194 resultados para Neonatal death


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OBJETIVO: Determinar os fatores responsáveis pela associação entre via de parto normal e maior mortalidade neonatal, em coorte de recém-nascidos. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva, constituído por meio do sistema de linkage a partir dos arquivos do Sistema de Informações de Nascimentos e do Sistema Informações de Mortalidade, onde foram incluídos todos os recém-nascidos de Goiânia, no ano de 2000. Foi realizada análise estratificada da via de parto e das categorias de hospital de nascimento por fatores de risco para a mortalidade neonatal, com cálculo do Risco Relativo, com nível de significância de 5%. As associações estatísticas foram analisadas utilizando o teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. RESULTADOS: O parto normal foi mais realizado que o operatório em situações de maior risco para a morte neonatal. Os hospitais públicos, onde o parto normal foi mais freqüente, atenderam a população de maior risco para a morte neonatal. Os hospitais privados sem atendimento ao Sistema Único de Saúde realizaram a cesariana em 84,9% dos casos. Nesses serviços, o parto normal foi realizado principalmente em situações de risco para a morte neonatal como: prematuridade extrema e muito baixo peso ao nascer. CONCLUSÕES: A associação entre parto normal e maior ocorrência de óbito neonatal decorreu de viés de seleção devido à distribuição das gestantes na rede hospitalar e, ainda, da realização quase universal de cesarianas em gestações de baixo risco e do parto normal nas gestações de alto risco para a morte neonatal.

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OBJETIVO: Analisar os padrões de distribuição espacial da mortalidade neonatal. MÉTODOS: Estudo ecológico e exploratório, utilizando técnicas de análise espacial dos dados de mortalidade neonatal no Vale do Paraíba paulista, nos anos 1999-2001. A análise estatística espacial utilizou uma base de dados georreferenciados de 35 municípios e rotinas de estatística espacial. Os dados de mortalidade foram obtidos na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. As variáveis estudadas foram os coeficientes de mortalidade neonatal precoce, tardia e total, e o Índice de Desenvolvimento Humano relativos ao ano de 2000. Para avaliação da dependência espacial foram utilizados os coeficientes de autocorrelação de Moran global e o Índice de Moran local e analisadas as correlações entre as variáveis. RESULTADOS: Foram registrados 111.574 nascidos vivos, com 1.149 óbitos no período neonatal precoce (10,29/1.000 nascidos vivos), 285 no neonatal tardio (2,55/1.000 nascidos vivos) totalizando 1.434 óbitos no período neonatal (12,85/1.000 nascidos vivos). Os coeficientes de Moran (global) mostraram significância estatística (p<0,05) para as mortalidades neonatal precoce e neonatal total. Os índices locais mostraram agrupamentos de municípios onde ocorre dependência espacial na ocorrência das mortalidades precoce e total. CONCLUSÕES: A análise espacial permitiu identificar aglomerado espacial no médio Vale do Paraíba tanto para a mortalidade neonatal precoce como para a neonatal total.

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OBJETIVO: Avaliar os fatores de risco da mortalidade neonatal precoce. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional com 146 óbitos neonatais precoces e amostra de 313 controles obtidos entre os sobreviventes ao período neonatal, na região sul do município de São Paulo, no período de 1/8/2000 a 31/1/2001. As informações foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares e prontuários hospitalares. Foi realizada análise hierarquizada em cinco blocos com características: 1) socioeconômicas das famílias e das mães; 2) psicossociais maternas; 3) biológicas e da história reprodutiva materna; 4) do parto; 5) do recém-nascido. RESULTADOS: Os fatores de risco para a mortalidade neonatal precoce foram: Bloco 1: baixa escolaridade do chefe da família (OR=1,6; IC 95%: 1,1;2,6); domicílio em favela (OR=2,0; IC 95%: 1,2;3,5), com até um cômodo (OR=2,2; IC 95%: 1,1;4,2); Bloco 2: mães com união recente (OR=2,0; IC 95%: 1,0;4,2) e sem companheiro (OR=1,8; IC 95%: 1,1;3,0), presença de maus tratos (OR=2,7;1,1-6,5); Bloco 3: presença de intercorrência na gravidez (OR=8,2; IC 95%: 5,0;13,5), nascimento prévio de baixo peso (OR=2,4; IC 95%: 1,2;4,5); pré-natal ausente (OR=16,1; IC 95%: 4,7;55,4) ou inadequado (OR=2,1; IC 95%: 2,0;3,5); Bloco 4: presença de problemas no parto (OR=2,9; IC 95%: 1,4;5,1), mães que foram ao hospital de ambulância (OR=3,8; IC 95%: 1,4;10,7); Bloco 5: baixo peso ao nascer (OR=17,3; IC 95%: 8,4;35,6), nascimento de pré-termo (OR=8,8; IC 95%: 4,3;17,8). CONCLUSÕES: Além dos fatores proximais (baixo peso ao nascer, gestações de pré-termo, problemas no parto e intercorrências durante a gestação), identificou-se a participação de variáveis que refletem exclusão social e de fatores psicossociais. Esse contexto pode afetar o desenvolvimento da gestação e dificultar o acesso das mulheres aos serviços de saúde. A assistência pré-natal adequada poderia minimizar parte do efeito dessas variáveis.

