566 resultados para Dionísio, Eduarda, 1946- - Personagens Mulheres
Resumo:
OBJETIVO: Comparar as caracterÃsticas metabólicas de mulheres jovens do sudeste brasileiro, obesas e não obesas com sÃndrome dos ovários policÃsticos (SOP). MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 218 mulheres de idade reprodutiva com diagnóstico de SOP - 90 mulheres não obesas (IMC entre 18,5 e 29,9 kg/m²) e 128 pacientes obesas (IMC >30 kg/m²), selecionadas no momento do diagnóstico. Foram comparadas as frequências de resistência insulÃnica (RI), intolerância à glicose (IG), sÃndrome metabólica (MetS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e os valores médios de colesterol total (CT), triglicérides (TG), lipoproteÃnas de alta (LDL) e baixa densidade (HDL), entre as pacientes obesas e não obesas com SOP. Foram comparadas também as caracterÃsticas clÃnicas e hormonais (hormônio folÃculo estimulante, luteinizante, prolactina, hormônio tireoestimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona e 17-hidroxiprogesterona) nos dois grupos. A análise estatÃstica foi realizada com o auxÃlio do software SAS 9.0. Para análise das variáveis com distribuição normal, utilizou-se o teste t de Student não pareado; na ausência desta caracterÃstica, o teste utilizado foi Mann-Whitney bicaudal. Para as variáveis qualitativas utilizou-se o teste Exato de Fisher. Em todas as análises, foi considerado o nÃvel de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: As frequências de RI, IG e MetS foram significativamente mais elevadas em pacientes com SOP obesas do que não obesas (66,7, 29,9 e 63% versus 24,7, 12,2 e 16.4%, respectivamente). As pacientes obesas apresentaram maiores nÃveis de CT e TG (189,8±35.8 mg/dL e 145.4±71.1 mg/dL, respectivamente) do que as não obesas (172,1±38.4 mg/dL e 99,3±54 mg/dL, respectivamente). Ambos os grupos apresentaram nÃveis médios de HDL abaixo de 50 mg/dL. CONCLUSÕES: Mulheres obesas jovens com SOP apresentam maior frequência de RI, IG e SM do que as não obesas. Todavia, a ocorrência dos distúrbios metabólicos é elevada também na pacientes não obesas, sugerindo que a presença da sÃndrome favoreça o desenvolvimento de comorbidades metabólicas, com potenciais repercussões a médio e longo prazos.
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RESUMO OBJETIVO: Investigar alterações no consumo dietético, bem como a influência das caracterÃsticas gerais, dos fatores sociodemográficos, clÃnicos e nutricionais, e do tratamento antineoplásico sobre as mudanças do consumo energético, em mulheres do sul do Brasil, antes e após a realização de terapia adjuvante para o câncer de mama. MÉTODOS: Ensaio clÃnico não randomizado, conduzido em hospital da rede pública de saúde, com 53 pacientes. Informações dietéticas foram coletadas com questionário de frequência alimentar. Para avaliar os fatores que influenciaram alterações longitudinais da ingestão energética, usou-se modelo de regressão linear de efeitos mistos. RESULTADOS: Houve aumento significativo no consumo diário de energia, de gorduras, cálcio, ferro, cobre, ácidos graxos poli-insaturados, ômega 6 e ômega 3, e uma diminuição significativa da vitamina B2. O modelo final de regressão mostrou aumento médio de 19,2 kcal/mês. As maiores associações com ingestão energética foram frutas e leguminosas, sendo que cada 100 g de consumo destas, resultou um acréscimo médio de 68,4 e 370,5 kcal, respectivamente. Mulheres com idade compreendida entre 51 e 60 anos consumiram 403,5 kcal menos do que aquelas com idade de 31 a 50 anos. CONCLUSÃO: Observou-se que houve aumento na ingestão energética durante o tratamento e que o aumento na ingestão de frutas e leguminosas foi associado com aumentos significativos na ingestão de energia.
