588 resultados para Infecção por HTLV
Resumo:
Mycoplasma haemofelis, 'Candidatus Mycoplasma haemominutum' e 'Candidatus Mycoplasma turicensis' são os agentes causadores da micoplasmose felina, que podem causar anemia aguda ou crônica. O objetivo deste trabalho foi determinar a ocorrência de hemoplasmas em gatos domésticos de Belém, Pará. Para isso, 201 gatos foram divididos em três grupos: Grupo A foi composto por 101 gatos de rua capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses, o grupo B foi composto por 62 gatos domiciliados e saudáveis e o grupo C foi composto por 38 gatos domiciliados que apresentavam alguma afecção clínica. Foram coletadas amostras de sangue para a realização de Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) para detectar o DNA destes agentes, os quais foram sequenciados e alinhados. A análise estatística foi realizada para detectar a associação entre a infecção, o sexo dos animais e os grupos experimentais. O DNA de pelo menos uma das espécies de hemoplasmas pesquisados foi detectado em 19,9% (40/201) das amostras, sendo o DNA de 'Candidatus M. haemominutum' encontrado em 7,96% (16/201) das amostras, M. haemofelis em 1,49% (3/201) das amostras, enquanto que o DNA de 'Candidatus M. turicensis' foi detectado em 12,93% (26/201) das amostras. O DNA destes três agentes foi detectado em gatos dos grupos A e C, enquanto que no grupo B foi detectado apenas 'Candidatus M. turicensis' e 'Candidatus M. haemominutum' Foi detectada a influência do sexo sobre a infecção hemoplasmas apenas entre 'Candidatus M. haemominutum' e machos. Estes resultados mostraram que os hemoplasmas circulam entre os gatos domésticos em Belém e 'Candidatus M. turicensis' e 'Candidatus M. haemominutum' foram mais comuns do que M. haemofelis, especialmente em gatos vadios.
Resumo:
Foram utilizados 17 bezerros, recém nascidos, da raça Holandesa, com o objetivo de avaliar a influência do volume de sucedâneo nos principais patógenos causadores de diarreia neonatal. Os animais foram distribuídos em dois grupos, 8 bezerros do grupo 1 e 9 bezerros do grupo 2. Os animais foram alimentados duas vezes ao dia totalizando 4 litros de sucedâneo diários para o grupo 1 e 6 litros para o grupo 2. A partir do 1° dia de chegada dos bezerros foram avaliadas as fezes diariamente após o aleitamento da manhã para a classificação das fezes em diarreicas ou não diarreicas. Do primeiro dia de diarreia até o sétimo dia, as fezes foram coletadas em dias alternados (1º, 3º, 5º e 7° dia) diretamente da ampola retal para avaliação dos enteropatógenos. Foram coletadas amostras de sangue dos bezerros com cinco dias de idade para dosagem da proteína total. A média da proteína total foi 6,33 e 6,21g/dL nos grupos 1 e 2 respectivamente. O grupo 2 apresentou tendência (p<0,1) de maior consumo de sucedâneo no período avaliado. A quantidade de sucedâneo oferecida aos animais não influenciou a incidência de diarreia e sua etiologia, ou seja, não foi observada diferença (p>0,05) na frequência das amostras positivas para cada agente entre os grupos. A frequência dos enteropatógenos nas amostras foi de 100 e 75% para Cryptosporidium spp.; 28,5 e 43,7% para Salmonella spp.; 28,5 e 15,6% para patotipos de E. coli; 3,5 e 6,2% para Rotavírus e 10,7 e 9,4% para Giardia sp. nos grupos 1 e 2 respectivamente. Foram encontrados os sorotipos de Salmonella infantis e muenster. Os patotipos de E. coli isolados foram classificados como E. coli enterohemorrágica, enteropatogênica, enterotoxigênica e produtoras de toxinas Shiga 1 e 2. Foi observada associação entre o Cryptosporidium spp. e os patotipos de E. coli em 30% das amostras do grupo 1 e Cryptosporidium spp. e Salmonella spp. em 45,5% no grupo 2. Os resultados do presente trabalho demonstraram que o fornecimento de diferentes volumes de sucedâneo não apresentou influência sobre a incidência e etiologia da diarreia neonatal. A avaliação longitudinal dos enteropatógenos durante o período de patência da diarreia demonstrou que a associação entre eles ocorre a partir do primeiro dia da doença e destacou a importância da infecção pelo Cryptosporidium spp. agente encontrado em todos os momentos e animais.
