465 resultados para adubação potássica
Resumo:
Desenvolveram-se dois experimentos de campo, em áreas de pastagens degradadas, no período de 1991-92, nos municípios de Paranavaí e Altônia, região noroeste do Paraná, em Podzólico Vermelho-Escuro de baixa fertilidade, originários da formação geológica do arenito Caiuá, com o objetivo de avaliar as respostas da mandioca (Manihot esculenta L.) na produção de raízes e as características químicas do solo à adubação mineral NPK e à calagem. O delineamento estatístico foi em blocos casualizados, com 19 tratamentos e quatro repetições, aplicando-se nitrogênio (0, 20, 40 e 60 kg ha-1 de N), fósforo (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1 de P2O5), potássio (0, 40, 80 e 120 kg ha-1 de K2O) e calcário (0, 850, 1.700 e 2.550 kg ha-1). A produção de raízes de mandioca não apresentou respostas à calagem, adubação nitrogenada e potássica. A adubação potássica não contribuiu para elevar os teores de K no solo. A adubação fosfatada aumentou a produção de raízes de mandioca e os teores de P no solo após o seu cultivo, sendo considerada essencial na produção de mandioca nos dois solos arenosos estudados do noroeste do Paraná.
Resumo:
A pecuária de corte no Estado do Rio Grande do Sul é baseada na utilização de pastagens naturais, que são de baixa produtividade e sazonalidade de produção. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito de diferentes fosfatos, solúveis e natural, associados ou não à calagem, no melhoramento de pastagem natural pela introdução de espécies forrageiras de inverno. O estudo foi conduzido na Universidade Federal de Santa Maria, em solo Argissolo Vermelho. Os tratamentos foram: foscal (superfosfato simples + calcário); superfosfato triplo + calcário; superfosfato triplo; hiperfosfato de gafsa; sem adubação fosfatada e sem calcário; testemunha de pastagem natural. Com exceção do último, todos os tratamentos receberam adubação potássica, nitrogenada e introdução de Lolium multiflorum e Trifolium vesiculosum. Foram aplicados nos tratamentos específicos 3,2 Mg ha-1 de calcário (elevação do pH-H2O a 5,5), 180 kg ha-1 de P2O5, 130 kg ha-1 de K2O e 70 kg ha-1 de N. A produtividade de matéria seca foi avaliada nos períodos do inverno, primavera, primavera-verão e verão-outono. A adubação fosfatada aumentou significativamente a produtividade de matéria seca da pastagem. Os fosfatos solúveis proporcionaram maiores produções que o fosfato natural. A calagem não aumentou a produtividade de Lolium multiflorum e da pastagem natural, mas o Trifolium vesiculosum apresentou resposta a este insumo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a lixiviação de potássio (K), no solo, e sua presença nas formas trocável e não trocável, em conseqüência da aplicação de chuva simulada e adubação potássica sobre palha de milheto, na superfície do solo. Vasos com terra e palha de milheto na superfície (quantidade equivalente a 8 t ha-1) receberam ou não adubação potássica, na dose de 150 kg ha-1 de K2O, na forma de KCl, aplicados sobre a palha. Na seqüência, foram aplicadas lâminas de água de 0 a 50 mm. O solo foi analisado em diversas profundidades, quanto aos teores de K trocável e não trocável. A palha do milheto revelou-se fonte importante de K, que é lixiviado até 4 cm de profundidade por chuvas superiores a 30 mm. A lixiviação de K, em profundidade no solo, é proporcional à chuva aplicada; entretanto, uma chuva de 50 mm não carreia o nutriente para profundidades superiores a 8 cm. A passagem de K trocável para não trocável é rápida, conforme atestado pelo conteúdo de K não trocável na camada de solo abaixo de 4 cm.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação com fósforo e potássio na produção e na qualidade de sementes de soja. Foram realizados experimentos em dois anos agrícolas, em delineamento de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 5x3, com cinco doses de fósforo (0, 40, 80, 120 e 160 kg ha‑1 de P2O5 como superfosfato triplo), três de potássio (0, 50 e 100 kg ha‑1 de K2O como cloreto de potássio) e quatro repetições. Foram avaliados: produtividade, número de sementes por planta, número de vagens por planta, peso de mil sementes, germinação, vigor (envelhecimento acelerado, condutividade elétrica e lixiviação de potássio), e teores de P e K na folha e na semente. A produtividade, o peso de mil sementes e a produção de vagens e de grãos por planta aumentaram linearmente com a adubação fosfatada. O aumento na produtividade foi de 17,6%, no primeiro ano, e de 39,7% no segundo. As doses de P, no entanto, não interferiram na germinação e no vigor das sementes. A adubação potássica não altera a produtividade nem a concentração de K nas sementes, mas pode melhorar a germinação, sem interferir no vigor.