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OBJETIVO: investigar a micronucleação (MN) em células esfoliadas do colo uterino de mulheres HIV+ observando as condições de imunidade aferidas pelos nÃveis de linfócitos CD4+ e da carga viral para o HIV (CV). MÉTODOS: foram obtidas coletas citológicas da junção escamocolunar de 23 pacientes HIV+ de Ambulatório de DST/AIDS. O grupo controle foi composto por mulheres assintomáticas do Ambulatório de Prevenção de Câncer Ginecológico do mesmo serviço. O material foi submetido a processamento citológico para leitura em microscopia de luz, com objetiva de imersão em 2.000 células por paciente. Para avaliação da condição imunitária das pacientes HIV+ investigamos os nÃveis de linfócitos CD4+ e CV. A análise estatÃstica dos resultados se fez com os testes do Χ2 e Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: vinte e três pacientes compuseram o grupo de mulheres HIV+ e 19 formaram o grupo controle. Em todas as pacientes HIV+ e em 84,2% do grupo controle detectamos MN. Dezessete pacientes HIV+ (73,9%) tiveram mais de 7 MN. No grupo controle tivemos apenas 1 caso (5,2%) com mais de 7 MN. Houve tendência na associação de maiores quantidades de MN em mulheres com baixos nÃveis de linfócitos CD4+ e maiores nÃveis de CV, sem caracterizar correlação estatÃstica. CONCLUSÕES: pacientes HIV+ em fase de AIDS têm maior ocorrência de MN que o grupo controle e, também, a frequência com que são detectados MN parece estar associada a piores condições clÃnicas da imunossupressão.
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OBJETIVO: conhecer a prevalência da clamÃdia e da gonorreia numa amostra de mulheres da cidade de Curitiba. MÉTODOS: estudo transversal com mulheres sexualmente ativas entre 16 e 23 anos, útero intacto, não gestantes, com até quatro parceiros sexuais, sem evidência de cervicite purulenta ou febre e que foram submetidas a exame pélvico e avaliadas pelo método PCR em amostra de urina para clamÃdia e gonorreia. Os critérios de exclusão foram: vacinação para o HPV, história de vacinação nos últimos 21 dias, citologia oncótica anterior anormal, história de verrugas genitais, esplenectomia, distúrbios imunológicos e uso de imunossupressores. Foi aplicada entrevista contendo dados sociodemográficos, gineco-obstétricos e de comportamento de risco para doença sexualmente transmissÃvel. Para a análise estatÃstica, utilizou-se o teste do c2 ou o teste exato de Fisher para avaliar a associação entre as variáveis. RESULTADOS: a prevalência da infecção por clamÃdia e gonorreia no grupo estudado foi de 10,7 e 1,5%, respectivamente, sendo a taxa de coinfecção de 0,9%. Não foi encontrada correlação entre as faixas de idade das voluntárias, a idade de inÃcio da atividade sexual, o número de parceiros sexuais e o número de novos parceiros sexuais nos últimos seis meses, com a presença de clamÃdia ou gonorreia. As mulheres que apresentavam corrimento ou ectrópio tiveram uma prevalência de infecção por clamÃdia duas vezes mais alta do que aquelas que não apresentavam esses sinais. CONCLUSÕES: os resultados foram similares aos estudos nacionais, utilizando PCR em amostra de urina para detecção de clamÃdia e gonorreia, com amostras de mulheres não gestantes nas mesmas faixas de idade e com os mesmos antecedentes. Por terem sido excluÃdas as voluntárias com mais de quatro parceiros sexuais e aquelas que apresentavam endocervicite purulenta, acredita-se que a prevalência da infecção pela clamÃdia e gonorreia poderia ter sido maior na população estudada.