575 resultados para Transferência de função
Resumo:
Entre as espécies de roedores já estudadas podemos destacar a grande variação na morfologia do aparelho reprodutor masculino. Assim, considerando a importância ecológica dos roedores, e a grande representatividade numérica quanto geográfica destes animais, bem como a escassez que aborda a anatomia reprodutiva, desenvolvemos este trabalho com um roedor histricomorfo da América do Sul, a viscacha. Este animal apresenta algumas características reprodutivas bem peculiares, desta forma descreveremos a anatomia macroscópica da musculatura perineal, e o papel dos músculos no comportamento copulatório desta espécie. A região perineal da viscacha é composta por cinco músculos, sendo que três músculos encontram-se dispostos no diafragama urogenital superficial, Musculus ischiocavernosus, M. bulbocavernosus e M. bulbospongiosus, e pelos músculos que se encontram no diafragma pélvico, M. levator ani e M. retractor penis. Sendo assim, destacamos que o estudo do assoalho pélvico em animais silvestres é de grande valia, uma vez que contribuem com o melhor entendimento dos mecanismos relacionados â ereção e ejaculação; ou seja colaboram com os estudos sobre a reprodução dos animais.
Resumo:
Com o objetivo de esclarecer a questão da sobrevida de bovinos afetados por Hematúria Enzoótica, quando transferidos para áreas livres de Pteridium arachnoideum, o estudo foi realizado em duas partes: a) aplicação de questionário versando sobre os aspectos epidemiológicos dessa enfermidade, respondido por proprietários de 73 estabelecimentos pecuários visitados nas áreas da Região Sudeste onde P. arachnoideum é prevalente. O questionário aplicado aos proprietários indica que a HEB é causa de sérios problemas sócio-econômicos. b) acompanhamento clínico e laboratorial de 51 bovinos desta região, afetados pela Hematúria Enzoótica entre 2007 e 2011, transferidos para região livre de P. arachnoideum. Verificou-se que mais de 90% dos animais afetados por HEB morre antes de dois anos após serem transferidos para áreas indenes de P. arachnoideum.
Resumo:
O uso do conhecimento de biotécnicas para a melhoria da produção de bens e serviços tem avançado significativamente. O controle de doenças infecciosas continua a representar o maior obstáculo para a saúde dos animais. A perda embrionária pode ser responsável pelo aumento de prejuízos econômicos isolados para os produtores de bovinos. A infecção por Neospora caninum tem emergido como uma importante doença reprodutiva e, em vários países, tem sido diagnosticada como principal causa de aborto. O objetivo desse trabalho foi comparar o desempenho reprodutivo em receptoras bovinas não contaminadas e naturalmente infectadas por Neospora caninum após a transferência de embriões (TE). A escolha dos animais (n=395) para o experimento foi realizada através de avaliação ginecológica, via palpação transretal. As vacinações seguiram protocolo sanitário recomendado para a TE. O manejo nutricional foi baseado no National Research Council (NRC, 1999). A TE de embriões descongelados foi feita após a sincronização do ciclo estral das receptoras. Para a avaliação do desempenho reprodutivo se utilizou de ultrassonografia transretal. A identificação das receptoras positivas para Neospora caninum realizou-se através do teste de ELISA e, para as amostras reagentes, confirmação através de imunofluorescência indireta (IFI). Os dados foram analisados utilizando Past® e foram considerados estatisticamente significantes (P<0,01). Os resultados mostram uma taxa de prenhes (n=191) de 48,35%, seguida de uma taxa de abortos aos 60 dias de gestação (n=14) de 3,5% e abortos ao sexto mês de gestação (n=12) de 3,04%. Esses resultados tornam-se relevantes quando se leva em consideração que, receptoras infectadas pelo protozoário não apresentaram uma taxa elevada de perdas gestacionais. A insignificância estatística dos dados obtidos nesse estudo confere a segurança em sugerir que não há necessidade em implantar o diagnóstico ou controle prévios para Neosporose em rebanhos aptos a TE.
