480 resultados para características químicas e físicas


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O Cerrado brasileiro possui uma riqueza de espécies frutíferas que ainda não foram suficientemente estudadas em relação às suas características físicas, químicas e funcionais. O presente estudo teve o objetivo de mensurar as características físicas de frutos de gabirobeira e analisar a composição centesimal e de minerais, o teor de compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante da polpa e do resíduo de gabiroba. As características físicas de maior variabilidade foram massa da polpa e do fruto, destacando-se o elevado rendimento de polpa (46,24%). A polpa e o resíduo de gabiroba contêm altos teores de umidade e fibra alimentar e quantidades consideráveis de ferro. O resíduo de gabiroba apresentou maior conteúdo de compostos fenólicos (1.787,65 mg AGE.100g-1) e atividade antioxidante (197,13 µmol TE.g-1) em relação à polpa. Contudo, os valores constatados na polpa de gabiroba (1.222,59 mg AGE.100g-1 e 107,96 µmol TE.g-1, respectivamente) são superiores aos de muitos frutos consumidos tradicionalmente. O teor de fenólicos totais apresentou forte correlação (r= 0,9723) com a atividade antioxidante. Os resultados indicam perspectivas promissoras para o aproveitamento integral do fruto da gabirobeira, visto seu conteúdo apreciável de nutrientes e de compostos fenólicos, e sua elevada atividade antioxidante.

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A emissão de etileno, a respiração e as transformações físicas e químicas em mamões da cv Golden e dos híbridos Tainung 01 e UENF/CALIMAN01 (UC01), colhidos no estádio 0 de maturação (fruto maturo com casca 100% verde) e mantidos a 25ºCº e 80% % UR foram avaliados durante a fase de amadurecimento. Os resultados mostram diferenças significativas entre os genótipos, em todas as características avaliadas. O mamão 'Golden'apresentou taxasrespiratória e de emissão de etileno bastante superiores às registradas para o Tainung 01 e UC01, indicando climatério característico. O mamão UC01 foi o que manteve a coloração verde de casca por mais tempo e apresentou a menor firmeza do fruto no estádio 0. Os resultados também mostram a relação entre os picos respiratório e de etileno, com a perda de firmeza. Houve aumento no teor de sólidos solúveis (SS) no mamão UC01, não observado nos demais. A acidez titulável (AT) e a razão SS/ AT variaram durante o amadurecimento apenas na cv Golden. Os resultados indicam que os três genótipos mais comercializados no Brasil diferem fisiológica e bioquimicamente durante o amadurecimento, com os hibridos Tainung 01 e UC01 mostrando-se mais sensíveis à ação do etileno do que a cv. Golden, o que é importante ao manejo pós-colheita destes frutos.

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O araticunzeiro (Annona crassiflora Mart - Annonaceae) é uma frutífera nativa do cerrado brasileiro que necessita de estudos visando à geração de dados para subsidiar pesquisas relativas à sua domesticação. Com o presente trabalho, objetivou-se estudar uma população de araticunzeiro em relação ao diâmetro do caule e altura das plantas, à produção e às características físicas e químicas de frutos. Nas plantas, mensuraram-se diâmetro do caule, altura e produção de frutos. Nos frutos, analisaram-se os diâmetros longitudinal (DL) e transversal (DT), a relação DL/DT, as massas do fruto, da casca, da semente e da polpa, e calculou-se o rendimento de polpa. Na polpa, efetuaram-se as determinações de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT, pH e umidade. As árvores possuem diâmetro do caule de 10,4±3,1 cm e altura de 3,7±0,7m com produção média de 6,0±3,6 frutos por planta. Em média, os frutos possuem DL de 14,2±1,4, DT de 15,2±2,2 e relação DL/DT de 0,9±0,1; possuem massa média de 1.565,5±508,5g, tendo as massas da casca, das sementes e da polpa médias de 662,2±198,2g, 179,8±66,2g e 723,5±276,7g, respectivamente, com rendimento médio de polpa igual a 45,9±4,7% do fruto. Na polpa, constataram-se médias de SS de 17,60±1,86 ºBrix, AT de 0,37±0,11% de ácido málico, relação SS/AT de 52,23±17,64, pH de 4,45±0,23 e umidade média igual a 74,3±2,86%. O araticunzeiro possui características físicas e químicas que o tornam uma alternativa para a fruticultura nativa brasileira.

