633 resultados para associação de herbicidas
Resumo:
Os resíduos deixados sobre o solo por ocasião da colheita mecanizada da cana-de-açúcar podem constituir-se em uma barreira física para a ação dos herbicidas no controle de plantas daninhas, quando aplicados em pré-emergência destas plantas sobre a palha da cana. Em virtude disso, o presente trabalho teve por objetivos analisar e quantificar a interferência dessa camada de palha sobre o solo na ação dos herbicidas imazapic e imazapic + pendimethalin no controle de plantas daninhas em áreas onde a cana-de-açúcar foi colhida mecanicamente sem a queima da palhada previamente à colheita. Foram realizados dois ensaios simultâneos: um com a retirada da palha dois dias após a aplicação dos herbicidas e o outro com a manutenção desta, ambos conduzidos em casa de vegetação. O imazapic isolado foi aplicado nas dosagens de 0, 122,5 e 147 g i.a.ha-1 e em mistura com pendimethalin na dosagem de 75 + 1500 g i.a.ha-1, com simulação de chuvas nas intensidades de 30, 60 e 90 mm. Após análise dos resultados de biomassa seca, altura e número de folhas das plantas de Sorghum bicolor e Cyperus rotundus, além de nota visual e biomassa seca de Panicum maximum, Brachiaria plantaginea, Digitaria horizontalis, Amaranthus viridis, Ipomoea grandifolia e Brachiaria decumbens, constatou-se eficiência proporcional dos herbicidas à dosagem utilizada, independentemente da presença da palha, à exceção de Ipomoea grandifolia e Brachiaria decumbens, além de haver menor controle nos tratamentos submetidos à chuva de 90 mm. Esses resultados indicam boas perspectivas quanto à aplicação destes herbicidas em áreas de colheita mecanizada de cana-de-açúcar sem queima, para controle de plantas daninhas em condições de pré-emergência.
Resumo:
O presente trabalho objetivou estudar a uniformidade de distribuição da calda de pulverização contendo herbicidas, em culturas perenes arbustivas, utilizando combinações de pontas de pulverização em barra lateral protegida, conduzida a pequena distância do alvo, na linha de culturas perenes arbustivas. Para isso, foi desenvolvido um programa computacional que permite simular a sobreposição do leque de pulverização, da porção protegida da barra e do leque formado pela ponta de pulverização do bico mais extremo da barra, de modo diferente dos demais programas. Após a seleção das melhores combinações de pontas de pulverização por meio de simulação dos padrões de deposição da pulverização das pontas individuais e dos coeficientes de variação menores que 10%, algumas dessas combinações foram testadas em campo, aplicando-se um herbicida sistêmico (glyphosate) e outro com ação de contato (paraquat). Os resultados indicaram que o programa computacional desenvolvido pode constituir-se em um auxiliar valioso para a seleção das melhores combinações de pontas de pulverização. Em aplicações tanto do herbicida glyphosate quanto do paraquat, com volumes de calda mais reduzidos,abaixo de 100 L ha-1, destacaram-se como arranjos mais eficientes: a) pontas TT110015 distanciadas de 52,5 cm entre si, combinadas com a ponta TK-0,5 na extremidade da barra a 50 cm do último bico, operando na velocidade de 5 km h-1 e pressão de 103 kPa (15 lbf pol-2), com distância de caminhamento do tronco da árvore de 20 cm ; b) pontas SMCE2 distanciadas de 15 cm entre si, combinadas com a ponta TK-0,5 na extremidade da barra de 20 cm do último bico, operando na velocidade de 4 km h-1 e pressão de 414 kPa (60 lbf pol-2), com distância de caminhamento do tronco da árvore de 30 cm ; e c) pontas TLX-2 distanciadas de 15 cm entre si, combinadas com a ponta TK-0,5 na extremidade da barra de 20 cm do último bico, operando à velocidade de 5 km h-1 e pressão de 414 kPa (60 lbf pol-2), com distância de caminhamento do tronco da árvore de 30 cm. A velocidade de deslocamento do pulverizador de 5 km h-1 proporcionou melhores condições para que os herbicidas estudados apresentassem melhor controle de plantas daninhas, quando comparada com a velocidade de deslocamento do pulverizador de 4 km h-1.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a resposta de genótipos de soja aos herbicidas trifluralin e imazaquin, dois experimentos foram instalados em campo, na Embrapa Soja, Londrina-PR, no ano agrícola 2000/2001. