734 resultados para ENTOMOLOGIA FORENSE
Resumo:
A formiga Dinoponera lucida (Ponerinae), espécie endêmica da Mata Atlântica (Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais), está incluída na lista de espécies ameaçadas do Brasil. O presente estudo teve por objetivo conhecer aspectos da sua biologia, em particular do seu comportamento, visando subsidiar o plano de manejo permitindo a conservação da espécie. Foram estudadas cinco colônias coletadas no município de Belmonte, Bahia, através do método scan sampling. A divisão de trabalho entre as operárias parece depender da idade dos indivíduos (polietismo etário) e organiza-se em dois grupos principais: operárias que cuidam da prole e operárias forrageadoras. A análise da espermateca apontou a ocorrência de uma única "gamergate" (operária com os ovários desenvolvidos e a espermateca funcional, que acasala e põe ovos fertilizados) por colônia (monoginia). Interações agonísticas incluem comportamentos peculiares, tais como: encurvamento do gáster, boxe antenal, mordida de mandíbula e imobilização. Essas interações foram observadas no geral com uma freqüência baixa, mas se mostraram mais comuns numa colônia sem gamergate. Em colônias com uma gamergate, esta não participa de nenhuma interação agonística. O entendimento dos mecanismos de reprodução, assim como das relações interindividuais, é extremamente importante para futuras ações de manejo onde qualquer tentativa de manipulação de colônias visando reinstalação ou reabilitação de uma população passa por esse tipo de conhecimento prévio.
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Neste estudo investigamos a fauna de larvas de Chironomidae presente em depósitos submersos de matéria orgânica (folhiço) em um riacho de primeira ordem na região serrana (cerca de 1100 m) do Estado do Rio de Janeiro. A fauna de Chironomidae do folhiço submerso foi quantitativamente amostrada durante o outono, inverno, primavera e verão. A fragmentação do folhiço foi estimada e a presença de folhas, madeira, raízes e frutos foi investigada. Foram estudadas variações na composição da fauna e na estrutura do folhiço entre as estações do ano e levantadas hipóteses acerca de possíveis fatores que influenciariam os quironomídeos nestes depósitos de folhiço. As subfamílias Chironominae, Orthocladiinae e Tanypodinae foram encontradas e as participações de freqüência de cada subfamília e gênero calculadas em cada estação. Chironominae e Orthocladiinae foram identificados até o nível genérico, e 23 gêneros foram encontrados. Lauterborniella, Polypedilum e Tanytarsus foram os gêneros mais abundantes. Foi observada uma variação na estrutura do folhiço submerso entre as estações do ano, sendo provavelmente influenciada pelas interações entre fatores climáticos (principalmente precipitações) e o relevo e seus efeitos na bacia de drenagem. A fauna de Chironomidae também apresentou mudanças durante o período estudado, com grupos variando quanto à participação relativa e quanto à ocorrência entre as estações. Os efeitos do clima na vegetação e nas características físicas do riacho foram discutidos para elucidar suas influências nos depósitos de folhiço e na fauna de Chironomidae.
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Um estudo foi realizado sobre mosquitos adultos de abril 1995 a março 1996 na Mata Atlântica do município de Morretes, Paraná, Brasil. A investigação foi procedida com auxílio de duas armadilhas luminosas CDC-M instaladas em estratos verticais diferentes. Os mosquitos foram capturados mensalmente durante um ano, com início às 18 horas e término às 6 horas do dia seguinte, totalizando 144 horas de trabalho de campo. Obteve-se 1.408 exemplares de mosquitos (409 na copa e 999 próximo ao solo), pertencentes a 10 gêneros e 31 espécies. Anopheles cruzii e Culex ribeirensis foram predominantes e são objetos do presente estudo. Não foi observada diferença entre as armadilhas para Anopheles cruzii. Mas Culex ribeirensis foi coletado em maior número pela CDC-M/solo. Anopheles cruzii, quanto à freqüência horária, apresentou picos nas primeiras horas da noite, depois a sua atividade decresceu progressivamente até o crepúsculo matutino, sem apresentar um pico secundário. Em referência a distribuição mensal, Anopheles cruzii foi mais freqüente nos meses de abril e maio de 1995 e março de 1996. Não houve correlação do número de exemplares com a temperatura ou precipitações pluviométricas. Culex ribeirensis apresentou maior atividade de vôo de 22h às 4h, mas não houve picos significativos. Nas coletas obtidas por mês, Culex ribeirensis teve picos em dezembro e janeiro. Houve correlação do número de espécimes deste culicíneo com a temperatura e precipitações pluviométricas. Constituem os primeiros registros para o Estado do Paraná: Ochlerotatus rhyacophilus, Culex misionensis, Culex pedroi, Culex ribeirensis e Culex zeteki.
