519 resultados para Listeria spp
Resumo:
Objetivando-se a verificação da resistência de genótipos de algodão ao herbicida diuron, foi conduzido um ensaio de casa-de-vegetação, na Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. Utilizaram-se representantes das espécies G. hirsutum latifolium Hutch. (IAC-17 e BR-1), G. hirsutum marie galante Hutch. (C-71) e G. barbadense brasiliense Hutch . (Rim-de -Boi). O ensaio foi delineado em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e com quatro repetições. As parcelas foram as doses do herbicida 0,000; 0,048; 0,096; 0,357; 0,714 e 1,428 kg/ ha, aplicadas quando as plantas estavam no estádio de uma a duas folhas verdadeiras, na superfície do substrato, que foi de areia de rio lavada, evitando-se o contacto com a fitomassa hidratada epígea das plantas. As sub parcelas foram os genótipos de algodoeiro. Cada parcela era representada por uma caixa de madeira de 37,2cm x 40,7cm x 11,0cm de dimensões, preenchida com areia de rio, onde foram colocadas as sementes, por linha, de cada genótipo, previamente tratadas com ácido sulfúrico. Os resultados mostraram que os cultivar es IAC- 17 e BR-1 foram mais resistentes ao estresse químico causado pelo herbicida, que os demais genótipos testados, conforme foi revelado pelos valores obtidos para as variáveis: grau de fitotoxicidade, 15 dias após a aplicação do produto, altura plantular, peso da fitomassa hidratada, peso da fitomassa, taxa de elongação caulinar e taxa de crescimento relativo em fitomassa hidratada epígea. O cultivar Rim-de -Boi mostrou-se o mais sensível ao diuron tendo-se verificado que, com uma dose de 0,096 kg/ ha, o estresse já se transformava em dano. O cultivar C-71, que é um polihíbrico natural, envolvendo os genomas do G. hirsutum latifolium e do G. barbadense, apresentou -se intermediária, no que se refere à capacidade de resistir ao estress e químico provocado pelo diuron. Tais resultados evidenciam que na recomendação de doses do diuron para a cultura do algodão, deve-se levar em consideração, além dos demais fatores já sabidos, o cultivar a ser plantado.
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Para avaliar o controle químico e a influência na população de plantas daninhas incidentes na cultura da cana-de-açucar (cana-soca, 3o corte), variedade NA56-79, em função da aplicação de diferentes doses de vinhaça, foi instalado um ensaio em solo pertencente a Usina Santa Lúcia de Açúcar e Álcool, do município de Araras-SP. O solo foi um Latassol Vermelho Amarelo distrófico, textura média, Haplorthox. O experimento foi instalado no dia 10/08/83, com o solo seco no momento da aplicação da vinhaça, não ocorrendo qualquer precipitação nos dez dias seguintes à aplicação. A aplicação da vinhaça foi feita através de veículos tanque, e a aplicação regulada para uma vazão de 50m3/ha , de tal forma que nas dosagens de 100 e 150m3 /ha foram feitas 2 e 3 passadas, respectivamente. Os herbicidas foram aplicados através de pulverizador costal à pressão constante, com um consumo de calda de 370 1/ha. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com parcelas subdivididas e 3 repetições e os tratamentos foram vinhaça a 0,50, 100 e 150 m3 /ha e adubação mineral. Por outro lado os subtratamentos foram os herbicidas das alachlor (2-cloro-2-6-dietil-metoximetil-acetanilida) a 2,40 kg i.a/ha, diuron (3-(3,4-dicloro-fenil)-1, 1-dimetil-uréia) a 1,6 kg i.a/há, ametrin (2-(etilamino)-4-(isopropilano)-6-(metiltio)-S-triazina a 2,40 kg i.a/ha e tebuthiuron (N-(5-(1,1-dimetiletil)-1, 3,4-tiadiazol-2-il)-1,3-N, N-dimetil-uréia) a 0,96 kg i.a/ha. A infestação do capim-colchão (Digitaria horizontalis Willd) foi maior na área que recebeu apenas adubação mineral, com doses crescentes da vinhaça a população dessa espécie foi se elevando. O controle mais eficiente foi proporcionado por tebuthiuron. Com alachlor houve melhora pronunciada de controle, quando aplicado com 100 m3 /ha de vinhaça. Este fato também ocorreu com o diuron e menos acentuadamente com o ametrin. A tiririca (Cyperus rotundus L.) infestou menos intensamente os tratamentos que receberam 150 m3 /ha de vinhaça e aumentou sua população com a diminuição da dose. O melhor controle foi obtido com alachlor e o menos satisfatório com o tebuthiuron. A beldroega (Portulaca oleracea L.), guanxuma (Sida rhombifolia L.) e falsa-serralha (Emilia sonchifolia D.C.) tiveram suas populações alteradas em função da interação entre doses de vinhaça e herbicidas. Verificou-se que as diferentes doses de vinhaça influenciaram a população de capim-colchão, tiririca, beldroega, guanxuma e falsa-serralha. As doses de 100 e 150 m3 /ha, exerceram influência sobre o comportamento dos herbicidas, em especial alachlor e diuron, nas condições do presente experimento.