Resumo:
Realizou-se um experimento de campo, em Jaboticabal-SP, com o objetivo de estudar a resposta da bananeira (Musa AAA subgrupo Cavendish)-'Nanicão' à adubação nitrogenada e potássica, sob irrigação e sequeiro, durante duas safras. Empregou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com os tratamentos em parcelas subdivididas, sendo as parcelas principais constituídas por dois regimes hídricos: irrigado (microaspersão) e sequeiro, e as subparcelas, pelas combinações de quatro doses de N (0; 200; 400 e 800 kg ha-1de N) e quatro de K (0; 300; 600 e 900 kg ha-1de K2O). O bananal foi cultivado de acordo com as recomendações atuais, tomando-se cuidados especiais com o controle preventivo de sigatoca-amarela e com o manejo da irrigação. Por meio da análise do número de folhas ativas (>50% da área verde) nas épocas da emissão da inflorescência (NFE) e da colheita (NFC), do índice de durabilidade foliar (IDF=NFC¸NFE´100) e dos teores de N e K na folha-índice, avaliaram-se os efeitos da irrigação e da aplicação de doses crescentes de N e K sobre as condições das folhas. Nos dois ciclos de cultivo, houve efeito da adubação potássica e da irrigação sobre o estado das folhas (p<0,05). O NFC sob irrigação (7,2) foi maior do que sob sequeiro (3,8). Sob sequeiro, o IDF aumentou linearmente com as doses crescentes de K. Na segunda safra, estimou-se que razões entre os teores foliares de K/N em torno de 1,6 (sequeiro) e 1,4 (irrigado) determinaram máxima durabilidade foliar (IDFsequeiro= 49%; IDFirrigado= 68%). A irrigação e o manejo correto da adubação (evitar excesso de N em relação ao K) demonstraram ser ferramentas eficientes para aumentar a longevidade das folhas na cultura da bananeira.
Resumo:
A produção de coco para extração de água no Estado de São Paulo está em expansão. Entretanto, faltam informações básicas sobre o manejo desta cultura. Desse modo, instalou-se um experimento de campo em Pereira Barreto (20º47'S; 51º01'W), visando ao estudo da resposta do coqueiro à adubação com NPK de set/2000 a fev/2004. Empregou-se o esquema fatorial fracionado 1/2 (4³), sendo os tratamentos formados pelas combinações de doses anuais de N (0; 120; 240 e 360 kg ha¹ de N), P (0; 100; 200 e 300 kg ha¹ de P2O5) e K (0; 120; 240 e 360 kg ha¹ de K2O). Como fontes de N, P e K, respectivamente, aplicaram-se NH4NO3, superfosfato triplo e KCl, fracionadamente, durante a época das chuvas. A aplicação de N causou diminuição no volume de água e massa média dos frutos e na quantidade de frutos por cacho; inversamente, a adubação potássica teve efeito positivo nestas características. Os teores de P e K da água de coco aumentaram com a aplicação de P e K, entretanto não houve efeito dos tratamentos nos resultados da avaliação sensorial. A aplicação de P não teve efeito significativo na produção de frutos.
