57 resultados para rhesus macaques (Macaca mulatta)
Resumo:
The liver tissue of a rhesus macaque inoculated with hepatitis C virus (HCV) has been analyzed for the presence of HCV RNA using the technique of in situ hybridization, both at light and electron microscopy levels. The animal was inoculated by the intrasplenic route using a HCV infected autogenic hepatocyte transplant. The serum sample used to infect the hepatocyte cells was characterized by polymerase chain reaction technique and shown to be positive for HCV RNA, genotype 3 with 10(7) RNA copies/ml. In situ hybridization was performed using a complementary negative strand probe made with the specific primer. We were able to detect and localize viral RNA in altered membranes of the rough endoplasmic reticulum of infected liver cells, showing evidence of virus replication in vivo.
Resumo:
Among the flaviviruses, dengue, with its four serotypes, has spread throughout the tropics. The most advanced vaccines developed so far include live attenuated viruses, which have been tested in humans but none has been licensed. Preclinical testing of dengue vaccine candidates is performed initially in mice and in nonhuman primates. In the latter the main criteria used to assay protection are neutralizing antibodies elicited by the vaccine candidate and the magnitude and duration of peripheral viremia upon challenge of previously immunized animals. Towards the identification of wild-type viruses that could be used in challenge experiments a total of 31 rhesus monkeys were inoculated subcutaneously of wild dengue types 1, 2, and 3 viruses. The viremia caused by the different viruses was variable but it was possible to identify dengue viruses useful as challenge strains.
Resumo:
This study was conducted to analyse the course and the outcome of the liver disease in the co-infected animals in order to evaluate a possible synergic effect of human parvovirus B19 (B19V) and hepatitis A virus (HAV) co-infection. Nine adult cynomolgus monkeys were inoculated with serum obtained from a fatal case of B19V infection and/or a faecal suspension of acute HAV. The presence of specific antibodies to HAV and B19V, liver enzyme levels, viraemia, haematological changes, and necroinflammatory liver lesions were used for monitoring the infections. Seroconversion was confirmed in all infected groups. A similar pattern of B19V infection to human disease was observed, which was characterised by high and persistent viraemia in association with reticulocytopenia and mild to moderate anaemia during the period of investigation (59 days). Additionally, the intranuclear inclusion bodies were observed in pro-erythroblast cell from an infected cynomolgus and B19V Ag in hepatocytes. The erythroid hypoplasia and decrease in lymphocyte counts were more evident in the co-infected group. The present results demonstrated, for the first time, the susceptibility of cynomolgus to B19V infection, but it did not show a worsening of liver histopathology in the co-infected group.
Resumo:
A chimeric yellow fever (YF)-dengue serotype 2 (dengue 2) virus was constructed by replacing the premembrane and envelope genes of the YF 17D virus with those from dengue 2 virus strains of Southeast Asian genotype. The virus grew to high titers in Vero cells and, after passage 2, was used for immunogenicity and attenuation studies in rhesus monkeys. Subcutaneous immunization of naive rhesus monkeys with the 17D-D2 chimeric virus induced a neutralizing antibody response associated with the protection of 6 of 7 monkeys against viremia by wild-type dengue 2 virus. Neutralizing antibody titers to dengue 2 were significantly lower in YF-immune animals than in YF-naive monkeys and protection against challenge with wild-type dengue 2 virus was observed in only 2 of 11 YF-immune monkeys. An anamnestic response to dengue 2, indicated by a sharp increase of neutralizing antibody titers, was observed in the majority of the monkeys after challenge with wild-type virus. Virus attenuation was demonstrated using the standard monkey neurovirulence test. The 17D-D2 chimera caused significantly fewer histological lesions than the YF 17DD virus. The attenuated phenotype could also be inferred from the limited viremias compared to the YF 17DD vaccine. Overall, these results provide further support for the use of chimeric viruses for the development of a new live tetravalent dengue vaccine.