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Esta pesquisa objetivou a avaliar a seletividade de imazapic às soqueiras de cana-de-açúcar, cultivar RB 835089, comparado a imazapyr e tebuthiuron. O estudo foi conduzido no município de Araras-SP, durante o período de 1999/2000, em solo de classe textural franco-argilo-arenosa, devidamente corrigido e adubado. A instalação do experimento foi em blocos, com sete tratamentos casualizados e cinco repetições, a saber: imazapic (73,5; 98,0; e 122,5 g ha-1), imazapyr (125,0 g ha-1) e tebuthiuron (1.100,0 g ha-1). Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência inicial da cultura, além das testemunhas com e sem capinas. Foi possível concluir que todos os produtos testados causaram leves sintomas de intoxicação inicial nas plantas de cana-de-açúcar, com total recuperação aos 100 dias após os tratamentos, sem prejuízo da produtividade e qualidade da matéria-prima.
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Este trabalho foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal-UNESP, com o objetivo de estudar o efeito de diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar deixadas na superfície do solo sobre a emergência de algumas espécies de plantas daninhas pertencentes à família Convolvulaceae. Os tratamentos foram distribuídos no esquema de parcelas subsubdivididas, com a quantidade de palha nas parcelas de 0, 5, 10, 15 e 20 t ha-1, as variedades SP 79 2233 e RB 83 5486 nas subparcelas e as espécies de plantas daninhas nas subsubparcelas. Aos 45 dias após semeadura (DAS), a presença de 15 t ha-1 de palha reduziu em 46 e 62% o número de plantas de I. quamoclit e M. cissoides, respectivamente. Entretanto, a presença de 20 t ha-1 reduziu em 82, 65, 62, 70, 60 e 88% o número de plantas de I. quamoclit, I. purpurea, I. grandifolia, I. hederifolia, I. nil e M. cissoides, respectivamente, quando comparadas à ausência de palha.
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A eficácia dos herbicidas aplicados à folha é influenciada pela morfologia da superfície foliar que recebe a calda. A topografia da superfície foliar, o grau e o tipo da formação da cera epicuticular e a presença, tipo e distribuição de tricomas são características que influenciam a distribuição da calda pulverizada sobre a superfície foliar e, conseqüentemente, a eficácia do controle da planta daninha. Diante desses fatos, o presente trabalho teve como objetivo conhecer morfologicamente a superfície foliar de três espécies de guanxuma (Sida rhombifolia , Sida glaziovii e Sida cordifolia ). A pesquisa foi desenvolvida no Núcleo de Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária (NAP/MEPA), instalada na ESALQ/USP-Piracicaba/SP. As amostras biológicas foram fixadas, posteriormente desidratadas, secas ao ponto crítico e recobertas com ouro. Após a evaporação com metal, as amostras das folhas foram observadas em microscópio eletrônico de varredura Zeiss, operando entre 5 e 15 kV. Verificou-se que a superfície adaxial das espécies S. rhombifolia e S. glaziovii apresentou tricomas estelares e simples (não-ramificados), tanto curtos como longos, e também glandulares simples, tanto curtos como longos; S. glaziovii apresentou a maior quantidade destes. A espécie que apresentou maior presença de ceras epicuticulares foi S. rhombifolia, cuja aparência é estriada e a orientação aleatória. Das três espécies, S. cordifolia foi a que mostrou menor quantidade de tricomas, possuindo na superfície adaxial predominantemente tricomas simples e/ou com duas ramificações e também tricomas glandulares simples e curtos. A cutícula apresentou superfície plana e lisa, sem o aspecto estriado das outras duas espécies analisadas. Todas as espécies são anfiestomáticas, com predominância do tipo anomocítico, que é característico da família Malvaceae.