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Nas parcelas, foram semeados 17 genótipos de soja (BR 16, BRS 183, BRS 184, BRS 155, BRS 156, BRS 132, BRS 133, BRS 136, BRS 134, BRS 135, Embrapa 58, Embrapa 59, Embrapa 48, BRS 212, BR96-25619, BR96-12086 e BR95-8400). No experimento 1 foram aplicadas, nas subparcelas, as doses de 0 (testemunha sem aplicação), 1,8 kg i.a. ha-1 (dose recomendada) e 3,6 kg i.a. ha-1 (duas vezes a dose recomendada) do herbicida trifluralin. No experimento 2 foram aplicadas, nas subparcelas, as doses de 0 (testemunha sem aplicação), 0,14 kg i.a. ha-1 (dose recomendada) e 0,28 kg i.a. ha-1 (duas vezes a dose recomendada) do herbicida imazaquin. Todos os genótipos de soja foram tolerantes às doses recomendadas dos dois herbicidas, apresentando sintomas leves de fitotoxicidade, sem comprometer a produtividade. Entretanto, os cultivares BRS 183, BRS 156, Embrapa 59 e Embrapa 58 foram afetados pelo dobro da dose do herbicida trifluralin, reduzindo a produtividade. Com relação ao imazaquin, somente a linhagem BR96-25619 foi afetada pelo dobro da dose desse herbicida, reduzindo a produtividade.
Resumo:
Com o crescimento do interesse pela aplicação localizada de herbicidas, considerando a variabilidade espacial da comunidade das plantas daninhas, torna-se necessário o conhecimento da eficácia dessas aplicações, comparadas com as convencionais, em área total. O experimento foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a eficácia de controle das plantas daninhas por meio da aplicação localizada de herbicidas em comparação com a aplicação convencional. Foram escolhidas quatro áreas de 0,5 ha, em duas das quais foi feito o mapeamento da densidade de infestação das plantas daninhas, antes e após a aplicação do herbicida, empregando o método de amostragens numa grade regular de 6 x 6 m, utilizando áreas amostrais de 0,25 m², sendo duas áreas usadas para pulverização convencional e duas áreas com mapeamento das plantas daninhas para a pulverização localizada. As avaliações das infestações das plantas daninhas foram feitas antes e após a aplicação localizada de herbicidas, nos mesmos locais, nas duas avaliações. Foram aplicadas duas doses da mistura formulada dos herbicidas fluazifop butil (125 g L-1) + fomesafen (250 g L-1), sendo a dose de 1,0 L ha-1 da mistura formulada para densidades de plantas daninhas abaixo de 50 plantas m², e a dose de 2,0 L ha-1, para densidades acima de 50 plantas m-2. A comparação da aplicação convencional a 2,0 L ha-1 com a aplicação localizada mostrou economia de herbicidas da ordem de 18 e 44% para as duas áreas estudadas, respectivamente. Foram detectados 55 e 77% das áreas livres de infestação, sendo verificadas nessas áreas densidades muito baixas. Portanto, a aplicação localizada de herbicida realizada neste experimento mostrou que grande economia de produtos é possível mantendo-se a eficácia de controle e, conseqüentemente, reduzindo o impacto ambiental da aplicação convencional com dose média e pulverização em área total.
Resumo:
Os objetivos deste experimento foi avaliar a resposta do girassol às aplicações de boro (B), isoladas ou em mistura com herbicidas, e o controle de plantas daninhas por meio de experimento conduzido na Embrapa Soja, Londrina-PR. Os tratamentos foram acetochlor (1,92 kg i.a. ha-1), oxyfluorfen (0,36 kg i.a. ha-1), sulfentrazone (0,35 kg i.a.ha-1), trifluralin (1,80 kg i.a. ha-1) e as testemunhas capinada e sem capina. Todos os tratamentos foram aplicados, isoladamente ou em mistura, com 2 kg ha-1 de B (Na2B4O7.10H2 0 - bórax e H3BO3 - ácido bórico). O tratamento mais eficiente foi acetochlor mais ácido bórico; essa combinação resultou em solução mais homogênea da calda de pulverização, quando comparada com os herbicidas mais bórax. O herbicida acetochlor aplicado isoladamente ou em mistura com as duas fontes de B foi eficiente no controle da trapoeraba (Commelina benghalensis), do picão-preto (Bidens pilosa) e da corda-de-viola (Ipomoea grandifolia). Os herbicidas oxyfluorfen e sulfentrazone, aplicados isoladamente ou em misturas com as duas fontes de B, foram eficientes no controle do amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) e da corda-de-viola, respectivamente. É viável a aplicação de boro juntamente com os herbicidas testados nesta pesquisa em mistura em tanque, evitando a deficiência desse micronutriente e controlando as plantas daninhas na cultura do girassol.
