605 resultados para feijão-caupi
Resumo:
O emprego de espécies vegetais que apresentem capacidade fitorremediadora pode ser uma das alternativas para reduzir a persistência de agroquímicos no ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fitorremediação do herbicida trifloxysulfuron-sodium em campo, pela espécie Stizolobium aterrimum (mucuna-preta), em diferentes densidades populacionais. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro densidades de plantio de mucuna-preta (0, 10, 25, e 40 plantas m-2), associadas a duas doses do trifloxysulfuron-sodium (0,00 e 15,00 g ha-1), aplicadas cinco dias após o preparo do solo para semeadura da mucuna-preta. As plantas fitorremediadoras foram mantidas na área por 65 dias. Após esse período, a área experimental foi novamente sulcada e fertilizada de acordo com a análise do solo, considerando as necessidades da cultura do feijão (Phaseolus vulgaris). Aos 45 dias após a semeadura do feijão, avaliou-se a altura e a biomassa seca da parte aérea das plantas. Ao final do ciclo da cultura, determinou-se, ainda, o rendimento de grãos, o número de vagens por planta e o peso de 100 sementes. O cultivo prévio de mucuna-preta nas densidades populacionais de 10, 25 ou 40 plantas m-2 proporcionou rendimento de grãos de feijão nas parcelas tratadas com trifloxysulfuron-sodium no solo semelhante ao obtido na área não-tratada. A densidade populacional mínima desse adubo verde que proporcionou maior rendimento de grãos à cultura do feijão foi de 25 plantas por metro quadrado.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia do metolachlor e do fomesafen aplicados com água de irrigação (herbigação) no controle de plantas daninhas na cultura do feijão, em plantio direto e convencional. O plantio direto foi implantado sobre palha de milho e de plantas daninhas. No plantio convencional, o preparo de solo foi feito com uma aração e duas gradagens. A variedade de feijão utilizada foi a Pérola, semeada no final de julho. O metolachlor e o fomesafen foram aplicados em pré-emergência e pós-emergência, respectivamente, utilizando um pivô central. O metolachlor (2,4 kg ha-1) foi aplicado com lâminas de água de 5, 10 e 15 mm, e o fomesafen (0,225 kg ha-1), com 3, 6 e 9 mm. Os herbicidas também foram aplicados por pulverização. Foram incluídas duas testemunhas: feijão com e sem capina. Quatro dias antes e quatro dias depois da aplicação do metolachlor foi aplicada lâmina de água de 10 mm em toda a área experimental. A espécie daninha predominante no plantio direto foi Bidens pilosa e, no plantio convencional, Artemisia verlotorum. Outras espécies de plantas daninhas que ocorreram na área experimental foram agrupadas em outras dicotiledôneas e monocotiledôneas. O nível de controle de plantas daninhas foi, em geral, melhor com a herbigação que com a pulverização, independentemente do sistema de plantio. As lâminas de água de 5 ou 10 mm, para o metolachlor, e de 3 ou 6 mm, para o fomesafen, proporcionaram, em geral, os melhores resultados. As produtividades alcançadas no plantio direto foram maiores, em relação ao plantio convencional.
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Avaliou-se neste trabalho a atividade residual da mistura comercial dos herbicidas fluazifop-p-butil e fomesafen (Robust) em Argissolo Vermelho-Amarelo câmbico (PVAc), cultivado com feijão, nos sistemas de plantio direto e convencional. Cultivou-se, no sistema de plantio direto, o feijoeiro sobre as palhas de milho (3,6 t ha-1), Brachiaria brizantha (15 t ha-1) e milho + B. brizantha (8,1 t ha-1). No sistema convencional, o plantio do feijão foi realizado após a incorporação ao solo das palhas de milho + B. brizantha oriundas do consórcio. A mistura comercial dos herbicidas, na dose de 500 mL ha-1, foi aplicada 30 dias após a emergência do feijão. Em amostras de solo coletadas aos 10, 29, 47, 72 e 119 dias após aplicação dos herbicidas (DAA), avaliou-se a persistência desses compostos no solo. Para isso, utilizou-se o método de bioensaio, tendo Sorghum vulgare como planta indicadora. Verificou-se que o PVAc apresentou elevada capacidade sortiva para a formulação comercial dos herbicidas. Independentemente do tipo e da quantidade de palha presente à superfície do solo no sistema de plantio direto, não se observou efeito residual dos herbicidas no solo a partir dos 10 DAA. Entretanto, quando a palha foi incorporada ao solo, no sistema convencional de cultivo, os sintomas de fitotoxidez e redução da altura e da massa seca da parte aérea de S. vulgare persistiram após 72 DAA dos herbicidas. A ausência dos sintomas de resíduos na planta indicadora, quando os herbicidas foram aplicados no sistema de plantio direto, pode ser atribuída, principalmente, à retenção desses produtos pela palha, impedindo o seu contato com o solo.
