302 resultados para Mus domesticus domesticus : embriões : sobrevivência in vitro
Resumo:
A utilização de mudas com características desejáveis, tanto genéticas quanto sanitárias, é um fator importante para o sucesso na produção de mudas. A micropropagação, em comparação às formas tradicionais de propagação vegetativa, possibilita aumentar a produção e a qualidade das mudas. Nesta técnica, a rizogênese é uma etapa crucial para o desenvolvimento das plantas propagadas in vitro. Neste contexto, objetivou-se testar condições de cultivo, tipos e concentrações de auxinas para o enraizamento in vitro do porta-enxerto de macieira M-9. Como explantes, foram utilizadas brotações (1cm), as quais foram cultivadas em meio MS/2. As auxinas utilizadas foram AIA, ANA e AIB, nas concentrações de 0,0; 0,5; 1,0; 5,0; 10; 20; 50 e 100miM. Foram testadas duas condições de incubação: na primeira, os frascos foram mantidos sob luz (30 dias) e, na segunda, os frascos foram mantidos por cinco dias no escuro com posterior transferência para luz (25 dias). Em ambas as condições, os explantes foram expostos a tratamentos com auxina, durante todo o tempo ou apenas por dez dias, com posterior transferência para meio sem auxina. As variáveis analisadas foram: porcentagem de enraizamento, número e comprimento de raiz, tipo de raiz e porcentagem de sobrevivência de plantas na fase de aclimatização. O AIA induziu maior porcentagem de enraizamento, plantas com melhor sistema radicular e parte aérea nas concentrações mais altas; porém, quando foi utilizado AIB e ANA, essas características foram observadas nas concentrações mais baixas. Os tratamentos em que os explantes foram cultivados por apenas dez dias, em meios com auxinas, apresentaram, em geral, melhores respostas. Observou-se maior porcentagem de plantas aclimatizadas nos tratamentos com AIA.
Resumo:
O trabalho foi realizado com o objetivo de testar a influência do AIB em condições de escuro, no enraizamento in vitro de amoreira-preta cv. Ébano. Utilizaram-se explantes provenientes da propagação in vitro, os quais foram submetidos a duas concentrações de ácido indolbutírico (AIB) (0,5 e 1,0 mM) e três períodos de escuro (2; 4 e 6 dias). Os explantes foram cultivados em meio contendo sais e vitaminas de MS (Murashige & Skoog, 1962) com os sais minerais reduzidos à metade, acrescidos de mio-inositol (100 mg.L-1), sacarose (30 g.L-1), ágar (7g.L-1) e o pH ajustado para 5,9. Os frascos contendo os explantes, após o tratamento de escuro, foram incubados em sala de crescimento com fotoperíodo de 16 horas, densidade de fluxo luminoso de 31,41W.m-2 e temperatura de 25±3ºC, por 30 dias. Avaliaram-se a porcentagem de enraizamento, número e comprimento de raízes, e formação de calo na base das brotações. Após os explantes serem aclimatizados, avaliou-se a taxa de sobrevivência. Não houve diferenças significativas entre as porcentagens de enraizamento dos diferentes tratamentos. O número de raízes foi maior em meios sem ácido indolbutírico (5,5 raízes/ explante). As raízes mais longas foram observadas em meios sem ácido indolbutírico e quando submetidas 2-4 dias no escuro. Ocorreu maior intensidade de formação de calo quando adicionado ácido indolbutírico ao meio de cultura. Verificou-se alta porcentagem de sobrevivência das brotações na fase de aclimatização (86 - 97%).
Resumo:
Na micropropagação de Prunus sp., o enraizamento tem sido considerado uma fase crítica, pois determina a sobrevivência das plantas durante a aclimatização. Dentre os fatores importantes ao enraizamento in vitro, destacam-se o genótipo e as auxinas por serem determinantes na indução e na formação de raízes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de IBA no enraizamento in vitro dos porta-enxertos de espécies do gênero Prunus: cultivares Capdeboscq e GF677, e seleções VP411 e VP417. Para o enraizamento in vitro, brotos com 2-3cm de comprimento foram introduzidos em meio de Lepoivre suplementado com 0,1; 0,5; 1,0 e 2,0 mg.L-1 IBA. Observou-se que o porta-enxerto 'Capdeboscq' apresentou maior taxa de enraizamento e maior número de raízes in vitro, sendo superior aos demais genótipos quanto a estas características. O nível de 1,0 mg.L-1 de IBA esteve associado à maior taxa média de enraizamento (100%, 64% e 64,0%, respectivamente) para os porta-enxertos 'Capdeboscq', 'GF677' e VP411. O nível de 2,0 mg.L-1 de IBA foi superior para a seleção VP417 com taxa de 64% de enraizamento. Para os porta-enxertos 'Capdeboscq' e 'GF677', o número máximo de raízes foi de 9,6 e 5,2 raízes por broto, respectivamente, em resposta ao nível de 2,0 mg.L-1 de IBA, enquanto as seleções VP411 e VP417 apresentaram o maior número de raízes (3,6 e 3,9, respectivamente) em resposta ao nível de 1,0 mg.L-1 de IBA.
