508 resultados para Afectividade negativa
Resumo:
Resumo: As neoplasias no sistema nervoso central (SNC) de animais de companhia são frequentemente diagnosticadas, no entanto dados sobre prevalência são escassos. O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente a ocorrência de neoplasias primárias de SNC em cães atendidos em um Hospital-Escola Veterinário e descrever aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos dos tumores mais frequentes. Quatorze casos (prevalência de 0,27%) de neoplasias primárias de SNC foram identificados no período de 1998 a 2013 e destes, 11 tiveram o diagnóstico de meningiomas. A idade média dos animais com meningioma foi 10 anos, sendo machos (7/11) e a raça Boxer (3/11) os mais afetados. Sete meningiomas eram espinhais e quatro intracranianos, sendo os principais sinais clínicos alteração na locomoção e convulsões, respectivamente. Metástase pulmonar ocorreu em dois casos. Em seis animais com meningioma espinhal foi realizada a mielografia, sendo que em um também foi realizada a tomografia. Em todos os casos os exames foram efetivos na visualização de desvio ou interrupção da coluna de contraste, com alterações sugestivas da presença de massa. Em cinco animais realizou-se cirurgia exploratória visando a confirmação da suspeita clínica ou retirada da massa, sendo que a sobrevida variou de 85 a 960 dias. Na avaliação histopatológica, os meningiomas foram classificados em transicional (4/11), meningotelial (2/11), papilar (2/11), angiomatoso (1/11), microcístico (1/11) e anaplásico (1/11). Destes, oito (8/11) apresentaram marcação positiva para tricrômio de Masson e um para vermelho congo nas técnicas histoquímicas. No painel imuno-histoquímico, todos os casos apresentaram imunomarcação positiva para vimentina, mas imunomarcação negativa para fator VIII e p53. A imunomarcação para S100 (6/11), GFAP (5/11) e pancitoqueratina (3/11) foi de intensidade variável. Na graduação histológica, dez meningiomas eram grau I e um grau III. O índice médio de proliferação celular foi de 3,2 figuras de mitose e 3,4% avaliando a expressão de Ki-67. Os resultados confirmaram que os meningiomas são a neoplasia primária de SNC mais prevalente em cães, com variação nos subtipos histológicos. A caracterização histoquímica e imuno-histoquímica contribuiu com a determinação do diagnóstico, no entanto, estudos envolvendo a expressão de outros genes são necessários para auxiliar no prognóstico dessas neoplasias.
Resumo:
Com o objetivo de reproduzir sintomas de malformação de raízes, observados em campo, foram estuda dos os efeitos do trifluralin sobre Arachis hypogaea L., cultivar Tatu, em condições de vaso, em Jaboticabal, SP. Quatro formulações de trifluralin foram aplicadas em solo Latossol Roxo - série Jaboticabal, barro argiloso, com 2,7% de matéria orgânica, em dosagem correspondentes a 1,5; 3,0 e 6,0 litros da formulação comercial por ha. Cada vaso contendo 2,5 1 -de solo, recebeu duas sementes pré -germinada s e foi mantido sob condições de casa-de-vegetação durante 29 dias. Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado com treze tratamentos e quatro repetições, perfazendo total de 52 parcelas. Aos 29 dias as plantas, foram retiradas e determinadas as seguintes características: peso da matéria seca das raízes, dos caules, dos pecíolos e dos folíolos; número de folíolos; área foliar e comprimento da haste principal. Alterações morfológicas externas e internas foram observadas. Os resultados mostraram que as partes subter rân eas das plantas foram afetadas, com uma correlação linear negativa e significativa entre o aumento da dose dos herbicidas e peso da matéria. As folhas se mostraram pouco sensíveis, sendo que nenhuma das formulações diminuiu o número de foliolos da planta. A área foliar e o peso da matéria seca dos folíolos somente foram afetados pelo aumento da dose de T. Fecotrigo com va lores de F iguais a 9,62* e 7,61*, respectivamente. De modo geral,po de-se concluir que o maior efeito ocorre devido ao incremento nas doses e não devido a possiveis diferenças entre os tipos de formula ções testadas. Quanto a alterações morfológicas observou-se que nas doses mais elevadas houve grande diminuição na quantidade de raízes, com raízes secundárias curtas e grossas. O hipocótilo emitiu raízes até a altura do nó cotiledonar. Na dose de 3,0 1/ha já foram notadas raízes secundárias um pouco mais espessas que na dose de 1,5 1/ha. As lâminas histológicas de amostras da re gião do hipocótilo mostraram parên quima cortical bastante espesso, de vido ao maior numero de camadas de células, porém não se notou anormalidade na forma das células, nem nos demais tecidos da região estudada.