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O presente estudo teve como objetivo determinar a ocorrência da infecção por Cryptosporidium spp. em cabritos de Quixadá, Ceará, Brasil. Participaram do estudo 400 cabritos, com idade entre três e 360 dias, de ambos os sexos, com e sem padrão racial definido, procedentes de 25 estabelecimentos rurais distribuídos em três circuitos. As fezes foram cadastradas de acordo com o aspecto e cor, distribuídas em tubos tipo "eppendorf®" e congeladas in natura a -20°C, até o momento das extrações de DNA genômico do parasito com auxílio de kit comercial. Para amplificação de fragmentos da subunidade 18S do RNA ribossômico (rRNA) foi utilizada a "Nested"-PCR. A ocorrência de Cryptosporidium spp em cabritos de Quixadá foi de 7,50% (30/400). A frequência no período seco e no chuvoso foi de 9,55% (19/199) e 5,47% (11/201), respectivamente (χ²=2,39 e P>0,05). Amostras positivas foram identificadas em 64,00% (16/25) das propriedades estudadas e dessas amostras 50,00% (15/30) e 70,00% (21/30) tinham as fezes com aspecto e cor normais, respectivamente, sugerindo que cabritos assintomáticos estão eliminando oocistos. Não foi observada positividade para Cryptosporidium spp. em animais com 301 a 360 dias, demonstrando que animais mais velhos apresentam menos possibilidade de se infectarem com o parasito.
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Resumo A infecção de sítio cirúrgico (ISC) tem sido apontada como a terceira causa mais comum de infecção nosocomial. Este estudo objetivou determinar o perfil epidemiológico da ISC e sua associação aos fatores de risco descritos. Trata-se de um estudo transversal, realizado no Hospital São João Batista de Viçosa-MG e na Clínica Cirúrgica de Cães e Gatos do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa-MG, no período de setembro de 2012 a fevereiro de 2013. As taxas globais de ISC foram de 0,7% no hospital humano e 3,46% no veterinário. No hospital veterinário, a taxa de ISC não mostrou relação com o potencial de contaminação, apresentando a maior taxa nos procedimentos classificados como limpos. Quanto ao tipo de cirurgia, as ortopédicas são as mais comuns em ambos os hospitais e também as que apresentam maior taxa de ISC. Cirurgias com duração maior que 120 minutos corresponderam a 15,25% do total de procedimentos no hospital humano e são ainda menos comuns no veterinário, com 1,26%. A taxa de ISC não parece estar relacionada à duração da cirurgia nesta estratificação. As bactérias isoladas das feridas cirúrgicas foram multirresistentes e os dados levantados indicam que não houve critério quanto ao emprego da antibioticoprofilaxia, principalmente nas cirurgias limpas. Este cenário mostra que é de extrema relevância a atuação de uma comissão de controle de infecção hospitalar, a fim de garantir obtenção de dados fidedignos, para que se possa avaliar a qualidade do serviço prestado e assim promover a redução dos riscos de complicações pós- operatórias.
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Resumo: Corynebacterium pseudotuberculosis é o agente causador da linfadenite caseosa em caprinos e ovinos, sendo responsável por significativas perdas econômicas na ovinocaprinocultura mundialmente. Esta bactéria Gram-positiva também infecta equinos, causando desde quadros assintomáticos até infecções sistêmicas, podendo levar o animal a óbito. Especificamente no Brasil, não foram relatados casos de infecção em equinos, mas acredita-se que, devido à convivência de pequenos ruminantes infectados com equinos em diversas propriedades rurais, seja natural que ocorra a infecção desses animais. A presente revisão tem como objetivo fornecer informações sobre a bactéria C. pseudotuberculosis, sobre os aspectos epidemiológicos e clínicos da infecção em equídeos, bem como sobre técnicas de manejo para sua prevenção.
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RESUMO: O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de Brucella abortus e as lesões causadas por esse agente nos anexos fetais e nos fetos de búfalas. Para isso, 20 búfalas em diversos meses de gestação, sorologicamente positivas para brucelose, foram submetidas ao abate sanitário. A idade fetal foi determinada através de exames ultrassonográficos associados à mensuração dos fetos durante a necropsia. Do útero fechado desses animais foram coletadas amostras para histopatologia e qPCR. A partir do segundo mês de gestação foi possível detectar a presença de DNA de B. abortus em líquido amniótico, líquido alantoide e em útero e, a partir do quinto mês, na placenta, coração, baço, rim, pulmão, intestino, fígado e linfonodos dos fetos. Os principais achados anatomopatológicos foram placentite fibrinopurulenta necrótica e endometrite supurativa crônica.
