522 resultados para Mortalidade precoce


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OBJETIVO: avaliar a utilidade da curva de regressão normal da gonadotrofina coriônica humana (hCG) no diagnóstico precoce de neoplasia trofoblástica gestacional pós-molar (NTG). MÉTODOS: estudo longitudinal, incluindo 105 pacientes com mola hidatiforme completa (MHC) acompanhadas no Centro de Doenças Trofoblásticas de Botucatu, entre 1998 e 2005. Os títulos da hCG sérica foram mensurados quinzenalmente em todas as pacientes. Curvas individuais de regressão da hCG das 105 pacientes foram estabelecidas. A comparação entre a curva de regressão normal estabelecida em nosso serviço com as curvas individuais da hCG foi usada no rastreamento e diagnóstico (platô/ascensão) de NTG. O número de semanas pós-esvaziamento quando a hCG excedeu o limite normal foi comparado com o número semanas em que a hCG apresentou platô/ascensão. RESULTADOS: das 105 pacientes com MHC, 80 apresentaram remissão espontânea (RE) e 25 desenvolveram NTG. Das 80 pacientes com RE, 7 (8,7%) apresentaram, inicialmente, dosagem da hCG acima do normal, mas, no devido tempo, alcançaram a remissão. Todas as 25 pacientes com NTG apresentaram desvio da curva normal da hCG em 3,8±2,5 semanas e mostraram platô ou ascensão em 8,4±2,9 semanas (p<0,001). CONCLUSÕES: a curva de regressão normal da hCG pós-molar pode ser útil para diagnóstico de NTG.

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OBJETIVO: descrever as características sociodemográficas dos óbitos por câncer do colo uterino em residentes de Recife, Pernambuco, ocorridos entre 2000 e 2004. MÉTODOS: realizou-se um estudo transversal, populacional, com a inclusão de 323 óbitos por câncer do colo uterino, dos quais 261 encontravam-se registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade e 62 foram identificados após investigação das mortes por câncer em porção não especificada do útero. Obteve-se a mortalidade proporcional para todas as variáveis e foram calculadas medidas estatísticas de tendência central e dispersão para a idade. Quanto ao local de residência e faixa etária, realizou-se o teste do χ2 e obteve-se o coeficiente de mortalidade. RESULTADOS: houve predomínio de óbitos em mulheres com idade inferior a 60 anos (54,7%), negras (60,5%), sem companheiro (67,7%), donas de casa (71,2%) e residentes em bairros com baixa condição de vida (53,3%). A maioria das mortes foi hospitalar (85,1%), das quais 90,2% ocorreram na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O coeficiente de mortalidade variou de 0,3 (na faixa etária inferior a 30 anos) a 54,9/100.00 (em maiores de 80 anos). Comparando-se os óbitos por faixa etária e distrito sanitário com as características da população feminina residente na cidade, evidenciaram-se diferenças estatisticamente significantes (p<0,05). CONCLUSÕES: em Recife, os óbitos por câncer do colo uterino são mais freqüentes em mulheres na idade adulta, negras, sem companheiro, donas de casa, residentes em bairros com baixa condição de vida e atendidas na rede hospitalar do SUS, existindo diferenças no risco de morte entre as faixas etárias e o local de residência.

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O rastreamento do câncer do endométrio em mulheres assintomáticas não tem se mostrado custo-efetivo. Os estudos sobre o tema mostram que a ultra-sonografia como método de rastreio apresenta alta taxa de resultados falsos-positivos e efeito desprezível sobre a mortalidade. Desta forma, a estratégia para assistência deve se basear no diagnóstico precoce e tratamento oportuno em mulheres que apresentam sangramento pós-menopausa. A ultra-sonografia transvaginal, por ser método não-invasivo, amplamente disponível e com elevada sensibilidade, deve ser o método propedêutico inicial. Embora não haja consenso acerca do ponto de corte da espessura endometrial ecográfica acima da qual se deva prosseguir a investigação, a histeroscopia diagnóstica com biópsia deve ser o próximo passo. O risco de neoplasia em endométrios com espessura menor ou igual a 3 mm é reduzido o suficiente para limitar a histeroscopia, nesses casos, à situações excepcionais. A biópsia deve ser parte obrigatória da histeroscopia, porque o diagnóstico em bases puramente visuais pode fornecer falsos resultados. A histeroscopia pode ser realizada em regime ambulatorial em mais de 95% dos casos, mesmo em mulheres menopausadas, com raras complicações graves. A adoção de técnicas de exame "sem contato" e a redução progressiva do diâmetro dos histeroscópios tem reduzido o desconforto associado à histeroscopia, enquanto que a utilização de novos instrumentais tem permitido a realização de pequenos procedimentos em nível ambulatorial.

