652 resultados para clientelismo de Estado
Resumo:
Foram comparados o estado nutricional e parâmetros do metabolismo do ferro de adultos HIV-positivos, com ou sem resposta de fase aguda (RFA). Adultos HIV-positivos (n = 29) submeteram-se a antropometria, recordatório alimentar e determinação sérica de albumina, proteína C reativa (PCR), ferritina e capacidade total de ligação do ferro (CTLF), além de creatinina urinária. Infecção mais PCR > 7mg/dl foram critérios de positividade da RFA. Índice de massa corporal (IMC < 18,5kg/m2) e índice creatinina-altura (ICA < 70%) definiram subnutrição. Subnutrição (77,8 vs 40%) e tuberculose pulmonar (44,4 vs 9,5%) foram mais freqüentes nos pacientes RFA-positivos, que também apresentaram menores níveis de albumina (3,7 ± 0,9 vs 4,3 ± 0,9g/dl), CTLF (165,8 ± 110,7 vs 265,9 ± 74,6mg/dl) e hemoglobina (10,5± 1,8 vs 12,6 ± 2,3g/dl). A ingestão de ferro foi adequada e similar entre RFA-positivos e RFA-negativos, o mesmo ocorrendo, respectivamente, quanto à ferritina sérica (mediana; variação, 568; 45,3-1814 vs 246; 18,4-1577ng/ml). Pacientes HIV-positivos com resposta de fase aguda são nutricionalmente mais comprometidos e têm anemia que parece não depender da ingestão recente de ferro.
Resumo:
A presente investigação é um estudo descritivo dos aspectos clínicos dos acidentes causados pelo escorpião Tityus stigmurus no Estado da Bahia, Brasil. Foram analisados 237 casos confirmados, tratados pelo Centro de Informações Antiveneno da Bahia (CIAVE), no período de 1982-1995. O envenenamento por T. stigmurus caracterizou-se por manifestações locais: dor (94,4%), dormência (30%), edema (17,8%), eritema (17,8%) e parestesia (15,6%) e gerais: cefaléia (14%), vômitos (4,4%) e sudorese (3,3%). A maioria dos envenenamentos (94%) foi leve e todos evoluíram para cura. A ausência de letalidade, com o restabelecimento dos pacientes, inclusive casos graves, sugere a eficácia do tratamento com o antiveneno específico, apesar do veneno desta espécie não estar presente no pool de produção nacional do soro. Há necessidade de revisão dos critérios regionais nos esquemas atuais de soroterapia. Os dados apontam para a semelhança da gravidade do envenenamento por T. serrulatus, com exceção da ocorrência de óbitos e complicações sistêmicas.
Resumo:
Com objetivo de estudar a situação da filariose linfática em Alagoas, foi realizado um inquérito hemoscópico na população geral de áreas urbanas das três diferentes regiões fisiográficas do estado. Dos 101 municípios, foram pesquisados aleatoriamente 10, sendo a bancroftose detectada somente na capital, Maceió. Em um estudo seccional feito com a população geral de 4 bairros desta cidade foram examinados 10.973 indivíduos sendo detectados 226 microfilarêmicos, com prevalências nos bairros variando de 0 a 5,4%. Tanto a prevalência de microfilarêmicos como a microfilaremia média foram significativamente maiores em indivíduos do sexo masculino. Entre os examinados não nascidos em Maceió, o tempo de residência na área endêmica foi significativamente maior entre microfilarêmicos que entre amicrofilarêmicos. Baseado nestes dados, medidas de controle já foram implementadas visando a eliminação da filariose linfática na região.
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La Universidad de Guadalajara decidió realizar en 1987 un estudio seroepidemiológico para conocer la prevalencia de la infección por Trypanosoma cruzi en los 124 municipios del Estado de Jalisco, México, en el cual se obtuvieron tasas de 21,6 por 100 habitantes. De diciembre de 1993 a junio de 1994 se realizó un seguimiento de algunos de esos individuos, estudiándose sólo 2669 de ellos, de 50 municipios de áreas rurales del estado. Las causas de no encuesta de los faltantes fueron diversas, estando entre las más importantes la emigración (27,6) y la renuencia (14,8). Encontramos a 476 positivos (17,8%) y 2193 negativos (82,2%). Este segundo estudio nos permitió detectar 80 infectados nuevos (2,9%) lo que representa una tasa de incidencia de 30 por 1000 habitantes. Sin embargo, encontramos una seroconversión en los individuos estudiados, ya que de 1007 individuos que estaban positivos en 1987, 943 de ellos continúan así, mientras, que 64 individuos se negativizaron (2,3%), no siendo esto imputable a fallas de laboratorio, la prevalencia de positividad detectada en ambos estudios fue casi idéntica 18,1 y 17,8 % respectivamente, por lo que nosotros pensamos que las condiciones en que viven los individuos de las localidades rurales del Estado de Jalisco favorecen a que las infecciones continúen.