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O experimento foi realizado em condições de campo, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Ponte Nova-MG, no período de janeiro a julho de 1995, com o objetivo de avaliar o efeito de doses de dejeto de suínos na forma líquida, sobre a produção de batata-doce, cultivar Paulista, na incidência de plantas daninhas e na eficiência de controle de espécies de plantas daninhas pelo metribuzin. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, no esquema fatorial, com quatro repetições. Foram avaliados os efeitos das doses 0, 20, 40 e 60 m3 ha-1 de dejeto de suínos combinadas com 0, 300, 600 e 900 g ha-1 de metribuzin. Houve incremento linear de biomassa fresca das plantas daninhas de folhas largas, plantas de folhas estreitas e total de plantas daninhas em função do aumento das doses dejeto de suínos. O metribuzin foi seletivo para a cultura de batata-doce, não sendo observado nenhum sintoma visível de fitotoxicidade à cultura e eficiente no controle das principais plantas daninhas presentes na área. A produção máxima de raízes comerciais (22,94 t ha-1) foi obtida com o metribuzin na dose 810,17 g ha-1. Isto representou cerca de 89% superior ao peso obtido pela testemunha sem tratos culturais. Esta produtividade foi semelhante àquela observada nos tratamentos que receberam três cultivos. As plantas daninhas interferiram negativamente nas principais características avaliadas de produção da batata-doce. A cultura da batata-doce respondeu positivamente a adubação com dejeto líquido de suínos, com aumento linear da produção de raízes das classes extra A, comercial e total. Verificou-se também que houve correlação negativa entre plantas daninhas e as principais características de produção da cultura de batata-doce.
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Um experimento com dez anos de duração foi realizado em Ponta Grossa-PR para avaliar o efeito da prevenção de produção de sementes pelas plantas daninhas e da aplicação de herbicida em jato dirigido na densidade de infestação em plantios direto e convencional. As plantas daninhas predominantes na área foram capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), capim-colchão (Digitaria ciliaris), amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), poaia-branca (Richardia brasiliensis) e guanxuma (Sida rhombifolia). O controle da frutificação das plantas daninhas durante dez anos reduziu a densidade das espécies presentes em mais de 99%. A redução foi variável entre as espécies, mas em todas elas foi mais intensa nos primeiros anos. A densidade populacional em anos subseqüentes, quando se permitia a reinfestação da área após o controle inicial das plantas daninhas (testemunha), variou conforme as condições climáticas e culturais. A aplicação de herbicida em jato-dirigido foi uma prática eficiente no controle da frutificação das plantas daninhas suscetíveis aos herbicidas, mas selecionou o capim-colchão quando o controle desta espécie foi insatisfatório. A equação que descreve o comportamento dos tratamentos sem ressemeadura e com jato dirigido foi do tipo exponencial negativa. Os resultados obtidos por meio da densidade de plantas emergidas são confirmados pela avaliação do banco de sementes em cada tratamento.