Resumo:
Com o objetivo de estudar a influência da chuva sobre o desempenho dos herbicidas sulfosate e glyphosate em diferentes formulações, foram conduzidos dois experimentos, um no inverno de 2000 e outro no verão de 2001, na Fazenda Experimental de Ensino e Pesquisa da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal-SP. Os experimentos foram instalados segundo o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições, no arranjo fatorial de 4x5+1, ou seja, quatro tratamentos de herbicidas, cinco períodos sem chuva após a aplicação e uma testemunha, que não recebeu chuva. As formulações de glyphosate foram: SAqC (1,0 L ha-1), GrDA (0,5 kg ha-1), SAqC Transorb (0,75 L ha-1), mais o sulfosate SAqC (1,09 L ha¹). Os períodos sem chuva após a aplicação foram de 1, 2, 4, 6 e > 48 horas. Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência das plantas daninhas, utilizando-se de um pulverizador costal, à pressão constante (mantida por ar comprimido) de 30 lbf pol-2. A chuva foi simulada com um sistema de irrigação por aspersão. A lâmina de água variou entre 18 e 19 mm. Em ambas as épocas, a chuva simulada foi prejudicial à ação dos herbicidas, principalmente quando feita nos menores intervalos após a aplicação. Os sintomas de fitointoxicação apareceram mais rapidamente no verão. A formulação Transorb, comercializada como não sendo afetada pela chuva uma hora após a aplicação, não teve o desempenho esperado, tanto no inverno quanto no verão, para períodos de até seis horas sem chuva após a aplicação. O sulfosate apresentou o melhor controle geral das plantas avaliadas, quando se simulou chuva após seis horas, em ambas as épocas. A formulação GrDA foi a mais afetada pela ação da chuva em ambas as épocas.
Resumo:
A resistência de plantas aos herbicidas é conseqüência, na maioria das vezes, de mutação ou da preexistência de genes que conferem resistência à população. No caso dos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) ocorreram casos de resistência tanto em plantas daninhas quanto em culturas. Essa revisão foi realizada com o objetivo de discutir aspectos bioquímicos, genéticos e moleculares da resistência de plantas aos herbicidas inibidores da ALS, sendo destacados também os efeitos na ecofisiologia das plantas daninhas e em mutações que conferem resistência em plantas daninhas e a possibilidade de utilizá-las para o desenvolvimento de culturas resistentes aos inibidores da ALS. Em plantas daninhas, a resistência aos herbicidas inibidores da ALS resulta de uma ou mais mutações no gene que codifica a ALS; quando a herança desse gene é monogênica, ele possui característica dominante a semidominante. As substituições em uma única seqüência nucleotídica ocasionam alteração na ALS, conferindo resistência aos herbicidas inibidores dessa enzima. Embora o biótipo resistente apresente alteração genética e enzimática quando comparado com biótipo suscetível, o comportamento ecofisiológico dos biótipos resistentes e suscetíveis é similar. Essa característica tem implicações muito importantes no estabelecimento das populações resistentes. Já foram desenvolvidos cultivares resistentes para diversas culturas, incluindo arroz e milho, as quais variam no nível de resistência aos diferentes grupos químicos de herbicidas inibidores da ALS.
