566 resultados para Dionísio, Eduarda, 1946- - Personagens Mulheres
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o nÃvel de atividade fÃsica, a qualidade de vida e os fatores associados em mulheres com 60 anos ou mais. MÉTODOS: estudo de corte transversal que incluiu 271 mulheres frequentadoras de um centro de lazer e de mulheres atendidas no Ambulatório de Menopausa em Campinas (SP). As mulheres foram convidadas a participar da pesquisa, que foi realizada com o uso de entrevistas. Os instrumentos utilizados foram o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão 8, modificado para a população idosa para avaliar o nÃvel de atividade fÃsica, e o Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, especÃfico para este grupo (WHOQOL-OLD), para avaliar o escore de qualidade de vida. Os resultados do IPAQ foram avaliados por meio de tercis, e a associação entre resultados do WHOQOL-OLD e IPAQ e caracterÃsticas das mulheres pelos testes t de Student/Mann-Whitney e de análises múltiplas. RESULTADOS: a média etária das mulheres foi de 67,4±5,3 anos. Destas, 33% foram classificadas como pouco ativas. A análise de cada domÃnio da atividade fÃsica mostrou que 60,8% do tempo foi gasto em atividade sentada (1.701,6±986,1 minutos/semana). Ser frequentadora de um centro de lazer, ter maior idade, sem companheiro, maior escolaridade e boa autopercepção do estado de saúde, sem antecedentes de doenças e maior renda foram caracterÃsticas que se associaram significativamente à prática de exercÃcios fÃsicos de intensidade moderada/vigorosa. A análise múltipla evidenciou que frequentar um centro de lazer em Campinas (SP) e ter 70 anos ou mais aumentaram a chance de praticar exercÃcios fÃsicos de intensidade moderada ou vigorosa, respectivamente, em 11,4 vezes e 2,8 vezes. O escore médio de qualidade de vida foi de 66,9±11,7. O maior valor foi observado no domÃnio referente à s habilidades sensoriais (72,0±18,8), e o menor no que se refere à autonomia (60,3±16,2). A regressão linear mostrou que a boa autopercepção da saúde aumentou o escore de qualidade de vida em 7,3 pontos; o uso de maior número de medicamentos diminuiu em 4,4 pontos; e a prática de exercÃcios fÃsicos moderados ou vigorosos aumentou em 4,8 pontos o referido escore. CONCLUSÕES: as mulheres despendem muito tempo na posição sentada. Evidenciou-se a importância da prática de exercÃcios fÃsicos de intensidade moderada/vigorosa contribuindo para a obtenção de uma boa qualidade de vida.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar prospectivamente os efeitos da reconstrução mamária imediata sobre a qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. MÉTODOS: foram incluÃdas 76 mulheres submetidas à mastectomia no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, em Campinas, São Paulo, Brasil, entre Agosto de 2007 a Dezembro de 2008. Dois grupos foram formados, 41 mulheres no grupo de mulheres submetidas à mastectomia associada à reconstrução imediata da mama (M+RI) e 35 no grupo de mulheres submetidas à mastectomia exclusiva (M). A avaliação da qualidade de vida foi feita com o uso do questionário World Health Organization - Quality of Life (WHOQOL-100). O questionário foi aplicado em três momentos: na data da internação, após um mês e novamente seis meses após a cirurgia. Os escores do WHOQOL-100 foram calculados conforme roteiro de análise fornecido pela Organização Mundial de Saúde. Para análise comparativa dos escores entre grupos, foram utilizados os testes t de Student, exato de Fisher, χ2 e Mann-Whitney, quando os dados eram paramétricos. Para análise das medidas repetidas, ao longo do tempo, foi utilizada a ANOVA e ANOVA para medidas repetidas. RESULTADOS: em todos os momentos, desde o pré-operatório, a pontuação média do Grupo M+RI foi maior que o Grupo M, principalmente nos domÃnios fÃsico, psicológico, nÃvel de independência e relações sociais. Dos seis domÃnios abrangidos no questionário, em três (fÃsico, relações sociais, meio ambiente) não foram encontradas diferenças significativas. Houve melhor pontuação para o Grupo M+RI (15,5 a 14,9 no M+RI e 14,3 a 14,2 no M; p=0,04) no domÃnio psicológico. Observou-se redução significativa do nÃvel de independência no primeiro mês pós-operatório em ambos os grupos, com recuperação significativa após seis meses. CONCLUSÕES: os presentes resultados sugerem que a reconstrução mamária imediata é benéfica para aspectos psicológicos da qualidade de vida, sem afetar a funcionalidade fÃsica da mulher.