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Estudou-se a diversidade, a abundância relativa e a sazonalidade das espécies de flebotomíneos em duas reservas de floresta primária alterada, a reserva florestal do Sacavém (RFS) e reserva florestal do Itaqui (RFI), localizadas na área metropolitana de São Luís, capital do estado do Maranhão. Os flebotomíneos foram capturados com armadilhas luminosas tipo CDC, instaladas na borda e no centro da mata, a 1,5 metros de altura, das 18h00 às 6h00, uma vez por mês, durante um ano. No total foram capturados 1.356 indivíduos de 23 espécies dos gêneros Lutzomyia (21) e Brumptomyia (2). Na RFS foram capturados 1.061 espécimes, resultando num esforço de captura de 2,5 indivíduos/hora/armadilha e o predomínio de L. longipalpis (44,8%), seguida por L. antunesi (36,4%), L. sordelli (5,9%), L. flaviscutellata (3,9%) e L. whitmani (2,1%). O maior número de espécies (11) e indivíduos (60,1%) ocorreu na estação chuvosa. Na RFI foram obtidos 295 espécimes, o esforço de captura foi 0,2 indivíduos/hora/armadilha, com o predomínio de L. flaviscutellata (58,6%), L. sordelli (14,6%), L. longipalpis (7,1%), L. evandroi (6,4%), L. longipennis (3%), L. trinidadensis (2,7%) e L. whitmani (1,7%). As espécies foram mais numerosas na estiagem (11) e os espécimes durante a estação chuvosa (54,6%).
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Este estudo teve por objetivo avaliar métodos de amostragem, abundância sazonal e diversidade da população de Hemerobiidae associada a cultivo de café Coffea arabica L. cv. Obatã em Cravinhos, São Paulo, Brasil. Para tanto foram realizadas amostragens semanais no período de maio de 2005 a abril de 2006. Os métodos de amostragem utilizados foram: rede de varredura e armadilhas de Möericke e luminosa. Foram coletados 491 exemplares de Hemerobiidae pertencentes a quatro gêneros: Nusalala (231 espécimes / 47,2% do total de hemerobiídeos coletados), Megalomus (110 / 22,5%), Hemerobius (104 / 21,3%) e Sympherobius (44 / 9%). A rede de varredura foi a mais eficiente para a captura de Hemerobiidae e a armadilha de Möericke foi o método de amostragem que apresentou os maiores valores de diversidade (H'= 0,56) e de equitabilidade (J= 0,93). Os hemerobiídeos estiveram presentes na área estudada durante o ano todo; as maiores freqüências foram registradas entre agosto e março (final do inverno, primavera e verão) e o maior pico populacional ocorreu em janeiro (na metade do verão). Megalomus apresentou correlação positiva e significativa (p< 0,05) com a precipitação pluviométrica e as temperaturas máxima e mínima; Nusalala com as temperaturas máxima e mínima e, Sympherobius apenas com a temperatura máxima.
