589 resultados para infecções em leishmaniose visceral
Resumo:
Neste trabalho são descritas infecções naturais por Toxoplasma em um Macacca mulatta e em um Cebus apella, ambos tendo apresentado curto período de doença. Ambos se infectaram no cativeiro: o primeiro no biotério do laboratório, onde havia outros mamíferos com toxoplasmose experimental, e o segundo, na casa dos seus donos, em Jacarepaguá, on se habituara a comer carne crua como parte da alimentação. Nessa casa viviam outros platirrinos, entre os quais 2 Cebus libidinosus (um casal), os quais apresentaram Reação de Sabin-Feldman positiva (1:64), do mesmo modo que o tratador dos animais. Microscòpicamente, observaram-se nos 2 animais mortos de toxoplasmose espontânea lesões necróticas no fígado e baço, com a presença de toxoplasmas livres e intracelulares, isolados ou em associação, com maior ou menor número de indivíduos. No Cebus, no qual foi feita autópsia completa, foram observadas lesões e parasitos na suprarenal; e lesões moderadas no encéfalo, mas sem parasitos. É feita uma revisão das infecções naturais por Toxoplasma em primatas não humanos. Em mais de 60 anos de estudos do Txoplasma, foram descritas infecções naturais em apenas 31 exemplares de 18 espécies: 3 Prosimii, 10 Platyrrhinus e 5 Catharrhinus. A baixa freqüência da toxoplasmose no símios em geral é relacionada aos seus hábitos alimentares vegetarianos e insetífagos e à ecologia arborícola. A maior incidência nos platirrinos é relacionada à sua mais fácil domesticação e conseqüente mudança dos hábitos alimentares.
Resumo:
Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.
Resumo:
"A refratariedade das galinhas ao T. (S.) cruzi, ocorre desde o nascimento e não é eliminada pela bursectomia hormonal. Noventa e oito pintos de 1 a 15 dias de vida (normais ou tratados com testosterona) inoculados com o T. (S.) cruzi foram negativos. Deste modo, dificilmente a refratariedade poderia ser interpretada como decorrência de um "anticorpo natural", uma vez que a bursectomia provoca uma queda na produção de anticorpos e das gamaglobulinas. Em cerca de 50% de ovos embrionados (normais ou tratados com o hormônio) foram vistos flagelados do 4º ao 12º dia de inoculação, observando-se ninhos de amastigotos em alguns embriões. Os pintos nascidos dos mesmos grupos dos ovos examinados e positivos, foram sistematicamente negativos pelo exame do sangue. Um deles sacrificado horas depois de nascido, mostrou amastigotos no coração, mas esses parasitos pareciam degenerados. Provavelmente, se alguns chegam a evoluir para tripomastigotos, estes são destruídos á medida que as células hospedeiras se rompem, e assim jamais são encontrados no sangue circulante.
Resumo:
Foram estudados 17 indivíduos cujas idades variaram de 2 a 78 anos, procedentes da área endêmica de Jacarepaguá (RJ), com diagnóstico clínico, epidemiológico, imunológico e parasitológico de leishmaniose tegumentar americana. Todos foram tratados pelo antimoniato de N-metilglucamina na dose de 60 mg/kg/dia em três séries de 10 dias de duração, com 10 dias de intervalo entre cada série e submetidos à coleta e sangue venoso para a reação de imunofluorescência indireta (IF-IgG) antes, durante e após o medicamento. Estes 17 indivíduos foram reatores a intradermorreação de Montenegro (= 5 mm) e soro-reagentes (= 1:45) na IF-1gG, sendo que em 6 deles (31,7%) foi demonstrado ou isolado Leishmania braziliensis. A positividade da IF-IgG antes do tratamento foi de 76,4% (13 casos com título = 1:90). As médias geométricas das recíprocas dos títulos antes da primeira série do antimonial (89,9), durante o tratamento (63,6 a 29,3) e 10, 30 e 120 dias após medicação, mostraram uma graduação nitidamente decrescente (14,9;2,1 e 1,2), respectivamente. Todos tiveram suas lesões cicatrizadas ao final do tratamento sendo maior o número de cicatrizações após a 2°série. Somente 120 dias após a terapêutica, foram observados títulos abaixo de 1:45 na quase todalidade dos pacientes (16 casos - 94,1%) sugerindo que, na utilização da IF-IgG como controle de cura, faz-se necessário um acompanhamento sorológico de no mínimo 3 a 4 meses.