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OBJETIVO: investigar a prevalência de nÃveis pressóricos elevados em pacientes com sÃndrome dos ovários policÃsticos (SOP) e correlacionar os nÃveis de pressão arterial (PA) com outros fatores de risco cardiovascular. MÉTODOS: por meio de estudo transversal, foram alocadas 113 mulheres com SOP (26,2±4,3 anos) e um Grupo Controle com 242 mulheres saudáveis da população geral (26,8±5,0 anos). As variáveis consideradas foram: PA sistólica e diastólica, parâmetros antropométricos e concentrações séricas de glicose, colesterol total, HDL-colesterol e triglicerÃdeos. Os valores de PA foram classificados de acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. A análise estatÃstica constou da comparação intergrupos com os testes t de Student e do χ2 e análise de correlação com teste de correlação de Pearson. RESULTADOS: o Grupo SOP apresentou prevalência de PA alterada (>130/85 mmHg) significativamente superior ao Grupo Controle (18,6 versus 9,9%, respectivamente; p<0,05). Mulheres com SOP apresentaram valores médios superiores de PA sistólica, Ãndice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), triglicerÃdeos e glicemia de jejum, além de nÃveis inferiores de HDL-colesterol, em comparação ao Grupo Controle (p<0,01). No Grupo SOP, os valores de PA sistólica e diastólica apresentaram correlação positiva significativa com a idade, IMC, CC e triglicerÃdeos (p<0,05). CONCLUSÕES: de acordo com os resultados obtidos, é possÃvel concluir que a frequência de mulheres com valores acima do limite da normalidade das cargas pressóricas foi significativamente superior no Grupo SOP, em relação ao Grupo Controle. Adicionalmente, os valores de PA se correlacionaram com outros fatores de risco cardiovascular. Esses achados alertam para a relevância de estratégias preventivas em mulheres com SOP, no sentido de evitar eventos mórbidos relacionados ao sistema cardiovascular.
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OBJETIVO: avaliar a frequência do polimorfismo no códon 72 do gene TP53 em mulheres inférteis com endometriose, mulheres com infertilidade idiopática, Grupo Controle e sua associação com a doença. MÉTODOS: estudo caso-controle que incluiu 198 mulheres inférteis com endometriose, 70 mulheres com infertilidade idiopática e 169 mulheres férteis sem endometriose como controles. O polimorfismo no códon 72 do gene TP53 (rs1042522, Arg/C:Pro/G), que promove uma troca de C/G na sequência codante, foi identificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, por meio da utilização de sistema TaqMan de primers, flanqueando a região em questão e sondas marcadas com fluoróforos diferentes, uma para o alelo C, outra para o alelo G. Na observação de dois fluoróforos, o paciente foi considerado heterozigoto para o polimorfismo. Na presença de apenas um fluoróforo, o paciente foi considerado homozigoto CC ou GG. O teste do χ2 foi utilizado para comparar as frequências dos genótipos e alelos entre os grupos. Todos os valores de p foram bicaudais, e