647 resultados para Saúde pública Financiamento


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OBJETIVO: Descrever a percepo dos profissionais de equipes do Programa Saúde da Famlia sobre as configuraes familiares e a compreenso de famlia saudvel. MTODOS: Pesquisa de abordagem qualitativa, empregando tcnica de grupo focal com profissionais do Programa Saúde da Famlia do municpio de Campo Bom, RS, no perodo de junho a agosto de 2005. A amostra foi composta por 12 profissionais: mdicos, enfermeiras, tcnicas de enfermagem e agentes comunitrias de saúde. Os temas investigados no roteiro foram: significado da famlia, do papel da famlia; tipo de famlia mais comumente atendida pelos profissionais; significado de famlia saudvel; quais famlias oferecem maiores dificuldades para a ateno. O instrumental metodolgico utilizado foi a anlise de contedo. RESULTADOS: Observaram-se duas categorias principais: arranjos familiares, em que se constatou grande diversidade de arranjos; e famlia saudvel: em que o predomnio dos relatos est de acordo com uma viso multifacetada de compreenso de saúde, abrangendo aspectos polticos, sociais, econmicos e culturais. Os profissionais identificam e respeitam os diferentes arranjos familiares, e adaptam o tratamento ao modelo de famlia que se apresenta. CONCLUSES: Os achados mostram que os profissionais apresentam disposio para lidar com os mltiplos arranjos familiares presentes no seu cotidiano.

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OBJETIVO: Compreender o estigma voltado aos portadores de transtornos mentais na cultura de hospitais gerais enquanto fator limitante para a implantao de unidades psiquitricas em hospitais gerais no Brasil. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foi delineada uma pesquisa social, de natureza qualitativa. Adotou-se como estratgia a pesquisa-ao para a implantao de uma unidade psiquitrica em um hospital geral em Taubat, SP, 2005-2006. As evidncias foram obtidas por meio de entrevistas, observao participante e palestras sobre o projeto da unidade psiquitrica para o corpo clnico do hospital. RESULTADOS: O investimento do rgo gestor possibilitou que as concepes estigmatizantes presentes na cultura do hospital estudado (violncia, fraqueza moral e intratabilidade) fossem ressignificadas por meio de discusses clnicas e sanitrias, viabilizando a implantao da unidade psiquitrica. A anlise mostrou que essas concepes eram reatualizadas pelo contexto assistencial, no qual o acesso dos portadores de transtornos mentais era restrito. CONCLUSES: A postura assumida pelo rgo gestor, que decidiu pelo financiamento adequado da unidade psiquitrica e exerceu sua ascendncia sobre o hospital prestador, foi decisiva para o desfecho do caso. A principal dificuldade para a implantao das unidades psiquitricas no o estigma presente na cultura dos hospitais gerais, mas uma limitao de ordem estratgica: a falta de uma poltica afirmativa para essas unidades.

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Partindo de artigo publicado em 1971 sobre a aproximao entre sociologia e medicina, no Brasil e Reino Unido, foi realizada atualizao histrica, com o fim de refletir sobre novas conformaes do ensino e pesquisa das cincias sociais e humanas no campo da saúde em ambos os pases. A metodologia foi qualitativa, sendo a pesquisa desenvolvida com dados secundrios e as reflexes elaboradas a partir da imerso dos autores na realidade brasileira e britnica. Concluiu-se que houve ampliao da interface entre a sociologia e a saúde, embora existam dificuldades antigas e persistentes em relao estrutura e foco do sistema de saúde, poder na escola mdica e cultura estudantil.

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OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida relacionada saúde de adolescentes e sua associao com o excesso de peso. MTODOS: Estudo transversal com 467 adolescentes de 15 a 18 anos de idade de uma escola pública de Florianpolis, SC, e de seus respectivos pais, realizado em 2007. Sobrepeso e obesidade foram definidos pelo ndice de massa corporal. A combinao de sobrepeso e obesidade foi considerada como excesso de peso. A qualidade de vida relacionada saúde foi avaliada por meio do questionrio sobre qualidade de vida peditrica PedsQL 4.0, verses adolescente e pais. Anlises dos dados incluram estatstica descritiva e regresso logstica com estimao de razes de chances brutas e ajustadas. RESULTADOS: A taxa de resposta entre adolescentes foi de 99,4% e entre os pais 53,4%. As prevalncias de sobrepeso e obesidade foram de 12,2% e 3,6%, respectivamente. O grupo com excesso de peso obteve menores escores de qualidade de vida que o grupo sem excesso de peso, exceto para o domnio emocional nos adolescentes e na saúde psicossocial para os pais. Aps o ajuste, a chance de um adolescente com excesso de peso ter baixa qualidade de vida foi 3,54 vezes (IC 95% 1,94;6,47) maior que um adolescente sem excesso de peso. Adolescentes do sexo feminino apresentaram escores mais baixos de qualidade de vida. CONCLUSES: A qualidade de vida relacionada saúde foi significativamente mais baixa em adolescentes com excesso de peso. Medidas dirigidas ao controle de peso na populao adolescente e instrumentos de avaliao de qualidade de vida constituem-se importantes aliados para um melhor e mais completo entendimento deste importante problema de saúde pública.