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El presente estudio se realizó en una plantación de guanábano de siete años de edad. Se efectuaron análisis de suelo y foliar para determinar las características físicas y químicas del suelo y el estado nutrimental del árbol, durante dos épocas climáticas (seca y lluvia). En cada una de ellas se obtuvieron ocho muestras de suelo a una profundidad de 0 a 30 cm, las cuales se mezclaron para obtener dos muestras compuestas para su análisis. La recolecta foliar se realizó en un árbol productivo y en otro no productivo, de la parte media del árbol y se consideró la cuarta hoja de la rama. El objetivo fue generar información sobre valores referenciales preliminares sobre los aspectos nutricionales del guanábano en un agroecosistema comercial y en condiciones del trópico subhúmedo. La textura del suelo analizado fue clasificada como de migajón-arcillosa. El contenido de la materia orgánica fue alto y el pH fue moderadamente ácido para ambas épocas. Durante la estación de seca los valores nutrimentales químicos del suelo encontrado en relación a los macroelementos y microelementos fueron altos y adecuados, en tanto que en el período de lluvia, estos fueron variables de alto, deficiente y adecuado. Los valores en el análisis foliar en la concentración de los macroelementos y microelementos en ambas épocas fueron adecuados.

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A nutrição mineral está relacionada com a fisiologia do crescimento e da reprodução das anonáceas, pois cada espécie do gênero Annona possui sua carga genética que apresenta requerimentos nutricionais específicos para suas funções metabólicas. A marcha de absorção de nutrientes é muito importante para definir os estádios de desenvolvimentos e as doses adequadas de aplicação de fertilizantes nas anonáceas e obter delas seu máximo potencial produtivo. Há poucos estudos científicos a respeito de nutrição e da adubação de plantas dessa família botânica, mas é sabido que são muito exigentes em nutrientes. No presente trabalho, são abordadas as principais exigências minerais dentro do gênero Annona, com ênfase para pinha (A. squamosa) e graviola (A. muricata), que afetam o crescimento vegetativo e reprodutivo, bem como a qualidade dos frutos (teor de açucares, acidez, firmeza e rachadura de frutos, etc.). A marcha de absorção em gravioleira, na fase de crescimento de mudas, é de forma decrescente: K>N>Ca>Mg>P e Fe>Zn>Mn>Cu. Expressivas quantidade de N, K, Ca, P e Mg são extraídas pelas anonáceas em comparação com outras frutíferas. A exportação de macronutrientes pelos frutos de pinha (A. squamosa) é superior aos exportados por laranjas, abacaxi, abacate e muitas outras frutas. A marcha de absorção de nutrientes dá-se de formas diferentes entre as anonáceas. Em relação aos micronutrientes, é sabido que o B e Zn desempenham importante função fisiológica no crescimento e na reprodução dessas plantas, mas a depender das características físicas e químicas do solo, outros elementos, como Fe, Mo, Cu, etc., poderão ser restritivos ao desenvolvimento e à produção dessa família de plantas. A crescente importância nos mercados de consumo in natura e de processamento industrial exige investigações científicas sobre a marcha de absorção e de nutrição mineral para as diversas espécies de anonáceas.

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RESUMOA pitaia-rosa de polpa vermelha é uma cactácea com potencial para exploração econômica, devido aos seus componentes nutricionais e ao alto valor comercial; no entanto, poucas são as pesquisas quanto a suas características pós-colheita. O objetivo do trabalho foi caracterizar física, química e nutricionalmente pitaias-rosas de polpa vermelha. Frutos colhidos totalmente maduros foram sanitizados, selecionados e divididos em grupos de quatro frutos por repetição, constituindo um total de 30 amostras. Em seguida, as amostras foram submetidas às seguintes avaliações: comprimento, diâmetro, espessura de casca, massa fresca, massa de casca e polpa, teor de umidade, firmeza da casca, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, açúcares e fibra bruta, cromaticidade, ângulo hue e luminosidade da casca e da polpa, e o teor de nutrientes. Para os dados obtidos, foram determinados a média, o valor mínimo e máximo, desvio-padrão e o coeficiente de variação. A fruta apresentou valores elevados de conteúdo de água, teor de fibras e dos nutrientes nitrogênio, potássio, cálcio, ferro, manganês e zinco. Quanto ao teor de sólidos solúveis, a média observada foi de 13,14° Brix, e para acidez titulável,0,29 mg de ác. málico 100-1 mL de suco. Verificaram-se para os açúcares valores de 5,56; 8,79 e 3,07 %, respectivamente, para os açúcares redutores, totais e não redutores. Quanto à coloração, os frutos apresentaram valores maiores para luminosidade e cromaticidade da casca e ângulo Hue da polpa. A pitaia-rosa de polpa vermelha (Hylocereus polyrhizus) apresenta características físicas, químicas e nutricionais interessantes para o consumo in natura.

