515 resultados para Conyza spp
Resumo:
O glyphosate é um herbicida não-seletivo utilizado para controlar plantas daninhas há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul. A buva (Conyza bonariensis) é uma espécie daninha comum nos Estados da região Sul do Brasil e tradicionalmente controlada com uso de glyphosate. Entretanto, nos últimos anos plantas de buva têm apresentado poucos sintomas de toxicidade em resposta ao tratamento com glyphosate, sugerindo que estas plantas são resistentes ao herbicida. Assim, com o objetivo de avaliar a resposta de uma população de plantas de buva a glyphosate, foram realizados três experimentos: um em campo e dois em casa de vegetação. No experimento em campo, os tratamentos avaliados constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), e os herbicidas paraquat (400 g ha-1) e 2,4-D (1.005 g ha-1) foram empregados como produtos testemunhas, com diferentes mecanismos de ação nas plantas. No experimento em casa de vegetação os tratamentos constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), mais os herbicidas testemunhas, aplicados sobre plantas de um biótipo considerado resistente e de outro considerado sensível. No segundo experimento realizado em casa de vegetação, foram avaliados os tratamentos contendo glyphosate (720, 1.440 e 2.880 g ha-1), mais os herbicidas chlorimuron-ethyl (40 g ha-1), metsulfuron-methyl (4 g ha-1), 2,4-D (1.005 g ha-1), paraquat (400 g ha-1) e diuron + paraquat (200 + 400 g ha-1), bem como a testemunha sem tratamento herbicida. A toxicidade dos tratamentos herbicidas foi avaliada aos 7, 15 e 30 DAT (dias após tratamento). Os resultados obtidos nos experimentos em condições de campo e em casa de vegetação, de forma geral, evidenciam que o biótipo sensível é controlado pelo glyphosate e pelos demais herbicidas avaliados. Demonstram ainda que o biótipo resistente apresenta-se, igualmente ao biótipo sensível, altamente suscetível aos herbicidas com mecanismo de ação distinto daquele do glyphosate. Entretanto, o biótipo resistente mostra baixa resposta ao herbicida glyphosate, mesmo se este for empregado em doses elevadas, evidenciando ter adquirido resistência a esse produto.
Resumo:
As espécies Commelina benghalensis, C. villosa, C. diffusa e C. erecta são conhecidas como trapoeraba e, freqüentemente, são confundidas entre si, dificultando o controle químico, o que pode provocar prejuízos econômicos e danos ambientais. O presente trabalho teve como objetivo selecionar características morfológicas que possibilitem facilitar a identificação dessas espécies, utilizando a técnica de análise multivariada. Foram avaliadas 12 características morfológicas descritivas e 13 quantitativas, utilizando-se os métodos de análise de agrupamento e análise de componentes principais. As espécies apresentaram alto grau de dissimilaridade, sobretudo em relação às características descritivas, destacando-se: hábito da planta, pilosidade do caule e da folha, entre outros. As características quantitativas também mostraram poder discriminatório. Características que apresentaram alto valor taxonômico foram selecionadas para compor a chave de identificação para as quatro espécies de Commelina.