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RESUMO O abacaxizeiro ‘BRS Imperial’ é cultivar resistente à fusariose, com folhas sem espinhos, e que carece de informações técnicas específicas para o seu manejo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de doses de N e K2O no desenvolvimento vegetativo, na floração e nos atributos de desenvolvimento da folha ‘D’ do ‘BRS Imperial’, buscando estabelecer parâmetros da planta para a indução artificial do florescimento. Em delineamento em blocos ao acaso e cinco repetições, testaram-se quatro doses de N (0; 160; 320; 550 kg ha-1) e quatro doses de K2O (0; 240; 480 e 600 kg ha-1), em esquema fatorial completo 4 x 4. A adubação potássica influenciou de forma positiva na massa fresca e no comprimento da planta, bem como no número de mudas por planta após a colheita dos frutos, enquanto a aplicação de N influenciou na emissão de folhas e na massa fresca de mudas. A adubação nitrogenada diminuiu o percentual de florescimento induzido artificialmente, enquanto a potássica aumentou esse parâmetro. A massa máxima estimada da folha ‘D’ foi de 56 g na dose de 364 kg ha-1 de N e na maior dose de K2O (600 kg ha-1). A massa da folha ‘D’ apresentou a melhor correlação com a massa do fruto, sendo estimada a massa mínima de 44 g para obtenção de frutos de 900 g, massa mínima exigida pelo mercado para comercialização.
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Foi estudada a ocorrência de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera, Chrysomelidae) e de Agrotis ipsilon (Hüfnagel, 1767) (Lepidoptera, Noctuidae) em plantas de batata, cultivares Achat e Monalisa, influenciadas por dosagens de nitrogênio e potássio, e teor mínimo de açúcares solúveis. Os seguintes parâmetros foram avaliados: concentração de nutrientes minerais e açúcar em folha verde, folha senescente, folha em abcisão, haste, tubérculo e planta total usando extratos de infusão em etanol 80%. A maior infestação por larvas de D. speciosa foi na cultivar Monalisa a 150 kg.ha-1 de N + K com 27,03% a P<0,05. Foi observado que o efeito da dosagem de N + K no incremento da concentração de açúcares solúveis aumentou os danos provocados por A. ipsilon nos tubérculos e hastes. A infestação por essas espécies aumentou para 58,82% na cultivar Monalisa, quando a dosagem de nitrogênio foi elevada de 0 para 150 kg.ha-1, na ausência de potássio. Por outro lado, alta dosagem de potássio reduziu os danos causados por A. ipsilon na cultivar Monalisa. Entretanto, não influiu no armazenamento de açúcar solúvel. Os resultados indicaram que na cultivar Achat os teores de açúcares solúveis foram reduzidos, provavelmente sensibilizados pela elevação da dosagem de adubação potássica, diferindo da cultivar Monalisa cuja influência verificada foi pela dosagem do nitrogênio.
Resumo:
Visando avaliar a resposta da soja à adubação potássica e estabelecer níveis críticos do nutriente no solo e na planta, foi desenvolvido um experimento de campo, por doze anos consecutivos, em um Latossolo Húmico distrófico, no município de Campos Novos (SC). Os tratamentos consistiram de quatro doses de adubo potássico, aplicadas antes do primeiro cultivo, em combinação com três doses de K, aplicadas anualmente, a partir do quinto ano. Definiu-se o nível crítico do nutriente no solo e na planta, tomando como base a produção relativa de 90%. Os teores de K do solo correlacionaram-se, significativamente, com a concentração de K na folha e com o rendimento de grãos, revelando-se adequados na predição da disponibilidade de K para as plantas. Os níveis críticos de K no solo e na folha foram de 63 mg dm-3 e 14 g kg-1, respectivamente. Foram estabelecidas quatro classes de teores de K no solo e no tecido foliar: muito baixo, quando menor que 38 mg dm-3, no solo, e 9 g kg-1, na folha; baixo, quando entre 39 e 49 mg dm-3, no solo, e 9 e 12 g kg-1, na folha; médio, quando entre 50 e 63 mg dm-3, no solo, e 12 e 14 g kg-1, na folha, e alto, quando acima de 63 mg dm-3, no solo, e acima de 14 g kg-1, na folha. A redução na disponibilidade do K, no solo e na concentração na folha, acarretou maior absorção de Mg pelas plantas com conseqüente redução na relação K/Mg na folha.