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RESUMO Eugenia dysenterica DC. (cagaiteira) destaca-se entre as espécies nativas do Cerrado por produzir frutos de sabor agradável, os quais podem ser consumidos tanto in natura quanto processados na forma de doces, compotas e geleias. Apesar do potencial econômico, é uma planta pouco explorada, principalmente devido à baixa durabilidade dos frutos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da embalagem e da temperatura sobre a conservação pós-colheita de frutos de E. dysenterica. Para isto, os frutos de cagaita foram coletados no estádio verde-maduro, ainda ligados à planta-mãe, e levados ao Laboratório de Botânica da Universidade Federal da Bahia, onde foram selecionados quanto à integridade física, ausência de danos mecânicos epatogênicos. Após lavagem em água corrente, os frutos foram secos e acondicionados em bandejas de poliestireno expandido, cobertas por filme de policloreto de vinila (PVC) de 10 micras, perfurados e sem perfuração, e em bandejas sem revestimento de PVC. A perfuração foi realizada visando a maior circulação de ar dentro das embalagens. Em seguida, foram armazenados em duas temperaturas, 5 e 25ºC. Para a avaliação da durabilidade dos frutos, foram realizadas avaliações diárias das características físicas e químicas, incluindo coloração, firmeza, pH, perda de massa, altura e diâmetro. O metabolismo de carboidratos também foi avaliado por meio da quantificação dos açúcares solúveis. Os frutos da cagaita apresentaram durabilidade de 5 dias, independentemente dos tratamentos utilizados, sendo que os submetidos à refrigeração apresentaram sintomas de injúria por frio, alteração da coloração e firmeza (25%), redução de pH e do consumo de carboidratos. Já em frutos mantidos a 25ºC, houve amarelecimento completo, perda de firmeza, aumento do pH e maior consumo de carboidratos. Verificou-se que o uso de embalagens, praticamente, não promoveu efeitos benéficos significativos. Desta forma, concluiu-se que o armazenamento dos frutos em temperatura de 25 e 5ºC não é aconselhável, sendo que esta última causa injúrias, e os frutos, por serem climatéricos, têm vida de prateleira curta.

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RESUMO O mercado de frutas frescas do maracujá-amarelo valoriza as qualidades interna e externa dos frutos. O uso de espécies silvestres como porta-enxertos tem sido preconizado como possível medida de controle de doenças. São escassas as informações sobre o efeito de espécies silvestres do gênero Passiflora como porta-enxertos sobre as características físicas e químicas em frutos de maracujazeiro. O objetivo deste trabalho foi determinar a influência de duas espécies de passifloráceas silvestres P. mucronata Lam e P. gibertii N.E. Brow como porta-enxertos sobre as características físicas e químicas dos frutos do maracujazeiro-amarelo em ambiente protegido. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e 25 repetições, consistindo em 100 parcelas. Cada parcela foi representada por uma planta conduzida em vaso de 30 L. Os porta-enxertos avaliados foram: Passiflora edulis Sims, Passiflora gibertii N.E. Brow e Passiflora mucronata Lam. Comotratamento-testemunha, foram utilizadas plantas de P. edulis Sims provenientes de sementes. Avaliaram-se a massa fresca do fruto (MF), a massa fresca da casca (MC), a massa fresca da polpa (MP), o diâmetro do fruto (DF), o comprimento longitudinal do fruto (CF), a espessura da casca dos frutos (EC), a coloração do suco e da casca dos frutos, o teor de sólidos solúveis (SS), a acidez titulável (AT), a relação SS/AT, a relação MP/MF e o teor de vitamina C (ácido ascórbico). As plantas enxertadas sobre espécies silvestres produziram frutos mais alongados que as plantas provenientes de sementes, porém dentro dos padrões de comercialização.