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O presente trabalho constou de sete experimentos, que foram conduzidos na Faculdade de Ciências Agronômicas, campus de Botucatu, UNESP, São Paulo, Brasil, com o objetivo de avaliar os efeitos alelopáticos de Brachiaria decumbens, colhida em diferentes épocas, sobre o crescimento inicial de milho, arroz, trigo, soja, feijão, algodão e capim-braquiária (B. decumbens), bem como a dinâmica do nitrogênio no solo. A parte aérea de B. decumbens foi coletada durante as estações seca (outono-inverno) e chuvosa (primavera-verão), em área de pastagem localizada no município de Botucatu-SP. A matéria seca triturada de B. decumbens foi incorporada ao solo dos vasos na proporção de 3% p/p. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições. Contando-se a partir do transplante, o experimento foi conduzido por 21 dias para milho e feijão, 24 dias para soja e trigo, 28 dias para arroz e 30 dias para algodão e capim-braquiária. O crescimento dessas plantas foi reduzido com a adição de capim-braquiária para as duas épocas, sendo o próprio capim-braquiária o mais afetado. Os efeitos inibitórios foram mais intensos para capim-braquiária coletado na estação chuvosa. A incorporação da matéria seca da parte aérea de B. decumbens reduziu, significativamente, os teores de nitrato no solo, em todos os estudos realizados.
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Neste trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos da mistura dos herbicidas fomesafen + fluazifop sobre a comunidade de artrópodes do solo cultivado com feijão nos sistemas plantio direto e convencional. O experimento foi realizado em Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico de boa fertilidade, em Coimbra, MG. Duas semanas após o plantio foi aplicada a mistura comercial dos herbicidas fluazifop + fomesafen, denominada Robust®, na dose de 0,8 L ha-1; em cada sistema de cultivo foi mantida uma testemunha sem aplicação de herbicida. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco repetições. As populações de artrópodes do solo foram amostradas aos 1, 8, 21 e 42 dias após a aplicação do herbicida. Os dados foram submetidos à análise de variáveis canônicas (CVA), que é uma técnica de ordenação indireta que reduz a dimensionalidade do conjunto dos dados originais em um conjunto de variáveis que podem ser usadas para ilustrar graficamente as posições relativas e as orientações das médias das respostas da comunidade em cada tratamento sob comparação. As diferenças entre os tratamentos na abundância dos artrópodes selecionados foram determinadas pela análise de variância por medida repetida, considerando a data de amostragem como a medida repetida. A análise das variáveis canônicas CVA para os sistemas de plantio e aplicação de herbicida indicou diferenças na densidade de artrópodes coletados nos diferentes tratamentos estudados, considerando a composição e a abundância das espécies. Foram observadas, por meio do diagrama de ordenação, diferenças no conjunto de artrópodes do solo coletados nos dois sistemas de plantio. A aplicação dos herbicidas afetou a densidade dos artrópodes associados ao feijoeiro em ambos os sistemas de cultivo, com exceção do Solenopsis sp. O sistema de plantio afetou a densidade de todas as espécies estudadas.