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Esta pesquisa teve o objetivo de comparar a tolerância de duas espécies de capim-colchão (Digitaria ciliaris e D. nuda) ao diuron e avaliar se os processos de absorção e/ou translocação do herbicida estão envolvidos no mecanismo de tolerância. Para determinar o nível de tolerância das duas espécies de capim-colchão, plantas em estádio vegetativo de três folhas verdadeiras foram pulverizadas com diferentes doses do diuron. A partir dos resultados de massa seca das plantas coletadas aos 21 dias após aplicação (DAA), foi feito o ajuste das curvas de dose-resposta log-logístico. Os estudos de absorção e translocação do herbicida foram feitos utilizando 14C-diuron, medindo-se a radioatividade em diferentes partes das plantas a 0, 3, 6, 12, 24 e 48 horas após tratamento (HAT). Os resultados foram expressos em porcentagens obtidas em relação à radioatividade recuperada. A relação (T/S) entre a dose necessária para redução do acúmulo de massa seca da planta (GR50) aos 21 DAA da espécie D. nuda e o GR50 da D. ciliaris foi de 2,7, comprovando a diferença de sensibilidade entre as espécies. Não houve diferenças nos resultados de absorção entre as espécies. A translocação foi mínima em ambas as espécies. No presente trabalho, concluiu-se que a absorção e/ou a translocação não foram os mecanismos de tolerância ao diuron presente na espécie de capim-colchão Digitaria nuda.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do período e volume de aplicação na segurança da atividade de tratoristas aplicando herbicidas na cultura de cana-de-açúcar com o pulverizador de barra montado em trator e a eficiência de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de uma cabina acoplada ao trator. As exposições dérmicas de 13 condições de trabalho foram avaliadas e analisadas estatisticamente por meio do delineamento inteiramente ao acaso e do esquema fatorial 3 x 2 x 2 + 1. O fator A foi a condição de exposição: 1) exposição dérmica potencial (EDP) - sem nenhuma medida de segurança; 2) exposição com cabina no trator (Cabina); e 3) exposição com as vestimentas (EPI). O fator B foi o volume de aplicação: 1) 200 L ha-1 e 2) 100 L ha-1; e o fator C foi o período de aplicação: 1) diurno e 2) noturno. Como testemunha foi avaliada a EDP do tratorista aplicando na atividade usual de 300 L de calda ha-1, no período diurno. As exposições dérmicas (EDs) aos herbicidas considerados nessas condições de trabalho foram estimadas por meio de dados substitutos das EDs avaliadas ao cátion Cu+2 adicionado como traçador nas caldas aplicadas. O pulverizador utilizado foi do modelo PJ 600, com barra de 12 m de comprimento e 24 bicos de jato plano TT 110 04 ou TT 110 02. As 13 condições de trabalho avaliadas foram classificadas como seguras (MS>1) para o tratorista aplicando os herbicidas glyphosate (48% i.a.), MSMA (48%), diuron (46,8%) + hexazinone (13,2%), clomazone (50%), sulfentrazone (50%), ametryne (50%), diuron (50%), isoxaflutole (75%), metribuzin (48%), 2,4-D (80,6%), ametryne (30%) + clomazone (20%), ametryne (73,25%) + trifloxysulfuron (1,85%) e tebuthiuron (80 %) e inseguras para o herbicida atrazine (50%), nos dois períodos e nos três volumes de aplicação, e ametryne (50%), na aplicação diurna e 100 L de calda ha-1. As aplicações noturnas e os volumes de aplicação reduzidos tornaram as condições de trabalho mais seguras, exceto para o atrazine. A eficiência dos EPIs para a aplicação de 300 L ha-1 variou de 69,5 a 89,3%, e a da cabina do trator variou entre 76,4 e 83,3%, em relação aos volumes reduzidos de 100 e 200 L ha-1.
