para ano, o percentual de ratos, destruídos por elas e pelo cianogás, em relação ao total de ratos mortos; e apontam a decorrente limitação do uso de armadilhas. Quanto aos lança-chamas, também largamente empregados, reputam-nos mais perigosos e menos eficientes e econômicos que o cianogás, com idênticas indicações, salientando porém a grande vantagem do uso do DDT, como agente despulizante, inclusive pela sua ação residual. Mostram o valor da utilização, em larga escala, do DDT também para a defesa do homem são, que se limitava, até há pouco, pràticamente à soroterapia preventiva e à imunização ativa. Parece ter-se mostrado esta eficiente no Brasil, embora até agora, para tal fim, só tenham sido usadas vacinas mortas. Focalizando o maior êxito das vacinas preparadas com germes vivos avirulentos, aludem os A.A. à possível vantagem do seu emprêgo, de maneira sistematizada, nas épocas de maior incidência da peste, para certos grupos de população mais atingidos pela doença. Finalizam o trabalho, com uma revisão dos dados epidemiológicos, que tinham sido objeto de contribuição anterior, e que agora se fazem mais com¬pletos, por englobarem um decênio (1936-1945). Dão a ver a incidência da peste, ano a ano, durante êsse período, mostrando como nêle tocaram 30 e 70% dos casos aos grupos etários 10-19 anos e 0-29 anos. Os homens foram mais atingidos, tendo cabido 57, 36 e 7% do total de casos, respectivamente a pardos, brancos e negros. Na sua grande maioria (95.7%), foram os casos da forma bubônica, representando-se a pulmonar e a septicêmica por 2.6 e 1.7% do total. Daqueles casos de peste ganglionar, 67.7, 17, 11.5 e 3.8% tiveram respectivamente localização inguino-crural, axilar, cervical e mista. A letalidade no decenio foi de 29.5%, reduzida aliás, a 17%, quando computados apenas os casos vistos em vida pelo Serviço. De mais de 25'% abaixo dos 20 anos, baixou a letalidade a 22% dos 20 aos 30 anos, para ascender progressivamente daí em diante, chegando a quase 50%, nos indivíduos com mais de 50 anos. Foi maior no sexo feminino e entre pardos. Muito alta na forma pulmonar (85.0%) e na septicêmica (80.7%), mostrou-se de 37, 34.3, 32.2 e 23.3%, consoante mista, cervical, axilar ou inguino-crural a localização da forma bubônica.
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Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.
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Se estudia la susceptibilidad de Lutzomyia townsendi a la infección con Leishmania spp. sobre lesiones experimentales de hamsteres. Se estudia la frecuencia y distribución de los amastigotos en la dermis, relacionándola con la profundidad que alcanza el estilete bucal del insecto. Una correlación positiva, con significante coeficiente de correlación, se establece entre la frecuencia de los parásitos a una profundidad de 100-150 nm en la dermis y el éxito de la infección de los flebótomos.
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Em dezembro de 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou uma listagem em que diferenciava as empresas que voluntariamente aceitassem práticas de governança corporativa adicionais àquelas exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A finalidade da inovação era estreitar a relação entre as empresas e os seus investidores, diminuindo a assimetria informacional e dando maior segurança ao investidor. O objetivo neste artigo é testar os efeitos gerados por essa iniciativa sobre a informação assimétrica do mercado acionário. Para tanto, foi realizado um estudo de eventos tendo como variável central a política de dividendos. O resultado revela que as companhias que aderiram aos mercados com graus diferenciados de governança apresentam menores graus de informação assimétrica e, desse modo, inseriram-se em um ambiente institucional mais seguro. Em outras palavras, a iniciativa da Bovespa teve êxito ao mitigar o problema da informação assimétrica no mercado acionário brasileiro.
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RESUMO Tendo como base discussões recentes sobre as relações entre estratégia e desempenho no setor público, no presente trabalho analisam-se os condicionantes da participação e do sucesso de micro e pequenas empresas (MPE) em compras públicas a partir de alterações na legislação, favorecendo tais grupos. Adota-se uma abordagem de natureza quantitativa e desenvolve-se um conjunto de hipóteses, que são testadas usando uma base de dados única, com informações detalhadas de 542 contratos de compras realizados por um órgão da administração pública federal brasileira, entre 2005 e 2011. Os resultados demonstraram que as mudanças institucionais, promovidas por uma nova regulamentação, contribuíram significativamente para o aumento na participação de MPE nos processos de licitações do órgão pesquisado, porém não alteraram a probabilidade de êxito dessas empresas nos certames públicos, colocando em perspectiva a eficácia da legislação implantada. Adicionalmente, os resultados sugeriram que fatores estratégicos, associados ao ambiente competitivo, aos atributos transacionais e às capacidades inerentes aos participantes, influenciam seu acesso e as chances de sucesso em compras públicas.
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Este estudo objetivou apreender as representações de gestantes tabagistas sobre o uso de cigarro. Utilizou-se como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais. Para análise dos dados, construiu-se o Discurso do Sujeito Coletivo. Das 27 mulheres entrevistadas, 18 possuíam primeiro grau completo, oito, o segundo grau completo e uma, ensino superior; 14 tinham união estável, seis eram casadas. Quatro temas emergiram: 1) o início do hábito de fumar: prática social e natural; 2) satisfação versus culpa; 3) uma bomba: efeitos do cigarro na gestação; 4) cessação: entre o querer e o poder. Apreendeu-se representação negativa do cigarro, considerado o pior dos vícios e potencial causador de complicações feto-maternas. O tabagismo foi representado de maneira preconceituosa, desconsiderando a existência e necessidade de tratamento. Emergiram dificuldades relativas à cessação, trazendo a necessidade de ajuda profissional, para informações, abordagem e tratamento adequados e apoio para que se alcance êxito.