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Objetivou- se neste trabalho avaliar a capacidade remediadora das espécies vegetais feijão- de- porco (Canavalia ensiformis) e mucuna- preta (Stizolobium aterrimum), em solo adubado com composto orgânico e contaminado com o herbicida trifloxysulfuron- sodium. Na primeira etapa, avaliou- se o crescimento de C. ensiformis e S. aterrimum nos diferentes substratos, contaminados ou não com herbicida. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre duas doses do herbicida trifloxysulfuron- sodium (0,0 e 7,5 g ha- 1) e cinco teores de composto orgânico: 0, 25, 50, 100 e 200 m³ ha- 1 (equivalentes a 0, 1,25, 2,5, 5 e 10% do volume de solo em cada vaso, respectivamente), dispostos em esquema fatorial 2 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, para cada espécie remediadora. Um dia após a aplicação do herbicida à superfície do solo, procedeu- se à semeadura das espécies remediadoras, deixando- se como testemunha vasos sem planta. Na colheita, aos 60 dias após a emergência, avaliou- se a altura e a massa seca da parte aérea (MSPA) dessas espécies. Todo o material colhido foi triturado e incorporado ao solo dos seus respectivos vasos. Na segunda etapa, avaliou- se a capacidade remediadora de C. ensiformis e S. aterrimum. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre cinco teores de composto orgânico e cinco tipos de cultivo prévio: cultivo de C. ensiformis e S. aterrimum na presença e ausência do herbicida trifloxysulfuron- sodium e um tratamento sem cultivo prévio e com aplicação de trifloxysulfuron- sodium, dispostos em esquema fatorial 5 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Amostras de 100 g de solo foram retiradas dos vasos (6 L) usados na primeira etapa e colocadas em vasos de 100 cm³. Em seguida, cultivou- se sorgo (Sorghum bicolor) para indicação de resíduo do herbicida no solo. Essas plantas foram colhidas 20 dias depois, época em que se avaliaram a altura, a MSPA e o grau de intoxicação delas pelo herbicida. No solo com trifloxysulfuron- sodium e sem cultivo prévio das espécies remediadoras, as plantas de sorgo tiveram seu crescimento reduzido, mesmo com a adição de composto orgânico. O cultivo prévio de C. ensiformis e S. aterrimum proporcionou crescimento normal às plantas de sorgo, confirmando a capacidade remediadora dessas espécies. A adição de composto orgânico não influenciou a capacidade remediadora das espécies.
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Este trabalho teve por objetivos identificar e avaliar a agressividade potencial das plantas daninhas em um agrossistema com leguminosas herbáceas anuais como cobertura de solo. Foram plantadas, nas ruas de um sistema de aléias de sombreiro (Clitoria fairchildiana) e no final do período agrícola, as leguminosas mucuna-preta, feijão-guandu, feijão-de-porco e calopogônio, em sistema de blocos ao acaso com cinco repetições. Para estudo da dinâmica da composição florística, avaliaram-se a freqüência, densidade, dominância, similaridade, diversidade de espécies e biomassa das plantas daninhas. Foram identificadas 42 espécies de plantas espontâneas, das quais as mais freqüentes e de maior densidade e dominância foram Leptochoa virgata, Panicum laxum e Sida sp. Não foram detectadas diferenças significativas para densidade, número de espécies, diversidade e biomassa entre as plantas daninhas emergidas nos quatro tratamentos com leguminosas; nem destas em relação ao controle.
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar os períodos de interferência das plantas daninhas na cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) plantado em janeiro. A semeadura do cv. Carioca foi feita no sistema convencional e os tratamentos constaram de dois grupos: no primeiro, a cultura do feijão permaneceu livre da interferência das plantas daninhas desde a emergência até 10, 20, 30, 40, 50, 60 e 70 dias (todo o ciclo da cultura); no segundo, a cultura permaneceu sob interferência desde a semeadura até os mesmos períodos descritos anteriormente, totalizando assim 14 tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. A comunidade infestante foi composta por 13 espécies, com Alternanthera tenella, Blaenvillea rhomboidea e Cenchrus echinatus se destacandodas demais, representando 63,4% do total de indivíduos. O período anterior à interferência (PAI) ocorreu até os 17 dias após emergência da cultura, e o período total de prevenção à interferência (PTPI) ocorreu até 25 dias após a emergência da cultura. A interferência das plantas daninhas durante todo o ciclo de vida do feijoeiro reduziu-lhe a produtividade em 67%.