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Avaliar o potencial de crescimento de Lysiphlebus testaceipes (Cresson) é importante para seu uso em programas de controle biológico de pulgões. Este trabalho teve como objetivo determinar a tabela de vida de fertilidade de L. testaceipes em Rhopalosiphum maidis (Fitch) e Aphis gossypii Glover. Na avaliação da mortalidade de imaturos, do desenvolvimento e da razão sexual foram utilizadas 12 fêmeas do parasitóide e 480 ninfas de cada pulgão testado. Na avaliação da longevidade e da fertilidade foram utilizadas 15 fêmeas do parasitóide e uma colônia por dia de cada pulgão, até a morte da fêmea do parasitóide, sendo 300 (1º dia); 250 (2º dia); 200 (3º dia); 150 (4º dia); 100 (5º dia) e 50 ninfas nos demais dias. L. testaceipes apresentou taxas de mortalidade de imaturos de 5,6% em R. maidis e de 9,2% em A. gossypii, desenvolvimento de 10,2 e 10,1 dias e razão sexual de 0,71 e 0,66, respectivamente. L. testaceipes apresentou fecundidade de 498,2 ovos em R. maidis e de 327,8 ovos em A. gossypii. Os parâmetros de crescimento de L. testaceipes em R. maidis e A. gossypii foram, respectivamente, R O= 205,38 e 164,08 fêmeas; r m= 0,449 e 0,431 fêmeas/fêmeas/dia; lambda = 1,57 e 1,54 fêmeas/dia; T= 11,86 e 11,83 dias e TD= 10,78 e 11,27 dias. L. testaceipes apresenta alto potencial de crescimento em R. maidis e A. gossypii. R. maidis mostrou ser hospedeiro adequado aos propósitos de criação massal e utilização em sistema de criação aberta para L. testaceipes.
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Studies in the laboratory tested the suitability of synthetic wool string, cotton string, cheesecloth, and commercial cotton ball as artificial oviposition substrates for the small green stink bug, Piezodorus guildinii (Westwood) (Heteroptera, Pentatomidae). In confined cages, 54% of total egg masses was laid on synthetic wool string, 31% on cotton string, and only 15% on cheesecloth. In an additional test, the best substrate selected, synthetic wool string, received 92% of egg masses compared to 8% on the commonly used substrate, cotton ball. Synthetic wool string received the most egg masses of any size, in particular those in the range 11-20 eggs/mass. Because the eggs of P. guildinii are laid in two parallel double rows, the egg masses fit the wool string perfectly.
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Anastrepha parishi Stone, 1942 was reared in fruits of Oenocarpus bacaba Martius, 1823 (Arecaceae) collected in Pracuúba, State of Amapá. This is the first record of an Anastrepha species in a native species of Arecaceae.
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As espécies de Ceroplastinae (Hemiptera, Coccoidea, Coccidae) que ocorrem no Estado de São Paulo são revisadas. São estudadas 36 espécies de Ceroplastinae, das quais 9 são sinonimizadas, 8 espécies novas são descritas e 19 são redescritas. Ceroplastes campinensis Hempel, 1901, C. bicolor Hempel, 1901, C. excaericae Hempel, 1912 e C. farmairii (Signoret, 1866), mencionadas para o Estado de São Paulo, não foram examinadas, devido a não localização do material tipo ou de outros exemplares. Nossos estudos indicaram que C. albolineatus Cockerell, 1894 e C. confluens Cockerell & Tinsley, 1898 foram erroneamente citadas por Hempel, 1900 para o estado de São Paulo. Coccus stellifer Westwood, 1871, atualmente Vinsonia stellifera (Westwood, 1871), é transferida para gênero Ceroplastes como Ceroplastes stellifer (Westwood, 1871) n. comb. C. flosculoides Matile-Ferrero, 1993 é registrada pela primeira vez para o país e C. cassiae (Chavannes, 1848), C. deodorensis Hempel, 1937, C. formosus Hempel, 1900 e C. quadratus Green, 1935 são registradas pela primeira vez no Estado de São Paulo. Ceroplastinae é agora representada por 31 espécies no Estado de São Paulo, todas incluídas no gênero Ceroplastes. Ilustrações e uma chave para espécies são incluídas. Novos sinônimos: C. formicarius Hempel = Ceroplastes communis Hempel, 1900 n. sin.; C. janeirensis Gray, 1828 = Ceroplastes psidii (Chavannes, 1848) n. sin. = C. simplex Hempel, 1900 n. sin.; C. cirripediformis Comstock, 1881 = C. cultus Hempel, 