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto da prática de atividade fÃsica na qualidade de vida de mulheres de meia idade. MÉTODOS: Estudo de base populacional e corte transversal, que incluiu uma amostra estratificada de 370 mulheres de meia idade entre 40 a 65 anos, recrutadas a partir de uma população de 20.801 mulheres atendidas no perÃodo de um ano nas redes básicas de saúde, inseridas nos quatro distritos (Norte, Sul, Leste e Oeste) que compõem o sistema de saúde da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, de junho a setembro de 2011. O cálculo da amostra teve por base um nÃvel de confiança de 95%, com poder do teste de 80%, erro de estimativa de 5% e considerou-se a proporção de pacientes classificadas com qualidade de vida adequada (indicador >26) da amostra piloto. Os dados foram coletados enquanto as mulheres aguardavam na sala de espera para a consulta de rotina. Para avaliar a qualidade de vida geral, utilizou-se a versão abreviada do WHOQOL (WHOQOL-Bref-WHO Quality of Life - BREF), e sua relação com os sintomas do climatério foi avaliada por meio do Menopause Rating Scale (MRS). O nÃvel de atividade fÃsica foi avaliado pelo questionário International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta, semana usual. Para obter-se a classificação dos nÃveis de atividade fÃsica, utilizaram-se três categorias: sedentária, moderadamente ativa e muito ativa. A análise estatÃstica foi realizada utilizando o programa estatÃstico Minitab, versão 16. RESULTADOS: A média de idade das mulheres foi de 49,8 anos (±8.1), foram predominantemente caucasianas (72,7%), casadas (61,6%), não fumantes (93,5%) e com o Ensino Médio completo (47,8%). Considerando os domÃnios presentes no WHOQOL-Bref para avaliar qualidade de vida, os escores foram significativamente diferentes entre os grupos de mulheres sedentárias, moderadamente ativas e muito ativas (p<0,01). Em relação à atividade fÃsica e aos sintomas do climatério, foram observadas diferenças significativas para todos os domÃnios: psicológico (p<0,01), somático-vegetativo (p<0,01) e urogenital (p<0,01). CONCLUSÕES: A prática de atividade fÃsica melhora significativamente a qualidade de vida das mulheres de meia idade.
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OBJETIVO: Descrever as disfunções do trato urinário inferior e as caracterÃsticas demográficas e clÃnicas de mulheres com queixas urinárias, estimando a prevalência de diabetes melito e de alterações urodinâmicas nestas mulheres. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, com análise de 578 prontuários. As prevalências de diabetes melito e de cada diagnóstico urodinâmico nas pacientes com disfunções do trato urinário inferior foram estimadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Foram calculadas as razões de prevalência das alterações urodinâmicas segundo o diagnóstico de diabetes. RESULTADOS: Setenta e sete pacientes (13,3%) eram diabéticas e a maioria (96,1%) tinha diabetes tipo 2. O diagnóstico urodinâmico mais frequente nas pacientes diabéticas foi o de incontinência urinária de esforço (39%), seguido de hiperatividade do detrusor (23,4%). A prevalência de urodinâmica alterada foi associada à de diabetes melito (RP=1,31; IC95%=1,17-1,48). As alterações de contratilidade do detrusor (hiper ou hipoatividade) estiveram presentes em 42,8% das pacientes diabéticas e em 31,5% das não diabéticas. CONCLUSÕES: As mulheres diabéticas apresentaram maior prevalência de alterações urodinâmicas do que as não diabéticas. Não houve associação entre o diabetes e as alterações de contratilidade do detrusor (p=0,80).