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O objetivo desse estudo foi determinar a tolerância de banana (Musa spp.) 'Prata-Anã' (AAB) e do fungo Colletotrichum musae à termoterapia no controle de podridões em pós-colheita. Experimentos in vivo e in vitro foram instalados em delineamento inteiramente casualizado, seguindo um esquema fatorial 4x5 (temperatura x tempo). Os tratamentos consistiram na imersão dos frutos (buquês) e do fungo (esporos e micélio) em água aquecida a 47, 50, 53 e 56 ºC, durante 0, 3, 6, 9 e 12 min. A exposição dos frutos a 56 ºC durante 9 min causou escurecimento da casca nas extremidades dos frutos, porém, as características físicas e químicas dos frutos não foram alteradas pelos tratamentos. Frutos inoculados e tratados a 56 ºC durante 6 min não apresentaram podridões nem escurecimento da casca, enquanto aqueles não tratados apresentaram 64% da área lesionada / fruto. A partir das combinações 53 ºC / 9 mi. e 56 ºC / 3 min a germinação de esporos foi reduzida para 4% e 0%, respectivamente. A combinação 56 ºC / 12 min reduziu, mas não paralisou o crescimento micelial. O tratamento 56 ºC / 6 min retardou mas não paralisou o crescimento micelial in vitro, porém foi efetivo no controle completo das podridões in vivo. Esse tratamento evitou a manifestação de podridões no inverno (maio), mas não no verão (novembro), mostrando-se influenciado pelas condições climáticas próximas à colheita dos cachos. A termoterapia pode ser recomendada para controle de podridão em pós-colheita de banana devendo ser ajustada para diferentes estações do ano.

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A utilização de efluentes de esgoto tratado na irrigação, ao invés de realizar a disposição deste subproduto nos cursos d'água tem sido uma alternativa antiga, popular e atrativa, com triplo propósito: tratamento complementar do efluente, fonte de água e de nutrientes ao sistema solo-planta. Entretanto, no Brasil, há falta de tradição na reciclagem de águas residuárias, particularmente, do efluente de esgoto tratado e, conseqüentemente, poucos têm sido as pesquisas relacionadas a este tema. Com a finalidade de fornecer mais informações para subsidiar as pesquisas nesta área, este trabalho visa avaliar, por meio de técnicas químicas e espectroscopias, o processo de humificação na matéria orgânica dos solos irrigados com efluente de esgoto tratado em experimentos de campo. Os cinco tratamentos estudados foram: TSI (controle) - irrigado com água potável e adição de nitrogênio via fertilizante mineral, T100, T125, T150 e T200 irrigado com efluente de esgoto tratado e adição de nitrogênio via fertilizante mineral. Os resultados obtidos mostram variações no teor de carbono e no grau de humificação, para os solos irrigados com efluente de esgoto tratado, decorrentes do aumento da atividade de decomposição da matéria orgânica, estimulada pelo aumento de água no solo.

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A utilização de materiais orgânicos que melhoram as características físicas, químicas e biológicas do solo vem sendo estudada como indutor da supressividade a fitopatógenos. Objetivou-se avaliar o efeito da incorporação da parte aérea de leguminosas no controle da fusariose do tomateiro. Os resíduos frescos das leguminosas leucena, feijão guandu, amendoim forrageiro e feijão de porco foram incorporados ao solo nas concentrações 0; 20; 40; 60 e 80 g L-1. Sementes de tomateiro da variedade Santa Cruz Kada Gigante foram semeadas em bandejas contendo terra autoclavado e húmus de minhoca. As mudas foram transplantadas para vasos, contendo substrato (terra autoclavada + resíduo fresco), 15 dias após a semeadura. Aos 15 dias após o transplantio realizou-se a inoculação, por meio de ferimento de raízes em meia lua, aplicando em seguida 20 mL da suspensão de 1x10(6) conídios mL-1 por planta. A avaliação foi realizada 21 dias após a inoculação através de escala de notas variando de 1 a 5. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo a unidade experimental duas plantas por vaso. A incorporação da parte aérea das leguminosas leucena, feijão guandu, amendoim forrageiro e feijão de porco demonstrou eficiência no controle da fusariose. Maior percentual de controle foi obtido com os resíduos de amendoim forrageiro (40 g L-1), feijão de porco (60 g L-1) e leucena (80 g L-1), apresentando um percentual de controle de 73,3%. O amendoim forrageiro pode ser considerado o mais eficiente, por necessitar de uma menor concentração para atingir o mesmo percentual de controle da fusariose.

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Os objetivos do presente estudo foram classificar e selecionar genótipos superiores de eucalipto por meio das propriedades de sua madeira, utilizando como ferramenta a análise de agrupamento, método de otimização de Tocher, com o intuito de obter múltiplos produtos. Foram utilizados 44 genótipos de eucaliptos, adaptados para as condições ambientais do noroeste de Minas Gerais. Para classificação dos materiais foram utilizadas características físicas, de resistência mecânica e químicas da madeira. Os resultados da análise de agrupamento classificaram os 44 genótipos em 11 grupos distintos, com alta variabilidade ou divergência entre si. De acordo com os valores médios das características apresentadas pelos grupos formados, foi possível definir novos clones de potencial, que certamente forneceram madeira de qualidade superior para atender a diversos usos. Os genótipos pertencentes aos grupos V, VI e VIII apresentam potencial favorável à produção de madeira serrada. Eles possibilitarão, também, a geração de híbridos artificiais a serem usados em futuros programas de melhoramento genético de Eucalyptus.