1900 n. sin. = C. cuneatus Hempel, 1900 n. sin. = C. rarus Hempel, 1900 n. sin e C. rotundus Hempel, 1900 n. sin.; C. lucidus Hempel, 1900 = C. novaesi Hempel, 1900 n. sin.; C. grandis Hempel, 1900 = C. rhizophorae Hempel, 1918 n. sin. Novas espécies descritas: C. acutus sp. nov.; C. bragai sp. nov.; C. coronatus sp. nov; C. glomeratus sp. nov; C. jordanensis sp. nov.; C. minimus sp. nov.; C. solanaceus sp. nov.; C. willinkae sp. nov. Espécies redescritas: C. agrestis Hempel, 1932; C. cassiae (Chavannes, 1848); C. cirripediformis; C. deodorensis Hempel, 1900; C. diospyros Hempel, 1928; C. floridensis Comstock, 1881; C. flosculoides Matile-Ferrero, 1993; C. formicarius Hempel, 1900; C. formosus Hempel, 1900; C. grandis Hempel, 1900; C. gregarius Hempel, 1932; C. iheringi Cockerell, 1895; C. janeirensis; C. lucidus; C. purpureus Hempel, 1900; C. quadratus Green, 1935; C. speciosus Hempel, 1900; C. stellifer e C. variegatus Hempel, 1900. São designados lectótipos e paralectótipos para C. agrestis, C. deodorensis, C. diospyros, C. formosus, C. purpureus, C. speciosus e C. variegatus e um neótipo para C. cassiae.
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It is presented a cladistic analysis of the Dicrepidiina aiming to test the monophyletism of the subtribe and to establish the relationships among the genera. The subtribe is composed by 36 genera and all of them, except Asebis, Lamononia, Neopsephus, Semiotopsis and Spilomorphus were included in the analysis. Fifty two species, especially the type-species of each genus were studied: Achrestus flavocinctus (Candèze, 1859), A. venustus Champion, 1895, Adiaphorus gracilis Schwarz, 1901, A. ponticerianus Candèze, 1859, Anoplischiopsis bivittatus Champion, 1895, Anoplischius bicarinatus Candèze, 1859, A. conicus Candèze, 1900, A. haematopus Candèze, 1859, A. pyronotus Candèze, 1859, Atractosomus flavescens (Germar, 1839), Blauta cribraria (Germar, 1844), Calopsephus apicalis (Schwarz, 1903), Catalamprus angustus (Fleutiaux, 1902), Crepidius flabellifer (Erichson, 1847), C. resectus Candèze, 1859, Cyathodera auripilosus Costa, 1968, C. lanugicollis (Candèze, 1859), C. longicornis Blanchard, 1843, Dayakus angularis Candèze, 1893, Dicrepidius ramicornis (Palisot de Beauvois, 1805), Dipropus brasilianus (Germar, 1824), D. factuellus Candèze, 1859, D. laticollis (Eschscholtz, 1829), D. pinguis (Candèze, 1859), D. schwarzi (Becker, 1961), Elius birmanicus Candèze, 1893, E. dilatatus Candèze, 1878, Heterocrepidius gilvellus Candèze, 1859, H. ventralis Guérin-Méneville, 1838, Lampropsephus cyaneus (Candèze, 1878), Loboederus appendiculatus (Perty, 1830), Olophoeus gibbus Candèze, 1859, Ovipalpus pubescens Solier, 1851, Pantolamprus ligneus Candèze, 1896, P. mirabilis Candèze, 1896, P. perpulcher Westwood, 1842, Paraloboderus glaber Golbach, 1990, Proloboderus crassipes Fleutiaux, 1912, Propsephus beniensis (Candèze, 1859), P. cavifrons (Erichson, 1843), Pseudolophoeus guineensis (Candèze, 1881), Rhinopsephus apicalis (Schwarz, 1903), Sephilus formosanus Schwarz, 1912, S. frontalis Candèze, 1878, Singhalenus gibbus Candèze, 1892, S. taprobanicus Candèze, 1859, Sphenomerus antennalis Candèze, 1859, S. brunneus Candèze, 1865, Spilus atractomorphus Candèze, 1859, S. nitidus Candèze, 1859, Stenocrepidius simonii Fleutiaux, 1891 and Trielasmus varians Blanchard, 1846. Chalcolepidius zonatus (Hemirhipini, Agrypninae), Ctenicera silvatica (Prosternini, Prosterninae), and species of the other subtribes of Ampedini (Elaterinae): Ampedus sanguineus (Ampedina), Melanotus spernendus (Melanotina) and Anchastus digittatus and Physorhinus xanthocephalus (Physorhinina) were used as outgroups. The results of the phylogenetic analysis demonstrated that Dicrepidiina, as formerly defined, does not form a monophyletic group. One genus, represented by Ovipalpus pubescens, was removed from the subtribe. The subtribe is characterized by presence of lamella under 2nd and 3rd tarsomeres of all legs. Also, it was revealed that the genera Achrestus, Anoplischius, Dipropus and Propsephus are not monophyletic. Due to the scarcity of information, all the studied species are redescribed and illustrated.