o nÃvel de significância considerado foi 0,05 (α <0,05). RESULTADOS: não foi encontrada diferença significativa na frequência dos genótipos CC, CG e GG (p=0,7) e alelos C e G (p=0,4) do polimorfismo no códon 72 do gene TP53 entre pacientes inférteis com endometriose em relação aos controles, independentemente do estágio da doença. Em relação à infertilidade, não houve diferença significativa quanto à s mulheres inférteis sem endometriose em relação aos controles na distribuição dos genótipos e alelos (p=1,0 e p=0,8, respectivamente). Considerando o modelo de herança dominante, não houve diferença estatÃstica significante tanto no grupo de endometriose (p=0,5) como no grupo de infertilidade idiopática (p=0,9) em relação aos controles. Observando o modelo recessivo, também não houve diferença significante (p=0,6 e p=1,0, respectivamente) para os grupos de endometriose e infertilidade idiopática. CONCLUSÃO: o estudo mostrou que o polimorfismo no códon 72 do gene TP53 não confere risco genético associado ao desenvolvimento de infertilidade e/ou endometriose, nem mesmo na forma grave da doença, na população brasileira.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a frequência do polimorfismo Fok1 do gene do receptor da vitamina D (VDR) em mulheres inférteis com endometriose e Grupo Controle, e sua associação com a doença. MÉTODOS: estudo caso-controle que incluiu 147 mulheres inférteis com endometriose e 154 mulheres férteis sem endometriose como Controle. O polimorfismo Fok1 (rs10735810, T2C), que promove uma troca de T/C no éxon 2 do gene VDR, foi identificado por PCR-RFLP (análise de polimorfismos de fragmentos de restrição), que envolve a combinação de amplificação por PCR (reação em cadeia da polimerase) e digestão com endonuclease de restrição. O teste do χ2 foi utilizado para comparar as frequências dos genótipos e alelos entre os grupos. Todos os valores de p foram bicaudais, e o nÃvel de significância considerado foi 0,05 (α<0,05). RESULTADOS: os genótipos TT, TC e CC do polimorfismo FokI do gene VDR apresentaram frequência de 44,2%, 46,9% e 8,9% nas mulheres inférteis com endometriose e 41,6%, 50% e 8,4% no Grupo Controle, e não apresentaram diferença significante quando comparados (p=0,8), mesmo quando as pacientes com endometriose foram subdivididas de acordo com o estadiamento da endometriose (p=0,3 para endometriose mÃnima e leve e p=0,2 para endometriose moderada e grave). Em relação aos alelos, T e C estavam presentes, respectivamente, em 67,6% e 32,3% das mulheres inférteis com endometriose (p=0,8), em 63,5% e 36,5% das mulheres com endometriose mÃnima/leve (p=0,5), em 72,5% e 27,5% das mulheres com endometriose moderada/grave (p=0,2), e em 66,6% e 33,4% das mulheres do Grupo Controle. Não foi observada diferença estatÃstica significante na comparação entre nenhum dos grupos e o Grupo Controle. CONCLUSÃO: o estudo mostrou que o polimorfismo Fok1 do gene VDR não confere risco genético associado ao desenvolvimento de endometriose associada à infertilidade na população brasileira.