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OBJETIVO: Avaliar as dificuldades de acesso para diagnstico da tuberculose nos servios de saúde no Brasil. MTODOS: Estudo realizado em 2007 com pacientes com tuberculose, atendidos na rede de ateno bsica nos municpios de Ribeiro Preto (SP), So Jos do Rio Preto (SP), Itabora (RJ), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA). Utilizou-se o instrumento "Primary Care Assessment Tool," adaptado para ateno tuberculose. O diagnstico de tuberculose nos servios foi avaliado por meio da anlise fatorial de correspondncia mltipla. RESULTADOS: O acesso ao diagnstico foi representado pelas dimenses "locomoo ao servio de saúde" e "servio de atendimento" no plano fatorial. Os pacientes dos municpios Ribeiro Preto e Itabora foram associados s condies mais favorveis dimenso "locomoo" e os de Campina Grande e Feira de Santana as menos favorveis. Ribeiro Preto apresentou condies mais favorveis para a dimenso "servio de atendimento" seguido dos municpios Itabora, Feira de Santana e Campina Grande. So Jos do Rio Preto apresentou condies menos favorveis que os outros municpios para as dimenses "locomoo" e "servio de atendimento". CONCLUSES: A anlise fatorial permitiu visualizar conjuntamente as caractersticas organizacionais dos servios de ateno tuberculose. A descentralizao das aes para o programa de saúde da famlia e ambulatrio parece no apresentar desempenho satisfatrio para o acesso ao diagnstico de tuberculose, pois a forma de organizao dos servios no foi fator determinante para garantia de acesso ao diagnstico precoce da doena.

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OBJETIVO: Caracterizar o perfil de indivduos que no obtiveram o procedimento de contracepo cirrgica e fatores associados. MTODOS: Estudo transversal realizado em Ribeiro Preto (SP), em 2004, com 230 indivduos que no obtiveram cirurgia de esterilizao no perodo de 1999 a 2004 pelo Sistema nico de Saúde. Foi aplicado um questionrio com informaes sociodemogrficas, uso de mtodos anticoncepcionais e aspectos da esterilizao e desejo de esterilizar-se no futuro. Foram comparadas as variveis sexo, idade, religio, renda per capita, estado marital e escolaridade do total dos que no obtiveram o procedimento com 297 indivduos esterilizados. RESULTADOS: Dos 230 entrevistados 21,3% eram homens e 78,7% mulheres. A maioria era casada, branca, catlica e tinha pelo menos quatro anos de estudo. A renda per capita mediana mensal foi R$ 140,00. Dos entrevistados, 23 (10%) tinham expectativa de fazer a cirurgia. Os restantes 207 foram classificados em dois grupos: 71% decidiram adiar cirurgia e 29% encontraram obstculos no acesso esterilizao. O segundo grupo foi associado a ser mulher, jovem e negra. Aps regresso logstica, ser negro foi o nico fator que se manteve associado no-obteno da esterilizao. Ao comparar com o grupo dos que obtiveram o procedimento, pertencer ao sexo feminino, ser de maior idade, ter como religio a evanglica e ser solteiro estiveram associados no obteno da esterilizao, enquanto maior renda e maior escolaridade favoreceram o acesso. CONCLUSES: Poucos indivduos estudados no tiveram acesso esterilizao, sobretudo por terem adiado esse procedimento e uma menor parcela teve obstculos institucionais. Os negros encontraram mais barreiras que os brancos.