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A integração agricultura-pecuária tem se tornado opção vantajosa, beneficiando simultaneamente a produção de grãos e a pecuária. Para viabilizar o consórcio entre culturas e forrageiras, é necessário o manejo adequado da forrageira, evitando-se a interferência negativa desta sobre a cultura. Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos do fluazifop-p-butil no estabelecimento do consórcio entre soja e braquiária (Brachiaria brizantha). O experimento foi realizado em sistema de plantio direto, avaliando-se seis doses de fluazifop-p-butil (0, 18, 36, 54, 72 e 90 g ha-1), aplicadas aos 21 e 28 dias após a emergência da soja (DAE), e duas testemunhas (soja e braquiária em monocultura e capinadas). Não houve interação entre doses e épocas de aplicação. Verificou-se que todas as doses do fluazifop-p-butil reduziram a produção de biomassa da B. brizantha, exceto a dose de 18 g ha-1, na aplicação precoce (21 DAE). Em relação à soja, verificou-se maior altura das plantas e de inserção da primeira vagem no tratamento sem herbicida e na dose de 18 g ha-1 de fluazifop-p-butil. O estande final, o número de sementes por vagem e o peso de 100 sementes não foram influenciados pelos tratamentos. Para obter produção de grãos semelhante à da testemunha, foi necessário aplicar 54 g ha-1 de fluazifop-p-butil aos 21 DAE ou 36 g ha¹ aos 28 DAE. O componente responsável pela redução na produção da soja foi o número de vagens, o qual seguiu a mesma tendência da produção, diferindo nos mesmos tratamentos em relação à testemunha.
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Uma das mais importantes formas de interferência das macrófitas aquáticas em corpos hídricos é o aumento das perdas d'água para a atmosfera pela evapotranspiração. Em alguns corpos hídricos esse aumento pode ser considerado uma interferência negativa e indesejável, especialmente em reservatórios para armazenamento de água e reservatórios de acúmulo para geração de energia elétrica. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de comparar as perdas d'água em mesocosmos colonizados com macrófitas aquáticas importantes em corpos hídricos no Brasil, mais especificamente Myriophyllum aquaticum, Brachiaria subquadripara, Echinochloa polystachya, Typha latifolia e Pontederia lanceolata. As avaliações foram conduzidas no mês de julho de 2004, em três períodos de quatro dias. As perdas d'água foram avaliadas pelas quantidades necessárias para reposição do nível existente antes do respectivo período de avaliação. A colonização de macrófitas aquáticas aumentou as perdas d'água nos mesocosmos, com maiores valores observados naqueles colonizados por T. latifolia: entre 3,54 e 4,71 vezes a superfície de água sem macrófitas. As perdas nos mesocosmos colonizados por M. aquaticum, B. subquadripara, E. polystachya e P. lanceolata foram estatisticamente similares e promoveram aumentos entre 1,54 e 2,21 vezes a superfície livre. Os resultados evidenciam a importância do manejo de macrófitas aquáticas em corpos hídricos para armazenamento de água.