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Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Anacardiaceae) é uma espécie arbórea nativa que apresenta excelentes propriedades físicas, químicas e biológicas. Entretanto, devido à exploração predatória, está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Este trabalho teve como objetivo estudar a germinação das sementes de M. urundeuva sob diferentes substratos e regimes de temperatura. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 8 x 7 (oito substratos - entre e sobre: papel mata-borrão, areia, vermiculita e pó de coco; sete temperaturas: 25, 27, 30, 35, 20-27, 20-30 e 20-35 ºC), com quatro repetições de 25 sementes cada. Avaliaram-se as seguintes características: germinação (%), primeira contagem (%), índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação (dias) e comprimento (cm) do hipocótilo e da raiz primária. Nas temperaturas constantes ocorreram os tempos médios menores de germinação de sementes e desenvolvimento maior do hipocótilo. As temperaturas de 25 e 27 ºC proporcionaram às sementes resultados satisfatórios de germinação em todos os substratos testados, com exceção do substrato entre papel a 27 ºC. Os substratos vermiculita e pó de coco permitiram bom desempenho germinativo e não exigiram reumedecimento diário, mostrando-se adequados para a avaliação da qualidade fisiológica de sementes de M. urundeuva.

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Este trabalho teve por objetivo avaliar algumas propriedades físicas e mecânicas da madeira de Eucalyptus urophylla S.T. Blake "Eucalipto" (Myrtaceae), Melia azedarach L. "Cinamomo" (Meliaceae), Lophantera lactescens Ducke, "lanterneira" (Malpighiaceae), Pinus elliottii Engelm. "Pinus" (Pinaceae) e Inga marginata Wild "Inga" (Mimosaceae), submetidas ao processo de degradação em razão da exposição à intempérie no período de 12 meses, as madeiras foram colocadas em dois ambientes com características edafoclimáticas diferenciadas, isto é, foram montados dois campos de apodrecimento, sendo um dentro de uma mata secundária e outro a céu aberto, em um pasto formado por gramíneas rasteiras. Na avaliação, adotou-se um índice de deterioração médio, para expressar a degradação causada pelos fatores bióticos, nos corpos-de-prova oriundos de toras expostas nos respectivos ambientes. As determinações da densidade aparente, bem como da resistência à flexão (módulo de elasticidade (MOE) e ruptura (MOR)) e compressão paralela às fibras da madeira, foram realizadas antes e depois da exposição à intempérie. Os resultados indicaram que ocorreram reduções diferenciadas nas propriedades avaliadas. As diminuições significativas da densidade ocorreram somente nos corpos-de-prova oriundos das madeiras expostas dentro da mata, bem como as reduções nos módulos de elasticidade e ruptura foram mais acentuadas nas madeiras procedentes desse ambiente. A resistência à compressão da madeira apresentou-se com reduções maiores, também nesse ambiente.

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Neste estudo, investigaram-se a porosidade e condutividade hidráulica da zona saturada do solo, buscando entender como essas variáveis físicas afetam os processos hidrológicos em uma área de floresta primária, sob pressão urbana, na Amazônia central. O experimento foi realizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, localizada ao norte da cidade de Manaus, AM. No igarapé Bolívia foi instalado um posto fluviométrico (régua linimétrica e linígrafo); no local, foram instalados quatro piezômetros na zona ripária, perpendicular ao curso do igarapé. A porosidade variou no perfil do solo, alcançando valores acima de 0,40 cm³/cm³. Os valores médios de condutividade hidráulica saturada ou infiltração básica (K) foram elevados e variaram de 89,5 ± 12,8 a 279,5 ± 9,0 mm/h. O nível d'água no igarapé oscilou entre 65 e 141 cm, no período de observação (novembro de 2005 a outubro de 2007). O piezômetro da camada profunda do solo, distante do curso d'água, variou entre 166,2 e 304,9 cm. As condutividades hidráulicas do solo saturado foram maiores nos pontos mais distantes do curso d'água, tanto na camada superficial quanto na profunda, determinando o comportamento hidrológico do lençol freático no local.