Resumo:
Avaliou-se a influência do N e K na concentração e acúmulo de nutrientes no pimentão, cultivar Mayata, irrigado por gotejamento. O experimento foi instalado em cultivo protegido telado, em Latossolo Vermelho mesoférrico, entre o período de novembro de 1996 a agosto de 1997, durante 34 semanas. Os tratamentos constaram de três doses de N (13,3; 26,6 e 39,9 g m-2), como uréia, e três doses de K (5,5; 11,0 e 16,6 g m-2), como KCl, distribuídas em esquema fatorial, utilizando o delineamento em blocos casualizados. Todas as plantas foram irrigadas por gotejamento tendo sido a uréia e o cloreto de potássio aplicados logo abaixo dos gotejadores. As doses de N não afetaram a concentração dos nutrientes em folhas recém-maduras, no início do florescimento e início da frutificação, enquanto o K diminuiu a concentração de P e S, no início da frutificação, exceto na dose de 5,5 g m-2 de K. O N aumentou o acúmulo de nutrientes na parte aérea, ao final do ciclo de cultivo, quando aplicado na dose de 26,6 g m-2, porém não influenciou a produção de frutos. O K contribuiu para a absorção de nutrientes e produção de frutos, somente quando presente em baixas concentrações no solo. Doses de K de 16,6 g m-2, relacionaram-se com a alta condutividade elétrica (1.400 µS cm-1), até a camada de 40 cm, e com a alta concentração de cloreto na parte aérea e frutos de pimentão.
Resumo:
Estudos desenvolvidos com arroz irrigado por inundação no estado do Rio Grande do Sul têm evidenciado ausência de resposta desta cultura à adubação potássica, mesmo em solos com baixo teor de potássio disponível. Este trabalho objetivou verificar a contribuição da mineralogia destes solos como fonte potencial de potássio para a cultura do arroz. Para tal, selecionaram-se quatro solos representativos das zonas orizícolas do estado do Rio Grande do Sul (Planossolo Hidromórfico, Planossolo Háplico, Gleissolo Háplico e Chernossolo Ebânico) cultivados com arroz irrigado. Estes solos apresentam baixos teores de potássio trocável e não apresentam respostas à adubação potássica. Nas amostras dos horizontes A e B dos quatro solos, foram analisadas a granulometria e a composição química. A mineralogia das frações areia, silte e argila foi identificada por difratometria de raios-X. Os principais minerais fontes de potássio foram os seguintes: na fração areia, feldspatos e micas; nas frações silte e argila, feldspatos, micas, esmectitas e esmectitas com hidróxi-alumínio entrecamadas. A quantidade de potássio total, nas frações granulométricas, diferiu entre os solos. As frações silte e argila apresentaram os maiores teores de K-total, exceto para o Planossolo Háplico, que revelou maior reserva de potássio na fração areia. A ausência, ou a baixa resposta, à adubação potássica na cultura do arroz irrigado nesses quatro solos pode ser explicada pelos minerais fontes de potássio que ocorrem nesses solos.
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Cultivos em vasos têm sido utilizados para avaliar a capacidade dos solos em suprir potássio para as plantas. Com este objetivo, foi realizado um estudo com amostras de dois Planossolos, um Chernossolo e um Gleissolo do estado do Rio Grande do Sul, nos quais a cultura do arroz irrigado por alagamento não tem respondido à adubação potássica. Os solos foram cultivados durante 50 dias, em casa de vegetação, com arroz (Oriza sativa.l cv. BR-IRGA 409). Foram quantificados o potássio acumulado na parte aérea das plantas e os teores de K trocável e K não-trocável, extraídos dos solos por NH4OAc 1 mol L-1 pH 7 e por HNO3 1 mol L-1 fervente, respectivamente, antes e depois do cultivo. O K acumulado pelas plantas de arroz diferiu entre os solos, decrescendo na seqüência: Gleissolo > Chernossolo > Planossolo 1 > Planossolo 2. O K trocável não foi a única forma do elemento no solo que supriu o nutriente às plantas de arroz, ocorrendo contribuição de formas de K não-trocável.