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OBJETIVO: avaliar fatores determinantes de maior ganho na estatura como resultado do tratamento com GnRHa. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 33 meninas com puberdade precoce central idiopática tratadas com GnRHa. Foram avaliadas: idade no início dos sintomas e no início do tratamento, tempo decorrido entre o início de aparecimento dos caracteres puberais e o início do tratamento, idade óssea, avanço da idade óssea, duração do tratamento com GnRHa, altura real e escore Z, altura predita e escore Z e dosagens hormonais de FSH e LH após estímulo com GnRH, que foram correlacionadas com o ganho de altura no final do tratamento, calculada pela diferença entre altura predita no final e início do tratamento. Para análise estatística foi utilizada a correlação linear de Pearson, além da regressão linear múltipla. RESULTADOS: a média de idade no início do tratamento foi 7,8±1,3 anos, com idade óssea média de 10,1±1,6 anos. O avanço da idade óssea era de 2,3±1,1 anos e foi controlado com o tratamento. O ganho em altura predita foi de 2,5±1,3 cm e foi correlacionado positivamente com o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o início do tratamento e com o avanço da idade óssea, além de se correlacionar negativamente com o escore Z da altura no início do tratamento e com a altura predita no início do tratamento, sendo este último o principal fator determinante do ganho obtido com o tratamento. CONCLUSÕES: meninas com maior comprometimento da altura predita para a idade adulta, visualizado pelo maior desvio em relação à população (escore Z) e pelo maior avanço na idade óssea foram as que obtiveram maior benefício com o tratamento com GnRHa, não devendo ser excluídas do grupo a ser tratado.

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A sepse é uma das principais causas de morte materna, estando relacionada a infecções de origem obstétrica (aborto infectado, corioamnionite, infecção puerperal) ou não-obstétricas (resultando de infecções que acometem outros sítios). Esta revisão tem por objetivo descrever os mecanismos envolvidos na fisiopatologia desta entidade e atualização da abordagem clínica da sepse recomendada em diretrizes internacionais ("early goal-directed therapy" - ressuscitação precoce, ou tratamento precoce guiado por metas), bem como chamar a atenção para a influência do estado gravídico tanto no quadro clínico, quanto no manejo terapêutico dos quadros sépticos.

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OBJETIVO: identificar a prevalência e os fatores de risco de colonização materna por estreptococo do grupo B (EGB) em gestantes com trabalho de parto prematuro (TPP) e/ou ruptura prematura pré-termo de membranas (RPM). MÉTODOS: foram colhidos dois swabs anais e dois swabs vaginais de 203 gestantes com diagnóstico de TPP ou RPM entre 22 e 36 semanas completas de gestação atendidas no serviço em um período de um ano. Foram excluídas as gestantes que deram entrada com parto iminente. Um swab de cada local foi colocado em meio de transporte, sendo posteriormente enviados para cultura em placas de ágar-sangue, os outros dois foram incubados por 24 horas em meio de Todd-Hewitt para posterior semeadura em placas de ágar-sangue. Foram analisados fatores de risco com o uso do teste do qui-quadrado, t de Student (p ajustado a 0,05 e intervalo de confiança 95%) e de regressão logística. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, raça, paridade e escolaridade maternas; resultados das culturas por local de coleta e tipo de cultura; diagnóstico de admissão; idade gestacional de admissão; bacteriúria assintomática; idade gestacional no parto; tipo de parto; taxa de colonização neonatal por EGB e resultado neonatal imediato. RESULTADOS: a prevalência de colonização materna por EGB foi de 27,6% (56 gestantes). As taxas de colonização segundo as complicações da gestação foram 30% para RPM, 25,2% para TPP e 17,8% para TPP + RPM. As variáveis "raça branca", "baixo nível de escolaridade" e "bacteriúria" foram associadas a maiores taxas de colonização na análise univariada. A presença de infecção urinária foi a única variável significativamente associada à colonização materna na análise multivariada. A taxa de detecção do estreptococo do grupo B foi significativamente maior com o uso do meio seletivo e com a associação de coleta de culturas anais e vaginais. A taxa de colonização neonatal foi de 3,1%. Ocorreram dois casos de sepse precoce por EGB nesta amostra, com prevalência de 10,8 casos por mil nascidos vivos e mortalidade de 50%. CONCLUSÕES: a amostra avaliada apresenta altas taxas de colonização materna por Streptococcus agalactiae. São necessários o uso de meio de cultura seletivo e a associação de culturas ano-retais e vaginais para aumentar a taxa de detecção do EGB. A incidência de sepse neonatal precoce foi elevada nesta população.