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OBJECTIVE: To analyze whether previously identified risk factors for sudden death syndrome have a significant impact in a developing country. METHODS: Retrospective longitudinal case-control study carried out in Porto Alegre, Southern Brazil. Cases (N=39) were infants born between 1996 and 2000 who died suddenly and unexpectedly at home during sleep and were diagnosed with sudden death syndrome. Controls (N=117) were infants matched by age and sex who died in hospitals due to other conditions. Data were collected from postmortem examination records and questionnaires answers. A conditional logistic model was used to identify factors associated with the outcome. RESULTS: Mean age at death of cases was 3.2 months. The frequencies of infants regarding gestational age, breastfeeding and regular medical visits were similar in both groups. Sleeping position for most cases and controls was the lateral one. Supine sleeping position was found for few infants in both groups. Maternal variables, age below 20 years (OR=2, 95% CI: 1.1; 5.1) and smoking of more than 10 cigarettes per day during pregnancy (OR=3, 95% CI: 1.3; 6.4), significantly increased the risk for the syndrome. Socioeconomic characteristics were similar in both groups and did not affect risk. CONCLUSIONS: Infant-maternal and socioeconomic profiles of cases in a developing country closely resembled the profile described in the literature, and risk factors were similar as well. However, individual characteristics were identified as risks in the population studied, such as smoking during pregnancy and maternal age below 20 years.

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OBJETIVO: Analisar os fatores de risco associados aos óbitos neonatais em crianças com baixo peso ao nascer. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de coorte, composto pelos nascidos vivos com peso entre 500 g e 2.499 g, residentes no Recife (PE), entre 2001 e 2003, produtos de gestação única e sem anencefalia. Os dados sobre os 5.687 nascidos vivos e 499 óbitos neonatais, provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, foram integrados pela técnica de linkage. Em modelo hierarquizado, as variáveis dos níveis distal (fatores socioeconômicos), intermediário (fatores de atenção à saúde) e proximal (fatores biológicos) foram submetidas à análise univariada e regressão logística multivariada. RESULTADOS: Com o ajuste das variáveis na regressão logística multivariada, as variáveis do nível distal que permaneceram significantemente associadas com o óbito neonatal foram: a coabitação dos pais, número de filhos vivos e tipo de hospital de nascimento; no nível intermediário: número de consultas no pré-natal, complexidade do hospital de nascimento e tipo de parto; e no nível proximal: sexo, idade gestacional, peso ao nascer, índice de Apgar e presença de malformação congênita. CONCLUSÕES: Os principais fatores associados à mortalidade neonatal nos nascidos vivos com baixo peso estão relacionados com a atenção à gestante e ao recém-nascido, redutíveis pela atuação do setor saúde.