Resumo:
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia dos felinos e é caracterizada por hipertrofia miocárdica concêntrica, sem dilatação ventricular. Disfunções miocárdicas ocorrem em gatos com CMH, mas pouco se conhece a respeito destas alterações nos estágios iniciais da afecção. Em gatos da raça Maine Coon, a mutação no gene MyBPC-A31P está relacionada com a CMH de origem familial, porém, a correlação exata entre o genótipo e o fenótipo ainda é inconclusiva. A ecocardiografia tecidual é uma modalidade não invasiva que permite avaliação da função miocárdica e é mais sensível que a ecocardiografia convencional. Para avaliar as funções sistólica e diastólica, antes ou após a ocorrência de hipertrofia ventricular, gatos da raça Maine Coon (n=57), geneticamente testados para a mutação, foram avaliados por meio de ecocardiografias convencional e tecidual (nas modalidades Doppler tecidual pulsado e Doppler tecidual colorido). Posteriormente, foram fenotipicamente classificados em: normais (n=45), suspeitos (n=7) e acometidos pela CMH (n=5); e genotipicamente classificados em: negativos (n=28), heterozigotos (n=26) e homozigotos para a mutação (n=3). Valores de velocidades miocárdicas (Doppler tecidual pulsado e colorido) medidos na região basal e média do septo interventricular (SIV), da parede livre do ventrículo esquerdo (PVE), da parede anterior do ventrículo esquerdo (PAVE), da parede posterior do ventrículo esquerdo (PPVE) e do segmento radial da PVE, foram comparados nos diferentes grupos. Observou-se que as velocidades longitudinais Em (Doppler tecidual pulsado) na região média da PVE foram menores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. Os valores de Em/Am (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foram inferiores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. A relação E/Em (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foi maior nos gatos com CMH em relação aos suspeitos e normais, enquanto que os valores de Sm (Doppler tecidual colorido), em região basal da PVE, foram menores nos gatos heterozigotos quando comparados com os negativos, ambos sem hipertrofia ventricular. Observou-se correlação positiva entre a ocorrência de fusão das ondas Em e Am e a frequência cardíaca, assim como correlação positiva entre valores de Sm e Em e a frequência cardíaca (Doppler tecidual pulsado e colorido). A ecocardiografia tecidual é uma nova modalidade ecocardiográfica reprodutível em gatos que, isoladamente, não permite diferenciar gatos portadores da mutação antes do desenvolvimento de hipertrofia ventricular. Apresenta utilidade como auxílio no diagnóstico em fases iniciais, mas, apesar da expectativa para a identificação precoce de indivíduos portadores da CMH, ainda há necessidade de estudos mais extensos e com maior número de indivíduos.
Resumo:
Para a avaliação da transferência de citocinas para o sangue de bezerros neonatos via ingestão de colostro de fêmeas bovinas holandesas, foram utilizados 15 bezerros nascidos de parto eutócico, distribuídos igualmente por três grupos experimentais (n=5): G1- receberam dois litros de colostro fresco provenientes de suas próprias mães; G2- receberam dois litros de colostro provenientes de "pool" de colostro congelado e o G3- foram alimentados apenas com leite. Nestes grupos foram coletadas amostras de sangue em cinco tempos durante os primeiros quinze dias de vida e mensuradas as concentrações das citocinas Interleucina-1 β (IL-1b), Interleucina-6 (IL-6), Fator de necrose tumoral- α (TNF-a) e Interferon-γ (IFN-γ). Também se mensurou tais citocinas (IL-1 β, IL-6 e TNF-α) nos sobrenadantes do colostro de do "pool" de colostro fornecidos aos bezerros dos grupos G1 e G2 respectivamente. Verificou-se a transferência das citocinas IL-1b, IL-6, TNF-a e IFN-γ pela presença no soro dos bezerros do grupo G1, enquanto que nos demais grupos (G2 e G3) não foram detectadas.
Resumo:
Foi realizado um experimento a campo em Eldorado do Sul, RS, no ano agrícola de 19 94 /9 5, para avaliar o controle de papuã (Brachiaria plantaginea (Linck) Hitchc.), que ocorreu numa população média de 95 plantas/m2. Foi avaliado o herbicida clethodim à dose-plena (120g/ ha) e à meia-dose (60g/ha). A cultivar de soja utilizada foi RS-7 Jacuí e usado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram aplicados aos 14, 21, 28 e 35 dias após a emergência da soja (DAE). Foram mantidas testemunhas capinadas, com operações iniciadas nas mesmas épocas de aplicação do herbicida, e uma testemunha infestada durante todo o ciclo da cultura. O controle foi avaliado visualmente, em três ocasiões, através de escala percentual. Os graus de controle de papua obtidos à dose-plena foram equivalentes entre si quando aplicado nas três primeiras épocas, com eficiência entre 95 e 98% na última avaliação. A meia-dose mostrou, para as três primeiras épocas de aplicação, resultados semelhantes aos de doseplena, porém em níveis um pouco inferiores, situando-se entre 85 e 95% o controle obtido na última avaliação. O controle do papuã foi mediano quando clethodim foi aplicado aos 35 DAE, tanto par a dose-plena quanto para meiadose. Quanto ao rendimento de grãos, não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos em suas várias modalidades, embora todos tenham superado a testemunha infestada, com incrementos na produtividade de grãos entre 73 e 10 5% . O experimento permite concluir pela viabilidade da utilização de meiadose de clethodim para o controle de papua em soja, realizando as aplicações preferencialmente até a quarta semana após a emergência da cultura.
