647 resultados para Saúde pública Financiamento


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OBJETIVO: Analisar a associao entre relato de doenas crnicas com comportamentos de risco e auto-avaliao da saúde, segundo o gnero. MTODOS: Foram includos 39.821 participantes com idade >30 anos do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) realizado em 27 capitais brasileiras em 2006. A varivel dependente foi construda pelo relato de diagnstico mdico de diabetes, hipertenso e infarto e/ou acidente vascular cerebral. Os indivduos foram agrupados segundo ausncia de doena, uma doena crnica, e mais de uma. A associao dessa varivel com comportamento de risco (composto por: fumar, consumir carnes com gordura e leite integral, no realizar atividade fsica regular no lazer, no consumir frutas e hortalias regularmente e adicionar sal refeio pronta), auto-avaliao da saúde, indicadores de saúde e sociodemogrficos foi investigada por regresso logstica multinomial segundo o sexo, tendo como referncia a ausncia de doena. RESULTADOS: O relato de uma e mais de uma doena crnica foi maior entre homens e mulheres mais velhos e com menor escolaridade, com IMC>30kg/m, e que faziam dieta. Observou-se relao inversa entre nmero de comportamentos de risco e relato de duas ou mais doenas (OR=0,64; IC 95%: 0,54;0,76 entre homens) e (OR=0,86; IC 95%: 0,77;0,97 entre mulheres). Homens (OR=33,61; IC 95%: 15,70;71,93) e mulheres (OR=13,02; IC 95%: 6,86;24,73) que auto-avaliaram a saúde como ruim relataram mais doenas crnicas. No houve interao estatstica entre auto-avaliao da saúde e sexo. CONCLUSES: Associao inversa entre nmero de comportamentos de risco e relato de duas ou mais doenas crnicas sugere causalidade reversa e/ou maior sobrevivncia dos que se cuidam melhor. Homens parecem perceber sua saúde pior que as mulheres na presena de doena crnica, aps ajustamento por fatores de confuso.

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OBJETIVO: Inquritos populacionais constituem ferramenta fundamental para monitorar a cobertura de mamografia e os fatores associados sua realizao. Em inquritos baseados na populao residente em domiclios com telefone as estimativas tendem a ser superestimadas. O estudo teve por objetivo estimar a cobertura de mamografia com base em pesquisas de base populacional. MTODOS: A partir das coberturas por mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, com e sem telefone fixo, observadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) 2003, calcularam-se as razes entre elas e o respectivo coeficiente de variao. A razo de cobertura foi multiplicada pela cobertura estimada pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), permitindo estimar a cobertura entre mulheres sem telefone em 2007. Essas estimativas foram aplicadas populao de mulheres, com e sem telefone, obtidas a partir da PNAD 2006, obtendo-se assim as estimativas finais para as capitais. RESULTADOS: Em 2007, para o conjunto das capitais, estimou-se a cobertura de mamografia em aproximadamente 70%, variando de 41,2% em Porto Velho (RO) a 82,2% em Florianpolis (SC). Em 17 municpios a cobertura foi maior que 60%; em oito, de 50%-60%; e em dois, a cobertura foi inferior a 50%. Em termos absolutos, a diferena entre as coberturas do VIGITEL e as estimadas foi de 6,5% para o conjunto dos municpios, variando de 3,4% em So Paulo (SP) a 24,2% em Joo Pessoa (PB). CONCLUSES: As diferenas nas magnitudes das estimativas da cobertura de mamografia por inquritos populacionais so em grande parte reflexo dos desenhos dos estudos. No caso especfico da mamografia, seria mais apropriado estimar sua cobertura combinando dados do VIGITEL com aqueles de outros inquritos, que incluam informaes sobre mulheres com e sem telefone fixo, especialmente em municpios de baixa cobertura de telefonia fixa.