Resumo:
A tolerância da gramínea forrageira capim-elefante a herbicidas aplicados isoladamente ou em misturas entre si, aplicados em condições de pré e pós-emergência da forrageira, bem como a eficiência desses produtos no controle de B. decumbens e outras espécies de plantas daninhas, foram avaliadas em dois experimentos. Os herbicidas aplicados no experimento conduzido em condições de pré-emergência do capim-elefante, com as respectivas doses em kg ha-1, foram: metolachlor (1,152; 2,304; e 3,456), oxyfluorfen (0,48; 0,96 e 1,44) e a formulação comercial de atrazine + metolachlor (1,25; 2,50; e 3,75), três repetições. Os herbicidas aplicados no experimento instalado em condições de pós-emergência da forrageira, com as respectivas doses em kg ha-1,foram: ametryne (1,25; 2,50; e 3,75) e oxyfluorfen (0,48; 0,96; e 1,44), com quatro repetições. Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso; sendo que, em ambos os experimentos foram adicionadas as testemunhas (capinada e sem capina), e os cultivares de capim-elefante utilizados em ambos os experimentos foram Cameroon e Pioneiro. A aplicação dos herbicidas em pré-emergência da forrageira foi feita um dia após o plantio com solo úmido; no experimento em pós-emergência do capim-elefante os herbicidas foram aplicados sobre o topo das plantas da cultura forrageira, aos 20 dias após a emergência. Metolachlor e atrazine + metolachlor, em pré-emergência, foram seletivos para os dois cultivares testados. O oxyfluorfen, até 0,96 kg ha-1, foi seletivo para a cultura forrageira nas aplicações tanto em pré- como em pós-emergência. O ametryne, em pós-emergência, também foi seletivo aos cultivares na dose inferior a 2,50 kg ha-1. B. decumbens e B. brizantha foram eficientemente controladas (90,9%) em pré-emergência, exceto na menor dose de metolachlor e atrazine + metolachlor. O controle das dicotiledôneas atingiu 85% com metolachlor, atrazine + metolachlor e oxyfluorfen, exceto nas menores doses dos produtos. Em pós-emergência, o ametryne, nas doses de 2,50 e 3,75 kg ha¹, e o oxyfluorfen, nas três doses estudadas, proporcionaram controle superior a 90,3% para B. decumbens, B. brizantha, S. glaziovii e S. urens; todavia, o oxyfluorfen propiciou controle de A. australe e de D. tortuosum inferior a 81,0%, e o ametryne, inferior a 75,6% para D. tortuosum. Tanto na aplicação em pré quanto em pós-emergência, o efeito residual de controle estendeu-se até os 90 dias após aplicação dos herbicidas. O capim-elefante tratado com herbicidas aplicados em pré-emergência cresceu mais (36,28 a 42,79%); em pós-emergência esse crescimento foi menor (34,78 a 47,1%) para o cultivar Pioneiro, quando comparado com a testemunha sem capina. Para o cultivar Cameroon o crescimento foi de 39,90 a 51,30% quando o herbicida foi aplicado em pré-emergência e de 39,83 a 46,61% em pós-emergência. O acúmulo de biomassa seca da parte aérea do cultivar Pioneiro foi maior em pré-emergência (33,22 a 48,85%) e em pós-emergência (73,80 a 76,65%); para o cultivar Cameroon esse acúmulo foi de 79,63 a 83,95% em pré-emergência e de 61,92 a 68,21% em pós-emergência, também em relação à testemunha sem capina. O cultivar Pioneiro mostrou ser mais tolerante à interferência das plantas daninhas que o Cameroon.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de misturas de herbicidas no controle de duas espécies de trapoeraba, Commelina diffusa e Commelina benghalensis. Para isso, segmentos de caule dessas espécies foram transplantados em vasos contendo 12 L de substrato. Após 120 dias, foram aplicados os seguintes tratamentos: carfentrazone-ethyl (30 g ha¹) em mistura com glyphosate (720 g ha-1) e/ou glyphosate potássico (720 g ha-1); glyphosate (720 g ha-1) em mistura com flumioxazin (60 g ha-1) e/ou 2,4-D (670 g ha-1) e/ou metsulfuron methyl (4 g ha-1); oxyfluorfen em mistura com sulfentrazone (480 + 375 g ha¹); aplicações seqüenciais, com intervalo de 21 dias, de [(paraquat + diuron) / (carfentrazone-ethyl + glyphosate)] [(200+400)/(30+720)] e de [(paraquat + diuron) / (paraquat + diuron)] [(200+400)/(200+400)]; e testemunha sem aplicação de herbicida. Cada espécie constituiu um experimento, sendo ambos conduzidos no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Foram feitas avaliações de controle das trapoerabas e da biomassa fresca da parte aérea. Os tratamentos mais eficientes no controle das trapoerabas foram as aplicações seqüenciais, com intervalo de 21 dias, de (paraquat + diuron) / (carfentrazone-ethyl + glyphosate) e de (paraquat + diuron) / (paraquat + diuron), seguidas das misturas em tanque de 2,4-D + glyphosate e de carfentrazone-ethyl + glyphosate e/ou glyphosate potássico.