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Devido à grande variedade fisiológica e morfológica entre os fungos ectomicorrízicos, é possível observar variações no seu comportamento durante o estabelecimento da simbiose. Este trabalho teve como objetivos caracterizar as etapas da infecção micorrízica por dois isolados de P. tinctorius em E. urophylla, além de verificar a ocorrência de defesas estruturais e bioquímicas na planta. Plântulas de E. urophylla foram inoculadas com os isolados de P. tinctorius obtidos de eucalipto (1604) ou de Pinus (185). Após 0, 12, 24, 72, 96 e 120 horas da inoculação com cada um dos isolados, foi efetuada a dosagem de compostos fenólicos no tecido radicular. Nestes mesmos períodos foram feitos cortes anatômicos das raízes para verificar o desenvolvimento da infecção. Os cortes histológicos não evidenciaram reações estruturais de defesa das plantas nestes períodos testados. No entanto, foi observada colonização mais rápida pelo isolado 1604, o qual iniciou a adesão à raiz 24 horas após a inoculação. O isolado 185 só foi observado na raiz após 96 horas. A dosagem de compostos fenólicos mostrou variação significativa durante a infecção pelo isolado 185 e maior concentração nas raízes inoculadas com este isolado após 96 horas da inoculação. Porém, este acúmulo não impediu a continuidade de seu desenvolvimento na raiz. Neste trabalho não foi observada relação entre o atraso na infecção pelo isolado 185 e a produção de compostos fenólicos pelas raízes.
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We analyzed the genetic recombination pattern of the T-cell receptor beta-chain gene (TCR-beta) in order to identify clonal expansion of T-lymphocytes in 17 human T-lymphotropic virus type I (HTLV-I)-positive healthy carriers, 7 of them with abnormal features in the peripheral blood lymphocytes. Monoclonal or oligoclonal expansion of T-cells was detected in 5 of 7 HTLV-I-positive patients with abnormal lymphocytes and unconfirmed diagnosis by using PCR amplification of segments of TCR-beta gene, in a set of reactions that target 102 different variable (V) segments, covering all members of the 24 V families available in the gene bank, including the more recently identified segments of the Vbeta-5 and Vbeta-8 family and the two diversity beta segments. Southern blots, the gold standard method to detect T-lymphocyte clonality, were negative for all of these 7 patients, what highlights the low sensitivity of this method that requires a large amount of very high quality DNA. To evaluate the performance of PCR in the detection of clonality we also analyzed 18 leukemia patients, all of whom tested positive. Clonal expansion was not detected in any of the negative controls or healthy carriers without abnormal lymphocytes. In conclusion, PCR amplification of segments of rearranged TCR-beta is reliable and highly suitable for the detection of small populations of clonal T-cells in asymptomatic HTLV-I carriers who present abnormal peripheral blood lymphocytes providing an additional instrument for following up these patients with potentially higher risk of leukemia.
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To evaluate the human T-cell lymphotropic virus type I (HTLV-I) proviral DNA load among asymptomatic HTLV-I-infected carriers and patients with HTLV-I-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP), real time PCR using TaqMan probes for the pol gene was performed in two million peripheral blood mononuclear cells (PBMC). The albumin gene was the internal genomic control and MT2 cells were used as positive control. The results are reported as copies/10,000 PBMC, and the detection limit was 10 copies. A total of 89 subjects (44 HAM/TSP and 45 healthy HTLV-I-infected carriers) followed up at the Institute of Infectious Diseases "Emilio Ribas" and in the Neurology Division of Hospital of Clínicas were studied. The asymptomatic HTLV-I-infected carriers had a median number of 271 copies (ranging from 5 to 4756 copies), whereas the HAM/TSP cases presented a median of 679 copies (5-5360 copies) in 10,000 PBMC. Thus, HAM/TSP patients presented a significantly higher HTLV-I proviral DNA load than healthy HTLV-I carriers (P = 0.005, one-way Mann-Whitney test). As observed in other persistent infections, proviral DNA load quantification may be an important tool for monotoring HTLV-I-infected subjects. However, long-term follow-up is necessary to validate this assay in the clinical setting.