Resumo:
Foram estudadas culturas primárias de células renais de macaco rhesus (RMK) e culturas de células contínuas Hep-2, comparativamente em provas de identificação sorológica intratípica de 28 estirpes de poliovírus dos tipos 1 e 3, pelo método da "comparação dos índices de neutralização". A correlação entre os índices foi elevada -0,953 e 0,986 após incubação de três e cinco dias, respectivamente, e todas as estirpes examinadas mostraram o mesmo resultado de identificação nos dois sistemas celulares estudados. Disto se conclui que as culturas de células Hep-2 podem ser utilizadas como alternativa ás culturas primárias de rim de macaco rhesus, na identificação intratípica de poliovírus dos tipos 1 e 3, pelo método mencionado, com as vantagens inerentes às linhagens de células contínuas.
Resumo:
Foi desenvolvido método para a evidenciação de vírus em filés de peixe. Amostras de 50 gramas foram submetidas à agitação mecânica durante 5 min em 200 ml de água bidestilada esterilizada, em pH 7,3-7,5. As substâncias em suspensão foram removidas mediante uma filtração de clarificação. A suspensão clarificada foi em seguida submetida à ultrafiltração através de membrana de alginato de sódio, sendo esta posteriormente dissolvida em 2 ml de citrato de sódio a 3,8%. A suspensão obtida foi, a seguir, centrifugada a 10.000 rpm durante 20 min, a 4°C, adicionando-se ao sobrenadante penicilina, estreptomicina e anfotericina B. O isolamento de vírus foi feito em culturas primárias de células de rim de macaco rhesus, células HeLa e por inoculação em camundongos recém-nascidos. A identificação sorológica levou aos seguintes resultados: de 51 filés de peixe foram isoladas duas estirpes de poliovírus tipo 1, duas de poliovírus tipo 3 e uma de coxsackievírus B4, o que corresponde a uma percentagem de positividade de 9,8%*. A identificação intratípica das quatro estirpes de poliovírus isoladas revelou ser uma delas semelhante e as demais diferentes das estirpes vacinais.
Resumo:
Indirect Immunofluorescence (IFA), Plaque Reduction Neutralization (PRN) and Haemagglutination Inhibition (HI) tests for measles antibodies were carried out in 197 sera obtained from umbilical cord and vaccinated children. The IFA was also applied to blood samples collected with filter paper. IFA results demonstrated that the test is relatively simple to perform, with good reproducibility for different antigen lots. Good correlation was obtained between IFA, PRN and HI antibody titers. Better correlation was demonstrated with IFA and PRN than with HI and PRN tests. Sensitivity of IFA in detecting antibody was less effective than PRN, however more effective than HI using rhesus monkey red blood cells. PRN antibody titers over 100 were detected by IFA but not by HI (9.7% with negative results). IFA may be of considerable practical use and able to substitute HI in Seroepidemiological surveys and to evaluate vaccine efficacy. It also can be simplified by employing filter paper collected samples.
Resumo:
Foi praticada a esplenoportografia em 10 pacientes portadores de malária, sendo a infecção causada pelo P. falciparum em 5 casos, pelo P. vivax em 3 casos e pela associação de ambos os plasmódios em outros 2 casos. Em 2 dêsses 10 casos, havia associação da malária com a esquistossomose mansoni. Os resultados obtidos demonstraram: 1) tortuosidade da veia esplênica em 4 casos. Êste fato é explicado pela hepatoesplenomegalia, restringindo a distância entre os hilos dos dois órgãos e portanto causando uma retração da veia esplênica em seu sentido longitudinal; 2) discreta pobreza das ramificações portais intrahepálicas, representada pela ausência ou deficiência de contrastação dos ramos aicotômicos portais mais finos. Esta imagem foi encontrada em 7 casos, e pode ser explicada pela vasoconstricção das ramificações portais, relatadas por Skirrow em Macacus rhesus infectados pelo P. knowlesi (19, 20). Outra explicação mais simplista para êste fato está relacionada com a grande diluição do contraste ao atingir os ramos portais mais finos, tendo em vista a ampliação do leito vascular, em virtude da grande hepatoesplenomegalia - sendo de nocar-se que a hepatomegalia era proeminente em 6 dos casos; 3) o hepatograma, além dos aspectos mencionados, mostrou um aumento apreciável e universal do fígado em 6 casos cujos limites podiam ser apreciados em todos os sentidos, contrastando de certo modo com o hepatograma de esquistossomose hepatoesplênica, em que predominam alterações vasculares intrahepáticas, com aspectos sugestivos de peripileflebite esquistossomótica. Parece que êsses resultados não foram influenciados pela espécie do plasmódio em causa, isto ê, o falciparum ou o vivax. Nove dos dez pacientes foram submetidos à punção biópsia hepática, sendo que as alterações histopatológicas observadas foram bastante discretas, estando portanto em acordo com as pequenas modificações evidenciadas no esplenoportograma. Apenas em um dos dois casos de esquistossomose mansoni associada, na qual foi praticada a biópsia, havia fibrose interlobular com a presença de granuloma esquistcssomótico. Neste mesmo caso, a esplenoportografia demonstrou imagens de ncoformação vascular em tôrno dos ramos dicotômicos do sistema porta intrahepático, com seu aspecto musgoso descrito por Bogliolo, considerado característico da esquistossomose mansoni.