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OBJETIVO:Avaliar mudanas em conhecimentos, atitudes e acesso/utilizao de servios odontolgicos decorrentes de um programa de promoo da saúde bucal com agentes comunitrios de saúde. MTODOS:Um projeto de capacitao combinando ensino-aprendizagem, apoio e superviso, foi desenvolvido entre os meses de julho de 2003 a agosto de 2004. As mudanas foram avaliadas por meio de entrevistas estruturadas em que participaram 36 agentes comunitrios de saúde e uma amostra de 91 mulheres e mes, representativa de donas de casa com 25 a 39 anos de idade, alfabetizadas e residentes em domiclios de trs a seis cmodos no municpio de Rio Grande da Serra (SP). Foram colhidos dados sobre conhecimentos de saúde-doena bucal, prticas e capacidades auto-referidas em relao ao auto-exame, higiene bucal, nmero de residentes e de escovas dentais individuais e coletivas em cada domiclio e acesso e uso de servios odontolgicos. Por meio do teste t de Student pareado, foram comparadas as mdias dos valores obtidos antes e depois do programa para cada um dos grupos estudados. As respostas foram analisadas adotando-se um nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Foram observadas diferenas estatisticamente significativas para questes relativas ao conhecimento de saúde bucal entre os agentes e entre as mulheres antes e depois da capacitao (p<0,05). Desequilbrio entre o nmero de escovas e de indivduos em cada famlia diminuiu. A freqncia da escovao e do uso do fio dental se elevou depois da atuao dos agentes. Os valores de auto-avaliao da higiene bucal aumentaram. Modificao nas prticas e capacidades auto-referidas mostrou significativa elevao da auto-confiana. O acesso ao servio foi mais fcil (p<0,000) e seu uso mais regular (p<0,000) entre mulheres. CONCLUSES: Houve mudanas positivas na percepo em relao a aspectos de saúde bucal, na auto-confiana e no acesso e uso de servios odontolgicos. Tais mudanas podem ser um importante indicativo do papel dos agentes comunitrios de saúde na promoo de saúde bucal.

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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos servios de saúde em comunidades cobertas pela Estratgia de Saúde da Famlia. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Saúde da Famlia, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de saúde. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de saúde e com autopercepo de saúde ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de saúde da famlia local. Em relao aos usurios de outros servios de saúde, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de saúde, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de saúde. CONCLUSES: A utilizao da unidade de saúde da famlia local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de saúde, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Saúde da Famlia tendem a melhorar progressivamente as condies de saúde da populao mais pobre, minimizando as desigualdades em saúde.

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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de servios de saúde entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Saúde da Famlia. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de saúde. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos servios foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde com Programa Saúde da Famlia. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Saúde da Famlia promover maior uso de servios das unidades bsicas de saúde pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.

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OBJETIVO: Analisar a evoluo do gasto do Ministrio da Saúde com medicamentos. MTODOS: O gasto total (agregado) do Ministrio da Saúde com medicamentos e de seus programas (desagregado) foram analisados para o perodo de 2002 a 2007. As aes que financiaram a aquisio de medicamentos foram obtidas no sistema Siga Brasil e classificadas segundo os programas de assistncia farmacutica. Os valores liquidados foram identificados para cada programa. Para 2006 e 2007, foram pesquisadas as aquisies de anti-retrovirais. Em relao aos medicamentos do Programa de Dispensao em Carter Excepcional, confrontaram-se os dados da ao oramentria com aqueles disponveis no Sistema nico de Saúde. Os valores obtidos foram deflacionados aplicando-se o ndice de Preos ao Consumidor Amplo. Foi efetuada anlise exploratria dos dados. RESULTADOS: O gasto em 2007 foi 3,2 vezes o de 2002 e a participao do gasto com medicamentos no gasto total aumentou de 5,4% em 2002 para 10,7% em 2007. O gasto com os medicamentos da ateno bsica teve aumento de 75% e com medicamentos dos programas estratgicos, de 124%. No caso dos anti-retrovirais o aumento foi de aproximadamente 6%, mas com aumento de 77% de 2005 a 2006, seguida de reduo de 29% de 2006 a 2007. O aumento mais expressivo do gasto foi observado com os medicamentos de dispensao em carter excepcional, 252% de 2003 a 2007. CONCLUSES: Houve aumento significativo do gasto com medicamentos entre 2002 e 2007, havendo maior participao nesse gasto dos anti-retrovirais e medicamentos de dispensao excepcional, os quais so constitudos por nmero expressivo de frmacos protegidos por patentes.

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OBJETIVO:Descrever formas de violncia externa e indireta que afetam a saúde mental de trabalhadores de programa de saúde da famlia, bem como as estratgias desenvolvidas pelos trabalhadores para viabilizar seu trabalho e se proteger psicologicamente. MTODOS: Estudo qualitativo do processo de trabalho no Programa Saúde da Famlia, realizado nos municpios de So Paulo, Ribeiro Preto e Embu (SP), em 2005. Foi utilizada a abordagem terica da psicodinmica do trabalho, que prope a criao de grupos de reflexo com os trabalhadores. Buscou-se identificar aspectos subjetivos do trabalho, situaes de sofrimento psquico e estratgias utilizadas pelos trabalhadores para lidar com o sofrimento e continuar a trabalhar. RESULTADOS: A organizao do trabalho no Programa exps os trabalhadores a: situaes de violncia, por vezes invisvel; sentimentos de impotncia frente s situaes de precariedade; no-reconhecimento dos esforos realizados; falta de fronteiras entre aspectos profissionais e pessoais; convvio intenso com situaes de violncia domstica e social; medo do risco de exposio; sensao de integridade moral e fsica ameaadas e temor de represlia. Foram observadas situaes de sofrimento psquico decorrente da violncia no trabalho, intensificados no Programa Saúde da Famlia pelo convvio cotidiano com situaes de violncia que geram medo e sentimento de vulnerabilidade. CONCLUSES: As repercusses psicolgicas geradas pela violncia no trabalho, nem sempre expressas sob a forma de transtornos psquicos, foram observadas em situaes de elevado sofrimento. Os trabalhadores desenvolvem estratgias para minimizar esse sofrimento, se protegem psiquicamente e continuam a trabalhar; buscam construir redes de solidariedade e de proteo com a populao visando diminuio da vulnerabilidade. Aprendem, na experincia acumulada, a detectar situaes de risco evitando aquelas que acreditam serem ameaadoras.