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Salvador (BA, Brazil) is an endemic area for human T-cell lymphotrophic virus type 1 (HTLV-1). The overall prevalence of HTLV-1 infection in the general population has been estimated to be 1.76%. HTLV-1 carriers may develop a variety of diseases such as adult T-cell leukemia/lymphoma, HTLV-1-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP) and infective dermatitis associated with HTLV-1 (IDH). IDH is a chronic and severe form of childhood exudative and infective dermatitis involving mainly the scalp, neck and ears. It has recently been observed that 30% of patients with IDH develop juvenile HAM/TSP. The replication of HTLV-1 has been reported to be greater in adult HAM/TSP patients than in asymptomatic HTLV-1 carriers. In the current study, the proviral load of 28 children and adolescents with IDH not associated with HAM/TSP was determined and the results were compared to those obtained in 28 HTLV-1 adult carriers and 28 adult patients with HAM/TSP. The proviral load in IDH patients was similar to that of patients with HAM/TSP and much higher than that found in HTLV-1 carriers. The high levels of proviral load in IDH patients were not associated with age, duration of illness, duration of breast-feeding, or activity status of the skin disease. Since proviral load is associated with neurological disability, these data support the view that IDH patients are at high risk of developing HAM/TSP.
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The objective of the present study was to describe motor behavioral changes in association with histopathological and hematological findings in Wistar rats inoculated intravenously with human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1)-infected MT2 cells. Twenty-five 4-month-old male rats were inoculated with HTLV-1-infected MT2 cells and 13 control rats were inoculated with normal human lymphocytes. The behavior of the rats was observed before and 5, 10, 15, and 20 months after inoculation during a 30-min/rat testing time for 5 consecutive days. During each of 4 periods, a subset of rats was randomly chosen to be sacrificed in order to harvest the spinal cord for histopathological analysis and to obtain blood for serological and molecular studies. Behavioral analyses of the HTLV-1-inoculated rats showed a significant decrease of climbing, walking and freezing, and an increase of scratching, sniffing, biting, licking, and resting/sleeping. Two of the 25 HTLV-1-inoculated rats (8%) developed spastic paraparesis as a major behavioral change. The histopathological changes were few and mild, but in some cases there was diffuse lymphocyte infiltration. The minor and major behavioral changes occurred after 10-20 months of evolution. The long-term observation of Wistar rats inoculated with HTLV-1-infected MT2 cells showed major (spastic paraparesis) and minor motor abnormalities in association with the degree of HTLV-1-induced myelopathy.
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Human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) induces an exacerbated type 1 immune response characterized by high spontaneous IFN-γ and TNF-α production. Allergic rhinitis and asthma are associated with the type 2 immune response, with elevated secretion of IL-4 and IL-5. The aim of this study was to characterize the immune response in atopic HTLV-1 carriers. The cytokine profile of atopic HTLV-1 carriers (N = 10; all females) was compared with that of non-atopic HTLV-1 carriers (N = 14; 9 females and 5 males). Mean patient age of atopic and non-atopic groups was 45 ± 8 and 38 ± 11 years, respectively. All atopic HTLV-1 carriers had rhinitis with or without asthma and a skin prick test positive for Dermatophagoides pteronyssinus antigen 1 (Derp-1). There was no difference in cytokine levels between the two groups in unstimulated peripheral blood mononuclear cell cultures. In cultures stimulated with Derp-1, IFN-γ levels tended to be higher (P = 0.06) and IL-5 levels were higher (P = 0.02) in atopic HTLV-1 patients than in non-atopic subjects. In contrast, IL-10 was lower (P = 0.004) in atopic than in non-atopic HTLV-1-infected subjects. This study shows that HTLV-1 infection with an exaggerated type 1 immune response does not prevent atopy. In this case, the exacerbated type 1 and type 2 immune responses were due to a lack of IL-10 production, a cytokine that plays an important role in down-modulating type 1 and type 2 immune responses and in preventing the development of chronic inflammatory diseases.
