181 resultados para Uvas para vinho


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Estimou-se o potencial de produção de uvas das cultivares copa Concord, Isabel e Seibel 2, recomendadas para produção de suco, enxertadas sobre os porta-enxertos IAC 313 'Tropical', 'IAC 571-6', IAC 572 'Jales', e IAC 766 'Campinas', num experimento conduzido, durante seis anos, na Estação Experimental de Mococa (21º28'S, 47º01'W) do Instituto Agronômico de Campinas. Para a variedade Concord, as maiores produções médias foram obtidas quando se utilizaram os porta-enxertos 'IAC 313', 'IAC 571-6' e 'IAC 572', totalizando 3,86kg/planta, 3,81kg/planta e 3,65kg/planta, respectivamente; para 'Isabel', quando se empregaram os porta-enxertos 'IAC 572', 'IAC 571-6' e 'IAC 313', somando 3,85kg/planta, 3,63kg/planta e 3,26kg/planta; para o cv. Seibel 2, quando se fez uso dos porta-enxertos 'IAC 313', 'IAC 572' e 'IAC 571-6', auferiram-se 2,61kg/planta, 2,40kg/planta e 2,10kg/planta; por outro lado, para as três variedades, o porta-enxerto de pior performance foi o 'IAC 766'. Quanto ao vigor, representado pela massa dos ramos podados ao longo dos anos, os melhores porta-enxertos para 'Concord' foram 'IAC 572' e 'IAC 313'; para 'Isabel': 'IAC 766' e 'IAC 313'; e para 'Seibel 2': 'IAC 766' e 'IAC 572'.

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Dois experimentos foram conduzidos em vinhedo localizado na região de Jundiaí-SP, com o objetivo de estudar-se os efeitos de aplicações de fitorreguladores em uvas 'Niagara Rosada'. No primeiro ensaio, utilizou-se de thidiazuron na concentração de 5 ou 10 mg.L-1, e/ou ácido giberélico na concentração de 100 mg.L-1. No segundo experimento, as doses de thidiazuron foram: 0; 2,5; 5,0; 7,5; 10,0; 12,5 e 15,0 mg.L-1. Os fitorreguladores foram aplicados mediante única imersão dos cachos em solução, 14 dias após a plena floração. Foram avaliados massa, largura e comprimento dos cachos e bagas; massa dos engaços; número de bagas; número de sementes; teor de sólidos solúveis totais e acidez total titulável do mosto. No primeiro ensaio, os maiores valores de massa, comprimento e largura das bagas foram verificados para os tratamentos com thidiazuron associado a ácido giberélico. O tratamento isolado de ácido giberélico não foi efetivo para aumentar o tamanho das bagas e reduziu o número de bagas por cacho. No segundo experimento, aplicações de thidiazuron aumentaram linearmente a massa de cachos e engaços, e a massa, largura e comprimento das bagas. As variáveis teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, número de sementes e largura de cachos não foram influenciadas pelo TDZ e pelo AG3.

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Com o objetivo de avaliar a porcentagem de brotação e índice de fertilidade de gemas de cinco variedades de uvas sem sementes em cinco diferentes datas de poda, realizou-se um experimento no Campo Experimental de Bebedouro, da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina-PE. O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas, constituídas por cinco variedades de uvas sem sementes como tratamentos principais e cinco diferentes épocas de poda como tratamentos secundários, utilizando-se dez repetições constituídas por uma planta. As variedades utilizadas foram Perlette, Thompson Seedless, Marroo Seedless, Catalunha e Superior Seedless, e as épocas de poda foram: 18 e 19/12/2000; 18 a 21/06/2001; 23 a 29/10/2001; 29/01 a 05/02/2002 e 08 a 12/04/2002. As variáveis estudadas foram a porcentagem de brotação e o índice de fertilidade real das gemas determinado pela razão número de cachos por número de gemas. A fertilidade real de gemas foi analisada entre a 1ª e 10ª gema da vara. Os maiores valores médios para brotação e fertilidade foram observados nas variedades Marroo Seedless e Perlette, sendo que as podas realizadas nos meses de junho de 2001 e abril de 2002 favoreceram o aumento da brotação e da fertilidade das gemas na maioria das variedades.