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Este estudo investigou a densidade de sementes e a riqueza de espécies dos bancos de sementes de plantas daninhas em cultivos de mandioca (Manihot esculenta), em pequenas propriedades rurais localizadas em Manacapuru, Amazonas. Nos cultivos foram estabelecidas quatro parcelas, de onde foram coletadas 20 amostras (0,0225 m²) de 15 x 15 cm (0,0225 m²) na camada de 0-5 cm e três amostras nas profundidades de 5-10 e 10-30 cm, totalizando 104 amostras. Para a contagem e identificação das sementes, utilizou-se a técnica de emergência de plântulas em casa de vegetação. As plântulas foram identificadas, inicialmente, por morfotipo e, quando possível, até espécie. O monitoramento foi feito durante nove meses. Houve diferença significativa na densidade de sementes (Kruskal Wallis, 5%; p<0,05) entre as parcelas e verificou-se uma média de 5.113 sementes m-2, na profundidade de 0-5 cm. Na profundidade de 5-10 cm, os cultivos de mandioca apresentaram uma média de 1.111,25 sementes m-2, enquanto na profundidade de 10-30 cm a média foi de 285 sementes m-2. Os bancos de sementes dos cultivos de mandioca foram constituídos principalmente por espécies herbáceas - características de áreas agrícolas e ambientes perturbados. A realização de uma capina anual não foi suficiente para controlar as plantas daninhas e reduzir a intensidade da interferência negativa sobre a cultura, sendo necessários maiores cuidados nos períodos que antecedem as épocas de floração e produção de sementes, de acordo com a disponibilidade de mão de obra.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a interferência de plantas daninhas instaladas aos 60 e aos 180 dias após o transplantio de plantas de café em vasos contendo 25 dm³ de substrato. O experimento foi instalado no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial (2 x 4 x 2), com duas espécies de plantas daninhas (Brachiaria decumbens e Brachiaria plantaginea), cultivadas por 90 dias, em quatro densidades (zero, dois, quatro e seis plantas por vaso), juntamente com mudas de café de diferentes idades: 60 e 180 dias após transplantio. Na colheita do experimento foram avaliados o incremento na altura, na área foliar e no diâmetro do coleto do café, a matéria seca de plantas daninhas e do café e a densidade radicular do café. Estimaram-se, ainda, a razão de massa foliar, a razão de massa caulinar, a razão de massa radicular, a razão de área foliar e a razão sistema radicular/parte aérea das plantas de café. As plantas daninhas proporcionaram interferência negativa nas características avaliadas. Verificou-se menor incremento em altura, área foliar e matéria seca total das plantas de café com o aumento da densidade das plantas daninhas. O efeito da interferência das plantas daninhas foi maior quando a interferência se instalou aos 60 dias após o transplantio. Nesse caso, houve menor acúmulo das variáveis de crescimento, porém as duas gramíneas comportaram-se de forma similar, não diferindo para a maioria das variáveis. As plantas de café foram mais sensíveis à competição com B. plantaginea em relação a B. decumbens quando a competição se instalou aos 180 dias após o transplantio. O aumento da densidade de plantas daninhas promoveu maior alocação de fotoassimilados para a parte aérea em detrimento do sistema radicular do café.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da interferência de plantas daninhas, em diferentes densidades de infestação, sobre o crescimento de plantas jovens de café arábica. Mudas de café, cultivar Mundo Novo, foram transplantadas, no estádio de quatro a cinco pares de folhas completamente expandidas, para vasos com capacidade de 25 dm³. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em blocos casualizados, em esquema fatorial (4 x 4); o primeiro fator foi composto por espécies de plantas daninhas (Digitaria horizontalis, Brachiaria decumbens, Brachiaria plantaginea e Mucuna aterrima), e o segundo, por densidades dessas espécies (zero, dois, quatro e seis plantas por vaso), com quatro repetições. O plantio das espécies daninhas foi realizado 60 dias após o transplantio do café (0 DAT). Nesta data e no dia do encerramento do experimento, aos 90 DAT, determinaram-se a altura, a área foliar e o diâmetro do caule da planta de café, para cálculo do incremento dessas variáveis. Aos 90 DAT, determinou-se a matéria seca da parte aérea e radicular do café e das plantas daninhas e a densidade radicular do café. Utilizando esses resultados, estimou-se a razão de massa foliar, razão de massa caulinar, razão de massa radicular, razão de área foliar e a razão sistema radicular/parte aérea das plantas de café. A espécie M. aterrima foi a que mais reduziu a taxa de crescimento, a área foliar, a matéria seca do caule e das folhas e o diâmetro do caule do café. Entre as gramíneas, B. plantaginea foi a que mais reduziu a taxa de crescimento, área foliar, diâmetro do caule e densidade radicular do café. Ocorreu relação negativa entre a densidade de plantas daninhas e as variáveis de crescimento e com a razão de massa radicular e razão sistema radicular/parte aérea.
