561 resultados para Dinâmica tumoral de câncer
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a mudança temporal do estádio clínico do câncer de mama ao diagnóstico em mulheres residentes em Goiânia entre 1989 e 2003. MÉTODOS: estudo retrospectivo, utilizando-se a base de dados do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia. As variáveis estudadas foram: idade, diagnóstico histológico, localização do tumor, tipo histológico e estádio clínico da doença. O período estudado foi dividido em três quinquênios: de 1989 a 1993, de 1994 a 1998 e de 1999 a 2003. Utilizou-se o teste Z para comparação das frequências da extensão ao diagnóstico por quinquênio. RESULTADOS: foram identificados 3.204 casos de câncer de mama. A média de idade foi de 56 anos (dp±16 anos). Quanto ao estádio da doença, evidenciou-se que 45,6% dos casos eram localizados na mama, com aumento de 19,2% entre o primeiro e o terceiro quinquênio (p<0,001; IC95%=0,14-0,23) e 10,2% de casos eram metastáticos, Entretanto, foi observada uma redução de 17,7% para os casos metastáticos no mesmo período (p<0,001; IC95%=0,14-0,21). A taxa de casos in situ entre 1989 e 1993 foi de 0,2%, aumentando para 6,2% em 1999-2003 (p<0,001; IC95%=4,9-7,4). CONCLUSÃO: observou-se um aumento dos casos de carcinoma in situ e de carcinomas invasores localizados somente na mama em detrimento de uma redução dos casos com metástases linfonodais e à distância.
Resumo:
OBJETIVO: identificar o padrão da atividade mioelétrica dos músculos da cintura escapular após linfadenectomia axilar no câncer de mama. MÉTODOS: estudo de coorte prospectivo incluindo todas as mulheres submetidas à linfadenectomia axilar para tratamento cirúrgico de câncer de mama, em um centro de referência de câncer de mama, entre os meses de Junho a Agosto de 2006. As mulheres foram avaliadas no pré-operatório e após 3 e 12 meses da cirurgia, por exame físico e eletromiográfico dos músculos serrátil anterior, trapézio superior e deltoide médio. RESULTADOS: a média de idade foi de 60,3 anos (DP±14,1) e a incidência da escápula alada ao exame físico foi de 64,9%. Por meio do exame eletromiográfico na avaliação de três meses, foi observada uma redução de 28,3 µV na diferença da atividade mioelétrica do músculo serrátil anterior. Na avaliação de 12 meses e entre três e 12 meses, houve acréscimo de 23,3 e 43,6 µV, respectivamente. Para o músculo trapézio superior, o incremento foi de 23,1 µV na avaliação do terceiro mês, 90,8 µV e 52,3 µV entre o terceiro e o 12º meses. A avaliação do músculo deltoide médio não apresentou diferenças significantes em comparação com o pré-operatório. CONCLUSÕES: considerando o comportamento dos músculos avaliados pela eletromiografia de superfície, na avaliação pós-operatória imediata houve um decréscimo da atividade mioelétrica do músculo serrátil anterior pela lesão do nervo torácico longo (neuropraxia). O aumento da raiz quadrada da média do sinal eletromiográfico do músculo trapézio superior, a partir da avaliação pré-operatória, sugere uma consequente compensação muscular do mesmo em relação ao déficit do músculo serrátil anterior.
Resumo:
OBJETIVO: comparar a expressão do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) em membranas ovulares com ruptura prematura (RPM) e com ruptura oportuna das mesmas; verificar a associação entre a expressão do TNF-α em membranas ovulares e o grau de corioamnionite das mesmas e correlacionar a expressão do TNF-α e o tempo de ruptura das membranas. MÉTODOS: foram analisadas as membranas ovulares de 31 parturientes com RPM, com idade gestacional acima de 34 semanas, e de 14 parturientes com ruptura oportuna das membranas, com idade gestacional igual ou maior de 37 semanas. A detecção da corioamnionite foi feita por meio de estudo histopatológico. A avaliação da expressão do TNF-α foi feita por meio de técnica imunoistoquímica, na qual foi empregado o método streptavidina-biotina-peroxidase (LSAB). RESULTADOS: o tempo médio de ruptura foi de 16,6 horas. A frequência da expressão de TNF-α, nos Grupos Controle e Estudo, não mostrou diferença significante (χ2=6,6; p=0,08). No Grupo Estudo, houve correlação entre o grau de corioamnionite e a intensidade da expressão de TNF-α (coeficiente de Spearman (Rs)=0,4; p=0,02). CONCLUSÕES: não houve diferença significante entre as expressões do TNF-α em membranas ovulares com ruptura prematura e com ruptura oportuna das mesmas; no Grupo Estudo, constatou-se associação significante entre a expressão do TNF-α e o grau de corioamnionite e não houve associação entre o tempo de ruptura e a intensidade da expressão do TNF-α.