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O comportamento fenológico e requerimentos térmicos de variedades de uvas sem sementes foram estudados nas condições do Vale do São Francisco durante os anos de 2001-2002, em seis diferentes datas de poda (12/2000, 04/2001, 06/2001, 10/2001, 01-02/2002 e 04/2002). O experimento foi realizado no Campo Experimental de Bebedouro, em Petrolina-PE. As variedades utilizadas foram Superior Seedless (Festival), Thompson Seedless, Catalunha, Perlette e Marroo Seedless, enxertadas sobre porta-enxerto IAC 572 ('Jales'). Avaliou-se a duração em dias dos estádios fenológicos, gemas dormentes (data de poda) a gemas inchadas (1), gemas inchadas a início de brotação (2), início de brotação a 5-6 folhas separadas (3), 5-6 folhas separadas a início de floração (4), início de floração à plena-floração (5), plena-floração a "chumbinho" (6), "chumbinho" à "ervilha" (7), "ervilha" a ½ baga (8), ½ baga a início de maturação (9) e início de maturação à maturação plena (10). Os requerimentos térmicos foram obtidos em termos de graus-dia (GD) necessários para atingir cada fase fenológica a partir da poda. O ciclo fenológico médio variou de 89 dias e 1.315 GD na variedade Superior Seedless a 105 dias e 1.514 GD na variedade Perlette, destacando-se as variedades Superior Seedless e Marroo Seedless como precoces e as demais com ciclo intermediário. Os períodos compreendidos entre o início e final da maturação, ½ baga a início de maturação e 5 a 6 folhas separadas a início de floração apresentaram a maior duração entre todos os subperíodos em todas as variedades.

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Na região Noroeste do Estado de São Paulo, a uva 'Niagara Rosada' é produzida entre junho e novembro, como alternativa ao período de colheita das regiões vitícolas tradicionais. No entanto, devido às condições edafoclimáticas, as bagas e cachos são pequenos, o que é desfavorável à comercialização. Neste contexto, um experimento foi conduzido em vinhedo localizado em Junqueirópolis (SP), na região da Nova Alta Paulista, com o objetivo de se estudar os efeitos de reguladores vegetais nas características dos cachos e bagas de uvas 'Niagara Rosada'. Para os tratamentos, utilizou-se de thidiazuron a 5 ou 10 mg.L-1 e ácido giberélico a 35mg.L-1, associados ou não. Foram realizadas 1; 2 ou 3 aplicações semanais, a partir dos 14 dias após o pleno florescimento, mediante imersão dos cachos em solução contida em recipiente. As variáveis avaliadas foram: massa, comprimento e largura dos cachos e bagas; massa dos engaços, número de bagas; relação comprimento/largura das bagas; número de sementes; teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pH e relação SST/ATT do mosto. Dentre os diferentes tratamentos testados, 2 aplicações de thidiazuron a 5mg.L-1 foi o mais promissor para utilização comercial, levando a um incremento de 33,7% da massa dos cachos e de 22,4% da massa das bagas, sem alterar o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável, o pH e a relação SST/ATT do mosto. Aplicações de reguladores vegetais também aumentaram a massa dos engaços e a largura das bagas.

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O presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito da aplicação de diferentes concentrações do ácido giberélico (AG3), do thidiazuron (TDZ) e do forchlorfenuron (CPPU) no aumento do tamanho dos cachos e das bagas e no teor de sólidos solúveis totais de uva sem semente, cv. BRS Clara. As plantas foram conduzidas no sistema de latada, sobre o porta-enxerto IAC 572, no espaçamento 2,5 x 2,0m e com irrigação por microaspersão. Os experimentos foram conduzidos na Estação Experimental de Viticultura Tropical, da Embrapa Uva e Vinho, em Jales-SP. Os reguladores de crescimento foram aplicados via pulverização localizada no cacho, utilizando-se de concentrações de 0 a 4mg.L-1 de CPPU; 0 a 10mg.L-1 de TDZ, e de 0 a 90mg.L-1 de AG3, isolados ou em conjunto. De modo geral, a aplicação dos reguladores de crescimento promove a melhoria da qualidade dos cachos da cv. BRS Clara; o uso do TDZ e do CPPU em conjunto com o AG3 produz um efeito sinérgico, proporcionando melhor resposta do que o uso isolado do AG3; os tratamentos com 60mg.L-1 de AG3; 20mg.L-1 de AG3 + 4mg.L-1 de CPPU, e 10mg.L-1 de AG3 + 5mg.L-1 de TDZ proporcionam os melhores resultados para o aumento do diâmetro das bagas; a aplicação de AG3 antes da floração da cv. BRS Clara provoca abortamento excessivo, reduzindo a qualidade comercial dos cachos; a utilização de concentrações elevadas dos reguladores reduz o teor de sólidos solúveis totais.