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O cultivo da soja em semeadura direta tem alavancado o uso do herbicida glyphosate na dessecação de espécies antecessoras. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o preparo convencional do solo e o sistema de semeadura direta com diferentes intervalos de dessecação do milheto no desenvolvimento inicial de soja convencional e transgênica. O estudo foi realizado em campo, em um Latossolo Vermelho Distroférrico muito argiloso. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 2 x 3, com quatro repetições. Os fatores foram constituídos por dois cultivares de soja: BRS 240 (convencional) e CD 214 RR (transgênica); e três sistemas de manejo: preparo convencional do solo (CONV), semeadura direta com dessecação imediatamente antes da semeadura (sistema Aplique-Plante - AP) e com dessecação 21 dias antes da semeadura da soja (D21). A cultura do milheto foi dessecada com glyphosate na dose de 960 g i.a. ha¹. O cultivar convencional BRS 240 foi mais vigoroso que o cultivar transgênico CD 214 RR quanto à massa verde de plantas. O sistema de semeadura direta AP influenciou de forma negativa o cultivar BRS 240. Nos dois cultivares avaliados, o sistema de semeadura direta AP proporcionou os menores valores de emergência em campo e estande final de plantas. Os sistemas de manejo com semeadura direta (AP e D21) proporcionam melhor desenvolvimento de raízes e maior quantidade de nódulos, além de não influenciarem os teores de N e Mn das plantas de soja.
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A análise da dinâmica do dossel tem grande importância para se avaliar o efeito da urbanização nos fragmentos florestais, uma vez que alterações nas copas resultam em modificações abióticas e bióticas abaixo destas. Para a analise da dinâmica do dossel, avaliou-se a produção de serapilheira e o índice de área foliar (IAF), obtido por três diferentes metodologias, durante dois anos, em um fragmento de mata semidecídua, do perímetro urbano de Belo Horizonte, MG. A produção de serapilheira média anual foi de aproximadamente 6,47 t. ha-1. ano-1, com grande variação sazonal. Os valores médios de IAF obtidos a partir de fotografias hemisféricas (IAF-foto) e utilizando o LAI-2000 (LI-COR) (IAF-LAI2000), no final da estação chuvosa, foram respectivamente, 2,3 e 4,9 e 0,78 e 1,3, na estação seca. Esses valores foram superiores aos valores de IAF obtidos a partir da área foliar específica das folhas da serapilheira (IAF-serapilheira). Os métodos utilizando imagens hemisféricas (IAF-foto e IAF-LAI2000) mostraram, apesar de valores distintos, a dinâmica do dossel de maneira similar. O IAF-serrapilheira mostra essa dinâmica de maneira inversa, com uma boa relação linear negativa entre os valores de IAF, obtidos através das imagens hemisféricas, e os valores de IAF obtidos através das folhas da serapilheira. Esses resultados sugerem que as três metodologias igualmente podem ser utilizadas para registrar a dinâmica do dossel.
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O objetivo desse trabalho foi registrar a ocorrência dos eventos fenológicos relacionados com a floração e a frutificação de Pouteria venosa (Mart.) Baheni, P. psammophila (Mart.) Radlk., Manilkara subsericea (Mart.) Dubar e Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T. D. Penn. na restinga de Maricá-RJ nos anos de 2003 a 2005. P. venosa produziu flores de maio a outubro, enquanto M. subsericea floresceu de maio a setembro e S. obtusifolium produziu flores de agosto a novembro. Pouteria psammophila não floresceu no período de estudo. Os frutos são do tipo baga e apresentam sincronia na maturação e liberação de suas sementes, nos meses de fevereiro e março. A floração e a frutificação para as três espécies é anual, com correlação significativa negativa apenas entre a floração e a temperatura. Para S. obtusifolium a correlação foi significativa positiva entre o desenvolvimento dos frutos e os fatores abióticos temperatura e precipitação.