Eficiência nutricional de potássio e crescimento de eucalipto influenciados pela compactação do solo
Resumo:
A compactação do solo por tráfico de veículos pesados altera a disponibilidade de nutrientes para as plantas, interfere no crescimento radicular e nos processos de fluxo de massa e de difusão, constituindo um problema no manejo florestal, no qual têm sido utilizadas máquinas de maior capacidade de carga. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da compactação de solos e doses de K no crescimento e nutrição potássica de mudas de Eucalyptus camaldulensis. Utilizaram-se amostras de dois solos com texturas diferentes, em vasos sob condição de casa de vegetação, sendo os tratamentos dispostos num esquema fatorial 3 x 4 (densidades de solo e doses de K) para cada solo, em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Amostras de dois solos, um Latossolo Vermelho argiloso (LVarg) e um Latossolo Vermelho-Amarelo franco-arenoso (LVAfar), foram acondicionadas em vasos de PVC com 2 dm³ de solo e compactadas com o auxílio de uma prensa hidráulica. Para o solo argiloso, foram testadas as densidades de 0,9; 1,1 e 1,3 g cm-3 e, para o solo franco-arenoso, de 1,3; 1,5 e 1,7 g cm-3. As doses de potássio foram 0, 50, 100 e 150 mg kg-1 para os dois solos. O experimento foi colhido 100 dias após a emergência, tendo sido realizadas a quantificação da matéria seca, a mensuração de raízes (comprimento, diâmetro médio e superfície radicular) e as análises químicas, com vistas em determinar os teores de K no tecido vegetal e no solo. Constatou-se que, com a compactação do solo, de modo geral, o crescimento de raízes e a eficiência de utilização de K diminuíram e aumentou o diâmetro médio radicular. As doses de K elevaram o teor de K no tecido vegetal e proporcionaram aumento da matéria seca apenas nos tratamentos em que o solo foi mais compactado. Conclui-se que a aplicação de K em solos compactados é fundamental para o crescimento de plantas de eucalipto e que a compactação reduz o crescimento radicular e a eficiência da adubação potássica.
Resumo:
O nível crítico de potássio usado para a recomendação de adubação em solos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com CTC a pH 7,0 entre 5,1 e 15,0 cmol c dm-3 é de 60 mg dm-3, embora tenha sido de 80 mg dm-3 até 2002. Este trabalho foi realizado com o objetivo de validar o nível crítico de potássio adotado, nas culturas da soja, do milho e do sorgo. O trabalho foi composto por dois experimentos, instalados na área experimental do Departamento de Solos da UFSM sobre um Argissolo Vermelho distrófico arênico. O primeiro experimento foi instalado em 1991 e realizado até 2002, ocasião em que foram aplicadas quatros doses de potássio (0, 60, 120 e 180 kg ha-1 de K2O), na parcela, a cada quatro anos, e reaplicados 60 kg ha-1 de K2O, nas subparcelas, em 0, 1, 2, ou 3 anos. O segundo experimento foi realizado de 1995 a 2002 e os tratamentos constaram de cinco doses de potássio (0, 50, 100, 150, 200 kg ha-1 ano-1 de K2O). Os resultados obtidos mostraram que o nível crítico de potássio extraído com Mehlich-1 no Argissolo estudado foi de 42 mg dm-3. Para estes solos, com a utilização do novo nível crítico estabelecido pela Comissão de Química e Fertilidade do Solo - RS/SC, foi possível atingir mais de 95 % do rendimento máximo das culturas.
Resumo:
A absorção de K pelas plantas, em geral, é maior que a quantidade inicial de K trocável, indicando que formas não-trocáveis contribuem no suprimento deste nutriente às plantas. O trabalho objetivou avaliar a depleção de formas de K por cultivos sucessivos em um solo com textura superficial arenosa, com ou sem histórico de adubação potássica. O experimento foi realizado na casa de vegetação do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. Amostras superficiais (0-0,10 m) de um Argissolo Vermelho distrófico arênico, sem ou com histórico de adubação potássica, foram submetidas à aplicação total de 0, 90 e 270 mg kg-1 de K e a cinco cultivos sucessivos com plantas em vasos. Na colheita, a parte aérea das plantas foi cortada rente à superfície do solo e seca em estufa, sendo determinados a matéria seca e o K. Uma amostra de solo na camada de 0-10 cm foi coletada, seca, moída e passada em peneira de malha de 2 mm; a extração do K trocável foi feita pelo extrator Mehlich-1; do K não-trocável, pelo tetrafenil de sódio (Na-TFBo) e HNO3 1 mol L-1 fervente; e do K total, pelo HF. A capacidade de suprimento de K do solo às plantas depende mais de suas características próprias que do seu histórico de adubação potássica. A absorção de K pelas plantas desencadeia um processo contínuo de depleção de diferentes formas de K, a qual é mais acentuada quando os teores de K disponíveis são mais baixos.