Resumo:
O efeito de doses de sulfentrazone foi avaliado no crescimento da soja BR-16, inoculadas com estirpe SEMIA 5079, em condições de casa de vegetação. A fitotoxicidade do sulfentrazone aumentou com o incremento na dose do herbicida, nos estádios V2 e R5, agravando-se com o passar do tempo. O sulfentrazone reduziu a área foliar, o acúmulo de matéria seca total e dos órgãos, a altura da planta e o comprimento das raízes tanto no estádio R3 quanto no R5. O crescimento das raízes foi mais afetado pelo sulfentrazone do que a parte aérea, sendo que a relação parte aérea/ raízes aumentou com o incremento na dose do herbicida. A cultivar de soja BR-16 apresentou baixa tolerância ao sulfentrazone, pois o herbicida influenciou negativamente todos os parâmetros analisados.
Resumo:
A capacidade competitiva entre plantas daninhas e cultivadas é influenciada por vários fatores, entre eles o pH do meio onde as plantas crescem. Dessa forma, analisaram-se os efeitos da variação do pH sobre o desenvolvimento e os teores dos nutrientes fósforo, potássio, cálcio e magnésio acumulado na parte aérea e nas raízes do capim-marandu (Brachiaria brizantha) e da planta daninha malva (Urena lobata). Para isso, foram preparadas soluções nutritivas com os seguintes valores de pH: 3,5; 4,5; 5,5; e 6,5. Os trabalhos foram conduzidos em casa de vegetação, por um período experimental de 42 dias. A gramínea forrageira e a planta daninha responderam diferentemente à variação do pH. O capim-marandu apresentou maior sensibilidade às variações do pH, tendo sido a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes sempre crescente em função do aumento do pH. Por sua vez, a produção de matéria seca das duas frações da planta daninha não foi influenciada pela variação do pH. Comparativamente, o capim-marandu apresentou maior habilidade para absorver nutrientes em pH 6,5, enquanto a malva apresentou maior habilidade em condições de pH extremo (3,5 e 6,5). Independentemente do pH da solução nutritiva e da parte da planta analisada, os teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio foram, quase sempre, mais elevados na planta daninha do que no capim-marandu, demonstrando que a malva apresenta maior habilidade para extrair esses nutrientes do solo.
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O controle de plantas daninhas em faixas é mais uma estratégia que pode ser utilizada no manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) para aumentar a racionalização do uso do ambiente no cultivo de plantas. Os objetivos deste trabalho foram determinar o efeito do controle de plantas daninhas em faixas na linha ou na entrelinha e avaliar suas conseqüências sobre a competição interespecífica na cultura do milho. Os tratamentos constaram do estabelecimento de um gradiente de infestação de Brachiaria plantaginea, obtido com a variação da intensidade do controle em pré-emergência, e do controle de plantas daninhas em pós-emergência realizado em faixas na linha, na entrelinha ou em área total. O controle de plantas daninhas em pós-emergência em faixas não foi suficiente para reduzir os efeitos da competição interespecífica sobre o rendimento de grãos de milho, mesmo em baixas densidades de plantas daninhas. Os prejuízos causados pela presença de plantas daninhas na linha da cultura são duas a três vezes maiores em comparação com a presença destas plantas na entrelinha ou em área total da cultura. O controle de plantas daninhas na linha da cultura necessita de complementação com práticas culturais ou outros métodos de controle destas plantas na entrelinha.
