Seropositivity for anti-Trypanosoma cruzi antibodies among blood donors of the "Hospital Universit��rio Regional do Norte do Paran��", Londrina, Brazil

The most frequent form of acquisition of Chagas' disease in endemic areas was the transmission through the feces of contaminated triatominae. However, special attention should be paid in urban areas to transmission by blood transfusion, justifying the compulsory screening of blood donors. Early investigations at blood banks in the town of Londrina, Brazil, demonstrated that the seroprevalence of anti-Trypanosoma cruzi antibodies among blood donors was approximately 7.0% in the fifties9,34. Further studies demonstrated pratically the same seroprevalence until the eighties4,32,41. In an attempt to obtain data about the real dimension of the seropositivity for anti-Trypasonoma cruzi antibodies in the region, the authors carried out a large-scale study on 45,774 serum samples from blood donors of the Hemocentro of Hospital Universit��rio Regional do Norte do Paran�� (HURNP), Universidade Estadual de Londrina. The immunological tests were done at the Division of Clinical Immunology of HURNP from May 1990 to December 1994. The serum samples were studied by the indirect hemagglutination assay (IHA, using kits commercially obtained from EBRAM) and by indirect immunofluorescence (IFI, using kits from LIO SERUM) with anti-human IgG conjugate (LABORCLIN). The results demonstrated that 643 serum samples were positive in both assay corresponding to a seroprevalence of 1.4%, i.e., a significant decrease in anti-Trypanosoma cruzi antibodies in the region in comparison with the previously mentioned rates. Data correlating sex and age of seropositive blood donors are presented, as well as the possible factors that may have contributed to the results observed.

THERMOTOLERANT Campylobacter SPECIES ISOLATED FROM PSITTACIFORMES IN THE PERUVIAN AMAZON REGION

Foi determinada a freq����ncia de isolamento de campylobacters termotolerantes em Psittaciformes silvestres capturados na regi��o amaz��nica do Peru. Campylobacters foram isolados em 10/142 (7.0%) dos animais estudados, sendo C. jejuni subsp. jejuni biovar I (6/10) o mais freq��ente, seguido de C. coli biovar II (2/10), C. lari n��o foi isolado. Os resultados sugerem que estas aves podem ser importantes reservat��rios destas bact��rias.

Rendimento dos meios seletivos para bact��rias do g��nero Fusobacterium

Meios seletivos para Fusobacterium foram, comparados no aspecto de sua efici��ncia no isolamento dos microrganismos fusiformes e quanto �� inibi����o da flora concomitante. Material n��o calcificado do sulco gengival foi homogeneizado e dilu��do em tamp��o de fosfato (0,067 M - pH 7,2); 0,1 ml foi semeado em agar sangue, no meio de Omata & Disraely, meio de Omata & Disraely sem s��ro, meio de McMarthy & Snyder, agar sangue com vancomicina, meio de Onisi, meio de Onisi com s��ro de cavalo e meio de Onisi com pH 7,0. Em todos os casos a incuba����o foi realizada em anaerobiose, em jarra tipo Brewer, com 95% nitrog��nio e 5% g��s carb��nico, durante 4 dias. O meio de McCarthy & Snyder mostrou-se t��o eficiente quanto o agar sangue em rela����o ao isolamento de Fusobacterium, ainda inibindo a flora concomitante, o meio de Omata & Disraely, com cristal violeta e estreptomicina, foi de certo modo inibidor tamb��m para Fusobacterium. O meio de Onisi, sugerido, sem s��ro, possibilitou o isolamento de pequeno n��mero de fusobact��rias, prov��velmente as amostras n��o exigentes de prote��nas naturais.

Esquistossomose mansoni aut��ctone e outras parasitoses intestinais em escolares do bairro alto da Boa Vista, da Cidade do Rio de Janeiro

Procedeu-se a um levantamento coprosc��pico em alunos de 8 a 15 anos, pertencentes a 3 escolas do Alto da Boa Vista. De 155 alunos examinados, encontraram-se 4 casos positivos (2,6%) de esquistossomose. Entre 25 familiares destes, encontraram-se outros 4 casos positivos (16%). Havia na ��rea uma popula����o de Biomphalaria tenagophila (Orbigny, 1835), amplamente distribu��da nas valas de irriga����o de hortas de agri��o, ligadas ao rio das Fumas. A taxa de infec����o dos moluscos foi de 7 (0,29%) em 2.400 examinados. Comparando-se estes resultados com dados anteriores, observa-se que a preval��ncia da esquistossomose se mant��m no Alto da Boa Vista h�� pelo menos 15 anos.