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Este trabalho constituiu-se na análise da variabilidade genética de acessos de egéria (Egeria spp.) coletados em sete reservatórios de geração de energia do Estado de São Paulo. Foi utilizada a técnica de RAPD (DNA polimórfico amplificado ao acaso), na qual seis primers (X03, Y09, Y11, Z11, Z12 e W06) permitiram a análise de 23 locos polimórficos na espécie Egeria densa. Os materiais dos reservatórios de Nova Avanhandava e Promissão foram os mais semelhantes geneticamente, visto que se localizam em seqüência no rio Tietê. Os reservatórios de Salto Grande e Promissão apresentaram plantas com o maior índice de distância genética (0,1792). Para a espécie Egeria najas foram analisados 52 locos polimórficos, resultantes da amplificação de nove primers (X01, X02, X03, X05, X09, X10, X11, Z11 e Z13). A maior distância genética verificada foi de 0,2791, entre os reservatórios de Ibitinga e Jupiá, como conseqüência da distância geográfica entre esses reservatórios.
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Este trabalho objetivou avaliar os efeitos da aplicação de óleo de fúsel, comparativamente a vinhaça e flegmaça, sobre o desenvolvimento e a composição química de plantas de guanxuma (Sida rhombifolia), capim-braquiária (Brachiaria decumbens) e cana-de-açúcar (variedade RB72454), cultivadas simultaneamente em casa de vegetação. As concentrações de 12,5; 25,0; 50,0; e 100,0% (v/v) de cada subproduto e a testemunha (água) foram aplicadas (numa taxa equivalente a 150 m³ ha-1) no solo dos vasos (22 L), contendo uma planta de cana-de-açúcar (13 cm de altura) e 100 sementes de cada planta daninha. O delineamento foi o inteiramente casualizado, com 13 tratamentos e 4 repetições, em esquema fatorial 3 x 4 (três tipos de resíduos e quatro concentrações), e uma testemunha adicional com água. O óleo de fúsel inibiu a emergência de Sida rhombifolia e Brachiaria decumbens e matou a cana-de-açúcar. A vinhaça e a flegmaça prejudicaram a emergência e o desenvolvimento de B. decumbens, bem como o de S. rhombifolia, mas não o da cana-de-açúcar.
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A presença de biótipos de Bidens pilosa e B. subalternans resistentes aos herbicidas inibidores da ALS nas lavouras de soja tem sido constatada em diversos locais do país. Este trabalho teve por objetivo desenvolver uma metodologia prática de detecção de biótipos resistentes de Bidens spp. aos herbicidas do grupo dos inibidores da ALS, através de testes germinativos em solução herbicida. O trabalho foi dividido em três fases de experimentos independentes. A primeira fase constituiu-se da elaboração de curvas do tipo dose-resposta para um biótipo suscetível de Bidens spp. quando germinado em soluções de quatro herbicidas pré-emergentes (flumetsulan, diclosulan, imazaquin e metribuzin). O objetivo desta fase foi conhecer quais herbicidas se adaptam melhor à metodologia, utilizando as seguintes doses: 2C, 1C, 1/2C, 1/4C, 1/8C, 1/16C, 1/32C, 1/64C e água (em que C = dose comercial). A segunda fase constituiu-se da elaboração de curvas do tipo dose-resposta para os herbicidas selecionados na primeira fase (imazaquin e metribuzin) utilizando-se um biótipo resistente, com a intenção de identificar a dose que proporciona a maior amplitude de resposta entre os diferentes biótipos. A terceira fase constituiu-se da instalação de um teste comparativo, simultâneo, entre três biótipos resistentes e um biótipo suscetível, quando expostos à germinação nas soluções dos herbicidas selecionados na primeira fase, utilizando-se das doses escolhidas na segunda fase. Os biótipos resistentes de Bidens spp. apresentaram maior capacidade de desenvolver radículas em solução herbicida de imazaquin a 87,5 mg L-1 quando comparados com os biótipos suscetíveis, fato que comprova a aplicabilidade do método. A metodologia de identificação de biótipos resistentes de Bidens spp. através de testes germinativos em solução herbicida caracteriza-se como uma alternativa rápida e eficiente de identificação de biótipos.