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O presente trabalho foi desenvolvido no laboratório de Engenharia do Departamento de Engenharia Rural da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ), Piracicaba-SP, com o objetivo de estudar o padrão de distribuição da ponta de pulverização do tipo jato plano (leque) 8002, em função das distâncias entre os bicos. Para isso, foram colocados 10 bicos sobre uma mesa de prova, um de cada vez, a uma altura fixa de 45 cm, nos espaçamentos de 10 a 80 cm. Os volumes coletados em cada uma das canaletas serviram para calcular o coeficiente de variação e iniciar o estudo do espaçamento adequado. Após os testes realizados, pôde-se concluir que o bico tipo jato plano 8002 mostrou melhor distribuição em espaçamento de 50 cm, com menor coeficiente de variação (6,88%) a uma altura fixa de 45 cm e pressão regulada a 279,3 Kpa, registrada no manômetro.
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Este trabalho objetivou avaliar o impacto da época de semeadura da soja após a dessecação da cobertura vegetal sobre o controle de papuã (Brachiaria plantaginea) e quantificar a influência da época de controle na produtividade da soja. O delineamento experimental utilizado foi o de parcelas subdivididas, em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de épocas de semeadura da soja (1 e 10 dias após aplicação de dessecante - DAD), dispostas nas parcelas principais, e de épocas de controle de papuã (11, 17, 24, 31, 38 e 45 dias após a emergência da soja - DAE para a semeadura realizada em 1 DAD; e 8, 15, 22, 29, 36 e 42 DAE para a semeadura realizada aos 10 DAD), dispostas nas subparcelas. Para cada época de semeadura da soja foi mantida testemunha com controle químico de papuã durante todo o ciclo. O controle de papuã foi obtido mediante aplicação do herbicida clethodim a 120 g ha-1. Constatou-se que os níveis de controle de papuã, na pré-colheita da soja, variaram entre 90 e 99%, considerando-se todos os tratamentos. Houve reduções da estatura de planta de soja, rendimento biológico aparente e rendimento de grãos com o atraso na aplicação de controle ao papuã, especialmente para semeadura da soja realizada aos 10 DAD. Verificou-se que as perdas de rendimento de grãos, propiciadas pela convivência da planta daninha com a cultura, superaram o custo de controle aproximadamente aos 20 e 5 DAE da soja, quando as semeaduras foram efetuadas aos 1 e 10 DAD, respectivamente. O intervalo entre as aplicações de medidas de controle ao papuã é mais amplo quando a semeadura da soja é realizada mais próximo do momento de aplicação de dessecante do que quando sofre atraso.
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Os solos agrícolas possuem banco de sementes de plantas daninhas cuja quantidade varia de dezenas a centenas de milhões de sementes por hectare, as quais são dotadas de mecanismos para detectar o tempo e o local apropriado para a germinação. A profundidade no solo em que uma semente é capaz de germinar e produzir plântula é variável entre as espécies e apresenta importância ecológica e agronômica. Com o objetivo de estudar a emergência de plântulas de erva-de-touro (Tridax procumbens), em função da profundidade de semeadura, do conteúdo de argila no substrato e do tratamento de sementes com luz, foram realizados dois experimentos no Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras. No experimento 1, a emergência das plântulas foi avaliada em vasos contendo substrato com 60% de argila, com semeadura realizada nas profundidades de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 cm, e também com aquênios parcialmente enterrados (APE). No experimento 2, foram utilizadas sementes com e sem tratamento para superação da necessidade de luz (embebição por 48 horas em GA3 1 mmol L-1 + KNO3 25 mmol L-1 + luz), semeadas em substratos com 30 e 60% de argila, a 1 cm, 2 cm e APE, e também em areia a 3 cm. A emergência das plântulas de erva-de-touro foi máxima quando os aquênios foram parcialmente enterrados no substrato, independentemente do conteúdo de argila deste. Em profundidades maiores ou iguais a 1 cm houve drástica redução na emergência, que foi nula (experimento 2) ou quase nula (experimento 1) a 3 cm. O tratamento para superação da necessidade de luz aumentou a emergência nas semeaduras a 1 e a 2 cm, mas não teve efeito a 3 cm.