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A produção de uvas no Brasil está localizada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Constitui-se em atividade consolidada, com importância socioeconômica, principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os quais respondem por 97% da produção nacional de vinhos. A uva Isabel é uma das principais cultivares de Vitis labrusca, e a Niágara Rosada, resultado da mutação somática ocorrida na uva Niágara Branca (Vitis labrusca L. x Vitis vinifera L.). São destaques como uvas de mesa comuns, sendo variedades rústicas e, portanto, menos exigentes. O desenvolvimento do trabalho foi feito com o objetivo de determinar conteúdo total de compostos fenólicos, utilizando acetona como solvente em diferentes concentrações, a determinação da atividade antioxidante, do teor de antocianinas totais, flavanóis nos extratos da casca das uvas de mesa Niágara Rosada e Isabel. Os resultados médios do teor de fenólicos totais no extrato acetona 75% foi de 1.026,69 a 1.242,78 mg GAE/100g de peso seco nas cultivares Isabel e Niágara , respectivamente. A atividade antioxidante avaliada apresentou valores de 89,22 e 157,31 µmol TEAC/g de amostra com o método ABTS e de 197,00 e 189,82 µmol TEAC/g de amostra no método DPPH para as cultivares Isabel e Niágara. A quantidade de antocianinas foi baixa comparada com outros frutos. Os valores de polifenóis refletem-se nos valores de TEAC, e observa-se uma correlação positiva entre a média do conteúdo de polifenóis totais com a média dos valores TEAC, o que se pode atribuir aos compostos fitoquímicos presentes nas cascas.

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Estudaram-se o efeito de diferentes tipos de embalagens e a ação do dióxido de enxofre (SO2) na conservação pós-colheita de uvas finas de mesa var. "Crimson Seedless" e "Itália". Os frutos, colhidos em propriedade agrícola situada no município de Boa Vista-RR (Lat. 2º 50' 06" N e Long. 60º 40' 28" W), apresentavam, no momento da colheita, sólidos solúveis (SS) médios de 16,50 e 14,80°Brix, para as variedades "Crimson Seedless" e "Itália", respectivamente. Antes da confecção dos tratamentos, os cachos foram higienizados em solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) a 100 mg.L-1, previamente acidificada, por dez minutos. Utilizaram-se, para a atmosfera modificada passiva, sacolas de polietileno de baixa densidade (PEBD), sem perfuração, com 0,010; 0,015 e 0,020mm de espessura,e acondicionadas em embalagens secundárias de papelão (4kg) e de madeira (7,5kg). Para a geração do SO2, foram utilizados papéis Kraft de liberação rápida, com 3 e 8g de metabissulfito de sódio (Na2S2O5). Após a confecção dos tratamentos, os frutos foram armazenados em câmara frigorífica a 4 ± 1°C e 95 ± 3% de umidade relativa (U.R.). As avaliações foram realizadas no momento da colheita e, 7; 21; 35; 42 e 56 dias de armazenamento refrigerado, quanto à porcentagem de perda de massa fresca, taxa de desgrana e de bagas deterioradas, qualidade do engaço e teor de SS dos frutos. Após oito semanas, foi realizado teste de preferência para as duas variedades. Verificou-se, em ambas as variedades, que as uvas submetidas à ação do gerador de SO2 , contendo 3g de metabissulfito de sódio e acondicionamento em embalagens de PEBD de 0,020mm de espessura, independentemente do tipo de embalagem secundária, apresentaram a menor perda de massa fresca, menor taxa de desgrana e de bagas deterioradas, e melhor qualidade do engaço. Os resultados da análise sensorial concordaram com os resultados das análises físico-químicas. Não foram detectadas diferenças nos teores de SS entre os tratamentos, em ambas as variedades. (Apoio: Roraima Agrofrutas).