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OBJETIVO: Compreender os significados atribudos auto-avaliao da saúde do idoso. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, realizado com 17 idosos (> 70 anos) de ambos os sexos residentes em Bambu, MG, em 2008. Foi utilizada abordagem antropolgica baseada no modelo de signos, significados e aes que relaciona aes individuais, cdigos culturais e contexto macrossocial. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas centradas na auto-avaliao da saúde, descrio de saúde "boa" e saúde "ruim" e nos critrios utilizados pelos idosos na auto-avaliao da saúde. ANLISE DOS RESULTADOS: A idia organizadora dos relatos vincula a autoavaliao da saúde do idoso s lgicas "participar da vida" e "ancoragem vida". A primeira tem a autonomia como fio condutor, englobando as seguintes categorias: permanecer ativo dentro das capacidades funcionais instrumentais avanadas, ser dono da prpria vida (como oposio a ser dependente), ser capaz de resolver problemas e poder agir como desejar. A segunda lgica unifica as seguintes categorias: capacidade de interao, estar engajado em relaes significativas e poder contar com familiares, amigos ou vizinhos. CONCLUSES: A saúde entendida pelos idosos como ter autonomia no exerccio de competncias funcionais demandadas pela sociedade, tais como capacidade de responder s obrigaes familiares e capacidade de desempenhar papis sociais. Ao definir sua saúde como boa ou razovel, o idoso no se caracteriza como pessoa livre de doenas, mas como sujeito capaz de agir sobre o ambiente.

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OBJETIVO: Analisar o modelo de atuao de coordenadores de grupos de promoo da saúde em unidades bsicas de saúde vinculadas formao de profissionais. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado no municpio de Florianpolis, SC, em 2001. Foram analisados quatro grupos, totalizando 24 sesses em unidades bsicas de saúde. Procedeu-se observao participante para iniciar o trabalho de campo. Os relatos foram analisados por meio da tcnica de anlise do discurso do tipo enunciativo-pragmtico. ANLISE DOS RESULTADOS: As formas de atuao dos coordenadores congruentes ao modelo preventivista foram: opressiva, pedaggica bancria, biologicista e higienista, prescritiva de condutas e culpabilizadora, infantilizadora, redutora das problemticas coletivas, desfavorecedora do setting grupal, alm de utilizao de solilquio. As formas de atuao consonantes ao Modelo da Nova Promoo foram: facilitadora da livre expresso e autonomia, comunicadora emptica, construcionista, acolhedora, utilizou a escuta ativa, alm de promover a superao da violncia e alienao. CONCLUSES: Os coordenadores atuaram primordialmente por meio do modelo preventivista e sem utilizar recursos tcnicos e tericos alusivos metodologia grupal na rea da saúde. As atuaes identificadas nos modelos preventivista e a nova promoo da saúde desvelam caractersticas que se fundamentam, respectivamente, nas ticas da - opresso/subordinao e; - na cooperao/aceitao dos usurios como livres e responsveis por suas escolhas e conseqncias.

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OBJETIVO: Analisar a relao entre condies macroeconmicas e saúde no Brasil. MTODOS: Para analisar o impacto do emprego e a renda sobre a mortalidade, utilizou-se um painel de dados para o Brasil em nvel estadual para o perodo de 1981-2002. Como proxy para saúde, foram utilizadas as informaes sobre a taxa de mortalidade obtidas do Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM). Para as condies macroeconmicas, foram empregadas as variveis emprego e renda mdia e para os aspectos socioeconmicos, considerou-se a taxa de analfabetismo. Os efeitos das variveis foram estimados por modelos esttico e dinmico a fim de analisar duas hipteses: 1) a hiptese de Ruhm, que sugere que elevadas taxas de emprego e de renda esto associadas com maior taxa de mortalidade e 2) a hiptese de Brenner, que indica que elevadas taxas de emprego e de renda esto relacionadas a menores taxas de mortalidade. RESULTADOS: A relao entre a taxa de mortalidade (proxy utilizada para a saúde) com as condies macroeconmicas (mensurada por meio da taxa de emprego) se mostrou negativa. As estimativas indicaram que a taxa de mortalidade total foi maior nos perodos de recesso econmica, sugerindo que medida que as condies macroeconmicas melhoram, aumentando o nvel de emprego na economia, ocorreu uma queda na taxa de mortalidade. A estimativa para a relao entre a taxa de analfabetismo (proxy utilizada para o nvel educacional) e a taxa de mortalidade mostrou o papel que maiores nveis de escolaridade tm na melhora da saúde. CONCLUSES: Os resultados encontrados a partir do modelo esttico e dinmico para a relao entre a taxa de mortalidade e as condies macroeconmicas favorecem a aceitao da hiptese de Brenner, em que elevadas taxas de emprego esto relacionadas a menores taxas de mortalidade.