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OBJETIVO: correlacionar as queixas de incontinência urinária de esforço e os resultados da aplicação do pad test de uma hora em mulheres na pré e pós-menopausa. MÉTODOS: estudo transversal, composto por 60 voluntárias na pós-menopausa, divididas em dois grupos: um com 34 mulheres com queixa de perda involuntária de urina aos esforços, outro com 26 mulheres sem queixas de perda de urina aos esforços. Há também a presença de um Grupo Controle composto por 15 mulheres na pré-menopausa, com ciclo menstrual normal e sem queixas urinárias. Todas as mulheres foram avaliadas quanto à clÃnica e laboratorialmente, e submetidas ao pad test por uma hora. A paciente foi considerada incontinente quando o peso do absorvente após o teste foi maior do que 1 g. Os resultados obtidos foram submetidos à estatÃstica descritiva, ao teste paramétrico ANOVA, ao pós-teste de Turkey e à correlação de Pearson. RESULTADOS: todas as mulheres na pós-menopausa apresentaram incontinência urinária de esforço durante o pad test, tanto as que referiram perda urinária (4 g), como as sem perda urinária prévia (3,5 g). Nessas mulheres, observou-se uma forte correlação das perdas de urina com o tempo de menopausa (r=0,8; p<0,01) e com o Ãndice de massa corpórea (IMC) (r=0,7; p= 0,01). As mulheres na pré-menopausa mantiveram-se continentes durante o pad test (0,4 g). CONCLUSÕES: os resultados obtidos com a aplicação do pad test de uma hora mostraram que todas as mulheres na pós-menopausa apresentavam incontinência urinária de esforço, inclusive aquelas que não apresentavam queixa de perda de urina aos esforços. Essa perda de urina correlaciona-se com o tempo de menopausa e com o IMC.
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OBJETIVO: avaliar a frequência de resultados gestacionais e neonatais desfavoráveis em mulheres com rastreamento positivo e diagnóstico negativo para diabetes mellitus gestacional. MÉTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal, retrospectivo e descritivo realizado entre 2000 e 2009. Foram incluÃdas no estudo 409 gestantes com rastreamento positivo para diabetes mellitus. As variáveis estudadas foram: maternas (idade, Ãndice de massa corpórea, antecedente de cesárea, macrossomia ou diabetes mellitus em gestação anterior, antecedente pessoal e familiar de diabetes mellitus e hipertensão arterial crônica) e neonatais (poli-hidrâmnio, idade gestacional por ocasião do parto, prematuridade, cesárea, recém-nascido (RN) grande para idade gestacional (GIG), macrossomia, Ãndice de Apgar, sÃndrome do desconforto respiratório, hipoglicemia e hiperbilirrubinemia). Inicialmente foi realizada análise descrita uni e multivariada para a ocorrência de fatores de risco e desfechos neonatais. Foram descritas as prevalências e respectivos intervalos de confiança a 95%. RESULTADOS: em 255 (62,3%) das gestantes a via de parto foi cesárea. Quanto aos resultados perinatais, 14,2% dos RN foram classificados como prematuros e 19,3% dos RN como GIG. Os fatores de risco correlacionados com RN GIG foram sobrepeso ou obesidade, idade materna e antecedente de macrossomia em gestação anterior. CONCLUSÕES: na população com fatores de risco positivos ou glicemia de jejum alterada na primeira consulta do pré-natal, mesmo com curva glicêmica normal observa-se taxa de RN GIG elevada assim como Ãndice de cesárea acima dos valores habitualmente presentes nas populações consideradas de baixo risco. As grávidas com tais caracterÃsticas constituem um grupo diferenciado.
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OBJETIVO: avaliar a frequência de células da junção escamo-colunar (JEC) em esfregaços cérvico-vaginais de mulheres com 40 anos ou mais. MÉTODOS: foi realizado um estudo retrospectivo, com revisão de 24.316 laudos colpocitológicos realizados no perÃodo de janeiro de 2005 a dezembro de 2008, para avaliação dos casos sem material da JEC. Os critérios de exclusão foram: hiterectomia total, esfregaços com atrofia intensa ou insatisfatórios para análise, casos sem visualização do colo uterino ou com o orifÃcio externo do colo uterino fechado ao exame e aqueles sem a idade da paciente. Foram incluÃdas neste estudo 21.866 citologias cérvico-vaginais. Avaliou-se a relação entre a presença de material da JEC e uso de terapia de reposição hormonal (TRH) nas pacientes com 40 anos ou mais e a relação entre presença de material da JEC e processo inflamatório moderado a intenso nas pacientes com idade inferior ou igual a 39 anos. Para análise estatÃstica utilizou-se o teste do χ2 e o teste de razão de chances. RESULTADOS: apenas 11,2% das pacientes com idade inferior a 40 anos não apresentavam material da JEC em seus esfregaços, enquanto nas pacientes com 40 anos ou mais, 47% não apresentavam (p=0,0001). A maioria das pacientes com 40 anos ou mais (92,1%) não fazia uso de TRH e este não foi um fator preditor da incidência de material da JEC nestas pacientes (p>0,05). Em contrapartida, a maioria das pacientes com idade inferior a 40 anos sem material da JEC (74,5%) apresenta inflamação exuberante no esfregaço (p=0,0001). CONCLUSÃO: pacientes com 40 anos ou mais apresentam uma menor incidência de material da JEC em esfregaços cérvico-vaginais, e inflamação é um fator que contribui para ausência de material da JEC nos esfregaços das pacientes com idade inferior a 40 anos.