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Imazapyr has presented excellent results in controlling coppices in stand reforms of eucalypt forests, despite differences in the efficacy levels. To find out whether these different responses are caused by the genetic variability of the cultivated materials, two experiments were carried out under greenhouse conditions with different imazapyr doses in a hydroponic system in plastic vases containing 2,500 mL solution. The clones IEF-1 (Eucalyptus grandis x Eucalyptus sp. hybrid), GE 463 (E. urophylla x E. grandis), and MN 445 (E. grandis x Eucalyptus sp. hybrid) were used in the first assay, and IEF-1, IEF2 (E. grandis x E. urophylla) x Eucalyptus sp. hybrid) and the clones 129 and 7182 (E. grandis x Eucalyptus sp. hybrids) in the second assay. Thirty days after transplanting the seedlings to a nutritive solution, imazapyr was applied to the solution at doses of 0.00, 0.05, 0.10, 0.20, 0.40, 0.80, 1.60 and 3.20 muL L-1. Clone GE 463 proved to be more tolerant to imazapyr than clones IEF-1 and MN 445 in the first assay; however, in the second, clone 7182 was the most tolerant. Thus, doses should also be differentiated when controlling coppices, according to the cultivated clone.
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Bidens spp., conhecidas como picão-preto, são espécies daninhas que interferem no rendimento das culturas anuais. Nos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, o seu controle com herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS) está se tornando ineficiente, sugerindo o aumento de populações resistentes a esse grupo de herbicidas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a distribuição geográfica de Bidens spp. resistente aos herbicidas inibidores da ALS em propriedades do Rio Grande do Sul e Paraná e determinar os principais aspectos agronômicos envolvidos na seleção dos indivíduos resistentes. Sementes de biótipos de picão-preto foram coletadas em 35 municípios desses dois Estados, em áreas onde ocorre resistência aos herbicidas mencionados. Na ocasião da coleta das sementes, entrevistaram-se os produtores quanto a manejo das plantas daninhas, sistema de preparo do solo, rotação de culturas e colheita. Os resultados evidenciam que Bidens spp. resistentes aos herbicidas inibidores de ALS estão amplamente distribuídas no Rio Grande do Sul e no Paraná. Constatou-se ausência de rotação de culturas e ampla adoção do sistema de plantio direto. O provável fator responsável pela seleção de biótipos de Bidens spp. resistentes aos herbicidas foi o elevado uso de inibidores da ALS nas áreas amostradas.
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Este trabalho teve como objetivos determinar a eficácia e seletividade do carfentrazone-ethyl no controle de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar e avaliar curvas de dose-resposta desse herbicida em Ipomoea spp. e Commelina benghalensis. Desenvolveu-se um ensaio de campo, em pós-emergência das plantas daninhas e da cultura (cv. RB72-454). O delineamento experimental utilizado foi do tipo blocos ao acaso, com os seguintes tratamentos: carfentrazone a 5, 10, 20, 30 e 50 g ha-1 e metribuzin a 2.400 g ha-1. As plantas daninhas que infestavam a área eram Ipomoea nil, I. grandifolia, I. quamoclit, Momordica charantia e C. benghalensis. As avaliações de controle visual e fitotoxicidade foram realizadas aos 15, 30 e 45 dias após a aplicação dos herbicidas. Para elaboração das curvas de dose-resposta, um experimento foi instalado em casa de vegetação, com as plantas daninhas I. nil, I. hederifolia, I. grandifolia, I. quamoclit e C. benghalensis. As doses do herbicida carfentrazone foram: 10D, 4D, 2D, D, 0,5D, 0,25D, 0,125D, 0,1D e 0,01D, em que D = 20 g ha¹. Os dados foram analisados a partir de curvas de dose-resposta de controle visual e massa fresca. No experimento de campo, observou-se excelente controle das plantas daninhas, sendo a dose de 50 g ha-1 de carfentrazone a mais eficiente. Nenhum tratamento causou danos à cana-de-açúcar. O experimento de casa de vegetação permitiu concluir que a ordem decrescente de sensibilidade das espécies de corda-de-viola ao carfentrazone-ethyl é: I. hederifolia > I. quamoclit > I. nil > I. grandifolia; e que C. benghalensis é controlada pelo carfentrazone a partir da dose de 5 g ha-1.