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Human T lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is the causal agent of myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP), a disease mediated by the immune response. HTLV-1 induces a spontaneous proliferation and production of pro-inflammatory cytokines by T cells, and increasing interferon-γ (IFN-γ) and tumor necrosis factor-α (TNF-α) levels are potentially involved in tissue damage in diseases related to HTLV-1. This exaggerated immune response is also due to an inability of the natural regulatory mechanisms to down-modulate the immune response in this group of patients. TNF-α inhibitors reduce inflammation and have been shown to improve chronic inflammatory diseases in clinical trials. The aim of this study was to evaluate the ability of pentoxifylline, forskolin, rolipram, and thalidomide to decrease in vitro production of TNF-α and IFN-γ in cells of HTLV-1-infected subjects. Participants of the study included 19 patients with HAM/TSP (mean age, 53 ± 11; male:female ratio, 1:1) and 18 HTLV-1 carriers (mean age, 47 ± 11; male:female ratio, 1:2.6). Cytokines were determined by ELISA in supernatants of mononuclear cell cultures. Pentoxifylline inhibited TNF-α and IFN-γ synthesis with the minimum dose used (50 µM). The results with forskolin were similar to those observed with pentoxifylline. The doses of rolipram used were 0.01-1 µM and the best inhibition of TNF-α production was achieved with 1 µM and for IFN-γ production it was 0.01 µM. The minimum dose of thalidomide used (1 µM) inhibited TNF-α production but thalidomide did not inhibit IFN-γ production even when the maximum dose (50 µM) was used. All drugs had an in vitro inhibitory effect on TNF-α production and, with the exception of thalidomide, all of them also decreased IFN-γ production.
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Doenças transmitidas por alimentos têm merecido especial atenção por parte de pesquisadores em todo mundo. Os surtos alimentares de etiologia viral têm sido tratados inadequadamente como sendo de menor importância quando comparados com aqueles de etiologia bacteriana. O rotavírus é um importante agente causador de doenças diarréicas graves, sendo responsável por significativo número de óbito em vários países. Este trabalho é um relato de surto de gastroenterite ocasionado por rotavírus, ocorrido em estabelecimento comercial com 720 funcionários, dos quais 51 relataram sintomas de mal-estar, vômito, diarréia, náusea e calafrios. Foi realizada análise microbiológica da água, coletada em diversos pontos, bem como de todos os alimentos e bebidas oferecidos para consumo dos funcionários. Nenhum destes apresentou contaminação por microbiota bacteriana patogênica, nem alterações em suas características sensoriais e organolépticas. De acordo com a estimativa do risco atribuível a cada um dos alimentos, o pão com manteiga oferecido foi apontado como alimento suspeito, somado ao fato de que o único manipulador incumbido do preparo deste produto apresentava-se com infecção por rotavírus.
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INTRODUÇÃO: A glomerulonefrite aguda (GNA) após infecção de vias aéreas superiores ou pele é uma doença renal causada geralmente por cepas estreptocócicas nefritogênicas, podendo cursar com quadro súbito de hematúria macroscópica, hipertensão arterial, edema e, ocasionalmente, insuficiência renal aguda, sendo comum na infância e pouco incidente em adultos e indivíduos mais jovens. OBJETIVO: Analisar, de forma descritiva, os dados da apresentação inicial da GNA após infecção de vias aéreas superiores ou pele em pacientes com mais de 14 anos de idade, com ênfase em seus aspectos epidemiológicos e clínicos. PACIENTES E MÉTODOS: Foram analisados os dados clínicos de 82 pacientes, atendidos em nosso Serviço no período de 1972 a 2001, distribuídos em três grupos etários: grupo 1, com indivíduos entre 14 e 20 anos (n = 52); grupo 2, entre 21 e 30 anos (n = 19); e grupo 3, com idade > 31 anos (n = 11). RESULTADOS: Houve um predomínio do quadro entre pacientes mais jovens (grupo 1), do sexo masculino e da cor branca, precedido, principalmente, por infecção de pele, manifestando-se mais comumente por edema de membros inferiores e/ou face. Em alguns casos, até com síndrome nefrótica, e hipertensão arterial, sobretudo nos adultos com mais de 30 anos (grupo 3), sendo menos frequente o achado de hematúria macroscópica e, raramente, de insuficiência renal aguda. CONCLUSÃO: Nossos achados ressaltam a importância de se estudar a GNA após infecção de vias aéreas superiores ou pele em indivíduos mais jovens e adultos, procurando melhor caracterizar seus aspectos clínicos, sobretudo por se tratar de um grupo de pacientes no qual a doença é menos incidente.