Resumo:
O uso contínuo e prolongado de produtos com o mesmo mecanismo de ação pode provocar a manifestação de biótipos resistentes. Para verificar possíveis novos casos de resistência, bem como alternativas para prevenção e manejo, foram coletadas sementes de Bidens subalternans na região de São Gabriel D' Oeste-MS, em plantas que sobreviveram a tratamentos em que inibidores da ALS foram sistematicamente utilizados. Em experimento conduzido em vasos em casa de vegetação, o biótipo com histórico de resistente foi comparado ao suscetível quando submetido aos diversos herbicidas com diferentes mecanismos de ação usados em pós-emergência, os quais foram aplicados nas doses de zero, uma, duas, quatro e oito vezes a recomendada. Decorridos 20 dias, foram avaliadas a porcentagem de controle e a produção da fitomassa verde, visando estabelecimento de curvas de dose-resposta e obtenção dos fatores de resistência. O biótipo oriundo de área com histórico de aplicações repetidas de inibidores da ALS apresentou elevado nível de resistência aos herbicidas chlorimuron-ethyl e imazethapyr, demonstrando ser portador de resistência cruzada aos inibidores da ALS dos grupos das sulfoniluréias e imidazolinonas. Entretanto, esse biótipo foi eficientemente controlado pelos herbicidas fomesafen, lactofen, bentazon, glufosinato de amônio e glyphosate.
Resumo:
Este trabalho constou de quatro estudos que foram realizados em casa de vegetação, nos quais se avaliou a seletividade de diferentes herbicidas, aplicados em pré-emergência, sobre algumas gramíneas forrageiras tropicais: Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cultivares Tanzânia e Mombaça. Os herbicidas e as doses utilizadas, em g ha-1, para cada estudo foram: alachlor - 1.680 e 3.360, metolachlor - 1.200 e 2.400, diuron - 800 e 1.600, imazaquin - 75 e 150, imazapyr - 250 e 500, imazethapyr - 50 e 100, clomazone - 450 e 900, flumetsulam - 70 e 140, ametryn - 625 e 1.250, metribuzin - 525 e 1.050 e trifluralin - 900 e 1.800, além de uma testemunha sem aplicação de herbicidas. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis repetições. O consumo de calda de aplicação foi de 180 L ha-1,e a barra de aplicação continha quatro bicos de jato plano tipo 'Teejet' 110.02, espaçados de 0,50 m. Avaliou-se visualmente a intoxicação das plantas através de uma escala percentual de notas e, no final dos estudos, a altura e o peso de matéria seca de plantas. Para P. maximum cv. Mombaça, apenas os herbicidas imazaquin (75 g ha-1), imazethapyr e flumetsulam, em ambas as doses testadas, foram seletivos. Para P. maximum cv. Tanzânia, nenhum dos herbicidas testados foi totalmente seletivo. Em relação a B. decumbens, os herbicidas imazaquin e imazethapyr, em ambas as doses, e ametryn (625 g ha¹) foram seletivos. No caso de B. brizantha, os herbicidas diuron (800 g ha¹), ametryn, imazaquin, imazethapyr e flumetsulam, em ambas as doses, apresentaram-se seletivos.
Resumo:
Este projeto teve por objetivo avaliar a eficácia de herbicidas para controle de plantas aquáticas submersas das espécies Egeria densa e Egeria najas. O estudo foi realizado em três etapas consecutivas: em laboratório, em caixas d'água e numa represa de pequeno porte, sem fluxo de água. Na primeira etapa, avaliou-se a eficiência de 23 herbicidas utilizados em áreas agrícolas e disponíveis no mercado brasileiro. As elevadas concentrações em que os herbicidas foram efetivos inviabilizam programas de controle fundamentados em uma única aplicação. No experimento em caixas d'água, foram avaliados os efeitos de doses crescentes de fluridone, nas formulações líquida e granulada, no controle de Egeria densa e Egeria najas. Foram testadas as concentrações de 10, 20, 40, 80 e 150 ppb de fluridone na formulação líquida e 20, 40, 80 e 150 ppb na granulada. Após uma única aplicação, os resultados indicaram que o fluridone, nas concentrações de 80 e 150 ppb, em ambas as formulações, foi eficaz no controle dessas duas espécies. No experimento em represa de pequeno porte sem fluxo de água, avaliou-se o efeito da manutenção das concentrações de fluridone no controle de Egeria najas. Uma represa de 1.980 m² foi tratada com sete aplicações de fluridone, na formulação líquida, visando a manutenção das concentrações do ingrediente ativo na água entre 10 e 20 ppb. Os resultados indicaram que o controle proporcionado pelo herbicida foi superior a 99%. Não houve modificação significativa nas características relacionadas à qualidade da água.