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A adoção da prática do manejo integrado de plantas daninhas requer, dentre outros, o conhecimento do impacto da densidade populacional das plantas daninhas sobre a sua produção de sementes como fator a considerar na implementação da abordagem de níveis de dano econômico. Diante disso, objetivou-se, com este trabalho, avaliar os efeitos de densidades de plantas daninhas e de épocas de semeadura da soja após a dessecação da cobertura vegetal sobre a produção de sementes por picão-preto (Bidens spp.) e guanxuma (Sida rhombifolia). Foram conduzidos quatro experimentos em dois ambientes (1998/99, Passo Fundo - ambiente 1 e 1999/00, Eldorado do Sul - ambiente 2). Os tratamentos constaram de densidades de picão-preto ou guanxuma e de épocas de semeadura da soja em relação à data de dessecação da cobertura vegetal. Nos experimentos com picão-preto a semeadura foi realizada aos 3, 7 e 11 dias após dessecação (DAD) da cobertura vegetal, em ambos os ambientes. Nos experimentos com guanxuma a semeadura da soja foi realizada aos 3, 7 e 11 DAD ou 20, 24 e 28 DAD para os ambientes 1 e 2, respectivamente. Obtiveram-se produções médias de sementes de 5,9 e 101,2 mil m-2 para picão-preto e de 1,4 e 28,2 mil m-2 para guanxuma nos ambientes 1 e 2, respectivamente. Constatou-se que o efeito da densidade de plantas daninhas na produção de sementes depende da época de emergência da soja em relação à da planta daninha e que, quanto mais cedo a soja for estabelecida em relação à dessecação da cobertura vegetal, menor é a produção de sementes pelas plantas daninhas. O elevado número de sementes produzidas por picão-preto e guanxuma, mesmo em baixas densidades, poderá determinar que a densidade de plantas daninhas para os níveis de dano econômico pode ser menor que aquela estabelecida através da interferência destas plantas daninhas na cultura da soja.
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A intensidade dos efeitos potencialmente alelopáticos depende de fatores relacionados à espécie doadora e receptora. Neste trabalho, analisaram-se as variações nos efeitos alelopáticos do calopogônio (Calopogonium mucunoides) em função de sua idade (2, 4, 6, 8, 10 e 12 semanas após a emergência) e da densidade de sementes da espécie receptora (500, 1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 sementes m-2). Em cada idade, as plantas foram coletadas e separadas em parte aérea e raízes. Os efeitos alelopáticos foram avaliados sobre a germinação das sementes das plantas daninhas: Mimosa pudica (malícia), Urena lobata (malva), Senna obtusifolia (mata-pasto) e Senna occidentalis (fedegoso). A intensidade dos efeitos alelopáticos variou negativamente em função do aumento da densidade de sementes das espécies daninhas. Essa variação foi mais intensa nas espécies com sementes grandes, como malva e mata-pasto, do que naquelas de sementes pequenas, como malícia e fedegoso. A idade da planta foi fator determinante nos efeitos alelopáticos do calopogônio. Aparentemente, a planta aloca suas substâncias químicas com atividade alelopática de forma diferenciada nas raízes e na parte aérea. A parte aérea do calopogônio revelou intensidade de efeitos alelopáticos crescentes até a idade de quatro semanas, quando atingiu seu valor máximo. Já os efeitos promovidos pelas raízes foram crescentes com a idade até 12 semanas de crescimento, quando os efeitos superaram aqueles promovidos pela parte aérea. Esses resultados indicam que existe possibilidade de manejo da leguminosa forrageira calopogônio, visando maximizar a sua atividade potencialmente alelopática.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar a influência de populações e de épocas relativas de emergência de arroz-vermelho ou do cultivar de arroz EEA 406, cultivar considerado simulador do arroz-vermelho, no rendimento de grãos do arroz cultivado e comparar variáveis explicativas, visando identificar a que proporciona melhor ajuste dos dados ao modelo da hipérbole retangular. Para isso, foram conduzidos dois experimentos a campo na estação de crescimento 1999/00. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial, sendo formados por três épocas de emergência (-9, 0 e 8 dias em relação à emergência do cultivar IRGA 417) e por populações de arroz-vermelho (experimento 1) ou do cultivar simulador (experimento 2). O modelo de regressão não-linear da hipérbole retangular foi utilizado para descrever a relação entre perda de rendimento de grãos e variáveis explicativas. A emergência antecipada do arroz-vermelho ou do cultivar simulador, em relação à do arroz irrigado, aumentou as perdas de rendimento de grãos da cultura. O arroz-vermelho apresentou maior potencial de competição com a cultura de arroz, comparativamente ao cultivar simulador. População de plantas e cobertura do solo dos genótipos competidores apresentaram melhor ajuste do que massa seca como variáveis explicativas, em modelos matemáticos, para estimar perdas de rendimento de grãos em arroz irrigado.