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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida de pacientes com osteoporose e osteopenia, acompanhadas em ambulatórios especializados em osteoporose e climatério, comparando-as com pacientes com densidade mineral óssea (DMO) normal. MÉTODOS: estudo de série de casos transversal, observacional, que se propôs a analisar, por meio do questionário Medical Outcomes Study 36 Short-Form Health Survey (SF-36), a qualidade de vida de mulheres com osteopenia e osteoporose. Foram avaliadas 124 mulheres na pós-menopausa divididas em três grupos: 55 pacientes com diagnóstico densitométrico de osteoporose, 35 com o de osteopenia e 34 que apresentavam DMO normal. Os três grupos foram comparados com relação aos dados demográficos, caracterÃsticas clÃnicas e de estilo de vida e aos diferentes domÃnios do SF-36. RESULTADOS: as pacientes dos grupos osteopenia e DMO normal apresentaram menor idade média (56,7±7,1 e 52,9±5,4 anos), maior Ãndice de massa corpórea (IMC) (28,6±3,7 e 30,9±5,1 kg/m²) e menor tempo de menopausa (8,4±5,9 e 5,8±4,5 anos) quando comparadas ao grupo osteoporose (61,8±10,1 anos, IMC de 25,7±5,3 kg/m², 15,5±7,5 anos, respectivamente; p<0,05). De acordo com o SF-36, não houve diferença significativa entre os grupos com relação aos domÃnios, à exceção do domÃnio vitalidade, que se mostrou superior no grupo osteoporose. Com relação à impressão pessoal sobre seu estado de saúde, das pacientes que o consideraram bom, um maior percentual pertencia ao grupo osteoporose, e entre aquelas que o consideraram ruim, um percentual menor pertencia ao grupo osteopenia. CONCLUSÃO: a qualidade de vida foi similar em mulheres com osteoporose e osteopenia, em relação à s com DMO normal, à exceção do domÃnio vitalidade, que foi superior, paradoxalmente, nas pacientes com osteoporose.