Resumo:
A adoção de novos métodos de manejo das plantas daninhas nas lavouras de arroz irrigado, com intuito de minimizar o uso de herbicidas, requer entendimento das relações de interferência entre as plantas daninhas e a cultura. Objetivou-se com trabalho avaliar a influência de épocas de início da irrigação por inundação da lavoura de arroz irrigado e a interferência do capim-arroz na cultura e comparar as variáveis explicativas população de plantas, massa seca aérea, cobertura do solo e área foliar pelas plantas de capim-arroz, visando identificar a que propicia melhor ajuste dos dados ao modelo. Para isso, foi instalado um experimento no ano agrícola 2005/06, em delineamento experimental completamente casualizado, sem repetição. Os tratamentos utilizados foram épocas de início da irrigação: 1, 10 e 20 dias após a aplicação dos tratamentos herbicidas (DAT) e populações de plantas de capim-arroz. As populações de capim-arroz foram de 0, 6, 8, 14, 20, 28, 42, 66 e 200; 0, 4, 6, 50, 66, 88, 92 e 200; e 0, 10, 12, 32, 42, 74, 166, 174 e 178 plantas m-2, para as épocas de entrada de água aos 1, 10 e 20 DAT, respectivamente, perfazendo um total de 26 unidades experimentais. A perda de produtividade de grãos da cultura em função das variáveis explicativas população, massa seca aérea, área foliar e cobertura do solo das plantas de capim-arroz foi relacionada pelo uso de modelo de regressão não-linear da hipérbole retangular. O modelo da hipérbole retangular estima adequadamente as perdas de produtividade da cultura do arroz irrigado pela interferência do capim-arroz. A antecipação da entrada de água na lavoura favorece positivamente a habilidade competitiva das plantas de arroz, cultivar BRS-Pelota, com relação às plantas de capim-arroz. A variável população de plantas apresenta melhor ajuste dos dados ao modelo, comparativamente às demais.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar o grau de interferência do capim-arroz em cultivares de arroz irrigado e comparar variáveis explicativas, visando identificar aquela que propicia melhor ajuste dos dados a modelo matemático. Para isso, foi conduzido experimento a campo no ano agrícola 2005/06, com cultivo de arroz em sistema convencional. Os tratamentos foram constituídos por seis cultivares de arroz com diferentes durações do ciclo de desenvolvimento e por dez populações de capim-arroz. As variáveis respostas foram avaliadas aos 28 dias após a emergência do arroz. O modelo da hipérbole retangular foi utilizado para descrever a relação entre perda de produtividade de grãos de arroz e variáveis explicativas população de plantas, massa da matéria seca da pare aérea, cobertura do solo e área foliar. As perdas de produtividade de grãos de arroz devidas à interferência do capim-arroz podem ser estimadas satisfatoriamente pelo modelo da hipérbole retangular. Os cultivares de arroz IRGA 421, 416 ou 417 foram os mais competitivos, obtendo-se adequado ajuste dos dados ao modelo testado para todas as variáveis avaliadas. A variável população de plantas de capim-arroz apresenta melhor ajuste ao modelo do que massa da matéria seca da parte aérea, cobertura do solo ou área foliar.
Resumo:
O nível de dano econômico (NDE) para monitoramento das infestações de capim-arroz em lavouras de arroz irrigado permite adotar medidas de manejo na cultura e usar herbicidas de maneira racional. Objetivou-se com o trabalho determinar NDE para capim-arroz, presente em lavouras de arroz irrigado, calculado na base de um único ano, em função de populações de capim-arroz, de cultivares de arroz e de épocas de entrada de água na lavoura. Para isso, foram conduzidos dois experimentos em delineamento experimental completamente casualizado, sem repetição. No primeiro experimento, os tratamentos foram constituídos de seis cultivares de arroz: BRS-Atalanta e IRGA 421 (ciclo muito curto), IRGA 416, IRGA 417 e Avaxi (ciclo curto) e BRS-Fronteira (ciclo médio); e dez populações de capim-arroz. No segundo experimento usaram-se como tratamentos épocas de início da irrigação: 1, 10 e 20 dias após aplicação dos tratamentos herbicidas (DAT); e populações de capim-arroz. Os NDEs estimados para o capim-arroz variaram em função das práticas de manejo adotadas na cultura do arroz irrigado. Os NDEs estimados para os cultivares de arroz IRGA 416 e 417 foram superiores aos dos demais cultivares quando em competição com capim-arroz. O atraso da entrada de água diminui os NDEs para o cultivar de arroz BRS-Pelota. Aumentos nas perdas de produtividade por unidade de planta daninha, no potencial de produtividade da cultura, no valor do produto colhido e na eficiência do herbicida e diminuição do custo de controle reduziram os NDEs, tornando econômica a adoção de práticas de manejo sob baixas populações de capim-arroz em competição com arroz irrigado.