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OBJETIVO: Compreender concepes e experincias de gestores em relao avaliao qualitativa na ateno bsica em saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, fundamentado na vertente crtico-interpretativa, realizado em 2006 na cidade de Fortaleza, CE. A amostra terica foi composta pelo grupo responsvel pelo planejamento da ateno bsica em nvel estadual. Para a obteno do material emprico, utilizou-se a tcnica de grupo focal. ANLISE DOS RESULTADOS: Emergiram dois temas centrais: concepes de qualidade e dimenses da qualidade na prxis da avaliao em saúde, desdobrando-se em aspectos distintos. Os conceitos qualidade e avaliao qualitativa no se mostraram claramente demarcados, confundindo-se a avaliao qualitativa com a avaliao da qualidade formal. Do mesmo modo, no se reconhece a multidimensionalidade inerente qualidade. A despeito de se revelarem nos depoimentos crticas quantificao indevida de certas dimenses, no se observou clareza e domnio tcnico quanto abordagem a utilizar para abranger as distintas dimenses da qualidade em processos avaliativos. CONCLUSES: As concepes dos gestores responsveis pelo planejamento da ateno bsica, no espao estudado, revelam um importante distanciamento das premissas da avaliao qualitativa, sobretudo aquela orientada pelo enfoque de quarta gerao. Portanto, o modelo adotado por esses atores na avaliao da qualidade dos programas e servios no contempla sua multidimensionalidade.

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OBJETIVO: Estimar o risco de infeco tuberculosa em agentes comunitrios de saúde envolvidos no controle da doena. MTODOS: Foi seguida uma coorte prospectiva, de abril de 2007 a maio de 2008, no municpio de Cachoeiro de Itapemirim, ES. A coorte foi composta por 61 agentes comunitrios, divididos em no-expostos (n=37) e expostos (que acompanharam pacientes com tuberculose, n=24). Durante os 12 meses de seguimento, foi realizado teste tuberculnico, utilizando a tuberculina PPD RT23. Foi calculado o risco relativo e intervalo com 95% de confiana e foi avaliada a correlao entre a viragem tuberculnica e a histria ocupacional dos agentes por meio do coeficiente de correlao de Pearson. RESULTADOS: A incidncia da viragem foi de 41,7% no grupo dos expostos e 13,5% no grupo dos no expostos. O risco anual de infeco foi de 52,8% no grupo dos expostos e de 14,4% no grupo dos no expostos (p= 0,013). Observou-se associao entre viragem tuberculnica e exposio a paciente com tuberculose (RR= 3,08; IC 95%: 1,201;7,914). CONCLUSES: Os agentes que acompanharam pacientes com tuberculose em suas rotinas de servio apresentaram risco de infeco maior que aqueles que no acompanharam pacientes com essa doena. A implementao de medidas administrativas de biossegurana de rotina, entre as quais a prova tuberculnica, devem ser priorizadas, considerando o alto risco de infeco tuberculosa entre os agentes comunitrios de saúde.