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Uma das primeiras etapas quando se inicia um programa de fitorremediação de herbicidas é a avaliação da tolerância das espécies vegetais selecionadas ao respectivo contaminante. Registrado para uso no Brasil, o picloram apresenta elevada persistência no solo, podendo causar problemas de carryover e de contaminação de águas subterrâneas. Em decorrência disso, objetivou-se com este trabalho selecionar espécies que apresentem tolerância à presença do picloram no solo, para utilização futura em programas de fitorremediação de solos contaminados com este herbicida. O experimento foi realizado no período de outubro a dezembro de 2005, em casa de vegetação em Rio Verde/GO. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre 19 espécies vegetais [Brachiaria brizantha (cv. Marandu); Brachiaria brizantha (cv. MG-5 Vitória); Brachiaria brizantha (cv. Mulato); Brachiaria decumbens; Brachiaria humidicola; Brachiaria ruziziensis; Panicum maximum (cv. Massai); Panicum maximum (cv. Mombaça); Panicum maximum (cv. Tanzânia); Pennisetum purpureum x Pennisetum glaucum - capim-elefante (cv. Paraíso); Eleusine coracana - capim-pé-de-galinha-gigante; Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-300); Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-500); Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - Cover Crop; Sorghum bicolor x Sorghum sudanense sorgo (cv. Jumbo); Paspalum atratum - capim-pojuca; Zea mays - milho (híbrido Coodetec 208); Canavalia ensiformis - feijão-de-porco; e Stizolobium aterrimum - mucuna-preta] e de cinco doses do picloram (0, 80, 160, 320 e 640 g ha-1), totalizando 95 tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 19 x 5, com quatro repetições. As plantas foram cultivadas em solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico; após o preenchimento e umedecimento dos vasos, aplicou-se o picloram. Quinze dias após a aplicação do herbicida foi realizada a semeadura das espécies vegetais. Após a análise dos resultados, constatou-se que as espécies Zea mays - milho (híbrido Coodetec 208), Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - Cover Crop, Eleusine coracana - capim-pé-de-galinha-gigante, Brachiaria brizantha (cv. MG-5 Vitória), Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-500), Brachiaria decumbens, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria humidicola, Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-300), Brachiaria brizantha (cv. Mulato), Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - sorgo (cv. Jumbo), Panicum maximum (cv. Tanzânia), Panicum maximum (cv. Mombaça) e Panicum maximum (cv. Massai) apresentaram tolerância à atividade residual do picloram no solo, podendo ser inseridas inicialmente para avaliação em programas de fitorremediação desse herbicida.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a capacidade competitiva de genótipos de feijão de diferentes tipos de crescimento sob presença e ausência de comunidade infestante de plantas daninhas, em duas safras de cultivo ("águas'' de 2006/07 e "seca'' de 2007). Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de três cultivares de feijão com diferentes tipos de crescimento (Pérola: tipo III/II; Aporé: tipo III; e BRS Radiante: tipo I), em combinação com dois tipos de manejo de plantas daninhas: área capinada manualmente e área não capinada. Conclui-se que no cerrado brasileiro, na safra das "águas'', os problemas da cultura do feijão com as plantas daninhas foram agravados, especialmente com Brachiaria ssp., Cenchrus echinatus, Digitaria horizontalis e Eleusine indica. Os cultivares de feijão com hábitos de crescimento semiereto (Pérola) e prostrado (Aporé) foram mais competitivos com a comunidade infestante de plantas daninhas.