Resumo:
L'étude des modifications de la coagulation sanguine à l'aide de la technique BRAZIL-VELLARD, réalisée chez 25 malades atteints de formes diverses, mortelles, graves, et bénignes, entre le lléme et le XIIIéme jour de maladie, et chez 12 convalescents, a permis d'arriver aux conclusions suivantes: 1º. Les variations du pouvoir coagulant du serum sont très irrégulières et peu différentes des celles observées chez de sujets normaux. 2º. La coagulabilité du plasma, dès le IIème jour de la maladie, présente une diminution marquée, constante chez tous les malades, atteignant son chiffre le plus bas entre le VIIème et le IXème jour et revenant progressivement á la normale pendant la convalescence. 3º. Cette diminution de la coagulabilité est due principalement á l'apparition de grandes quantités d'antithrombines dans la circulation; la diminution du fibrinogène observée dans quelques cas, est toujours peu accusée. 4º. La diminution de la coagulabilité du plasma, qui n'a jusqu'ici été observée avec cette intensité que dans la fièvre jaune, peut être d'un certain secours pour le diagnostic précoce de cette affection; elle n'a jamais été vérifiée chez des malades atteints d'autres affections fébriles. 5º. Au point de vue du pronostic, la diminution précoce et très accentuée de la coagulabilité est un symptôme grave, indiquant une lésion profonde de la cellule hépatique. 6º. Dans la fièvre jaune expérimentale du Macacus rhesus, les altérations de la coagulation sanguine sont de même nature, mais paraissent plus tardives et moins accusées que chez l'homme.
Resumo:
1- No interior do nucleo de cellulas hepaticas de Macacus rhesus e M. cynomolgus (figs. 13-34) inoculado com o virus da febre amarella e de cellulas hepaticas de doentes de febre amarella (figs. 61-65 e 68-69) ocorre o processo regressivo referido na literatura sob o nome de «degeneração oxychromatica». Tal processo apresenta grande intensidade nos macacos, sendo, porém, assaz escasso no material humano colhido em autopsias. Esta alteração está intimamente associada ao effeito nocivo causado pelo proprio virus da febre amarella, sendo, neste sentido, a unica alteração verdadeiramente especifica na febre amarella. Não foram encontradas alterações do cytoplasma nem granulos intracellulares que tivessem relação com o virus da febre amarella. Assim sendo, a febre amarella pertencerá ao grupo de doenças de virus filtraveis produzindo alterações cellulares caracteristicas ou corpusculos especificos, exclusivamente limitados ao nucleo. Deve ser incluida, portanto no grupo karyo-oikon da classificação de Lipschütz, juntamente com herpes, varicella, virus III do coelho, «submaxillary disease», etc. Como acontece em geral, nas doenças de virus filtraveis, formando inclusões intracellulares, observa-se na febre amarella que a inclusão celular especifica predomina ou existe exclusivamente em determinada especie cellular. Até agora, no nosso material só conseguimos evidenciar a degeneração oxychromatica da febre amarella na cellula hepatica. Quando existe, porém, a sua abundancia é notavel, não raro attingido a quasi totalidade das cellulas hepaticas nos cortes histologicos examinados. Esse facto não poude ser observado nos casos humanos que examinamos,provavelmente em virtude de condições proprias do virus no homem e da phase da molestia na qual foi retirado o material para estudo. Nas cellulas da camada cortical das suprarenaes de M. rhesus infectados encontramos aspectos nucleares suggestivos de degeneração oxychromatica (figs. 37 e 40); são escassos e de caracterisação duvidosa em virtude da concomitancia de alterações necrobíoticas não específicas. 