616 resultados para Insuficiência cardíaca Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: Ausncia de estudos na literatura validando equaes preditivas da frequncia cardíaca mxima (FCmx) em crianas e adolescentes. OBJETIVO: Analisar a validade das equaes preditivas da FCmx "220 - idade" e "208 - (0,7 x idade)" em meninos com idades entre 10 e 16 anos. MTODOS: Um teste progressivo de esforo mximo foi realizado em 69 meninos com idades entre 10 e 16 anos, aparentemente saudveis e ativos. A velocidade inicial do teste foi de 9 km/h com incrementos de 1 km/h a cada trs minutos. O teste foi mantido at a exausto voluntria, considerando-se como FCmx a maior frequncia cardíaca atingida durante o teste. A FCmx medida foi comparada com os valores preditos pelas equaes "220 - idade" e "208 - (0,7 x idade)" atravs da ANOVA, medidas repetidas. Resultados: Os valores mdios da FCmx (bpm) foram: 200,2 8,0 (medida), 207,4 1,5 ("220 - idade") e 199,2 1,1 ("208 - (0,7 x idade)"). A FCmx predita pela equao "220 - idade" foi significantemente maior (p < 0,001) que a FCmx medida e que a FCmx predita pela equao ("208 - (0,7 x idade)"). A correlao entre a FCmx medida e a idade no foi estatisticamente significativa (r = 0,096; p > 0,05). CONCLUSO: A equao "220 - idade" superestimou a FCmx medida e no se mostrou vlida para essa populao. A equao "208 - (0,7 x idade)" se mostrou vlida apresentando resultados bastante prximos da FCmx medida. Estudos futuros estudos com amostras maiores podero comprovar se a FCmx no depende da idade para essa populao, situao em que o valor constante de 200 bpm seria mais apropriado para a FCmx.
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FUNDAMENTO: Anestesia para cirurgia cardíaca peditrica sistematicamente realizada em pacientes graves sob condies fisiolgicas anormais. No intraoperatrio, existem variaes significativas da volemia, temperatura corporal, composio plasmtica e fluxo sanguneo tecidual, alm de ativao da inflamao, com consequncias importantes. Medidas seriadas da glicemia podem indicar estados de exacerbao da resposta neuroendocrinometablica ao trauma servindo como marcadores prognstico de morbidade nessa populao. OBJETIVO: Correlacionar os nveis de glicemia do perodo perioperatrio de crianas submetidas a cirurgia cardíaca com a ocorrncia de complicaes no ps-operatrio e comparar os nveis intraoperatrios de glicemia de acordo com as condies perioperatrias. MTODOS: Informaes referentes ao procedimento anestsico-cirrgico e condies perioperatrias dos pacientes foram coletadas em pronturio. Comparaes das mdias dos valores perioperatrios da glicemia nos grupos de pacientes que apresentaram, ou no, complicaes ps-operatrias e as frequncias referentes s condies perioperatrias foram estabelecidas conforme clculo da razo de chances e em anlises univariveis no paramtricas. RESULTADOS: Valores mais elevados de glicemia intraoperatria foram observados nos indivduos que apresentaram complicaes ps-operatrias. Prematuridade, faixa etria, tipo de anestesia e carter do procedimento no apresentaram influncia na mdia glicmica do intraoperatrio. O emprego de Circulao Extracorprea (CEC) esteve associado a maiores valores de glicemia durante a cirurgia. Nos procedimentos com CEC, maiores nveis glicmicos foram observados nos indivduos que evoluram com infeco e complicaes cardiovasculares, nas cirurgias sem CEC essa mesma associao ocorreu com complicaes infecciosas e hematolgicas. CONCLUSO: Nveis intraoperatrios mais elevados de glicemia esto associados com maior morbidade no ps-operatrio de cirurgia cardíaca peditrica.