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O sombreamento do solo com cobertura morta proporciona redução na germinação das sementes e diminuição da população de plantas daninhas, possibilitando às plantas da cultura de interesse se desenvolverem sob efeito de menor competição inicial. Dessa forma, objetivou-se neste trabalho investigar o efeito do cultivo de leguminosas na evolução da comunidade de plantas daninhas na cultura do milho-verde cultivado em sucessão, num sistema orgânico. O ensaio foi realizado em delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e quatro repetições. Inicialmente, houve o plantio das leguminosas: feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), guandu (Cajanus cajan), mucuna-preta (Mucuna aterrinum), mucuna-anã (Mucuna deeringiana) e crotalária (Crotalaria juncea); foi mantida uma testemunha sem cultivo em pousio. Anteriormente ao cultivo do milho, foi avaliada a produção de matéria seca de cada espécie de leguminosa. Em seguida, após a roçada das leguminosas foi semeado sobre a palhada o milho, cultivar HTMV 02. A amostragem das plantas daninhas foi realizada aos 15 e 30 dias após a emergência do milho, lançando-se de forma aleatória sobre cada parcela um quadro de 50 x 50 cm. As plantas daninhas dentro do quadro foram identificadas, pesadas e contadas por espécie, sendo posteriormente colocadas em estufa a 65ºC, por 72 horas, para determinação da matéria seca. As palhadas da mucuna-preta e da crotalária proporcionaram maior redução de matéria seca e população das plantas daninhas. A maior produtividade de espigas comerciais de milho-verde foi obtida na área de palhada de mucuna-preta e crotalária.
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A tiririca (Cyperus rotundus) é uma espécie daninha de difícil manejo, causadora da redução do estande e do rendimento em plantios comerciais das mais variadas culturas. Devido à sua agressividade, capacidade de reprodução, alta dispersão e rusticidade, seu controle é difícil e oneroso. Objetivou-se com este trabalho avaliar métodos alternativos de controle da tiririca baseados na alelopatia e na homeopatia. No manejo com alelopatia, testaram-se extratos aquosos de feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), mucuna-preta (Stizolobium aterrimum), alecrim-pimenta (Lippia sidoides) e capim-limão (Cymbopogon citratus). Com a homeopatia foi utilizada a escala centesimal hahnemanniana, onde se testaram as dinamizações 3CH, 6CH, 9CH e 12CH. Ambos os experimentos foram conduzidos em caixas gerbox transparentes, contendo areia grossa lavada, grãos de 1 a 3 mm de espessura, e 10 tubérculos sadios de tiririca, distribuídos uniformemente ao longo do recipiente. Após a aplicação dos tratamentos, os recipientes foram dispostos em estufa do tipo BOD a 25 ºC, com fotoperíodo de 12 horas, onde permaneceram por 15 dias até a avaliação final. O extrato que apresentou o melhor manejo da tiririca foi o de alecrim-pimenta, que diminuiu o percentual de emergência e o vigor das plântulas; o extrato dessa espécie ocasionou maior efeito na redução do comprimento das plântulas de tiririca do que 2,5 kg ha-1 i.a. atrazina - herbicida utilizado para comparação. A homeopatia não apresentou diferença entre as dinamizações, não tendo assim efeito satisfatório no controle da tiririca. Os extratos de capim-limão, mucuna-preta e feijão-de-porco não apresentaram efeitos alelopáticos. No entanto, o extrato de alecrim-pimenta é promissor no manejo alternativo de tiririca, sendo necessários novos estudos para elucidação dos princípios químicos envolvidos e da sua real ação no metabolismo da planta.