2- Durante a epidemia de febre amarella em 1928 no Rio de Janeiro, notamos differenças assaz pronunciadas entre as lesões hepaticas no homem e no M. rhesus. Taes differenças, existindo em material assaz homogeneo quanto ás amostras de virus em questão, nos levam a concluir que a capacidade de formar corpusculos intranucleares especificos, como tambem a já conhecida permanencia do virus no sangue e nos tecidos, depende, de modo evidente, da especie animal usada e não da propria amostra empregada, nem do numero de passagens que ella soffreu no macaco. Embora os doentes pertencessem a raças differentes (quadro VIII) e embora, possivelmente diversas amostras de virus tenham sido nelles inoculadas, estamos autorisados a concluir que a amostra ou amostras que infectaram o homem na epidemia de 1928, no Rio de janeiro, possuem nelle uma fraca capacidade de determinar inclusões intranucleares. Ao contrario, a mesma amostra ou amostras são capazes de produzir no M. rhesus, logo na primeira passagem, inclusões intranucleares assaz abundantes. Outra diferença que notamos e attribuimos a especie animal empregada foi; as alterações hepaticas de natureza toxica e circulatoria (congestão, necrose e necrobiose da cellula hepatica) são nitidamente mais intensas no homem que nos macacos injectados com as amostras brasileiras do virus da febre amarella isoladas durante a epidemia de 1928 no Rio de Janeiro. Conseguimos, no homem, evidencia de inclusões typicas na cellula hepatica, apenas em tres casos dentre dezesete examinados. Esse resultado, provavelmente, ainda não é definitivo, indicando, apenas a raridade extrema que os corpusculos podem apresentar nos casos de febre amarella que ordinariamente chegam á autopsia. Tambem não realisamos uma pesquiza exhaustiva dos corpusculos em outros orgãos além do figado. O caso no qual encontramos em maior abundancia os corpusculos intranucleares, offerecia duas circumstancias que isoladamente, e, com maior razão, associadas, não são habituaes em material de autopsia de febre amarella, a saber: trata-se de uma creança fallecida cerca de 40 horas após o inicio da molestia e a autopsia foi iniciada 30 minutos após o obito. Notamos que, quando em uma preparação é encontrada uma cellula hepatica com inclusão, o exame não tarda em demonstrar, em campos microscopicos visinhos, uma ou outra cellula tambem com inclusão, ao passo que em pontos mais distantes nenhuma cellula é encontrada apresentando inclusões. Esses «fócos» de cellulas com inclusões nem sempre são faceis de encontrar, o que está de accôrdo com as differenças topographicas de outras lesões hepaticas, referidas por Oskar Klotz (1928) e Hudson (1928). 3- A degeneração oxychromatica é um processo regressivo nuclear, no qual tomam parte predominante elementos presentes no nucleo normal de cellulas tratadas pelos fixadores habituaes. São elles: a oxychromatina, o reticulo de linina e as particulas de basichromatina neste ultimo incrustadas; de mistura e associadas á oxychromatina existem provavelmente outras albuminas nucleares acidophilas oriundas do nucleoplasma em condições pathologicas do nucleo. Apenas esses elementos se apresentam alterados, quer quantitativamente, quer em seu aspecto e disposição reciproca, quer em suas affinidades tinctoriaes. O facto importante a reter é que taes modificações regressivas interessam, no inicio, unicamente determinadas partes componentes do nucleo com exclusão de outras e reproduzem nas cellulas hepaticas de animaes infectados, de maneira constante e regular, aspectos nucleares absolutamente typicos e especificos da infecção pelo virus amarillico. 4- O corpusculo intranuclear da febre amarella, em phases typicas (figs. 69 e 71) mostra-se constituido por uma «substancia fundamental» e por um «stroma». A substancia fundamental é uma albumina nuclear basica, em parte formada pela oxychromatina ou lanthanina, em parte por outras nucleoproteinas...