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A documentação eletrônica de enfermagem constitui documentos técnicos, científicos, legais e éticos de saúde. Este artigo é o relato de estudo de desenvolvimento de um sistema de documentação eletrônica de enfermagem. O sistema foi desenvolvido em 4 fases (conceituação, detalhamento, elaboração de protótipo e implantação) e a base de conhecimento foi organizada em hierarquia de domínios e classes, segundo a estrutura unificada das classificações NANDA-I, NIC e NOC. O resultado foi o desenvolvimento do sistema eletrônico PROCEnf-USP (Sistema de Documentação Eletrônica do Processo de Enfermagem da Universidade de São Paulo) que permite a documentação clínica e a geração de relatórios do processo de enfermagem, além de fornecer apoio às decisões sobre diagnósticos, resultados esperados e intervenções de enfermagem. Os fatores de êxito desse projeto de produção tecnológica compreenderam a articulação de diferentes áreas de conhecimento, bem como a valorização do contínuo aprimoramento teórico-prático do processo de enfermagem da instituição.
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Portugal, em 2005, iniciou uma reconfiguração dos centros de saúde que nomeou como reforma da atenção básica, com os objectivos de melhorar a acessibilidade, a eficiência, a qualidade e a continuidade dos cuidados e aumentar a satisfação dos profissionais e cidadãos. Foram reorganizados os agrupamentos de centros de saúde e criadas novas tipologias de unidades de cuidados. Paralelamente foi desenvolvido o processo de continuidade de cuidados e a rede nacional de cuidados continuados integrados. As intervenções de enfermagem nos cuidados a pessoas, famílias, grupos e comunidades, na atual reforma, são fundamentais para o seu êxito. Os primeiros relatórios apresentam ainda algumas ineficiências que a actual reforma se propõe melhorar de forma sistemática incidindo na qualidade das boas práticas, no bem estar dos usuarios e a satisfação dos profissionais.
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A sucessão aveia preta (Avena strigosa L.)/milho (Zea mays) é tradicionalmente utilizada no Sul do Brasil, sendo o manejo da adubação nitrogenada importante para o êxito desta sucessão, especialmente no sistema plantio direto. O objetivo do trabalho foi avaliar a possibilidade de transferir, parcial ou totalmente, o nitrogênio que seria aplicado em cobertura no milho para a época de perfilhamento da aveia preta ou na pré-semeadura do milho. O trabalho foi realizado na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), no ano agrícola de 1999/2000, em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, e os manejos de nitrogênio foram os seguintes: (a) 00-00-00-00, (b) 15-00-30-45, (c) 30-00-30-30, (d) 45-00-30-15, (e) 60-00-30-00, (f) 00-15-30-45, (g) 00-30-30 30, (h) 00-45-30-15, (i) 00-60-30-00 e (j) 00-00-30-60, cuja seqüência corresponde à quantidade de N em kgha-1 aplicado no perfilhamento da aveia preta (114dias antes da semeadura do milho), pré-semeadura do milho (17dias antes da semeadura do milho), semeadura do milho e cobertura do milho (4 a 6folhas desenroladas), totalizando uma aplicação final de 90kgha-1de N. Os resultados mostraram que o aumento da quantidade de nitrogênio no perfilhamento da aveia preta, ocarretou em aumento da quantidade de matéria seca produzida e diminuição nos teores de nitrogênio mineral no solo, no período imediatamente anterior ao da semeadura do milho. A taxa de decomposição do resíduo da parte aérea da aveia preta foi influenciada mais pela quantidade produzida do que pelo teor de N mineral do solo. A produtividade de grãos de milho diminuiu à medida que se retirou nitrogênio que seria aplicado em cobertura no milho para aplicar no perfilhamento da aveia preta. A aplicação de N em pré-semeadura do milho aumentou a disponibilidade de nitrogênio no início do ciclo do milho, mas ficou demonstrado que deve ser mantida a aplicação de N em cobertura.
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A densidade do solo (Ds) é um importante indicador da qualidade física do solo, mas há pouca disponibilidade de informações sobre seus valores a maiores profundidades em razão da dificuldade amostral envolvida. Portanto, funções de pedotransferência têm sido utilizadas para estimar a Ds com relativo êxito, mas ainda sem especificidade aos diferentes biomas brasileiros. O objetivo deste trabalho foi desenvolver funções matemáticas capazes de descrever a Ds até 1 m de profundidade em áreas de vegetação nativa das regiões central e sul de Minas Gerais. A Ds foi amostrada pelo método do anel volumétrico em 53 perfis de solo de diferentes ordens, em seis profundidades (0-5, 5-10, 10-20, 30-40, 50-60 e 90-100 cm). A Ds variou entre 0,66 e 1,74 kg dm-3, com média de 1,25 kg dm-3, e foi geralmente menor nas camadas de 0-5 e 5-10 cm. Por meio de regressão linear múltipla (stepwise), foram gerados modelos com base nas propriedades químicas de rotina e granulometria, que permitiram estimar a Ds até 1 m de profundidade. Os teores de C orgânico do solo, areia, silte e argila e a capacidade de troca catiônica potencial (T) foram as variáveis de maior relevância nos modelos, que alcançaram maior acurácia para a ordem Latossolos (R2ajust = 0,85), seguida por Cambissolos (R2ajust = 0,69), Nitossolos (R2ajust = 0,67) e Argissolos (R2ajust = 0,51). Uma vez que a modelagem para a base de dados completa atingiu R2ajust de 0,50, pode-se concluir que a estratificação por ordem taxonômica foi útil para melhorar os ajustes obtidos, com exceção da ordem Argissolo.