Parasitemia em pacientes chag��sicos cr��nicos avaliada pelo indice de triatom��neos infectados no xenodiagn��stico

Como parte de um estudo pr��-terap��utico da infec����o chag��sica cr��nica, a parasitemia de 206pacientes (85 homens e 121 mulheres, com idades de 7 a 80 anos, m��dia de 37,4 �� 14,6) do munic��pio de Virgem da Lapa, Minas Gerais, foi avaliada pelo ��ndice de ninfas de triatom��neos infectadas nos xenodiagn��sticos aplicados. Cada paciente foi submetido a tr��s exames no per��odo de 12 meses. Em cada exame foram aplicadas 40 ninfas de 3.�� ou 4.�� est��dios de Triatoma infestans. A parasitemia de cada paciente foi classificada arbitrariamente, de acordo com o percentual de ninfas positivas no total de examinadas nos tr��s xenos, em: n��o detectada - todas as ninfas negativas; baixa - quando o valor era maior que zero ou at�� igual a 2,0%; m��dia - quando maior que 2,0% ou at�� igual a 7,0%; e alta- quando era maior que 7,0%. Com esses crit��rios a parasitemia n��o foi detectada em 105 (51,0%) pacientes, foi baixa em 55 (26,7%), m��dia em 27 (13,1%) e alta em 19 (9,2%). N��o houve diferen��a nos n��veis da parasitemia em rela����o ao sexo dos pacientes, mas em rela����o aos grupos et��rios foi maior a freq����ncia da parasitemia baixa no grupo de 60 ou mais anos. A parasitemia alta foi mais freq��ente no grupo de pacientes com cardiopatia cr��nica chag��sica. A "parasitemia persistente" (todos os xenopositivos) foi observada em todos os pacientes com parasitemia alta, em 22,2% dos que apresentaram parasitemia m��dia e em nenhum com parasitemia baixa.

Soroepidemiologia para o virus da hepatite B (VHB) em gestantes/parturientes e sua transmiss��o para rec��m-nascidos em Goi��nia, GO

Foram coletadas, entre mar��o de 1990 e julho de 1992, 1459 amostras sangu��neas de mulheres gestantes/parturientes na cidade de Goi��nia-GO, objetivando detec����o da infec����o pelo v��rus da hepatite B (VHB), atrav��s dos marcadores sorol��gicos AgHBs e anti-HBs. O percentual depositividade encontrado, pelo teste imunoenzim��tico, foi de 7,5%, sendo 0,5%para AgHBs e 7,0%para anti-HBs. A an��lise efetuada, considerando a faixa et��ria, mostra que 7 de 8 mulheres AgHBs-positivas pertenciam �� faixa et��ria de at�� 30 anos, situa����o semelhante em rela����o ao anti-HBs(83/101). Das 8 mulheres positivas, 4 tiveram seus rec��m-nascidos submetidos a tratamento profil��tico com vacina (Engerix B) e imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG). Al��m disso, 3 dessas crian��as foram analisadas sorologicamente, sendo que uma era AgHBs-positiva ao nascimento. Doen��a sexualmente transmiss��vel e transfus��o sangu��nea foram fatores de risco que coirelacionaram significantemente com a infec����o. Esses resultados parece-nos refor��ar a indica����o de triagem �� infec����o pelo v��rus da hepatite B no per��odo pr��-natal, assim como a ado����o de medidas imunoprofil��ticas nas crian��as nascidas de m��es positivas.