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OBJETIVO: Analisar as tendncias de insero no trabalho e composio de renda dos mdicos a partir das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domiclio (PNAD). MTODOS: Os microdados das PNAD de 1988, 1993, 1998 e 2003 foram analisados segundo parmetros demogrficos, sociais e ocupacionais. Na anlise exploratria foram consideradas as tendncias relacionadas com o emprego e renda dos mdicos. As associaes estatsticas foram avaliadas pelo teste qui-quadrado. RESULTADOS: Quanto ao perfil demogrfico observou-se uma tendncia de ampliao da presena de mulheres e de profissionais com mais de 55 anos, alm da preservao da alta proporo de brancos. Com relao ocupao e renda, observou-se um aumento do empresariamento mdico e a manuteno de elevados rendimentos, em termos relativos, especialmente para aqueles que mesclavam ocupaes de empregado e empregador. CONCLUSES: A possibilidade do exame de caractersticas individualizadas de ocupao e renda e dos mltiplos vnculos dos mdicos, disponveis nas PNAD, ainda que limitadas, contribui para o aprofundamento da compreenso dos padres e mudanas da insero dos mdicos brasileiros no mercado de trabalho no perodo ps-implementao do Sistema nico de Saúde.

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Com base na teorizao da ergologia e do processo de trabalho, este ensaio objetiva contribuir para a reflexo acerca do trabalho coletivo em saúde, destacando sua especificidade e as dificuldades de construo e gesto de coletivos de trabalho. Aborda o trabalho como atividade humana que compreende, dialeticamente, a aplicao de um protocolo prescrito e uma perspectiva singular e histrica. O trabalho em saúde envolve uma relao entre sujeitos que agem nas dramticas do uso de si e que fazem a gesto do seu prprio trabalho; influenciado pela histria das profisses de saúde e pelas determinaes macro-polticas. Conclui-se que essa complexidade do trabalho em saúde precisa ser considerada no processo de gesto de equipes/coletivos profissionais de modo a articular aes que possibilitem implementar um novo projeto de ateno saúde na perspectiva da integralidade.

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OBJETIVO: Analisar os mecanismos de microrregulao aplicados pelas operadoras de planos de saúde nas prticas de gesto da clnica e de qualificao assistencial em hospitais prestadores de servios. MTODOS: Estudo transversal realizado em inqurito de abrangncia nacional, cujo universo foi constitudo pelos hospitais prestadores de servios s operadoras de planos de saúde em 2006. Foi construda uma amostra de 83 unidades, estratificada segundo macrorregio do Brasil e tipo de hospital. Os dados foram obtidos por meio de aplicao de questionrio em entrevista aos dirigentes dos hospitais. RESULTADOS: A microrregulao que as operadoras de planos de saúde exercem sobre os hospitais em termos da qualificao da assistncia foi muito baixa ou quase nula. A atuao das operadoras foi majoritariamente destinada ao intenso controle da quantidade de servios utilizados pelos pacientes. Os hospitais que prestavam servios a operadoras de planos de saúde no constituam micro-sistemas de saúde paralelos ou suplementares ao Sistema nico de Saúde (SUS). Observou-se que os prestadores hospitalares privados eram majoritariamente vinculados ao SUS. Entretanto, no pertenciam rede alguma de prestadores privados, ainda que fossem objeto de forte regulao da utilizao de seus servios, exercida pelas operadoras de planos de saúde. A interveno das operadoras de planos de saúde enquanto gestoras de sistemas de cuidado foi incipiente ou quase ausente. Aproximadamente a metade dos hospitais declarou adotar diretrizes clnicas, enquanto apenas 25,4% afirmaram exercer a gesto da patologia e 30,5% mencionaram a gesto dos casos. CONCLUSES: As relaes contratuais entre hospitais e operadoras de planos de saúde se constituem em contratos meramente comerciais com pouca ou nenhuma incorporao de aspectos relativos qualidade da assistncia contratada, limitando-se, em geral, a aspectos como definio de valores, de prazos e procedimentos para pagamento.