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OBJETIVO: comparar a mortalidade materna declarada pelo Sistema Nacional de Informação sobre Mortalidade (SIM) com a investigação pela pesquisa de óbitos de mulheres em idade reprodutiva (RAMOS), de 10 a 49 anos; identificar a subnotificação e investigar as causas de morte materna (MM) no período de 1999 a 2006. MÉTODOS: série temporal e de base populacional a partir das informações das declarações de óbito (DO), fornecidas em banco de dados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e com as causas de morte codificadas pela Classificação Internacional de Doenças (CID), décima revisão e o número de nascidos vivos (NV). Os óbitos foram categorizados em MM declarada, presumível e não-materna. A identificação dos casos foi feita a partir de listagem com a data de nascimento e de óbito no velório municipal, e as informações complementares ao estudo foram obtidas no Setor de Vigilância Epidemiológica do Comitê Municipal de Investigação da MM (CMIMM). Foram levantadas informações sobre MM contidas no SIM. Nos casos de MM declaradas e não-declaradas, foi identificado o percentual de subnotificação; foram calculadas as razões de mortalidade materna (RMM) oficial e corrigida e o fator de ajuste para o período, e as causas de MM foram revisadas e classificadas. RESULTADOS: foram identificadas 12 MM, sendo seis declaradas e seis não-declaradas. A subnotificação foi de 50%, o que correspondeu a um fator de ajuste igual a dois. A RMM oficial foi 14,7 e a corrigida de 29,4 mortes por 100.000 NV. As causas básicas foram mal atribuídas na maioria dos casos. As causas obstétricas diretas foram mais prevalentes, dentre elas a eclâmpsia e a síndrome HELLP, seguida por infecções. CONCLUSÕES: são necessárias medidas políticas e administrativas para a efetiva atividade dos Comitês de Investigação das MM. A prevalência de causas obstétricas diretas é indicativa de falhas na assistência materna e perinatal.

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OBJETIVO: identificar o perfil, a tendência e os determinantes da mortalidade materna por pré-eclâmpsia/eclâmpsia no estado do Paraná. MÉTODOS: estudo descritivo, de corte transversal sobre a mortalidade materna por pré-eclâmpsia/eclâmpsia, no período entre 1997 e 2005. Os dados foram obtidos dos estudos de caso elaborados pelos Comitês de Mortalidade Materna, que utilizam o método Reproductive Age Mortality Survey para investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil. Foram calculadas a razão de mortalidade materna (RMM) geral e a específica por pré-eclâmpsia/eclâmpsia. Para avaliar a tendência, os triênios foram comparados dois a dois considerando-se a estimação da RMM em cada triênio (p<0,05). Foram analisados 56 óbitos por pré-eclâmpsia/eclâmpsia do triênio 2003 a 2005. As variáveis analisadas foram idade, renda, escolaridade, número e complicações nas gestações, condições do pré-natal, sinais e sintomas relacionados ao agravo, via de parto, tempo de interrupção da gestação, condições do recém-nascido, acesso e tratamento, evitabilidade e medidas de prevenção. RESULTADOS: a RMM geral por triênio apresentou tendência significativa de redução, chegando a 64,3/100.000 nascidos vivos. Houve estabilidade ao longo do tempo na RMM por transtornos hipertensivos, com RMM de 11,8/100.000 nascidos vivos. As mulheres acima de 40 anos e com baixo status socioeconômico apresentaram maiores riscos às primigestas. Constatou-se, com relação ao tratamento, subutilização ou o uso inadequado de medicamentos consagrados no tratamento da pré-eclâmpsia grave e da eclâmpsia. A análise dos comitês apontou que todos os óbitos maternos por este agravo poderiam ter sido evitados. CONCLUSÕES: recomenda-se a implementação de ações voltadas à minimização do conjunto de determinantes dos óbitos por pré-eclâmpsia no Paraná, incluindo a capacitação e o monitoramento dos profissionais de saúde para aplicação dos protocolos de tratamento e a formalização de uma rede de referência ambulatorial e hospitalar qualificada para atendimento à gestação de alto risco e suas intercorrências, com vinculação das gestantes no pré-natal.