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FUNDAMENTO: Diversos mtodos tm sido utilizados para avaliar a modulao vagal cardíaca; entretanto, h lacunas quanto a associao e acurcia desses mtodos. OBJETIVO: Investigar a associao entre trs mtodos vlidos, reprodutveis e comumente utilizados para avaliao da modulao vagal cardíaca, e comparar as suas acurcias. MTODOS: Trinta homens saudveis (23 4 anos) e 15 homens com coronariopatia (61 10 anos) foram avaliados em ordem contrabalanceada pela Variabilidade da Frequncia Cardíaca (VFC; variveis: domnio do tempo = pNN50, DPNN e RMSSD, domnio da frequncia = AF ms e AF u.n.), Arritmia Sinusal Respiratria (ASR) e Teste de Exerccio de 4 segundos (T4s). RESULTADOS: Indivduos saudveis apresentaram maior modulao vagal nos trs mtodos (p < 0,05). No grupo saudvel houve correlao (p < 0,05) entre os resultados da VFC (pNN50 e DPNN) e da ASR, mas no houve correlao entre o T4s e os outros dois mtodos estudados. No grupo com coronariopatia houve correlao entre os resultados da VFC (pNN50, DPNN, RMSSD, AF ms e AF u.n.) e da ASR. Em adio, houve correlao entre o T4s e a ASR. Por fim, os mtodos ASR e T4s apresentaram tamanho do efeito mais preciso e melhor acurcia (p < 0,05) comparados VFC. CONCLUSO: A VFC e a ASR geraram resultados parcialmente redundantes em indivduos saudveis e em pacientes com coronariopatia, enquanto o T4s gerou resultados complementares a VFC e ASR em indivduos saudveis. Alm disso, os mtodos ASR e T4s foram mais precisos para discriminar a modulao vagal cardíaca entre indivduos saudveis e pacientes com coronariopatia comparados VFC.
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FUNDAMENTO: A hipertrofia ventricular esquerda potente preditor de mortalidade em renais crnicos. Estudo prvio de nosso grupo mostrou que renais crnicos com menor escolaridade tm hipertrofia ventricular mais intensa. OBJETIVO: Ampliar estudo prvio e verificar se a hipertrofia ventricular esquerda pode justificar a associao entre escolaridade e mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodilise. MTODOS: Foram avaliados 113 pacientes entre janeiro de 2005 e maro de 2008 e seguidos at outubro de 2010. Foram traadas curvas de sobrevida comparando a mortalidade cardiovascular, e por todas as causas dos pacientes com escolaridade de at trs anos (mediana da escolaridade) e pacientes com escolaridade igual ou superior a quatro anos. Foram construdos modelos mltiplos de Cox ajustados para as variveis de confuso. RESULTADOS: Observou-se associao entre nvel de escolaridade e hipertrofia ventricular. A diferena estatstica de mortalidade de origem cardiovascular e por todas as causas entre os diferentes nveis de escolaridade ocorreu aos cinco anos e meio de seguimento. No modelo de Cox, a hipertrofia ventricular e a protena-C reativa associaram-se mortalidade por todas as causas e de origem cardiovascular. A etiologia da insuficiência renal associou-se mortalidade por todas as causas e a creatinina associou-se mortalidade de origem cardiovascular. A associao entre escolaridade e mortalidade perdeu significncia estatstica no modelo ajustado. CONCLUSO: Os resultados do presente trabalho confirmam estudo prvio e demonstram, ademais, que a maior mortalidade cardiovascular observada nos pacientes com menor escolaridade pde ser explicada por fatores de risco de ordem bioqumica e de morfologia cardíaca.
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FUNDAMENTO: A associao das funes autonmica cardíaca e ventricular sisto-diastlica variavelmente alteradas ainda controversa e pouco explorada na cardiopatia chagsica crnica. OBJETIVO: Avaliar em que extenso as funes autonmica cardíaca e mecnica ventricular esto alteradas e se ambas esto relacionadas na cardiopatia chagsica assintomtica. MTODOS: EM 13 cardiopatas chagsicos assintomticos e 15 indivduos normais (grupo controle), foram avaliadas e correlacionadas a modulao autonmica da variabilidade da frequncia cardíaca durante cinco minutos, nos domnios temporal e espectral, nas posies supina e ortosttica, e a funo ventricular com base em variveis morfofuncionais Doppler ecocardiogrficas. A anlise estatstica empregou o teste de Mann-Whitney e a correlao de Spearman. RESULTADOS: Em ambas as posies, os ndices temporais (p = 0,0004-0,01) e as reas espectrais total (p = 0,0007-0,005) e absoluta, de baixa e alta frequncias (p = 0,0001-0,002), mostraram-se menores no grupo chagsico. O balano vagossimptico mostrou-se semelhante em ambas as posturas (p = 0,43-0,89). As variveis ecocardiogrficas no diferiram entre os grupos (p = 0,13-0,82), exceto o dimetro sistlico final do ventrculo esquerdo que se mostrou maior (p = 0,04), correlacionando-se diretamente com os reduzidos ndices da modulao autonmica global (p = 0,01-0,04) e parassimptica (p = 0,002-0,01), nos pacientes chagsicos, em posio ortosttica. CONCLUSO: AS DEpresses simptica e parassimptica com balano preservado associaram-se apenas a um indicador de disfuno ventricular. Isso sugere que a disfuno autonmica cardíaca pode preceder e ser independentemente mais severa que a disfuno ventricular, no havendo associao causal entre ambos os distrbios na cardiopatia chagsica crnica.