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Sistematiza-se o conhecimento disponvel sobre o estgio atual de efetivao das principais polticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Embora a fluoretao da gua de abastecimento pblico no Brasil seja uma determinao legal, sua implantao tem sofrido marcantes desigualdades regionais. So apresentados dados sobre o grau de efetivao da medida e so revisados estudos que avaliaram seu impacto sobre a ampliao da desigualdade na experincia de crie dentria. A oferta de atendimento pblico odontolgico, ampliada consideravelmente aps a implantao do Sistema nico de Saúde, tambm discutida em relao proviso do servio e seu impacto sobre a reduo da desigualdade no acesso a tratamento dentrio. A discusso do efeito diferencial dessas medidas propiciou a proposio de estratgias focais (direcionar a fluoretao para as reas com maiores necessidades), visando a reduzir a desigualdade na experincia de crie no Pas.

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Estudo conduzido com o objetivo de contribuir para o planejamento e implementao de polticas de qualificao profissional no campo da saúde. Foram analisados 14 cursos de graduao da rea da saúde: biomedicina, cincias biolgicas, educao fsica, enfermagem, farmcia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinria, nutrio, odontologia, psicologia, servio social e terapia ocupacional, no perodo de 1991 a 2008. Dados sobre nmero de ingressantes, taxa de ocupao de vagas, distribuio de concluintes por habitante, gnero e renda familiar foram coletados a partir dos bancos do Ministrio da Educao. Para o curso de medicina, a relao foi de 40 candidatos por vaga nas instituies públicas contra 10 nas privadas. A maioria dos ingressantes era composta por mulheres. A regio Sudeste concentrou 57% dos concluintes, corroborando o desequilbrio de distribuio regional das oportunidades de formao de profissionais de saúde e indicando a necessidade de polticas de incentivo reduo dessas desigualdades.

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OBJETIVO: Avaliar as diferenas nos padres da produo cientfica brasileira publicada nas revistas que concentram a maior produo dos programas de ps-graduao brasileiros da rea de saúde coletiva. MTODOS: Com base na distino proposta por Kuhn entre cincia paradigmtica e no-paradigmtica, foi avaliada a publicao de artigos do trinio 2004-2006 nas principais revistas da rea da saúde coletiva, relacionada s respectivas subreas, e nmero de autores por artigo. Os dados foram coletados na base LILACS e classificados independentemente pelos autores nas subreas tradicionais da saúde coletiva. RESULTADOS: Artigos de mltipla autoria foram muito mais freqentes entre os classificados na subrea de epidemiologia, enquanto os de autoria nica foram mais freqentes nas reas de cincias sociais e humanas em saúde. Houve diferena na freqncia de publicao de artigos desses tipos em revistas diversas, sendo o total de artigos de epidemiologia superior soma dos totais das outras duas subreas. CONCLUSES: Os diferentes padres de autoria encontrados tm implicaes importantes para os processos avaliativos de programas e de pesquisadores, que no podem ser ignoradas, sob pena de ameaarem a manuteno a longo prazo do perfil multidisciplinar que tem caracterizado a saúde coletiva no Brasil ao longo de trs dcadas.

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Nos ltimos anos, o mtodo etnogrfico revelou-se como um adequado instrumento para as intervenes em saúde pública e na educao em saúde. No obstante, seu uso contradiz determinados modelos de interveno definidos como monolgicos, a exemplo das campanhas de meios de comunicao de massa e as filosofias do "ator racional". Foram analisadas criticamente algumas bases epistemolgicas desses modelos, como a unidimensionalidade na anlise dos processos de saúde/doena/atendimento, a unidirecionalidade comunicativa e a hierarquia. No seu lugar, prope-se um modelo dialgico baseado no mtodo etnogrfico e organizado a partir dos critrios de multidimensionalidade, bidirecionalidade e simetria. A etnografia permite melhorar a efetividade das intervenes ao fornecer uma base emprica para o desenho dos projetos e ao propiciar a participao social em saúde.