Resumo:
Os sistemas de manejo do solo podem alterar a bioatividade dos herbicidas cloroacetamidas e influir na sua persistência no solo, seletividade às culturas e eficácia de controle das plantas daninhas. Um experimento foi conduzido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, durante o ano agrícola de 2000/2001, para avaliar a eficácia de controle das plantas daninhas pelos herbicidas cloroacetamidas, em solo Argissolo Vermelho, manejado sob semeadura direta e preparo convencional. Foram avaliados os herbicidas acetochlor e alachlor, cada um na dose de 3.360 g ha-1, metolachlor a 2.400 g ha-1, s-metolachlor a 1.440 g ha-1, s-metolachlor + antídoto à 1.440 e 1.800 g ha-1, respectivamente, além da testemunha sem herbicida, nos sistemas convencionais e semeadura direta. As avaliações foram de eficácia de controle, população de plantas daninhas e matéria seca da parte aérea das plantas daninhas, realizadas aos 30 e 50 dias após aplicação dos tratamentos (DAT). Os herbicidas cloroacetamidas foram mais eficientes no controle das plantas daninhas no preparo convencional, comparado à semeadura direta, em ambas as épocas de avaliação. Os herbicidas acetochlor, alachlor a 3.600 g ha-1 e s-metolachlor + protetor a 2.400 g ha-1 foram mais eficientes no controle destas plantas, em relação aos demais herbicidas e formulações. A produção de matéria seca e a população das plantas daninhas foram menores no preparo convencional.
Resumo:
O cupuaçuzeiro Theobroma grandiflorum é uma fruteira típica da Amazônia. O seu fruto, o cupuaçu, é um dos mais populares da região e apresenta crescente aumento de demanda devido às suas características organolépticas e diversidade de uso na agroindústria. O seu cultivo, no entanto, ainda é rústico e a produção é muito afetada pela interferência das plantas daninhas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia dos herbicidas alachlor e haloxyfop no controle das plantas daninhas e a seletividade para as leguminosas Mucuna cochinchinensis e Pueraria phaseoloides e para plantas jovens de cupuaçu. O experimento foi instalado no campo, para avaliar o efeito dos herbicidas sobre a produção de matéria seca da parte aérea e o índice de área foliar (IAF) das plantas daninhas e das leguminosas e a toxicidade às plantas de cupuaçu. O alachlor, na dose de 4,0 kg ha-1, reduziu 75,60% da produção de matéria seca e 64,02% do IAF das plantas daninhas, enquanto o haloxyfop, na dose de 0,24 kg ha-1, inibiu 62,51% do acúmulo de matéria seca e 64,23% do IAF. As leguminosas M. cochinchinensis e P. phaseoloides foram tolerantes aos herbicidas. O haloxyfop, na dose de 0,12 kg ha-1, estimulou a produção de matéria seca da parte aérea e o IAF em 180,15% e 146,68%, respectivamente. Os herbicidas não causaram injúrias às plantas de cupuaçu e às leguminosas e apresentaram controle das plantas daninhas acima de 60%.
Resumo:
A extensão das áreas com seleção de populações de plantas daninhas resistentes a herbicidas tem aumentado rapidamente no Brasil nos últimos anos, sendo citado como causa principal desta seleção a recomendação inadequada de produtos. Com o objetivo de avaliar a eficácia de controle de plantas daninhas através de herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, sobre plantas de Bidens subalternans, foi conduzido o presente trabalho, que envolveu um experimento de casa de vegetação e dois de campo, com as culturas de milho e soja. A pesquisa foi realizada a partir de populações de plantas de Bidens subalternans com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores da ALS encontradas em área de produção comercial nas quais ocorriam falhas de controle através desses herbicidas. Os resultados permitiram confirmar a seleção de populações resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) e encontrar alternativas para o manejo destas populações, por meio do uso de produtos com mecanismo de ação diferenciado, tanto para a cultura da soja quanto para a do milho. Produtos inibidores da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX), da fotossíntese e da divisão celular, aplicados isoladamente ou em misturas, controlaram adequadamente o biótipo resistente.