Relação entre qualidade de vida e fratura vertebral em mulheres idosas residentes no Sul do Brasil
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OBJETIVO: Verificar a relação entre qualidade de vida e fratura vertebral em mulheres com mais de 60 anos em uma cidade do Sul do Brasil. MÉTODOS: Realizado estudo caso-controle com aplicação do questionário WHOQOL-bref em 100 mulheres residentes na cidade Chapecó (SC), com idade superior a 60 anos, na pós-menopausa de raça branca ou caucasoide, sem prejuÃzo cognitivo importante ou história pessoal doenças que sabidamente afetem o metabolismo ósseo ou neoplasias malignas. A população foi dividida em dois grupos dependendo da existência ou não de fraturas vertebrais na radiografia de coluna. Foram analisadas variáveis relacionadas à historia médica atual e pregressa, hábitos de vida e história familiar de fraturas, e os domÃnios e facetas que compõe o WHOQOL-bref. RESULTADOS: Observou-se que as mulheres com fratura tinham maior média de idade do que as sem fraturas (p<0,05). Também pareceu haver tendência a pertencerem a classe social mais alta, terem mais anos de estudo, maior renda familiar, e maior frequência de utilização de bebida alcoólica (p>0,05). Na avaliação dos domÃnios que compõem o WHOQOL-bref, a maior média deste grupo foi no psicológico (..=63,6±13,0), e a menor no meio ambiente (..=58,8±9,3). No grupo sem fratura, a maior média também ocorreu no domÃnio psicológico (..=67,2±9,3), já a menor ocorreu no das relações sociais (..=57,5±7,7). A análise estatÃstica não mostrou correlação significativa entre as médias das facetas que compõem os domÃnios entre os grupos com e sem fraturas. CONCLUSÃO: Este estudo sugere não haver prejuÃzo na qualidade de vida de idosas com fratura vertebral, mas sua relação com o tempo de ocorrência e gravidade das fraturas deve ser melhor avaliada. Ambos grupos tiveram escores mais elevados no domÃnio psicológico, mostrando que as entrevistadas se apóiam em crenças pessoais, espiritualidade e religião, aceitam sua aparência fÃsica mantendo a autoestima e a capacidade de pensar, aprender e concentrar-se, independentemente da existência do agravo. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, e nem entre os domÃnios no mesmo grupo.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a densidade mineral óssea (DMO) e os fatores de risco associados à osteoporose na pós-menopausa. MÉTODOS: Estudo clÃnico transversal com 431 mulheres (idade 40 - 75 anos). Foram incluÃdas mulheres com: amenorréia >12 meses e idade >45 anos ou, ooforectomia bilateral >40 anos, com DMO (escore T de coluna lombar/colo de fêmur) pelo DEXA dos últimos 12 meses. Fatores de risco avaliados: idade, idade e tempo de menopausa, tabagismo, atividade fÃsica (30 min/5 vezes/ semana), artrite reumatoide (AR), uso de corticoterapia e de terapia hormonal (TH), fratura prévia, fratura materna de quadril e Ãndice de massa corpórea (IMC=peso/altura²). Foram empregodos teste do χ² e método de regressão logÃstica no risco (Odds Ratio - OR) para osteoporose. RESULTADOS: Pelos critérios da Organização Mundial da Saúde, 106 (24,6%) mulheres apresentavam osteoporose (escore T <-2,5DP), 188 (43,6%) osteopenia (-1,0/-2,4DP) e 137 (31,8%) eram normais (>-1,0DP). Foi detectada osteoporose em 12% das mulheres com idade entre 40 e 49anos, em 21,8% no grupo de 50 a 59 anos e 45,7% nas mulheres com idade >60anos (p<0,001). Osteoporose ocorreu em 11,8% com tempo de menopausa <5 anos, 29,4% de 6 - 10 anos, e 41% >10anos (p<0,001). Naquelas com idade da menopausa <40 anos, 80% apresentaram osteopenia/osteoporose (p=0,03) e com IMC<20kg/m², 50% osteoporóticas (p<0,001). O risco de detectar osteoporose aumentou com a idade (OR=1,1; IC95%=1,0-1,1), tempo de menopausa (OR=1,0; IC95%=1,0-1,1), tabagismo atual (OR=2,1; IC95%=1,2-3,8), AR (OR=3,6; IC95%=1,3-9,6) e história materna de fratura de quadril (OR=2,1; IC95%=1,1-3,0) (p<0,05). Contrariamente, o uso de TH (OR=0,49; IC95%=0,3-0,9) e elevado IMC (OR=0,9; IC95%=0,8-0,9) reduziram o risco de detecção da osteoporose (p<0,05). CONCLUSÃO: Em mulheres na pós-menopausa, idade, tempo de menopausa, tabagismo e história materna de fratura, foram indicadores clÃnicos do risco para osteoporose, enquanto o uso de TH e IMC elevado, apresentaram-se como fatores protetores.