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência de sÃndrome metabólica e dos seus critérios definidores em mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos do Sudeste brasileiro, estratificadas de acordo com o Ãndice de massa corpóreo e comparadas com controles ovulatórias. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 332 mulheres em idade reprodutiva, que foram divididas em dois grupo: Controle, constituÃdo por 186 mulheres com ciclos menstruais regulares, sintomas ovulatórios e sem diagnóstico de sÃndrome dos ovários policÃsticos ou outra anovulação crônica; e SÃndrome dos ovários policÃsticos, composto por 146 mulheres com o diagnóstico de sÃndrome dos ovários policÃsticos - Consenso de Rotterdam ASRM/ESHRE. Cada um destes grupos foi estratificado de acordo com o Ãndice de massa corpóreo (<25 ≥ 25 e < 30 e ≥ 30 kg/m²). Foram analisadas as frequências da sÃndrome metabólica e de seus critérios definidores, caracterÃsticas clÃnicas e hormonais (hormônio folÃculo estimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona). RESULTADOS: A frequência da sÃndrome metabólica foi seis vezes maior no Grupo SÃndrome dos ovários policÃsticos obesa em relação à s mulheres controles de mesmo Ãndice de massa corpóreo (Controle com 10,5 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 67,9%, p<0,01). Essa frequência foi duas vezes mais elevada entre as mulheres do Grupo SÃndrome dos ovários policÃsticos com Ãndice de massa corpóreo ≥ 25 e <30 kg/m² (Controle com 13,2 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 22,7%, p<0,01) e três vezes maior em portadoras de sÃndrome dos ovários policÃsticos com Ãndice de massa corpóreo < 25 kg/m² (Controle com 7,9 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 2,5%, p<0,01), em relação à s mulheres controles pareadas para o mesmo Ãndice de massa corpóreo. Independente do Ãndice de massa corpóreo, as mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos apresentaram maior frequência dos critérios definidores da sÃndrome metabólica. CONCLUSÃO: Mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos apresentam maior frequência de sÃndrome metabólica e de seus critérios definidores, independentemente do Ãndice de massa corpóreo. A hiperinsulinemia e o hiperandrogenismo são caracterÃsticas importantes na origem destas alterações em mulheres na terceira década de vida com sÃndrome dos ovários policÃsticos.
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OBJETIVO: Analisar a prevalência de resistência à insulina de acordo com diferentes medidas antropométricas e bioquÃmicas em mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos. MÉTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, 189 pacientes com sÃndrome dos ovários policÃsticos. O diagnóstico de resistência à insulina foi obtido utilizando-se insulinemia, HOMA-IR, QUICKI, Ãndice de sensibilidade à insulina e relação glicemia/insulina. Foram utilizados o Ãndice de massa corpórea e o lipid accumulation product. Para análise dos resultados, aplicou-se a estatÃstica descritiva, a ANOVA, o pós-teste de Tukey e a correlação de Pearson. RESULTADOS: As pacientes apresentaram média de idade de 24,9±5,2 e de Ãndice de massa corpórea de 31,8±7,6. O percentual de pacientes obesas foi de 57,14%. Dentre os métodos de investigação de resistência à insulina, o Ãndice de sensibilidade à insulina foi a técnica que mais detectou (56,4%) a presença de resistência à insulina nas mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos. Em 87% das pacientes obesas, detectou-se a resistência à insulina. A relação glicemia/insulinemia de jejum e o Ãndice de sensibilidade à insulina apresentaram correlação forte com o lipid accumulation product. CONCLUSÃO: A prevalência de resistência à insulina variou de acordo com o método utilizado e foi maior quanto maior o Ãndice de massa corpórea. O lipid accumulation product também está relacionado à resistência à insulina.
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OBJETIVO: Comparar a acurácia diagnóstica da histerossonografia (HSN) com a da ultrassonografia transvaginal convencional (USG) na avaliação da cavidade uterina de mulheres inférteis candidatas à s técnicas de reprodução assistida (TRA). MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal comparativo com 120 mulheres inférteis candidatas à TRA, acompanhadas no Centro de Reprodução Assistida (CRA) do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), BrasÃlia - DF, no perÃodo compreendido entre agosto de 2009 e novembro de 2010. A HSN foi realizada com infusão de soro fisiológico em sistema fechado. Comparou-se o achado da HSN com o resultado da USG prévia. A cavidade uterina foi considerada anormal quando se visualizava: endométrio com espessura superior à esperada para a fase do ciclo; pólipo endometrial; mioma submucoso e alteração do formato da cavidade do útero. A análise estatÃstica foi feita utilizando-se frequências absolutas, valores percentuais e o teste χ² com nÃvel de significância de 5%. RESULTADOS: Observamos que 92 (76,7%) mulheres inférteis, candidatas à TRA, apresentavam cavidade uterina normal pela HSN e em 28 (23,3%) foram detectadas as seguintes alterações: 15 pólipos (12,5%), nove alterações no formato da cavidade uterina (7,5%), 6 miomas submucosos (5%), 4 espessura endometrial anormal (3,3%) para a fase do ciclo menstrual e 2 septos uterinos (1,7%); 5 mulheres apresentavam mais de uma alteração (4,2%). Enquanto a USG observou alterações da cavidade uterina apenas em 5 (4,2%) mulheres, a HSN confirmou 4 das 5 alterações detectadas pela USG e detectou alterações na cavidade uterina em outras 24 mulheres que não tinham sido detectadas na USG, ou seja, a HSN foi capaz de detectar mais alterações na cavidade uterina do que a USG, com diferença significativa (p=0,002). CONCLUSÃO: A HSN tem maior acurácia que a USG na avaliação da cavidade uterina, neste grupo de mulheres inférteis candidatas à s TRA. A HSN poderá ser facilmente incorporada à propedêutica das candidatas à s TRA e contribuir para reduzir as falhas de implantação embrionária.