Resumo:
Num foco de leishmaniose tegumentar, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, foi encontrado um exemplar de Lutzomyia intermedia naturalmente infectado com Leishmania braziliensis.
Resumo:
Se describe un área semiárida del noroeste de Costa Rica en donde Lutzomyia longipalpis es abundante en los corrales alrededor de los domicilios. Las capturas mensuales durante dos anõs consecutivos sobre diversos cebos, mostraron que las hembras se alimentan ávidamente de vacuno, caballo, cerdo, perro y humano. De un de 14.215 ejemplares capturados el 90.5% eran machos y la abundancia de la especie fue mayor en los meses más secos, disminuyendo la población notablemente en la época lluviosa. Se discute la posibilidad de que las leishmaniasis visceral pueda establecerse en la zona en el futuro, em forma similar a como sucede en otros países centroamericanos, aunque la enfermedad es aún desconocida en Costa Rica.
Resumo:
There are areas in the periphery of Rio de Janeiro city where human cases of Visceral and/or Cutaneous Leishmaniasis occur. The parasites have been identified as Leishmania donovani and Leishmania braziliensis braziliensis respectively. A survey for Leishmaniasis was done among 1,342 dogs from those areas using an indirect immunofluorescent test. From the dogs, 616 came from areas where only human cases of Visceral Leishmaniasis occurred, 373 from an area where all human cases were of Cutaneous Leishmaniasis and 353 from a third area (Campo Grande) where both visceral and cutaneous human cases were detected. The prevalence of parasite antibody titers among dogs from areas of Cutaneous Leishmaniasis was significantly higher than that of Visceral Leishmaniasis (8.6% vs. 4.3%, p < 0.02). The highest prevalence was observed among dogs from the area where both diseases are present (12.7%).
Resumo:
Foram produzidos antígenos solúveis de P. brasiliensis, H. capsulatum e A. fumigatus e padronizados nas técnicas de imunodifusão dupla (IDD) e imunoeletroosmoforese (IEOF). A especificidade dos antígenos foi testada utilizando-se 96 soros de pacientes com paracoccidioidomicose, histoplasmose, aspergilose, candidíase sistêmica, esporotricose, tuberculose, neoplasia pulmonar, leishmaniose tegumentar e visceral e em 18 indivíduos sadios. Na IDD, a especificidade foi de 100% usando-se como critério de positividade linhas de precipitação com identidade total com soro de referência. Entretanto na IEOF, a especificidade variou de acordo com o antígeno testado, sendo observadas reações cruzadas com antígeno de P. brasiliensis frente a soros de pacientes com histoplasmose (16,7%) e leishmaniose tegumentar (10%) e com antígeno de H. capsulatum frente a soros de pacientes com paracoccidioidomicose (31,8%) e leishmaniose tegumentar (10%). Ambas as técnicas mostraram a mesma sensibilidade para o sorodiagnóstico de paracoccidioidomicose, histoplasmose e aspergilose, respectivamente 100%, 83,3% e 100%. A grande sensibilidade e especificidade da IDD observadas nos soros desses pacientes, aliadas à fácil reprodutibilidade e baixo custo, fazem esta técnica muito apropriada como procedimento de rotina, para a triagem de pacientes sintomáticos respiratórios.