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FUNDAMENTO: As doenas cardiovasculares possuem alta incidncia e prevalncia no Brasil, porm a participao na Reabilitao Cardíaca (RC) limitada e pouco investigada no pas. A Escala de Barreiras para Reabilitao Cardíaca (CRBS) foi desenvolvida para avaliar as barreiras participao e aderncia RC. OBJETIVO: Traduzir, adaptar culturalmente e validar psicometricamente a CRBS para a lngua portuguesa do Brasil. MTODOS: Duas tradues iniciais independentes foram realizadas. Aps a traduo reversa, ambas verses foram revisadas por um comit. A verso gerada foi testada em 173 pacientes com doena arterial coronariana (48 mulheres, idade mdia = 63 anos). Desses, 139 (80,3%) participantes de RC. A consistncia interna foi avaliada pelo alfa de Cronbach, a confiabilidade teste-reteste pelo coeficiente de correlao intraclasse (ICC) e a validade de construto por anlise fatorial. Testes-T foram utilizados para avaliar a validade de critrio entre participantes e no participantes de RC. Os resultados da aplicao em funo das caractersticas dos pacientes (gnero, idade, estado de sade e grau de escolaridade) foram avaliados. RESULTADOS: A verso em portugus da CRBS apresentou alfa de Cronbach de 0,88, ICC de 0,68 e revelou cinco fatores, cuja maioria apresentou-se internamente consistente e todos definidos pelos itens. O escore mdio para pacientes em RC foi 1,29 (desvio padro = 0,27) e para pacientes do ambulatrio 2,36 (desvio padro = 0,50) (p < 0,001). A validade de critrio foi apoiada tambm por diferenas significativas nos escores totais por sexo, idade e nvel educacional. CONCLUSO: A verso em portugus da CRBS apresenta validade e confiabilidade adequadas, apoiando sua utilizao em estudos futuros.
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FUNDAMENTO: O envolvimento cardaco comum em pacientes com Distrofia Miotnica (DM). A Variabilidade da Frequncia Cardíaca (VFC) uma tcnica simples e confivel que pode ser til para estudar a influncia do sistema nervoso autonmico sobre o corao. OBJETIVO: Estudar a variabilidade da frequncia cardíaca em pacientes com DM tipo 1. MTODOS: Estudamos a VFC durante registros de 5 minutos em pacientes com DM em um grupo controle saudvel. Analisamos os domnios da frequncia (BF e AF) em unidades normalizadas (un) e balano simptico-vagal, na posio sentada e em decbito dorsal. RESULTADOS: Dezessete pacientes (10 homens e 7 mulheres) e dezessete indivduos pareados saudveis (10 homens e 7 mulheres) foram estudados. As modulaes simptica e parassimptica do corao elevadas em pacientes do sexo masculino com DM da posio em decbito dorsal para a posio sentada em 19% da AFun e a razo BF/AF aumentaram 42,3%. Na posio sentada, os pacientes do sexo masculino com DM apresentaram balanos simptico-vagal significativamente mais elevados em 50,9% em comparao com indivduos controles saudveis. A VFC foi influenciada tanto pelo sexo quanto pela enfermidade apresentada. O sexo influenciou a AFun na posio em decbito dorsal, enquanto a razo BF/AF e AFun foi afetada em ambas as posies. Anlises post hoc mostraram que o sexo afeta significativamente pacientes com DM e indivduos saudveis de diferentes maneiras (p < 0,01). O domnio de baixa frequncia na posio sentada (AFun) foi significativamente influenciado pela enfermidade. CONCLUSO: Os resultados deste estudo sugerem que o estmulo simptico em pacientes de meia-idade do sexo masculino com DM que no est gravemente comprometido e apresenta durao moderada da doena parece ser maior do que em indivduos saudveis pareados.