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OBJETIVO: Avaliar a importância do teste de tolerância à glicose oral (TTGO) no diagnóstico da intolerância à glicose (IG) e diabetes mellitus do tipo 2 (DM-2) em mulheres com SOP. MÉTODOS: Estudo retrospectivo em que foram incluÃdas 247 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma aleatória. O diagnóstico de IG foi obtido por meio do TTGO de duas horas com 75 gramas de glicose de acordo com os critérios do World Health Organization (WHO) (IG: glicemia plasmática aos 120 minutos >140 mg/dL e <200 mg/dL); e o de DM-2 tanto pelo TTGO (DM: glicemia plasmática aos 120 minutos >200 mg/dL) quanto pela glicemia de jejum segundo os critérios da American Diabetes Association (glicemia de jejum alterada: glicemia plasmática >100 e <126 mg/dL; DM: glicemia de jejum >126 mg/dL). Para comparar o TTGO com a glicemia de jejum foi aplicado o modelo de regressão logÃstica para medidas repetidas. Para a análise das caracterÃsticas clÃnicas e bioquÃmicas das pacientes com e sem IG e/ou DM-2 foi utilizada a ANOVA seguida do teste de Tukey. O valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: As pacientes com SOP apresentaram média etária de 24,8±6,3 e Ãndice de massa corpórea (IMC) entre 18,3 e 54,9 kg/m² (32,5±7,6). O percentual de pacientes obesas foi de 64%, de sobrepeso 18,6%, e peso saudável 17,4%. O TTGO identificou 14 casos de DM-2 (5,7%), enquanto a glicemia de jejum detectou somente três casos (1,2%), sendo que a frequência destes distúrbios foi maior com o aumento da idade e IMC. CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo demonstram a superioridade do TTGO em relação à glicemia de jejum em diagnosticar DM-2 em mulheres jovens com SOP e deve ser realizado neste grupo de pacientes.
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OBJETIVO: Construir um nomograma correlacionando a idade com diferentes valores dos percentis da contagem dos folÃculos antrais (CFA) em mulheres inférteis. MÉTODOS: Foi feito um estudo transversal de todas as pacientes atendidas, no centro de reprodução assistida Fêmina, no perÃodo de 1º de março de 2010 a 1º de outubro de 2011. As pacientes foram submetidas à ultrassonografia transvaginal do 2º ao 4º dias de seu ciclo menstrual. Foram incluÃdas as pacientes de 21 a 45 anos, com ciclos regulares, dois ovários Ãntegros, sem evidência de endocrinopatias e que assinaram o consentimento. Foram excluÃdas as tabagistas, portadoras de galactosemia, cistos ovarianos, com antecedente de hepatopatia, cirurgia ginecológico-ovariana e tratamento com quimioterapia ou radioterapia. Com o intuito de se verificar a correlação da CFA com a idade das pacientes, foram utilizados os percentis 5, 25, 50, 75 e 95. Com o uso dos percentis foi feita uma regressão linear que possibilitasse perceber o efeito da idade sobre a CFA. Foi utilizado como nÃvel de significância o valor de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Cento e setenta e duas pacientes foram incluÃdas no estudo e a média de idade foi de 32,7 anos. Dentre as causas de infertilidade, os fatores masculino e tubário foram as principais etiologias, contribuindo com 65% dos casos. O nomograma correlacionando a idade com os percentis 5, 25, 50, 75 e 95 da CFA foi melhor ajustado por uma função linear. Os percentis que apresentaram as correlações mais altas foram o P25 (r=-0,9; p<0,001), o P50 (r=-0,9; p<0,001) e o P75 (r=-0,9; p<0,001). CONCLUSÃO: Construiu-se um nomograma correlacionando a idade com os diferentes valores dos percentis da CFA em mulheres inférteis sem endocrinopatias. Esse apresentou um padrão linear de redução da CFA com a idade, em todos os percentis. Esse nomograma pode ser uma referência para o clÃnico; no entanto, uma validação futura, com dados longitudinais, ainda é necessária.