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Foram investigadas as estratégias fenológicas de floração e frutificação de Prepusa montana Mart. em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina e a sua influência pela pluviosidade, umidade relativa do ar, temperatura e fotoperíodo. Foram registrados os números de flores, botões e frutos maduros desta espécie, em visitas mensais ao Parque Municipal de Mucugê, em Mucugê, BA, de junho de 2006 a agosto de 2007. Os dados das variáveis ambientais (precipitação média acumulada, temperatura média e umidade relativa do ar) foram coletados em Mucugê e o fotoperíodo da área foi calculado por dados geográficos. Prepusa montana apresentou floração anual com duração intermediária, ocorrendo na época seca. A fenofase de floração não apresentou correlação com a pluviosidade e com a umidade relativa do ar, mas apresentou correlação negativa com a temperatura e com o fotoperíodo. A maturação dos frutos iniciou-se na estação seca e teve sua maior intensidade no início da estação chuvosa. A dispersão das sementes apresentou correlação negativa com a umidade relativa do ar. Por ocorrer ao longo de cursos d'água, a floração de P. montana parece ser independente do estresse hídrico da época de estiagem. A correlação negativa entre a abertura dos frutos e a umidade relativa do ar está associada ao processo de dessecação, necessário para a maturação e a dispersão dos diásporos. Na estação seca, a disseminação das sementes de P. montana pode ser facilitada pelo vento e as chuvas, no início da estação chuvosa, podem também auxiliar na dispersão das sementes, além de garantir maior probabilidade de sua germinação e do estabelecimento das plântulas.
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Neste estudo analisamos a estrutura da comunidade de plantas lenhosas em 11 fragmentos de cerrado (sensu stricto) situados no Triângulo Mineiro. Avaliamos se a densidade, diversidade e/ou composição da vegetação estavam relacionadas à área do fragmento ou ao seu grau de perturbação (medida pela cobertura de gramíneas exóticas e pela ocorrência histórica de gado e fogo). Em cada fragmento (com tamanho entre 7 a 509 ha) foram instaladas 50 parcelas de 10 x 10 m para contagem e identificação das árvores com circunferência a altura do peito (CAP) > 15 cm. Arbustos e arvoretas (CAP < 15 cm) foram amostrados em sub-parcelas de 5 x 10 m. Fragmentos maiores apresentaram maior número de indivíduos (de arbustos e arvoretas), de espécies (de árvores, arbustos e arvoretas), e maior diversidade (de árvores) do que os fragmentos menores. O tamanho do fragmento também explicou parte da variação na composição de espécies de arbustos e de arvoretas. Com exceção de uma relação negativa entre a cobertura de gramíneas e a densidade de arbustos e arvoretas, não encontramos qualquer correlação entre o grau de perturbação e a estrutura da vegetação. Entretanto, não foi possível separar os efeitos de área dos efeitos da perturbação, já que fragmentos menores tenderam a apresentar maior grau de perturbação, particularmente uma maior cobertura de gramíneas exóticas. Isto indica que fragmentos menores não apenas estão mais sujeitos aos efeitos decorrentes da fragmentação dos hábitats, mas também aos efeitos da ação do fogo, do gado e da invasão por gramíneas exóticas.
Resumo:
Neste artigo apresentamos uma análise exploratória das opiniões e iniciativas de lideranças judaicas em relação às atitudes e às demandas dos grupos LGBT na sociedade brasileira. Organizado em quatro seções, iniciamos este artigo com uma breve apresentação da pesquisa que deu origem aos dados aqui analisados, para, em seguida, tratar das questões metodológicas e das circunstâncias em que ocorreram as entrevistas com os líderes de duas comunidades judaicas na cidade do Rio de Janeiro. Na terceira seção abordamos as percepções dos rabinos sobre a homossexualidade e as bandeiras do movimento social pela diversidade sexual. Na quarta, à guisa de conclusão, argumentamos que, a despeito das diferenças nas formas de lidar com a tradição bíblica, a percepção dos rabinos sobre a homossexualidade é similar e negativa.