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FUNDAMENTO: Testes invasivos e no invasivos tm sido usados para identificar risco para Taquicardia Ventricular (TV) em pacientes com Cardiopatia Chagsica Crnica (CCC). Ressonncia Magntica Cardíaca (RMC) pela tcnica do Realce Tardio (RT) pode ser til para selecionar pacientes com disfuno ventricular global ou segmentar, com alto grau de fibrose e maior risco para TV clnica. OBJETIVO: Melhorar a identificao de elementos preditivos de TV em pacientes com CCC. MTODO: Quarenta e um pacientes com CCC foram pesquisados, sendo 30 (72%) do sexo masculino, com mdia de idade de 55,1 11,9 anos. Vinte e seis pacientes apresentavam histrico de TV (grupo TV), e 15 no apresentavam TV (grupo NTV). Todos os pacientes includos tinham RT e disfuno segmentar ventricular. Volume, porcentagem de comprometimento da espessura da parede ventricular em cada segmento, e distribuio de RT foi determinado em cada caso. RESULTADOS: No houve diferena estatstica em termos de volume de RT entre os dois grupos: grupo TV = 30,0 16,2%; grupo NTV = 21,7 15,7%; p = 0,118. A probabilidade de TV foi maior se duas ou mais reas contguas de fibrose transmural estivessem presentes, sendo um fator preditor de TV clnica (RR 4,1; p = 0,04). A concordncia entre os observadores foi de 100% nesse critrio (p < 0,001). CONCLUSO: A identificao de dois ou mais segmentos de RT transmural por RMC est associado com a ocorrncia de TV clnica em pacientes com CCC. Portanto, a RMC melhora a estratificao de risco na populao estudada. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)
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FUNDAMENTO: O envelhecimento fisiolgico leva a uma disfuno autonmica cardíaca que est associada ao surgimento e ao agravamento de doenas cardiovasculares e a um maior risco de morte. Atualmente, o exerccio fsico apontado como uma estratgia cardioprotetora, sendo necessrios mais estudos do seu benefcio na funo autonmica cardíaca. OBJETIVO: Avaliar o controle autonmico da frequncia cardíaca em voluntrios jovens e de meia-idade com diferentes nveis de aptido aerbica. MTODOS: Participaram do estudo 68 voluntrios, estratificados quanto idade e ao nvel de aptido aerbica. Com base na aptido aerbica avaliada pelo teste de esforo submximo, os sujeitos foram separados em dois grupos, aptido boa e aptido deficiente. A avaliao do controle autonmico cardaco se deu a partir de medidas da variabilidade da frequncia cardíaca em repouso e a recuperao da frequncia cardíaca ps-esforo. Para comparao das variveis investigadas, utilizou-se a anlise de varincia bifatorial. RESULTADOS: A variabilidade da frequncia cardíaca significativamente menor nos voluntrios de meia-idade do que nos jovens, independentemente do nvel de aptido aerbica (p < 0,01). Melhores nveis de aptido aerbica nos voluntrios de meia-idade esto associados reentrada vagal ps-esforo mais precoce - taxa de declnio da FC aps 1min30s: 39,6% aptido aerbica boa vs. 28,4% deficiente (p < 0,01). CONCLUSO: Melhores nveis de aptido aerbica atuam beneficamente no controle autonmico da frequncia cardíaca ps-esforo, preservando a velocidade de reentrada vagal em voluntrios de meia-idade. No entanto, no atenua a reduo da variabilidade da frequncia cardíaca decorrente do processo natural de envelhecimento.
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FUNDAMENTO: O Transplante Cardaco (TC) uma alternativa para os indivduos com doena cardíaca terminal. Na evoluo ps-transplante, a ocorrncia de episdios de Rejeio Cardíaca (RC) evento frequente que aumenta a morbimortalidade, sendo necessrio o emprego de exame no invasivo com boa acurcia para seu diagnstico, pois a Bipsia Endomiocrdica (BEM) no um procedimento isento de complicaes. OBJETIVO: Comparar parmetros obtidos com o princpio Doppler, entre os pacientes transplantados com RC (TX1) e os pacientes transplantados sem rejeio (TX0); utilizando como referncia o Grupo Controle (GC) e observando o comportamento da funo sistodiastlica ventricular esquerda expressa por meio do ndice de Performance Miocrdica (IPM). MTODOS: Foram realizados ecocardiogramas transtorcicos no perodo de janeiro de 2006 a janeiro de 2008, para a avaliao prospectiva de 47 pacientes, subdivididos em GC (36,2%), TX0 (38,3%) e TX1 (25,5%), comparando-se o IPM entre eles. Para a anlise dos dados foram realizados os testes exato de Fisher e o no paramtrico de Kruskal-Wallis, ambos com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Os grupos no diferiram em relao a idade, peso, altura e superfcie corprea. Quando comparado ao GC, TX0 e TX1 apresentaram alterao da funo sistodiastlica ventricular esquerda, expressa como aumento do IPM, que foi mais intenso no TX1 [0,38 (0,29 - 0,44) X 0,47 (0,43 - 0,56) X 0,58 (0,52 - 0,74) p < 0,001]. CONCLUSO: O ecocardiograma mostrou-se como exame de boa acurcia na deteco das alteraes da funo sistodiastlica do corao transplantado; entretanto, no foi confivel como mtodo substituto da BEM para o diagnstico seguro de RC.