Resumo:
Passando em revista as experiencias de infecção que effectuamos e que acabamos de relatar, vemos que, as culturas isoladas de casos de Leishmaniose visceral americana quer do homem quer do cão, são capazes de infectar hamsters, rhesus e cães de maneira identica ao que acontece com as outras formas de Kala-Azar. Notamos ainda que a evolução da doença e as lesões observadas nos animaes assim infectados, se assemelham ao que tem sido observado nessa enfermidade aproximando-a de maneira singular do Kala-Azar mediterraneo. É sobretudo no cão que a semelhança se torna mais patente. A infecção da pelle e as lesões por ella provocadas que observamos, não differem em nada das que tem sido descriptas na infecção natural do cão e já assignaladas tambem na infecção experimental desse animal, embora de maneira menos completa do que fazemos agora aqui. As lesões oculares com formação de placas de keratite, a infeccção massiça do intestino nos casos fataes de infecção e até mesmo as lesões do figado descriptas por Adler como peculiares á infecção experimental, (infiltração em torno da veia central do lobulo) constituem outros tantos caracteres que mostram a completa analogia entre as infecções do cão que obtivemos e as já observadas no Kala-Azar mediterraneo. Além disso, a presença de Leishmanias na pelle, as vezes em grande numero e a constancia dessa localisação parasitaria, vem mostrar que o cão apresenta as condições necessarias para desempenhar o papel de depositario de virus tal como acontece no Kala-Azar mediterraneo, tanto mais que é elle encontrado naturalmente infectado, nas regiões em que grassa a doença. Mas não é só a infecção do cão que mostra essa semelhança; nos outros animaes tambem se verifica o mesmo facto e até pequenos signaes, taes como a tumefacção das patas assignalada nos hamsters infectados com Leishmania infantum, foram tambem observados aqui. Por outro lado, a reacção de sôro-agglutinação, conforme mostramos em trabalho anterior, não permite a separação das especies do genero Leishmania, pois todas ellas, quando recentemente isoladas, possuem identica constituição antigenica, que se modifica depois, pela conservação longo tempo em cultura. É esse facto, que deu logar ás conclusões contradictorias a que chegaram os autores que se ocuparam do assumpto bem como os primeiros resultados que obtivemos. Deante de todos esses factos, nos julgamos autorizados a concluir como já fizemos anteriormente, que o agente da Leishmaniose visceral americana é identico á Leishmania infantum. Ao terminar, queremos deixar consignados nossos agradecimentos ao Dr. E. chagas, por ter posto a nossa disposição as culturas de Leishmania por elle isoladas, tornando possivel deste modo, a execução do presente trabalho.
Resumo:
Os autores, após historiar a desccberta do Trypanosoma conorrhini (DONOVAN, 1909) (sinonimia Crithidia conorrhini DONOVAN, 1909, Trypanosoma boy lei LAFONT, 1912) no inseto transmissor e no hospedeiro vertebrado, o Rattus rattus diardi, fazem um estudo sumário do seu vector intermediário, o barbeiro cosmopolita Triatoma rubrofasciata (DE GEER, 1773) . Em seguida, referem a captura, no centro da cidade do Rio de Janeiro, Brasil, de um exemplar adulto dêste barbeiro parasitado por flagelados que foram identificados ao Trypanosoma conorrhini, fato êste pela primeira vez verificado no Novo Mundo. Certas formas evolutivas dêste parasito no inseto são muito semelhantes às do Schizotrypanum cruzi, mas os tripanosomas metacíclicos apresentam alguns caractéres morfológicos que permitem seu reconhecimento: os mais notáveis são o pequeno tamanho e a colocação do núcleo muito para trás, bem junto ao blefaroplasto. São dadas as medidas de 100 tripanosomas metaciclicos do T. conorrhini e de Schizotrypanum, cujo comprimento total médio foi, respectivamente, 13.88 u e 19.85 u. Nas seguintes espécies de barbeiro foi facilmente obtida a evolução do Trypanosoma conorrhini: Triatoma infestans, Triatoma vitticeps, Rhodnius prolixus e Panstrongylus megistus. Por inoculação de triatomas infectados foi obtida a transmissão do T. conorrhini ao camondongo branco, ao rato e ao macaco rhesus. As infecções foram muito fracas, custando-se a ver o tripanosoma no sangue, a fresco. Em gotas espêssas êle é encontrado com mais facilidade, mas o método de escôlha para verificação da sua presença no sangue dos animais é o xenodiagnóstico. Nesta prova o Triatoma infestans foi empregado com os resultados mais favoráveis. Por êste processo foi observada a infecção inaparente de um camondongo até 53 dias depois da inoculação. A forma sanguícola do T. conorrhini é um tripanosoma ttpico, de grande dimensões (40-60u), de extremidade posterior muito alongada e pontuda, membrana ondulante ampla e com largas pregas, blefaroplasto subcentral; em muitos indivíduos é notável uma estrutura particular, junto e à frente do blefaroplasto. Poucas horas depois de inoculados com as dejeções, os flagelados passam para a circulação, transformando-se em 3-4 dias nos grandes tripanosomas que acabam de ser descritos. O número de parasitos depende do número de flagelados inoculados. Não se conhece o processo de multiplicação do T. conorrhini no vertebrado, nunca tendo sido observados tripanosomas em via de divisão no sangue nem formas proliferativas nos tecidos. As sub-inoculações (de animal a animal) em geral não passam da primeira (MORISHITA, 1935). Tentativas até agora realizadas por outros pesquisadores no sentido de cultivar o T. conorrhini a partir do sangue de animais infectados, têm sido negativas. Por enquanto as pesquisas tendentes a determinar o hospedeiro vertebrado do parasito no Rio de Janeiro limitam-se a aplicação do xenodiagnós-tico em cinco ratos do Morro de Santo Antônio, cujo resultado...