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A produção de uvas finas para mesa destaca-se entre as principais atividades econômicas da região noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Entretanto, os produtores comumente apontam os problemas relativos à comercialização da fruta como um dos mais importantes obstáculos interpostos ao desenvolvimento da fruticultura regional. Este trabalho analisa as transações entre produtores e agentes de comercialização da fruta, discutindo as estruturas de governança presentes e as razões que explicam a exposição dos produtores a comportamentos oportunísticos associados aos distribuidores. Conclui-se que produtores que desenvolvem sistemas produtivos mais especializados, ofertadores de frutas de melhor qualidade, são atendidos por agentes de intermediação também especializados e, portanto, estão menos expostos a comportamentos oportunísticos. Nestes casos, a relação entre os agentes torna-se mais efetiva e sistemática, e a estrutura de governança transita de coordenação via mercado para formas híbridas.

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O trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas e produtivas das videiras 'Isabel' (Vitis labrusca) e 'BRS-Rúbea' (V. labrusca) enxertadas sobre os porta-enxertos IAC 766 Campinas, IAC 572 Jales e 420 A, destinadas à elaboração de suco de uva no norte do Paraná. Após a poda de frutificação, foram registrados o número médio de gemas e o de esporões por planta, e, no momento da colheita, avaliaram-se o teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT), índice de maturação (SST/AT) e pH do mosto das bagas, além da massa e comprimento dos cachos, a massa e diâmetro das bagas e o número de cachos por planta e por ha. Foram também estimadas a produção (kg/planta) e a produtividade (t/ha) das combinações copa/porta-enxerto. Verificou-se que os porta-enxertos exerceram influência sobre as copas apenas em relação ao número de esporões e de gemas por planta e por ha, com destaque para a 'Isabel' sobre o 'IAC 766 Campinas'. A 'Isabel' apresentou teor de SST superior em relação à 'BRS-Rúbea', no entanto,para a AT e a SST/AT, não houve diferença significativa entre as cultivares, e para o pH do mosto da 'Isabel' foi menor em relação à 'BRS-Rubea'. Para as características físicas e produtivas, a 'Isabel' apresentou maiores valores em relação à 'BRS-Rubea'.

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O presente trabalho teve como objetivo obter informações sobre a evolução dos compostos fenólicos, de acordo com o nível de raleio de cachos, durante a maturação de uvas cv. Malbec, de modo a estabelecer critérios que contribuam para definir o manejo mais apropriado ao vinhedo. Os ensaios foram conduzidos durante as safras de 2005/06 e 2006/07, em um talhão do vinhedo Villa Francioni, no município de São Joaquim - Santa Catarina, com videiras da cultivar Malbec, enxertadas sobre 'Paulsen 1103' conduzidas em espaldeira, com espaçamento de 3,0m x 1,2m e cobertura antigranizo. Os níveis de raleio de cachos, ajustados na virada de cor "véraison", corresponderam a 13 t ha-1 (Testemunha), 11 t ha-1 (T1), 9 t ha-1 (T2) e 7 t ha-1 (T3), compondo um delineamento em blocos casualizados. Avaliou-se a evolução dos compostos fenólicos durante as oito semanas antecedentes à colheita, conforme os três níveis de raleio. Dos resultados obtidos, conclui-se que, para as condições de altitude, a prática de raleio de cachos influencia na composição fenólica das bagas da cultivar Malbec, aumentando o conteúdo de antocianinas facilmente extraíveis para um tratamento de raleio de cachos com uma produção esperada de aproximadamente 10 t ha-1, melhorando a composição fenólica das bagas, atributos favoráveis à produção de vinhos tintos finos amplos e estruturados.