Safety evaluation of SPF66 malaria vaccine in Brazil

The frequency and description of side effects secondaiy to the subcutaneous application of SPf66 malaria vaccine and placebo are reported for each dose of application in the participants of the vaccine efficacy trial in Brazil. Side effects evaluated two hours after each application were detected in 8.0%, 30.2% and 8.8%, for the Is', and 3"' dose, respectively, in the SPf66group, and in 7.0%, 8.5% and 2.9% in the placebo group. Local reactions such as mild inflammation, nodule and pain or erythema frequently accompanied by pruritus were the most common reactions detected in both groups (3-8%, 29.1% and 8.5% in the SPf66 group and 4.0%, 7.6% and 2.5% in the placebo group). Among vaccinees, local side effects after the 2nd dose were more frequent in females. Systemic side effects were expressed mainly through general symptoms referred by the participants and were most frequent after the 1st dose in both groups (4.3% in the SPf66 group and 3-0% in the placebo group). Muscle aches and fever were refewred by few participants. No severe adverse reactions were detected for either dose of application or group.

Surto de toxoplasmose aguda transmitida atrav��s da ingest��o de carne crua de gado ovino

Os autores apresentam 17 casos de toxoplasmose aguda sintom��tica adquirida pela ingest��o de carne crua de carneiro, servida em uma festa �� qual todos os pacientes compareceram. Em rela����o ao quadro cl��nico, o per��odo de incuba����o da doen��a variou de 6 a 13 dias (10,9 �� 7,0) e 16 (94,5%) pacientes apresentaram febre, cefal��ia, mialgia, artralgia e adenomegalia (cervical ou cervical/axilar). Outros sinais cl��nicos encontrados foram: hepatomegalia em 6 pacientes, esplenomegalia em 4 e exantema em 2. Um paciente apresentou quadro cl��nico de corioretinite, confirmada atrav��s de exame oftalmol��gico. Todos os pacientes apresentavam t��tulos s��ricos de anticorpos espec��ficos (IgG e IgM) que evidenciavam fase aguda de toxoplasmose, pela Rea����o de Imunofluoresc��ncia Indireta. Todos os pacientes foram tratados especificamente e houve boa resposta cl��nica e laboratorial ao tratamento.

Resposta de fase aguda, subnutri����o e estado nutricional do ferro em adultos com AIDS

Foram comparados o estado nutricional e par��metros do metabolismo do ferro de adultos HIV-positivos, com ou sem resposta de fase aguda (RFA). Adultos HIV-positivos (n = 29) submeteram-se a antropometria, recordat��rio alimentar e determina����o s��rica de albumina, prote��na C reativa (PCR), ferritina e capacidade total de liga����o do ferro (CTLF), al��m de creatinina urin��ria. Infec����o mais PCR > 7mg/dl foram crit��rios de positividade da RFA. ��ndice de massa corporal (IMC < 18,5kg/m2) e ��ndice creatinina-altura (ICA < 70%) definiram subnutri����o. Subnutri����o (77,8 vs 40%) e tuberculose pulmonar (44,4 vs 9,5%) foram mais freq��entes nos pacientes RFA-positivos, que tamb��m apresentaram menores n��veis de albumina (3,7 �� 0,9 vs 4,3 �� 0,9g/dl), CTLF (165,8 �� 110,7 vs 265,9 �� 74,6mg/dl) e hemoglobina (10,5�� 1,8 vs 12,6 �� 2,3g/dl). A ingest��o de ferro foi adequada e similar entre RFA-positivos e RFA-negativos, o mesmo ocorrendo, respectivamente, quanto �� ferritina s��rica (mediana; varia����o, 568; 45,3-1814 vs 246; 18,4-1577ng/ml). Pacientes HIV-positivos com resposta de fase aguda s��o nutricionalmente mais comprometidos e t��m anemia que parece n��o depender da ingest��o recente de ferro.

Filariose linf��tica em Bel��m, Estado do Par��, Norte do Brasil e a perspectiva de elimina����o

Com o objetivo de caracterizar a situa����o epidemiol��gica da filariose linf��tica em Bel��m-PA foram analisados dados dos inqu��ritos hemosc��picos de 1951 a 2003. As informa����es do per��odo de 1951 a 1994 foram coletadas de relat��rios disponibilizados pela Funda����o Nacional de Sa��de. Os dados de 1995 a 2003 foram obtidos atrav��s de inqu��ritos realizados em 62 bairros, dos oito distritos administrativos da cidade. Observou-se uma queda apreci��vel ao longo dos anos nos ��ndices de microfilar��micos. As percentagens de parasitados nas d��cadas de 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990, foram respectivamente: 8,2%, 2,6%, 0,7%, 0,16% e 0,02%. Em 2001, foi diagnosticado um ��nico microfilar��mico, interrompendo uma s��rie de dois anos sem registro de exames positivos na cidade. Em 2002 e 2003, inqu��ritos hemosc��picos e entomol��gicos foram realizados, simultaneamente, n��o sendo detectados indiv��duos microfilar��micos ou mosquitos infectados. Para manter essa tend��ncia, medidas de vigil��ncia devem ser observadas, a fim de detectar e tratar precocemente pacientes, para evitar o risco de ressurgimento dos focos, aparentemente j�� controlados.