Resumo:
São relatados estudos epidemiológicos feitos em um foco potencial de Tripanosomiase americana no bairro Santa Teresa na Cidade do Rio de Janeiro. Enquanto a pesquisa intensiva de Triatomideos em 40 "cafuas" existentes em áreas silvestres do local foi negativa, 11 exemplares (seis fêmeas e cinco machos) de Panstrongylus mzgistus (Burmeister, 1835) foram capturados em um grande edifício do local, estando nove infectados pelo Trypanosoma (S.) cruzi. Positivamente, tais insetos aí vieram ter atraídos pela grande iluminação dêsse edifício, seus focos de criação encontrando-se na mata. Não foi possível demonstrar de modo indiscutível tais criadouros em cuidadosas pesquisas feitas durante 10 meses. Todavia, em ninho de gambá (Didelphis marsupialis) foi achado uma casca de ovo de Triatomídeo, o qual pode ser atribuído ao P. megistus. Também em ninhos dos mesmos marsupiais e também de ratos silvestres foi descoberto um novo Triatomídeo (Parabelminus carioca Lent, 1943) novo transmissor do Trypanosoma (S.) cruzi, e que foi motivo de uma publicação anterior. De 42 exemplares de gambás (D. marsupialis) submetidos ao exame direto do sangue e ao xenodiagnóstico, 15 (ou seja 35.7 %) mostraram-se naturalmente infectados pelo T. (S.) cruzi. Dêstes quinze, quatro foram negativos ao exame direto de sangue, mas positivos ao xenodiagnóstico. Outro marsupial (Metachirus nudicaudatus Geoffroy), antes ainda não referido como depositário silvestre do Trypanosoma (S.) cruzi, foi verificado com infecção natural pelo xenodiagnóstico. A amostra "gambá de T. (S.) cruzi, mostrou-se patogênica para cao rhesus, gato e cobaio. Foi possível cultivá-la em meios de Nöller e NNN. A amostra "cuica" foi capaz de infectar cão e cobaio e também foi cultivada. A amostra "panstrongylus" também infectou cão e cobaio. Camondongos (Mus musculus, var albina) inoculados com qualquer uma das amostras, não apresentaram infecção sanguínea apreciável ao exame direto, enquanto que exibiam uma infecção peritoneal. Exame clínico sumário de 58 indivíduos residentes no local, permitiram o encontro de duas crianças com sintomas atribuíveis a doença de Chagas, mas o xenodiagnóstico dêstes pacientes foi negativo. Exames de sangue à fresco e xenodiagnóstico de 19 cães (cerca de 50 % dos existentes na zona estudada) foram negativos. Assim também de dois gatos. A possibilidade de infecção humana pelo T. (S.) cruzi no local estudado, é remota, considerados os hábitos silvestres aí observados nos transmissores. Porém, uma vez que aí existem depositários naturais abundantes dêsse tripanosoma, e também transmissores com alto índice de infestação, é possível a ocurrência de casos clínicos da moléstia, tanto mais quando se recorda que P. megistus tem geralmente habitos domiciliares em outras regiões do País, fàcilmente podendo adaptar-se às "cafuas" existentes no local. Por outro lado, a presença aí de famílias oriundas de zonas de endemia (Minas) poderá ainda apressar a existencia de condições domésticas de contágio.