Resumo:
O sistema de semeadura direta e os diferentes sistemas de produção nele adotados podem contribuir para a supressão de plantas infestantes. Em razão disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o controle de plantas daninhas em função de diferentes sistemas de produção de grãos. Os tratamentos utilizados foram: I. Sistema "safra-pousio" - soja/ pousio/milho/pousio/arroz/pousio/soja; II. Sistema "safra-adubo verde" - soja/milheto/ milho/guandu/arroz/crotalária/soja; III. Sistema "safra-safrinha" - soja/aveia-branca/milho/ feijão-da-seca/arroz/mamona/soja; IV. Sistema "safra - forrageira"- soja + braquiária/milho + braquiária/arroz + braquiária/soja. Em novembro de 2009 (após três safras agrícolas), foi realizado o levantamento de plantas daninhas infestantes. Para isso, foi utilizado um quadro (0,3 x 0,3 m), lançado aleatoriamente quatro vezes dentro de cada parcela. As plantas foram identificadas, bem como feita a determinação do número total das espécies invasoras, da massa seca e da porcentagem de controle das espécies de acordo com o sistema de produção. Foi realizada ainda a análise fitossociológica da comunidade de plantas daninhas infestantes. Os sistemas safra-adubo verde, safra-safrinha e safra-forrageira apresentaram bom controle de plantas infestantes quando comparados ao sistema safra-pousio. Portanto, a presença de algum tipo de cobertura é importante para manter as características do solo favorável e um bom controle de plantas invasoras.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência causada pelo caruru-demancha (Amaranthus viridis) e amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), em função das densidades e distâncias, no feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivar Pérola. Como recipientes, foram utilizadas caixas de cimento-amianto, com capacidade para 50 litros, preenchidas com LatossoloVermelho-Escuro. As mudas foram formadas em bandejas de 128 células preenchidas com substrato hortícola; quando as plântulas atingiram o estádio V2, foram transplantadas para as caixas, sendo as de feijoeiro numa linha central, reproduzindo a semeadura em campo, e as das plantas daninhas nas densidades de 8, 16 e 32 plantas m-2, distanciadas de 0, 12 e 24 cm das plantas de feijão e igualmente entre si. O experimento foi conduzido no delineamento experimental de blocos casualizados, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 3x3+2T, com quatro repetições, constituindo as parcelas experimentais. Foram avaliadas características de crescimento e de produtividade da cultura e das plantas daninhas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e as médias, comparadas pelo teste de Tukey. Observou-se que as plantas daninhas obtiveram maior desenvolvimento quando em maior distância da cultura. O caruru-de-mancha causou reduções no número de vagens e na produtividade estimada do feijoeiro. Para o caruru-de-mancha, o aumento da densidade só causou redução na produtividade da cultura quando as plantas estavam distanciadas em pelo menos 12 cm. A 0 cm, o feijoeiro tornou-se mais competitivo e não sofreu interferência das plantas daninhas, independentemente da densidade destas.
Resumo:
Para avaliar o efeito de doses de fluazifop-p-butil no desempenho do feijoeiro consorciado com braquiária, foi conduzido um experimento em Coimbra, MG, nas safras da seca de 2007 e das águas de 2007-2008. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial, envolvendo duas espécies de braquiária (Brachiaria brizantha e B. decumbens), seis doses de fluazifop-pbutil (0; 7,81; 15,62; 31,25; 62,50; e 125,00 g ha-1), mais o monocultivo de ambas as culturas. O feijoeiro foi plantado a 0,5 m entre linhas, com as sementes de braquiária sendo semeadas nas mesmas fileiras do feijão. Nos sistemas consorciados, além das doses de fluazifop-pbutil, utilizou-se fomesafen (125 g ha-1) e bentazon (336 g ha-1). Para o feijão solteiro foi utilizada uma mistura dos herbicidas fomesafen (125 g ha-1) e fluazifop-p-butil (100 g ha-1). Foram avaliados o estande final de plantas e o rendimento de grãos do feijoeiro com seus componentes primários. Os dados foram submetidos à analise de variância, sendo os efeitos das espécies de braquiária e das safras estudados pelo teste F, e os efeitos das doses de fluazifop-p-butil, por análise de regressão. Conclui-se que B. decumbens é mais competitiva com o feijão que B. hrizantha. Na safra da seca, a utilização de 7,81 g ha-1 de fluazifop-p-butil no consórcio com B. decumbens proporciona rendimento de grãos de feijão equivalente ao do monocultivo. O consórcio com B. brizantha dispensa o uso do herbicida. Na safra das águas, independentemente da espécie de braquiária, é necessária a aplicação de 31,25 g ha-1 de fluazifop-p-butil.