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a possibilidade de reduzir as doses de herbicidas na lavoura de arroz irrigado, com a supressão das plantas daninhas pela antecipação da entrada da lâmina de água, bem como avaliar o controle de capim-arroz (Echinochloa spp.) em arroz irrigado, o desempenho da cultura e os efeitos dos herbicidas aplicados em pós-emergência sobre os atributos fisiológicos da cultura de arroz. O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, com quatro repetições. As parcelas principais foram as entradas de água (A) aos 5, 10, 15 e 20 dias após aplicação dos herbicidas; as subparcelas, os herbicidas (H) bispyribac-sodium e bispyribac-sodium + clomazone; e as subsubparcelas, as doses de bispyribac-sodium (D) de 32, 40 e 48 g ha-1 isoladas e em mistura com 300 g ha-1 de clomazone. O bispyribac-sodium foi eficiente no controle de capim-arroz, com três folhas, quando a entrada de água ocorreu até cinco dias após a aspersão e/ou até o perfilhamento do arroz irrigado, quando em mistura com clomazone. É possível trabalhar com doses inferiores à recomendada de bispyribac-sodium isoladamente, desde que a submersão seja imediata após a aplicação deste, ou até o perfilhamento quando em mistura com clomazone.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a tolerância de Tifton 85 e Brachiaria brizantha ao glyphosate e verificar o controle de B. brizantha em área de pastagem de Tifton 85 já estabelecida. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em que se testaram as doses: 0, 720, 1.440, 2.160 e 2.880 g ha-1 de glyphosate. Cada parcela possuía dimensões de 3,5 m de comprimento por 3,0 m de largura, totalizando 10,5 m², com área útil de 7,5 m ². A eficiência do herbicida no controle de B. brizantha e o nível de intoxicação nas plantas de Tifton 85 foram avaliados 15, 30 e 60 dias após aplicação (DAA), mediante escala de 0 a 100, em que 0 é ausência de controle e/ou intoxicação e 100, controle total ou morte das plantas. Para avaliação da produção e do potencial de rebrota das forrageiras, as plantas de ambas as espécies foram colhidas aos 300 DAA e secas em estufa. Observou-se controle acima de 90% das plantas de B. brizantha a partir das doses de 1.473,75 e 1.721,25 g ha-1 de glyphosate, aos 30 e 60 DAA, respectivamente. As porcentagens de intoxicação das plantas de Tifton 85, referente a estas doses de controle de B. brizantha, foram, respectivamente, de 24,90 e 4,13% aos 30 e 60 DAA. Além disso, aos 60 DAA, para a maior dose avaliada (2.880 g ha-1 de glyphosate) foi observada intoxicação das plantas de Tifton 85 de apenas 18,22%. Aos 300 DAA, observou-se ausência de produção de massa seca de B. brizantha a partir da dose de 2.160 g ha-1 do herbicida, devido ao eficiente controle. Os resultados evidenciam maior tolerância das plantas de Tifton 85 ao glyphosate em relação às plantas de B. brizantha, possibilitando o controle desta espécie em pastagem estabelecida de Tifton 85, sem causar danos à forrageira cultivada.
Resumo:
Considerando-se que a resistência de capim-arroz ao quinclorac está amplamente distribuída nas lavouras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e que o "teste-padrão" para distinção de biótipos resistentes a esse herbicida é demorado, torna-se necessário o desenvolvimento de um "teste rápido" para identificação de propágulos desses biótipos. Para isso, foram realizados dois experimentos: um em casa de vegetação (teste-padrão) e o outro em laboratório (teste rápido). No ensaio em laboratório, sementes de quatro biótipos de capim-arroz, caracterizados como resistentes ou suscetíveis ao quinclorac, foram semeadas em papel germitest umedecido com soluções de 0; 3,75; 18,75; 37,5; 187,5; 375; e 1.875 mg L-1 do herbicida durante 14 dias a 25 ºC. Em casa de vegetação, os mesmos tratamentos foram avaliados cultivando-se os biótipos de capim-arroz em vasos com 10 L de solo. Neste ensaio foram avaliados massa seca e altura de plantas aos 25 dias após emergência (DAE), e no ensaio em laboratório, percentagem de sobrevivência aos 7 dias após semeadura (DAS), massa seca e comprimento da parte aérea das plantas aos 14 DAS. O teste em laboratório é mais rápido, exige menos tempo, recursos humanos e materiais, com a mesma eficiência que o teste em casa de vegetação e com a vantagem adicional de permitir aferições quanto ao nível de resistência entre biótipos resistentes. Sugere-se que a concentração de 375 mg L-1 de quinclorac seja usada como padrão no teste rápido, pois apresenta adequada margem de segurança como indicadora da presença de sementes resistentes, com porcentagem de sobrevivência igual a zero para plântulas dos biótipos suscetíveis ao quinclorac.
Resumo:
Experimentos de curva de dose-resposta foram conduzidos para avaliar a ocorrência de resistência ao glyphosate em biótipos de Conyza canadensis e Conyza bonariensis oriundos de municípios do Rio Grande do Sul. Para cada espécie foi realizado um experimento com dois biótipos um suscetível e outro com suspeita de resistência. Glyphosate nas doses de 0, 100, 200, 300, 400, 800 e 1.200 g ha-1 foi aplicado em plantas no estádio de 8-10 folhas. Curvas sigmoidais foram ajustadas para todos os biótipos testados. Confirmou-se a resistência ao glyphosate em biótipos de ambas as espécies, com fator de resistência em torno de 2,3.