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Cinco casos graves de infecção pelos vírus das hepatites B e D foram diagnosticados em jovens oriundos do norte do Mato Grosso, onde é comum a ocorrência de hepatite B, mas não de hepatite D. A proximidade com os Estados do Acre e do Amazonas e a migração interna podem explicar a introdução do vírus da hepatite D na região. Os autores salientam a necessidade de manter vigilância epidemiológica para casos de hepatite D na região.
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Visando a obtenção de informações sobre os casos de malária registrados no Estado do Paraná, analisaram-se os relatórios de atendimento de casos suspeitos de malária elaborados pela Fundação Nacional de Saúde, regional do Paraná, no período de janeiro de 1994 a dezembro de 1999. Das 31.975 amostras de sangue examinadas, 7,4% mostraram-se positivas, sendo 86,4% para Plasmodium vivax; 12,7% para P. falciparum; 0,04% para P. malariae e 0,9% para P. vivax e P. falciparum. Com relação à classificação epidemiológica, 84,5% representaram casos importados e 15,5% casos autóctones. Os municípios com maior número de casos autóctones foram Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu e Santa Helena, região de influência do lago de Itaipu, onde devem-se, portanto, concentrar os esforços de vigilância.
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O veneno das aranhas do gênero Loxosceles causa lesão dermonecrótica e induz hemólise intravascular dependente de complemento, configurando um quadro clínico de intensa gravidade. No Brasil, as espécies L. gaucho L. intermedia e L. laeta, presentes no ambiente antrópico, têm sido apontadas como principais agentes do loxoscelismo. Além destas, existem outras espécies, que por predominarem no ambiente natural, não têm sido avaliadas quanto ao risco à saúde do homem, como é o caso de Loxosceles similis. O desenvolvimento de projeto de pesquisa, na Serra da Bodoquena, para observações ecológicas e identificação de insetos de interesse médico, possibilitou a captura de espécimens de Loxosceles similis na Serra da Bodoquena, Município de Bonito, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil, nas grutas Pitangueiras e do Lago Azul. Os parâmetros para identificação, características ambientais do habitat da espécie, bem como atualização de sua distribuição geográfica são objetos deste trabalho.
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Durante estudos sobre a fauna flebotomínea em assentamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA) na Serra da Bodoquena, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, foram observados cães com manifestações clínicas sugestivas de leishmaniose visceral. Inquérito sorológico para leishmaniose em 97 cães, utilizando reação de imunofluorescência indireta, mostrou 23 (23,7%) soros reagentes. Amostras do parasita foram identificadas como Leishmania (Leishmania) chagasi.
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Nos anos de 1997 e 1998 realizaram-se capturas esporádicas de flebotomíneos nos municípios de Paraíso de Tocantins, Monte do Carmo, Porto Nacional e Monte Santo, todos localizados no estado de Tocantins, região norte do Brasil, com o intuito de conhecer a fauna flebotomínica da região. No município de Monte Santo utilizou-se isca humana e nos demais armadilhas luminosas CDC. Os ecótopos utilizados foram: peridomicílio, intradomicílio, mata e pomar. Foram capturados 2.677 flebotomíneos, pertencentes a 32 espécies. As mais freqüentes foram Lutzomyia whitmani, Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia carmelinoi, Lutzomyia evandroi, Lutzomyia longipennis e Lutzomyia antunesi. As capturas na mata apresentaram maior diversidade de espécies, enquanto no peridomicílio houve maior número de exemplares capturados. Foram capturadas neste estado várias espécies vetoras em outras regiões do Brasil.
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A infecção pelo VHB e VHD são importantes problemas de saúde na Amazônia. Este estudo avalia a prevalência da infecção por esses agentes em sete grupos indígenas do Estado do Amazonas. A taxa de infecção passada pelo VHB encontrada foi de 54,5% e a de portadores do AgHBs de 9,7%. Observa-se variação importante destes marcadores entre as aldeias, inclusive da mesma etnia. Não evidenciamos marcador de infecção aguda, os quatro AgHBe reativos eram todos Apurinã, da mesma aldeia, e três da mesma família. O VHD foi encontrado em 13,4% dos AgHBs reativos. O padrão de infecção pelo VHB e VHD encontrado possui as seguintes características: endemicidade elevada, baixo potencial de infectividade, transmissão marcada em idade precoce, provável transmissão familiar, e pouca importância da transmissão vertical. Entretanto, também sugere que esses vírus não tenham sido ainda introduzidos efetivamente em algumas das etnias estudadas.