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OBJETIVO: Analisar os determinantes da mortalidade neonatal, segundo modelo de regressão logística multinível e modelo hierárquico clássico. MÉTODOS: Estudo de coorte com 138.407 nascidos vivos com declaração de nascimento e 1.134 óbitos neonatais registrados em 2003 no estado do Rio Grande do Sul. Foram vinculados os registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e Mortalidade para o levantamento das informações sobre exposição no nível individual. As variáveis independentes incluíram características da criança ao nascer, da gestação, da assistência à saúde e fatores sociodemográficos. Fatores associados foram estimados e comparados por meio da análise de regressão logística clássica e multinível. RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade neonatal foi 8,19 por mil nascidos vivos. As variáveis que se mostraram associadas ao óbito neonatal no modelo hierárquico foram: baixo peso ao nascer, Apgar no 1º e 5º minutos inferiores a oito, presença de anomalia congênita, prematuridade e perda fetal anterior. Cesariana apresentou efeito protetor. No modelo multinível, a perda fetal anterior não se manteve significativa, mas a inclusão da variável contextual (taxa de pobreza) indicou que 15% da variação da mortalidade neonatal podem ser explicados pela variabilidade nas taxas de pobreza em cada microrregião. CONCLUSÕES: O uso de modelos multiníveis foi capaz de mostrar pequeno efeito dos determinantes contextuais na mortalidade neonatal. Foi observada associação positiva com a taxa de pobreza, no modelo geral, e com o percentual de domicílios com abastecimento de água entre os nascidos pré-termos.

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OBJETIVO Estimar o impacto orçamentário da utilização do Método Canguru na rede municipal de saúde. MÉTODOS Um modelo de decisão analítico foi desenvolvido para simular os custos do Método Canguru e Unidade Intermediária Neonatal no Rio de Janeiro, RJ, em 2011. A população de referência foi constituída pelos recém-nascidos estáveis clinicamente, que podem receber assistência nas duas modalidades de cuidado. O impacto orçamentário foi estimado para uma coorte hipotética de 1.000 recém-nascidos elegíveis em um ano. A proporção de recém-nascidos elegíveis que recebem assistência nas duas modalidades foi obtida por coleta de dados nas maternidades incluídas no estudo. As probabilidades dos eventos e o consumo de recursos de saúde, no período da assistência, foram incorporados ao modelo. Cenários foram desenvolvidos para refletir a adoção do método Canguru em maior ou menor escala. RESULTADOS A utilização do Método Canguru significou redução de gastos equivalente a 16% em um ano, se todos os recém-nascidos elegíveis fossem assistidos por esse método. CONCLUSÕES A opção Método Canguru é de menor custo comparado com a da Unidade Intermediária Neonatal. A análise de impacto orçamentário da utilização desse método no Sistema Único de Saúde indicou economia importante para o período de um ano.

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OBJECTIVE To analyze the temporal evolution of maternal mortality and its spatial distribution.METHODS Ecological study with a sample made up of 845 maternal deaths in women between 10 and 49 years, registered from 1999 to 2008 in the state of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Data were obtained from Information System on Mortality of Ministry of Health. The maternal mortality ratio and the specific maternal mortality ratio were calculated from records, and analyzed by the Poisson regression model. In the spatial distribution, three maps of the state were built with the rates in the geographical macro-regions, in 1999, 2003, and 2008.RESULTS There was an increase of 2.0% in the period of ten years (95%CI 1.00;1.04; p = 0.01), with no significant change in the magnitude of the maternal mortality ratio. The Serra macro-region presented the highest maternal mortality ratio (1.15, 95%CI 1.08;1.21; p < 0.001). Most deaths in Rio Grande do Sul were of white women over 40 years, with a lower level of education. The time of delivery/abortion and postpartum are times of increased maternal risk, with a greater negative impact of direct causes such as hypertension and bleeding.CONCLUSIONS The lack of improvement in maternal mortality ratio indicates that public policies had no impact on women’s reproductive and maternal health. It is needed to qualify the attention to women’s health, especially in the prenatal period, seeking to identify and prevent risk factors, as a strategy of reducing maternal death.

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OBJECTIVE To propose a method of redistributing ill-defined causes of death (IDCD) based on the investigation of such causes.METHODS In 2010, an evaluation of the results of investigating the causes of death classified as IDCD in accordance with chapter 18 of the International Classification of Diseases (ICD-10) by the Mortality Information System was performed. The redistribution coefficients were calculated according to the proportional distribution of ill-defined causes reclassified after investigation in any chapter of the ICD-10, except for chapter 18, and used to redistribute the ill-defined causes not investigated and remaining by sex and age. The IDCD redistribution coefficient was compared with two usual methods of redistribution: a) Total redistribution coefficient, based on the proportional distribution of all the defined causes originally notified and b) Non-external redistribution coefficient, similar to the previous, but excluding external causes.RESULTS Of the 97,314 deaths by ill-defined causes reported in 2010, 30.3% were investigated, and 65.5% of those were reclassified as defined causes after the investigation. Endocrine diseases, mental disorders, and maternal causes had a higher representation among the reclassified ill-defined causes, contrary to infectious diseases, neoplasms, and genitourinary diseases, with higher proportions among the defined causes reported. External causes represented 9.3% of the ill-defined causes reclassified. The correction of mortality rates by the total redistribution coefficient and non-external redistribution coefficient increased the magnitude of the rates by a relatively similar factor for most causes, contrary to the IDCD redistribution coefficient that corrected the different causes of death with differentiated weights.CONCLUSIONS The proportional distribution of causes among the ill-defined causes reclassified after investigation was not similar to the original distribution of defined causes. Therefore, the redistribution of the remaining ill-defined causes based on the investigation allows for more appropriate estimates of the mortality risk due to specific causes.