Resumo:
Este trabalho teve o objetivo de avaliar a influência da luz e da temperatura na germinação de três espécies de plantas daninhas comuns em lavouras brasileiras. As espécies estudadas foram Alternanthera tenella, conyza bonariensis e Digitaria ciliaris, nas quais se testou a influência de quatro variações de temperatura (15/25, 20/30, 20/35 e 30/40 ºC), com e sem a presença de luz, no percentual de germinação e no índice de velocidade de germinação (IVG). As sementes foram coletadas em canteiros experimentais, sendo elas selecionadas para permitir a homogeneização amostral. Posteriormente, 50 sementes de cada espécie foram colocadas em caixas do tipo gerbox, previamente preparadas com papel duplo umedecido de germinação "germitest". As caixas foram armazenadas em germinadores verticais tipo BOD, com controle de temperatura. As temperaturas foram mantidas na proporção de 16/8 horas diurna e noturna, respectivamente. As avaliações iniciaram-se aos três dias após incubação, sendo consideradas germinadas as sementes com protusão radicular igual ou superior a 1 mm. Constatou-se efeito significativo da luz para a germinação de todas as espécies, principalmente para D. ciliaris. A. tenella apresentou germinação elevada em todas as variações de temperatura testadas, embora 30/40 ºC tenham restringido a germinação de C. bonariensis. Os tratamentos também afetaram o IVG, cujo comportamento foi similar ao percentual de germinação, sendo o maior efeito constatado em D. ciliaris.
Resumo:
The objective of this work was to evaluate the translocation of glyphosate in C. bonariensis plants resistant and susceptible to that herbicide. The 14C-glyphosate was mixed with commercial gyhphosate (800 g ha-1) and applied on the center of the adaxial face of a third node leaf, using a micro syringe, and adding 10 µL of a solution with specific activity of 1,400 Bq, 45 days after plant emergence. The concentration of the glyphosate translocated in the plant was evaluated at time intervals of 6, 12, 36 and 72 hours after being applied on the application leaf, stem, roots and leaves. Ten hours after treatment application, the distribution of the product in the application leaf, divided into base, center and apex, was also evaluated by measuring the radiation emitted by 14C-glyphosate in a liquid scintillation spectrometer. Greater glyphosate retention was observed in the resistant biotype leaf, approximately 90% of the total absorbed up to 72 hours. In the susceptible biotype, this value was close to 70% in the same period. Susceptible biotype leaves, stem and roots showed greater concentration of glyphosate, indicating greater translocation efficiency in this biotype. In the resistant biotype, the herbicide accumulated in greater quantity at the apex and center of the application leaf, while in the susceptible biotype greater accumulation was observed at the base and center leaf. Thus, it can be stated that the resistance mechanism is related to the differential translocation of this herbicide in the biotypes.
Resumo:
As espécies pertencentes ao gênero Echinochloa se destacam como principais infestantes das lavouras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul, causando dano econômico à cultura devido à elevada competitividade pelos recursos do ambiente. O trabalho teve por objetivo comparar as habilidades competitivas relativas entre dois cultivares de arroz e um biótipo de capim-arroz. Para isso, foram realizados experimentos em casa de vegetação na estação de crescimento 2006/07, em delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em série substitutiva, com cinco proporções de plantas de arroz e do competidor (100:0; 75:25; 50:50; 25:75; e 0:100), mantendo a população constante de 24 plantas vaso-1 das espécies associadas. O arroz foi representado pelos cultivares IRGA 417 ou BR-IRGA 410, e o competidor, pelo biótipo de capim-arroz. A análise da competitividade foi efetuada por meio de diagramas aplicados a experimentos substitutivos e através de índices de competitividade relativa. As variáveis estudadas foram área foliar e massa seca aérea das plantas. Os resultados mostram que houve competição entre os cultivares de arroz IRGA 417 ou BR-IRGA 410 com o capim-arroz, independentemente da proporção de plantas na associação, com redução na área foliar e massa seca da parte aérea dos competidores. O capim-arroz apresenta menor perda de produtividade relativa, reduz as variáveis morfológicas do arroz e demonstra possuir superioridade competitiva, comparativamente aos cultivares de arroz.