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A região do Vale do São Francisco destaca-se na produção de uvas de mesa, com incrementos cada vez maiores na produção de cultivares sem sementes. A fim de evitar perdas e aumentar a renda do produtor, torna-se necessário o desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento do excedente da produção de forma economicamente viável. Considerando-se a dependência do Brasil ao mercado externo em uva-passa, este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade da elaboração de passas a partir das cultivares sem sementes Sultanina, Catalunha, Superior Seedless e Crimson Seedless produzidas no norte de Minas Gerais. As passas foram analisadas quanto ao teor de umidade, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), pH, açúcares redutores e diâmetros longitudinal e transversal, e os resultados, comparados com o produto chileno adquirido no comércio local. As passas das cultivares produzidas nesta região apresentaram maior tamanho e composição semelhante ao produto importado. As passas de 'Crimson Seedless' apresentaram teor significativamente maior de umidade após 20h de secagem, enquanto Catalunha e Sultanina se destacaram quanto aos teores de SST, ATT e açúcares redutores. Os resultados obtidos indicam que a produção de passas é viável tecnicamente, porém trabalhos complementares são necessários para avaliar a viabilidade econômica deste processo.

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A região de Jales é uma das principais produtoras de uvas de mesa do Estado de São Paulo. As videiras da região são irrigadas e conduzidas, normalmente, no sistema latada, sendo comum, também, a utilização de coberturas com telas plásticas para a proteção contra granizo, pássaros e morcegos. Entretanto, a irrigação, o sistema de condução e a cobertura plástica podem modificar as condições microclimáticas no parreiral. O presente trabalho teve como objetivo comparar as condições meteorológicas no interior de um parreiral de uvas, na região de Jales, com as registradas a céu aberto. As avaliações foram realizadas na Estação Experimental de Viticultura Tropical da Embrapa Uva e Vinho, em Jales-SP, em uma área conduzida no sistema latada, coberta com tela plástica de polietileno e irrigada por microaspersão. Os dados meteorológicos foram registrados fora e no interior do parreiral, empregando-se dois sistemas automáticos de aquisição de dados, com registros efetuados a cada 15 minutos. Verificou-se que o uso da cobertura de tela plástica reduziu em 20%, em média, a radiação solar incidente (Rs) acima do dossel. Os valores de Rs abaixo do dossel, durante o período de maior expansão foliar, chegaram a ser inferiores a 20% dos registrados a céu aberto. A temperatura e a umidade relativa do ar no interior do parreiral não apresentaram, em geral, diferenças para os valores registrados na estação meteorológica. Durante a irrigação, a temperatura do ar foi reduzida em 3%, e a umidade relativa do ar aumentou em 4%, em média, no interior do parreiral.

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O Sistema de Classificação Climática Multicritérios (Sistema Geovitícola CCM) baseado em três índices climáticos:o Índice de Seca (IS), que corresponde a um indicador do nível de seca; o Índice Heliotérmico (HI), que corresponde ao índice heliotérmico de Huglin, e o Índice de Frio Noturno (IF), que atua como um indicador das condições de temperatura noturna durante a maturação das bagas, possibilitaram a descrição do potencial climático de vinhedos no mundo todo. Neste trabalho, foi caracterizado o clima vitícola em períodos de crescimento e produção durante o ano com duração de quatro meses cada, na região norte fluminense, representada pelo município de Campos dos Goytacazes (21º 45'S, 41º 19'W, 13 m). o sistema indicou potencial para o cultivo da videira na região durante o ano, por meio de diferenças encontradas nos índices IS, IH e IF. Os períodos quadrimestrais de janeiro/abril, fevereiro/maio, março/ junho, abril/julho, maio/agosto, junho/setembro, julho/outubro e agosto/novembro foram considerados os mais adequados para o cultivo da videira, mostrado pelos índices: IS+1 indicando classe de Seca Moderada, IH-2 a IH-1, para classes Frias a Temperadas, exceto para janeiro/abril, com IH+1, para classe Temperada quente, e IF-2 a IF-1 para classes de Noites quentes a Temperadas. Em adição ao potencial climático mostrado, que permite adequado crescimento das plantas, as condições desses períodos também são satisfatórias pela diminuição da necessidade de pulverizações de defensivos e coincidindo com baixa oferta de uvas no mercado e preços mais elevados, o que torna a região apropriada para mais de um ciclo por ano. Neste trabalho, o sistema permitiu a distinção de períodos de cultivo da uva ao longo do ano, funcionando como uma ferramenta apropriada para o zoneamento vitícola.