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OBJECTIVE Develop an index to evaluate the maternal and neonatal hospital care of the Brazilian Unified Health System.METHODS This descriptive cross-sectional study of national scope was based on the structure-process-outcome framework proposed by Donabedian and on comprehensive health care. Data from the Hospital Information System and the National Registry of Health Establishments were used. The maternal and neonatal network of Brazilian Unified Health System consisted of 3,400 hospitals that performed at least 12 deliveries in 2009 or whose number of deliveries represented 10.0% or more of the total admissions in 2009. Relevance and reliability were defined as criteria for the selection of variables. Simple and composite indicators and the index of completeness were constructed and evaluated, and the distribution of maternal and neonatal hospital care was assessed in different regions of the country.RESULTS A total of 40 variables were selected, from which 27 single indicators, five composite indicators, and the index of completeness of care were built. Composite indicators were constructed by grouping simple indicators and included the following variables: hospital size, level of complexity, delivery care practice, recommended hospital practice, and epidemiological practice. The index of completeness of care grouped the five variables and classified them in ascending order, thereby yielding five levels of completeness of maternal and neonatal hospital care: very low, low, intermediate, high, and very high. The hospital network was predominantly of small size and low complexity, with inadequate child delivery care and poor development of recommended and epidemiological practices. The index showed that more than 80.0% hospitals had a low index of completeness of care and that most qualified heath care services were concentrated in the more developed regions of the country.CONCLUSIONS The index of completeness proved to be of great value for monitoring the maternal and neonatal hospital care of Brazilian Unified Health System and indicated that the quality of health care was unsatisfactory. However, its application does not replace specific evaluations.

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Cytomegalovirus (CMV) infection is the most common congenital infection, affecting 0.4% to 2.3% newborns. Most of them are asymptomatic at birth, but later 10% develop handicaps, mainly neurological disturbances. Our aim was to determine the prevalence of CMV shed in urine of newborns from a neonatal intensive care unit using the polymerase chain reaction (PCR) and correlate positive cases to some perinatal aspects. Urine samples obtained at first week of life were processed according to a PCR protocol. Perinatal data were collected retrospectively from medical records. Twenty of the 292 cases (6.8%) were CMV-DNA positive. There was no statistical difference between newborns with and without CMV congenital infection concerning birth weight (p=0.11), gestational age (p=0.11), Apgar scores in the first and fifth minutes of life (p=0.99 and 0.16), mother's age (p=0.67) and gestational history. Moreover, CMV congenital infection was neither related to gender (p=0.55) nor to low weight (<2,500g) at birth (p=0.13). This high prevalence of CMV congenital infection (6.8%) could be due to the high sensitivity of PCR technique, the low socioeconomic level of studied population or the severe clinical status of these newborns.

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A case-control study was conducted to identify risk factors for death from tetanus in the State of Pernambuco, Brazil. Information was obtained from medical records of 152 cases and 152 controls, admitted to the tetanus unit in the State University Hospital, in Recife, from 1990 to 1995. Variables were grouped in three different sets. Crude and adjusted odds ratios, p-values and 95% confidence intervals were estimated. Variables selected in the multivariate analysis in each set were controlled for the effect of those selected in the others. All factors related to the disease progression - incubation period, time elapsed between the occurrence of the first tetanus symptom and admission, and period of onset - showed a statistically significant association with death from tetanus. Similarly, signs and/or symptoms occurring on admission or in the following 24 hours (second set): reflex spasms, neck stiffness, respiratory signs/symptoms and respiratory failure requiring artificial ventilation (third set) were associated with death from tetanus even when adjusted for the effect of the others.