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia do herbicida penoxsulam em função do início da irrigação permanente e da época de sua aplicação e dose no controle de capim-arroz (Echinochloa crusgalli e E. colona), bem como sua seletividade à cultura do arroz irrigado, cultivar Qualimax-1. O experimento foi conduzido a campo em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, no esquema fatorial 2 x 3 x 4, representando épocas de início da irrigação por inundação (21 e 30 dias após a emergência - DAE), épocas de aplicação (pré-emergência e pós-emergência inicial e tardia) e doses do herbicida penoxsulam (0, 18, 36 e 72 g ha-1), respectivamente. As variáveis avaliadas foram o controle de capim-arroz, a fitotoxicidade do herbicida à cultura e a produtividade de grãos do arroz. A antecipação do início da irrigação permanente na lavoura aumentou a eficiência do penoxsulam para controle de capim-arroz, porém o atraso na entrada de água foi parcialmente compensado pelo aumento na dose do herbicida. Ao atrasar o início da irrigação na lavoura, ocorreu diminuição na produtividade de grãos, independentemente da época de aplicação e da dose de penoxsulam.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a competitividade interespecífica de biótipos de capim-arroz resistente (R) e suscetível (S) ao herbicida quinclorac com a cultura do arroz irrigado. O experimento foi instalado em casa de vegetação e os tratamentos consistiram em manter uma planta de arroz cv. BRS Pelota no centro da unidade experimental, variando-se na periferia as densidades de capim-arroz em: 0, 1, 2, 3, 4 ou 5 plantas do biótipo R (ITJ-13) ou S (ITJ-17) oriundos da região de Itajaí-SC. O delineamento experimental utilizado foi o completamente casualizado, em esquema fatorial 2 x 6 com quatro repetições. Aos 40 dias após a emergência, foram avaliados as massas fresca e seca e o conteúdo de água de folhas, colmos e total da parte aérea do arroz e do capim-arroz. Houve efeito significativo dos tratamentos para todas as variáveis estudadas quando a cultura do arroz foi cultivada na presença de biótipos de capim-arroz R ou S. Esse efeito foi aditivo na proporção de 1 planta m-2. Entretanto, a capacidade competitiva dos biótipos de capim-arroz resistente e suscetível ao quinclorac, com as plantas de arroz, apresentou comportamento similar quando se variou a densidade de plantas por área.
Resumo:
Recentes relatos apresentam Conyza canadensis e C. bonariensis como importantes espécies daninhas do sistema agrícola. A grande adaptabilidade ecológica dessas espécies a sistemas conservacionistas de manejo de solo e o aumento da pressão de seleção, pelo intenso uso de herbicidas, podem contribuir para a seleção de biótipos resistentes. O conhecimento dos fatores que controlam a germinação das sementes pode gerar subsídios para estratégias de manejo dessas espécies. A disponibilidade de água afeta diretamente a germinabilidade de sementes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito da restrição hídrica no substrato e seu efeito na germinação das sementes de Conyza canadensis e C. bonariensis. Foram realizados três ensaios no Laboratório de Sementes da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta-MT. No primeiro experimento, em caixas gerbox, foi estudado o comportamento germinativo das espécies segundo o arranjo fatorial 2 x 6, sendo duas espécies (Conyza canadensis e C. bonariensis) e seis potenciais osmóticos (0,0; -0,20; -0,40; -0,60; -0,80; e -1,00 MPa) proporcionados pela diluição em água de polietilenoglicol. No segundo experimento, também em arranjo fatorial 2 x 6, as espécies foram submetidas a menores potenciais osmóticos (0,0; -0,05; -0,10; -0,15; -0,20; e -0,30 MPa) em soluções de polietilenoglicol. No terceiro experimento, as sementes das espécies foram estudadas em esquema fatorial 2 x 2 x 5, em que as duas espécies (C. canadensis e C. bonariensis) foram colocadas para germinar em dois substratos (solo de mata e areia), fornecendo-se água suficiente para atingir cinco capacidades de retenção de água (20, 40, 60, 80 e 100%). Os resultados dos experimentos revelaram que a germinação total e a velocidade de germinação das sementes de Conyza foram reduzidas com a diminuição da disponibilidade hídrica no substrato, a partir de -0,20 MPa. Água em excesso no substrato reduziu a emergência total e a velocidade de emergência das sementes das duas espécies de Conyza.