Resumo:
Em 24 (82,7%) de 29 pacientes com infecção urinária por Klebsiella pneumoniae isolamos a mesma espécie a partir de amostras fecais. Estudamos 24 cepas urinárias e 219 cepas fecais encontrando 50 biótipos distintos (em média quatro biótipos por amostra fecal). Em dez (34,4%) dos 29 pacientes o biótipo de uma ou mais cepas fecais corresponderam ao biotipo da cepa urinária - sem encontrarmos associação entre a simultaneidade e a prévia cateterização vesical (p>0,05). Na resistotipagem - utilizando quatro substâncias químicas previamente escolhidas entre 34 produtos testados (verde brilhante, verde malaquita, telurito de potássio e cloreto mercúrico) encontramos 16 resistotipos distintos. Em 14 (58,3%), dos 24 casos houve detecção do mesmo resistotipo em cepa(s) fecal(is) e urinária do mesmo paciente, entretanto, só em cinco (20,9%) dos casos houve concordância com a biotipagem na indicação de simultaneidade. A concordância de resultados quanto à ausência ou presença de biotipos ou resistotipos simultâneos, na urina e nas fezes, foi de somente 54,2%. A presença de resistência aos íons telurito e mercúrio, entre cepas fecais e cepas urinárias, no mesmo paciente, estava significativamente associada (p<0,001).
Resumo:
Forty dogs from the periphery of the city of Rio de Janeiro were studied. All dogs where diagnosed as positive for leishmaniasis either parasitologically and/or serologically. Among them, 19 came from areas where only Visceral Leishmaniasis (VL) occurs (Realengo, Bangu, Senador Camará). Clinical signs of the disease were seen in 36.8% of the cases, including emaciation - 100%, lymphadenopathy and depilation - 85.7%. The other 21 dogs came from an area (Campo Grande) where both diseases (VL, and American Cutaneous Leishmaniasis - ACL) occur. Clinical signs of the disease, mainly cutaneous or mucocutaneous ulcers were seen in 76.2% of the cases. Leishmania parasites were found in 39 cases: 22% in viscera, 42.5% in viscera and normal skin and 35% in cutaneous or mucocutaneous ulcers. All the Leishmania stocks isolated from dogs which came from Realengo, Bangu, Senador Camará (VL area), and from Campo Grande (VL + ACL area) were characterized as L. donovani (except in one case) according to their schizodeme, zymodeme and serodeme. The only stock characterized as L. b. braziliensis, was isolated from the lymph node of a dog from Campo Grande with visceral disease and without skin lesions. Antimony therapy attempted in eight Leishmania donovani positive dogs was unsuccessful.
Resumo:
Em área endêmica de leishmaniose tegumentar no município de Viana, Estado do Espírito Santo, investigou-se a ocorrência de infecção natural por Leishmania em animais domésticos, procurando-se relacionar a presença dos animais infectados com a ocorrência da doença humana. No período de três semanas foram examinados 186 cães, dos quais 32 (17,2%) estavam parasitados. Durante um ano surgiram, entre os moradores da área, 11 casos novos de leishmaniose tegumentar. Três amostras humanas de Leishmania e 27 amostras isoladas de cães foram identificadas como L. braziliensis braziliensis. Observou-se nítida relação entre a presença de cães infectados e a ocorrência de novos casos humanos da doença. Supõe-se que a moléstia esteja se comportando na área como uma zoonose mantida pelos cães domésticos.
Resumo:
É relatado o encontro de infecção por parasitos do gênero Leishmania, em lesão cutânea de uma mula (Equus caballus x Equus asinus) procedente de uma localidade endêmica de leishmaniose tegumentar, no Estado do Rio de Janeiro.
Resumo:
We report a simple method for evaluating the binding of concanavalin A (ConA) to human peripheral blood mononuclear cells (PBMC). The binding is evidenced by an immunoenzymic assay using peroxidase-conjugated immunoglobulins of a rabbit anti-ConA serum. Using the method we show that sera from patients with American leishmaniasis do not interfere with binding of ConA to PBMC.
Resumo:
Realizamos durante um ano completo coletas sistemáticas de flebótomos em Vargem Grande, onde recentemente encontráramos Lutzomyia intermedia naturalmente infectada por Leishmania braziliensis. Capturamos flebótomos pertencentes a doze espécies. Tanto dentro de casa quanto no peridomicílio, as capturas em isca humana e com armadilha luminosa, revelaram a grande predominância de L. intermedia seguida de L. migonei. Na plantação predominou L. migonei. Nas coletas simultâneas em homem e cão, L. intermedia foi mais freqüente no primeiro e L. migonei no segundo.