Risk factors for physical disability at diagnosis of 19,283 new cases of leprosy

INTRODUCTION: The purpose of this study was to evaluate risk factors for physical disability at the moment of leprosy diagnosis. METHODS: This is a retrospective, descriptive and exploratory investigation of 19,283 patients with leprosy, registered in the State of Minas Gerais, Brazil, between 2000 and 2005. RESULTS: The risk of Grade 2 disability was 16.5-fold higher in patients with lepromatous leprosy, and 12.8-fold higher in patients presenting the borderline form, compared to patients presenting indeterminate leprosy. The occurrence of more than one thickened nerve increased the odds of a patient developing Grade 2 disability, 8.4-fold. Age <15 years, multibacillary leprosy and no formal education presented 7.0, 5.7 and 5.6 odds of developing physical disability, respectively. CONCLUSIONS: These factors should be considered as strong prognostic indicators in the development of physical disability at diagnosis.

Prevalence and factors associated with HCV infection among elderly individuals in a southern Brazilian city

Introduction Few Latin American studies have assessed the prevalence of hepatitis C virus (HCV) infection in elderly individuals, in whom the highest rates are expected. We aimed to investigate the prevalence of and factors associated with HCV infection in elderly residents in the municipality of Tubar&#227;o, Santa Catarina. Methods This cross-sectional study included 820 individuals (aged &#8805; 60 years) who were selected by simple random sampling. The presence of anti-HCV antibodies was tested by chemiluminescence, and HCV RNA detection was performed for the anti-HCV-reactive subjects. Those individuals who were anti-HCV reactive but had undetectable HCV RNA levels were tested using a third-generation recombinant immunoblot assay. The variables were compared using the chi-squared test or Fisher's exact test, and those variables with p < 0.05 were included in the logistic regression model. Results The mean patient age was 68.6 years (SD 7.0 years); 39% were men, and 92% were Caucasian. Eighteen subjects were anti-HCV positive. Among these individuals, 4 were characterized as false-positives, leaving 14 (1.7%) individuals with confirmed infections for analysis. HCV infection was associated with an age older than 65 years, households with 3 or more residents and the previous transfusion of blood products. In the logistic regression analysis, the following variables were independently associated with HCV infection: households with 3 or more residents (OR 7.9, 95% CI 1.7&#8211;35.9, p = 0.008) and previous blood transfusion (OR 6.2, 95% CI 2.1&#8211;18.6, p = 0.001). Conclusions The HCV prevalence in the elderly population in the municipality of Tubar&#227;o was higher than that found in previous studies of blood donors in the same region. Although exposure to contaminated blood products remained important, other transmission routes, such as household transmission, could play a role in HCV infection.

Hydatid cysts in muscles: clinical manifestations, diagnosis, and management of this atypical presentation

ABSTRACTINTRODUCTION: Hydatid cysts are rarely detected in muscle tissue (0.7-0.9%), even in endemic countries. The aim of this study was to present information regarding the clinical manifestations, diagnosis, and management of muscle echinococcosis.METHODS: Twenty-two patients with hydatid cysts in the muscle were followed from January 2006 through December 2014.RESULTS: Twenty-four sites of muscle involvement were observed in the 22 patients. Fifteen (68%) of our patients were women, while seven (32%) were men. The mean age was 28.1 �� 15.4 (6-61) years. The most frequent locations were the thigh (27.2%) and the paravertebral region (13.6%). Most patients reported a painless slow-growing mass with normal overlying skin. Most (90.2%) cases were treated by surgical excision and fine-needle aspiration.CONCLUSIONS: Primary muscle hydatid cyst should be considered in the differential diagnosis in cystic masses of the muscular system without pain and localized enlargement of soft tissue, especially in endemic areas. Hydatid cyst should be investigated using serological tests and imaging modalities. If possible, total surgical excision of hydatid cyst in the muscle should be performed.