Resumo:
The author has studied the influence of acetylcholine solutions directly applied on the motor cortex of dogs, cats monkeys and rabbits. For this purpose small squares of filter paper were soaked in the acetylcholine solution and soon afterwards laid on the motor cortex. Solutions varying from 0,2 to 10 per cent have been experimented. It has been shown that local application of the solutions on the motor points, previously localized by induction coil, produced motor reactions. It has been found, in the dogs that 10 per cent acetylcholine solutions cause localized muscular twitchings (clonus) in almost all the animals experimented. Generalised epileptiform convulsions were obtained in44,4% of the dogs. Convulsions were also obtained by employing 1 per cent solution of acetylcholine. Definite response has been obtained with 0,2 per cent solution. Failure of motor action, pointed out by other authors, has been related to the use of anesthetics. Convulsions were easily produced by rapid light mechanical stimulations of the skin covering the muscles in conection with the excited motor point, and the application on the motor point of acetylcholine. The results on monkeys can be summarized as follows. Two species of monkeys were experimented: Cebus capucinus and Macaca mulata. In the monkeys C. capucinus generalised convulsive reactions were induced with actylcholine solutions in a concentration as low as 0,5 per cent. Motor reaction or convulsive seizeres were obtained in seven of the eight monkeys used. Three monkeys M. mulata were stimulated with 10 per cent acetylcholine solution but only localized muscular contraction hae been observed. Similar results has been obtained on the motor cortex of cats and rabbits. One of the three cats employed has shown epileptiform convulsions and the remaining only localized muscular contractions. In the rabbits muscular twitchings have been also induced. The sensitizing power of eserine on the action of acetylcholine has been also searched. The results indicate that a previous application of eserine solution on the motor center, potentiates the action of acetylcholine. The intensity of the muscular twitchings is greater than the obtained before the application of the eserine solution. Generalised epileptiform convulsions sometimes appeared following the use of lower concentrations of acetylcholine than those previously employed. Experiments have been carried out by injecting eserine and prostigmine by parenteral route. A dosis dufficient for induce small muscular tremors did not enhance obviously the motor effects produced by the application of the acetylcholine solutions on the motor cortex. From seven dogs experimented, all previously tested for convulsive seiruzes by application of 1 and 10 per cent acetylcholine solution with negative results, only one has shown epileptiform convulsions after the injection of prostigmine. Morphine has also been tested as facilitating substance for convulsions induced by acetylcholine. Six from the nine dogs submitted to the experiments, developed epileptiform seizures after injection of morphine and stimulation of the motor cortex with acetylcholine. (Table IV). In another series of experiments atropine and nicotine have been studied as for to their action on the motor effects of acetylcholine. Nicotine has a strong convulsant action, even when employed in very high concentration. Since a depressant effect has not appeared even by the applications of high concentrations of nicotine in the motor corteõ of dogs, unlike the classical observations for the autonomus nervous system, it was not possible to verify the action of acetylcholine on a motor center paralised by nicotine. It is important to not that the motor phenomena observed after the first aplication of acetylcholine, can desappear by the renewal of the pieces of filter paper soaked in the acetylcholine solution. Atropine, either applied on the motor point in low concentration, or injected in sufficient amount for inhibiting the muscarinic effects of acetylcholine on the autonomous nervous system, did not prevent the motor reactions of acetylcholine on the cerebral cortex.
Resumo:
Foram observadas infecções no macaco americano "Sagui" (Callitrix jacchus, Linneu 1758), quando inoculados com Plasmodium knowlesi. Inoculações massiças intra-venosas, são mortais em cerca de 10 dias. Com inoculações intra-musculares de menores quantidades de parasitos, foram verificados alguns casos de curas espontaneas. As características morfológicas e o seu conhecido ciclo de 24 horas taes como observados na infecção do macaco Rhesus, permanecem as mesmas no macaco estudado. O vigor do "sagui" em cativeiro é nitidamente inferior ao do "Rhesus" mas como seu preço de custo é trinta vezes menor, deve ser êle considerado como mais um animal útil para as pesquisas em malaria experimental.