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The name "Cométites" Blanchard, 1845 (= Cometinae) is considered nomen oblitum, and "Distenitae" Thomson, 1861 (=Disteniinae), nomen protectum, under the provisions of the Article 23.9 of the ICZN. Disteniinae is hereafter used as a valid family-group name.
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É descrito o macho de Chlorotabanus leucochlorus Fairchild, 1961, espécie com registros para o norte do Brasil, Suriname, Venezuela e leste do Peru. Para o estudo foram utilizados sete machos provenientes de diferentes localidades do estado do Amazonas, Brasil. O material está depositado na Coleção de Invertebrados do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e na Coleção Zoológica Paulo Bührnheim (UFAM), ambas em Manaus, Brasil.
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Novas espécies são descritas e figuradas: Megacyllene (M.) nevermanni sp. nov. da Costa Rica (Limón); M. (M.) punensis sp. nov. do Peru (Puno); Neoclytus fraterculus sp. nov. da Venezuela (Guárico); N. zonatus da Guatemala (Alta Verapaz); N. vitellinus sp. nov. da Costa Rica (Guanacaste); Mecometopus erratus sp. nov. da Colômbia (Boyacá); M. latithorax sp. nov. do Panamá (Panamá).
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Este estudo descreve e analisa o comportamento dos visitantes florais de L. lurida em fragmentos de mata de tabuleiro. Esta espécie monóica floresceu de outubro a janeiro. As flores abriram-se entre 5h30 e 10h00 e a antese floral não ultrapassou um dia. Durante amostragens padronizadas foram coletadas 172 abelhas visitantes florais, pertencentes a 10 gêneros e 18 espécies. As maiores freqüências foram de Epicharis flava (42,3%), Xylocopa frontalis (16,3%) e Eufriesea surinamensis (11,6%), com atividade principalmente de 7h00 às 11h00. Abelhas Centridini, Euglossina e Xylocopini buscam néctar nas flores e foram considerados polinizadores efetivos. Megachile coleta pólen e também é potencial polinizador. Oxaea flavescens atuou como pilhador de néctar, perfurando o capuz da flor. Experimentos de polinização indicaram ausência de autopolinização espontânea e baixa taxa de frutificação (0,48%) sob condições naturais. Como observado para outras espécies zigomórficas de Lecythidaceae, a complexa morfologia floral restringe os visitantes a abelhas de grande porte ou abelhas robustas que conseguem entrar pelo capuz floral. Entretanto, Centridini foi principal grupo de polinizadores de L.lurida, o que difere dos polinizadores indicados em outros trabalhos sobre Lecythis e outros gêneros de Lecythidaceae na região amazônica.
Resumo:
Neste estudo é apresentada uma listagem atualizada com 335 espécies de borboletas Hesperiidae encontradas no Distrito Federal (Brasil central), incluindo dados da bibliografia, de várias coleções entomológicas e de coletas dos autores. Espécies de ocorrência apenas presumida não foram incluídas. Apresenta-se também uma lista suplementar com 32 espécies endêmicas do bioma Cerrado, das quais 27 foram encontradas no Distrito Federal.