Correla����o entre a capacidade de troca de c��tions e outras propriedades de tr��s solos da Amaz��nia Central

Foi determinada a capacidade de troca de cations a pH natural do solo e a pH 7,0 ao longo do perfil de tr��s solos da Amaz��nia Central e correlaeionou-se os valores de CTC encontrados com outras caracter��sticas intr��nsecas de cada solo, tais como: mat��ria org��nica, superf��cie especifica teor e mlneralogia da fra����o argila, as quais causam varia c��o na CTC do solo. As diferen��as entre os valores de CTC obtidos foram decorrentes principalmente do teor de mat��ria org��nica e da mlneralogla da fra����o argila. A mat��ria org��nica do solo apresentou-se altamente correlacionada com a CTC determinada a pH 7,0 dos solos Latossolos Amarelo (r - 0,998) e Podzolico l/ermelho Amarelo (r = 0,974), principalmente pana os horizontes de superf��cie, enquanto que para o solo Glei Pouco H��mico foram encontradas correla����es significativas apenas ao n��vel de 5%. Para a CTC �� pH natural do solo, altas correla����es tamb��m foram obtidas somente para Latossolo (r= 0,980) e Podzo��lco (r = 0,984). A correla����o entre a superf��cie espec��fica e a CTC do solo apresentou-se altamente significativa para o Latossolo (r = 0,957) e Glei Pouco H��mico (r = 0,952), enquanto que para o Podzo��lco (r + 0,873), a correla����o foi significativa apenas ao n��vel de 5%. Foi observado ainda que a classe textural, o teor de mat��ria org��nica e principalmente a composi����o mlneral��glca conferiram maiores valores ae super f��cie especifica para o solo Glel Pouco H��mico.

Inc��ndios na Amaz��nia Brasileira: estimativa da emiss��o de gases do efeito estufa pela queima de diferentes ecossistemas de Roraima na passagem do evento &#8220;El Nino&#8221; (1997/98)

Foi estimada a &#225;rea queimada, a biomassa vegetal total acima e abaixo do solo, a forma&#231;&#227;o de carv&#227;o, a efici&#234;ncia de queimada e a concentra&#231;&#227;o de carbono de diferentes paisagens naturais e agroecossistemas que foram atingidos pelos inc&#234;ndios ocorridos durante a passagem do &#8220;El Ni&#241;o&#8221; em 1997/98 no Estado de Roraima, extremo norte da Amaz&#244;nia Brasileira. O objetivo foi o de calcular a emiss&#227;o bruta de gases do efeito estufa liberados por combust&#227;o das diversas classes de biomassa que comp&#245;em cada tipo fitofision&#244;mico atingido. A &#225;rea total efetivamente queimada foi estimada entre 38.144-40.678 km2, sendo 11.394-13.928 km2 de florestas prim&#225;rias (intactas, em p&#233;) e, o restante, de savanas (22.583 km2), campinas / campinaranas (1.388 km2) e ambientes florestais j&#225; transformados como pastagens, &#225;rea agr&#237;colas e florestas secund&#225;rias (2.780 km2). O total de carbono afetado pelos inc&#234;ndios foi de 42,558 milh&#245;es de toneladas, sendo que 19,73 milh&#245;es foram liberados por combust&#227;o, 22,33 milh&#245;es seguiram para a classe de decomposi&#231;&#227;o e 0,52 milh&#245;es foram depositados nos sistemas na forma de carv&#227;o (estoque de longo prazo). A emiss&#227;o bruta de gases do efeito estufa, em milh&#245;es de toneladas do g&#225;s, considerando apenas o emitido por combust&#227;o foi de 17,3 de CO2, 0,21-0,35 de CH4, 1,99-3,68 de CO, 0,001-0,003 de N,O, 0,06-0,09 de NOx e 0,25 de hidrocarbonetos n&#227;o-met&#226;nicos (HCNM). O total de carbono equivalente a CO2 emitido por combust&#227;o, quando considerado o potencial de aquecimento global de cada g&#225;s em um horizonte de tempo de 100 anos utilizado pelo IPCC, foi de 6,1-7,0 milh&#245;es de toneladas.