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Atendendo a notificação de encontro, por habitantes da Fazenda Paraíso, área rural do Município de Paulínia, Estado de São Paulo, de um exemplar alado de triatomíneo, procedeu-se a uma investigação epidemiológica em que capturaram-se 109 exemplares de Triatoma infestans em focos situados em construções peridomiciliares. As condições locais favoreciam a colonização por triatomíneos: grande número de construções peridomiciliares abandonadas, habitadas por pombos e pardais, fornecedores de farto alimento para os hemípteros. Eliminaram-se os focos por meio de controle mecânico dos ninhos dos pássaros. Borrifaram-se, com inseticida de ação residual, todas as unidades domiciliares da região. Desde que persistam as condições para a instalação de focos de triatomíneos nessa localidade, é obrigatória a implementação de ações de vigilância. Entretanto, os indicadores entomológicos e sorológicos sugerem não ser preocupante a situação atual. Destaca-se aqui a importância da notificação triatomínica para a detecção de focos de triatomíneos, particularmente os de Triatoma infestans.
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Amostras de fezes de 140 cães adultos da Grande São Paulo (Estado de São Paulo, Brasil) foram examinadas com a finalidade de procurar oocistos de Cyclospora sp.. Nenhuma infecção por esse coccídeo ficou detectada.
Resumo:
As atividades de vigilância sorológica da peste nos focos do Estado do Ceará detectaram elevação do número de animais indicadores/sentinela com anticorpos antipestosos a partir de 1995, com pico em 1997 evidenciando aumento da circulação do bacilo pestoso em todos os focos investigados. De um total de 110.725 amostras de soro obtidas de roedores (7.873) e carnívoros domésticos (102.852) analisadas pela técnica de hemaglutinação (HA) para detecção de anticorpos contra o antígeno F1 da Yersinia pestis, 905 revelaram-se positivas, sendo 15 de roedores (4 Rattus rattus e 11 Galea spp), 720 de cães e 170 de gatos. Dos 652 casos humanos suspeitos e contatos investigados apenas dois foram positivos pela HA e um terceiro paciente foi positivo por hemocultura. A cepa isolada revelou-se altamente patogênica para animais de laboratório e mostrou sensibilidade aos antimicrobianos usados no tratamento dos doentes.
Resumo:
O estado nutricional de 290 crianças, desde o nascimento até a idade de uns seis anos, da população Yanomami do Médio Rio Negro, Amazonas, foi observado em 1998 e 1999. Essa população tem um modo de viver tradicional e dispõe de um largo espaço para as atividades de caça e de colheita. O índice peso/altura foi comparado aos valores de referência do National Center for Health Statistics. Todas essas crianças são de pequena morfologia. Uma desnutrição (índice <= -2 SD) foi observada em 20 delas, ou seja 7%, cinco apresentando uma forma grave (<= -3 SD). A importância dos contatos exteriores não parece influenciar significativamente nas diferenças que existem entre as comunidades. Esses dados descrevem uma situação sem penúria de alimentação. Os casos de desnutrição parecem ser o resultado conjunto de infecções e de uma situação particular de rejeição do grupo.
Resumo:
O estudo utilizou parâmetros ambientais associados aos coeficientes padronizados de leishmaniose tegumentar americana (LTA), no período de 1986 a 1995. Nos 140 municípios com transmissão da doença a pesquisa entomológica realizada mostrou que as espécies mais freqüentes capturadas no ambiente domiciliar, foram Lutzomyia intermedia em 87,1% dos municípios, 53,6% L. whitmani, 49,7% L. migonei, 28,5% L. pessoai e 53,6% L. fischeri. Verificou-se que as variáveis tipos de relevo e de cobertura vegetal natural influíram, significativamente (p < 0,001), nas médias dos coeficientes padronizados de incidência média acumulada da LTA no estado. A análise de regressão linear múltipla mostrou que a incidência da doença esteve associada, significativamente (p = 0,029), à presença de L. migonei nos municípios situados na região geomorfológica do Planalto Atlântico (p = 0,005) e, naqueles cuja cobertura vegetal predominante foi Tipo V - mata (p = 0,000). Esta análise resgata a discussão sobre o papel vetorial de L. migonei no Estado de São Paulo.