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OBJETIVO: Analisar diferenas quanto a caractersticas sociodemogrficas e relacionadas saúde entre indivduos com e sem linha telefnica residencial. MTODOS: Foram analisados os dados do Inqurito de Saúde (ISA-Capital) 2003, um estudo transversal realizado em So Paulo, SP, no mesmo ano. Os moradores que possuam linha telefnica residencial foram comparados com os que disseram no possuir linha telefnica, segundo as variveis sociodemogrficas, de estilo de vida, estado de saúde e utilizao de servios de saúde. Foram estimados os vcios associados no-cobertura por parte da populao sem telefone, verificando-se sua diminuio aps a utilizao de ajustes de ps-estratificao. RESULTADOS: Dos 1.878 entrevistados acima de 18 anos, 80,1% possua linha telefnica residencial. Na comparao entre os grupos, as principais diferenas sociodemogrficas entre indivduos que no possuam linha residencial foram: menor idade, maior proporo de indivduos de raa/cor negra e parda, menor proporo de entrevistados casada, maior proporo de desempregados e com menor escolaridade. Os moradores sem linha telefnica residencial realizavam menos exames de saúde, fumavam e bebiam mais. Ainda, esse grupo consumiu menos medicamentos, auto-avaliou-se em piores condies de saúde e usou mais o Sistema nico de Saúde. Ao se excluir da anlise a populao sem telefone, as estimativas de consultas odontolgicas, alcoolismo, consumo de medicamentos e utilizao do SUS para realizao de Papanicolaou foram as que tiveram maior vcio. Aps o ajuste de ps-estratificao, houve diminuio do vcio das estimativas para as variveis associadas posse de linha telefnica residencial. CONCLUSES: A excluso dos moradores sem linha telefnica uma das principais limitaes das pesquisas realizadas por esse meio. No entanto, a utilizao de tcnicas estatsticas de ajustes de ps-estratificao permite a diminuio dos vcios de no-cobertura.

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OBJETIVO: Compreender como enfermeiras da Estratgia Saúde da Famlia vivem a superposio de atribuies e construo da autonomia tcnica. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Pesquisa qualitativa realizada com 22 enfermeiras em Recife, PE, entre agosto de 2005 e novembro de 2006. A partir de avaliao da gerncia (acesso geogrfico, conflitos na equipe, entre equipe e distrito, entre equipe e comunidade e violncia pública na rea), em cada um dos seis distritos sanitrios foram selecionadas quatro equipes. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Os principais temas no roteiro referiram-se a expectativas e relevncia do trabalho, organizao e processo de trabalho e sentimentos sobre as prticas. Os resultados foram interpretados sob a perspectiva do burnout. ANLISE DOS RESULTADOS: Foi recorrente a opinio das enfermeiras sobre nmero excessivo de famlias, suporte organizacional insuficiente e presses advindas de demandas insatisfeitas dos usurios. A sobreposio de assistncia e administrao provocou sobrecarga, gerando ansiedade, impotncia, frustrao e sentimento de ser injustiada na diviso de tarefas na equipe. A dimenso clnica da prtica motivou insegurana de natureza tcnica e tica, alm de satisfao pelo poder e prestgio conquistados pela categoria profissional. A formao mdica especializada representou um obstculo para concretizar a interdependncia da autonomia e responsabilidade. Foram relatados estresse, insatisfao, adoecimento fsico e mental, reconhecimento da relevncia do trabalho e importncia do prprio desempenho e baixo envolvimento laboral. CONCLUSES: Diante da falta de expectativa de mudanas em curto prazo, a sobreposio de baixa realizao profissional e esgotamento provocam atitudes negativas, indicando a importncia da promoo da saúde para ampliar a possibilidade de interferncia e mudana nas condies de trabalho.