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OBJETIVO: Avaliar os fatores associados a algumas morbidades em mulheres brasileiras de 40 a 65 anos e com 11 anos ou mais de escolaridade. MÉTODOS: Análise secundária de estudo transversal de base populacional, empregando-se um questionário anônimo e autorrespondido por 377 mulheres. Foram avaliadas, com o uso deste instrumento, algumas morbidades (hipertensão, diabetes, insônia e depressão) e fatores sociodemográficos, comportamentais, clÃnicos e reprodutivos. A associação entre as morbidades e as variáveis independentes foi avaliada por meio do teste do Χ2. Realizou-se a regressão logÃstica múltipla com critério de seleção stepwise para selecionar os principais fatores associados a cada uma das morbidades. RESULTADOS: Na análise múltipla, a insônia esteve associada à autopercepção da saúde péssima/ruim (OR=2,3) e ao nervosismo (OR=5,1). O relato de depressão esteve associado à autopercepção da saúde péssima/ruim (OR=3,7) e ter lazer péssimo/ruim (OR=2,8). A hipertensão apresentou-se relacionada à obesidade (OR=3,1) e a estar na pós-menopausa (OR=2,6). Já diabetes, à idade acima de 50 anos (OR=3,9) e obesidade à (OR=12,5). CONCLUSÕES: A prevalência de morbidades foi alta e pior autopercepção da saúde e obesidade foram os principais fatores associados à presença de morbidades.
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OBJETIVO: Verificar se as mulheres com atipias de significado indeterminado e lesões precursoras ou invasivas do colo do útero foram encaminhadas para uma Unidade de Média Complexidade (UMC) conforme as condutas recomendadas pelo do Ministério da Saúde. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com base nos resultados dos exames citopatológicos de mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde, atendidas nas Unidades de Atenção Básica de Saúde (UABS), encaminhadas para a UMC do municÃpio de Goiânia (GO) no perÃodo de 2005 a 2006. Foram analisados 832 prontuários seguindo-se como padrão de avaliação as recomendações do Ministério da Saúde expostas na Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas ClÃnicas Preconizadas. Para verificar a distribuição das variáveis motivos de encaminhamento, resultados dos exames colposcópicos e histopatológicos, e condutas clÃnicas utilizou-se o cálculo de frequências absolutas e relativas, média, valores mÃnimo e máximo. RESULTADOS: Observou-se que 72,7% dos encaminhamentos não estavam em conformidade com as recomendações do MS. Das 605 mulheres com resultados classificados como células escamosas atÃpicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas, e lesão intraepitelial de baixo grau encaminhadas à UMC, 71,8% foram submetidas à colposcopia e 64,7% submetidas a exames histopatológicos cujos resultados foram classificados como sem neoplasias em 31,0% e NIC I em 44,6%. Das 211 mulheres com resultados classificados como lesões escamosas mais graves, 86,3% foram submetidas à colposcopia e destas 68,7% a exames histopatológicos. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo mostraram elevada frequência de encaminhamentos inadequados para Unidade de atendimento secundário, o que demandou alto percentual de procedimentos desnecessários. As recomendações do MS foram seguidas pelas Unidades secundárias e a maioria das mulheres recebeu orientação/tratamento preconizados.