Resumo:
Espécies de plantas daninhas apresentam elevada variabilidade genética entre plantas dentro de uma população e exibem potencial para adaptar-se ao manejo realizado para o seu controle. Sementes de picão-preto foram coletadas em uma área retangular de 60 hectares, numa propriedade do município de Almirante Tamandaré do Sul-RS, com suspeita de resistência aos inibidores de ALS e cultivada com soja por aproximadamente 20 anos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a variabilidade genética de acessos de Bidens spp. oriundos de uma única propriedade, verificar a dispersão da resistência na gleba amostrada e determinar a relação entre o coeficiente de similaridade genética e a distância geográfica entre os acessos da mesma população. A área foi dividida em 100 pontos de coleta georreferenciados, dentre os quais apenas 40 possuíam plantas de Bidens spp. Essas sementes foram colocadas em potes plásticos com capacidade de 300 ml e, quando as plântulas apresentavam duas folhas, foram submetidas à aspersão de chlorimuron na dose de 200 g ha-1, para confirmação da resistência. A extração do DNA foi realizada a partir de adaptações de protocolos existentes na literatura. No mínimo 20 plantas de cada ponto amostrado foram utilizadas para a formação de bulk's de DNA. Vinte e seis primers do kit operon foram utilizados. Os acessos de Bidens spp. apresentaram grande variabilidade genética dentro da população. A análise de RAPD não permitiu separar as espécies Bidens pilosa e Bidens subalternans. A resistência aos herbicidas inibidores de ALS está disseminada em toda a área amostrada dentro da propriedade. Não ocorre relação entre distância geográfica e similaridade genética entre os acessos da população.
Resumo:
A eficiência do glyphosate no controle de Brachiaria brizantha cv. Marandu em áreas de cultivo do Tifton 85 foi avaliada utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados, com oito doses de glyphosate (0, 90, 180, 360, 720, 1.080, 1.440 e 1.800 g ha-1), e quatro repetições. Cada parcela foi constituída de um vaso com duas plantas de B. brizantha cv. Marandu e duas plantas de Tifton-85. A aplicação do herbicida foi feita quando as plantas de B. brizantha apresentavam cerca de 40 cm de altura. O nível de intoxicação nas plantas de Tifton 85 e a eficiência do herbicida no controle de B. brizantha foram avaliados aos 15, 30 e 60 dias após aplicação (DAA). Aos 60 DAA, as plantas foram colhidas ao nível do solo e secas em estufa. A rebrota foi avaliada, do mesmo modo, aos 60 dias após o corte (DAC). Obeservou-se controle superior a 90% de B. brizantha, a partir da dose de 738,28 g ha-1 de glyphosate, enquanto a intoxicação para as plantas de Tifton 85 foi de apenas 12,05. Aos 60 DAA, houve redução na produção de massa seca de braquiária a partir da dose de 90 g ha-1. Doses superiores a 720 g ha-1 diminuíram o crescimento e desenvolvimento do Tifton 85, afetando sua produção, sem, no entanto, ocasionar a morte das plantas. Os resultados evidenciam boa tolerância do Tifton 85 até a dose de 720 g ha-1 de glyphosate.