Resumo:
A qualidade genética e sanitária das mudas é de fundamental importância para o sucesso da fruticultura moderna. Para o pessegueiro, a micropropagação vem permitindo a produção clonal massal de plantas, com matrizes e mudas de qualidade genética-sanitária comprovada. O presente trabalho objetivou avaliar a taxa de sobrevivência de explantes no estabelecimento in vitro, bem como avaliar o potencial de multiplicação in vitro de porta-enxertos de Prunus. Explantes constituídos por ápices caulinares e gemas laterais dos porta-enxertos Capdeboscq e GF677 e da seleção VP411 foram estabelecidos e multiplicados in vitro em meio de cultura de Lepoivre suplementado com BAP (0,5 mg.L-1). A taxa média de sobrevivência para os porta-enxertos foi 62,9% para ápices caulinares e 58,8% para gemas laterais. Ápices caulinares e gemas laterais apresentaram 14,8% e 29,8% de contaminação, respectivamente. O genótipo afetou significativamente as taxas de multiplicação in vitro. Quanto ao número de brotos por explantes, o porta-enxerto Capdeboscq e a seleção VP411 foram superiores ao porta-enxerto GF677, resultando em 14,7; 16,0 e 10,5 brotos, respectivamente. Para a altura média dos brotos, os porta-enxertos Capdeboscq e GF677 foram superiores à seleção VP411 com 9,3; 8,9 e 7,8 mm, respectivamente. O porta-enxerto Capdeboscq foi superior ao porta-enxerto GF677 e à seleção VP411 na variável número de brotos >20 mm com 2,0; 1,3 e 1,0 brotos, respectivamente.
Resumo:
O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar os efeitos de substratos no enraizamento in vitro do porta-enxerto de macieira M-9. Foram testados três substratos: ágar, vermiculita (nº 2, granulometria média) e cinza vegetal, como suporte físico no enraizamento das miniestacas. Para os tratamento com vermiculita e cinza vegetal, meio nutritivo MS, reduzido à metade da concentração, foi adicionado em frascos de vidro de 250 mL contendo 15 g dos respectivos substratos. Brotações de 2,5 a 3,0 cm de comprimento, com dois pares de folhas, foram transferidas para os frascos, os quais foram mantidos durante 35 dias em sala de crescimento com temperatura de 25 ±1,5ºC, fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa de 75 µmol.m-2.s-1. As maiores percentagens de enraizamento (88,4 e 87,9%) foram observadas nos tratamentos com vermiculita e cinza vegetal, respectivamente. Após a avaliação do enraizamento, as plantas foram transferidas para bandejas de isopor alveoladas com 128 células e mantidas por 40 dias em casa de vegetação. A maior taxa de sobrevivência de plantas aclimatizadas (93,5%) foi obtida com as miniestacas produzidas em meio contendo vermiculita.
Resumo:
O trabalho objetivou avaliar a influência do tempo de permanência em meio de enraizamento sobre o crescimento in vitro e ex vitro de plantas de bananeira. Como explantes, foram utilizadas brotações axilares provenientes do estabelecimento e multiplicação in vitro de ápices caulinares das cultivares Caipira (AAA), Preciosa (AAAB) e Japira (AAAB). Para o enraizamento, empregou-se o meio MS reduzido a 50% da concentração de sais, adicionado de 30 g.L-1 de sacarose, 1 mg.L-1 de AIB e 6 g.L-1 de ágar. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x4, com três cultivares (Caipira, Preciosa e Japira) e quatro períodos de enraizamento in vitro (7; 14; 21 e 28 dias), num total de 12 tratamentos. Ao final de cada período, a altura da parte aérea, o número e o comprimento de raízes foram avaliados, e as plantas, submetidas ao processo de aclimatização por 90 dias. Após esse período, as plantas foram avaliadas quanto à sobrevivência, número e comprimento de raízes, diâmetro do pseudocaule e massa seca de raízes, parte aérea e total. De modo geral, observou-se que a fase de indução de raízes nas brotações de bananeira in vitro ocorreu até os 14 dias de cultivo em meio de enraizamento, havendo apenas crescimento em tamanho das raízes após esse período. Entre as cultivares, verificou-se que, com exceção do diâmetro de pseudocaule, a cultivar Caipira apresentou crescimento vegetativo in vitro e durante a aclimatização (altura de plantas, número e comprimento de raízes e massa seca da parte aérea, raízes e total) superior às cultivares Preciosa e Japira. Após 21 dias de permanência em meio de enraizamento, a taxa de sobrevivência das plantas, observada em casa de vegetação, alcançou 100%, independentemente da cultivar testada.
Resumo:
A rizogênese é considerada uma fase crítica na regeneração de plantas in vitro, pois determina a sobrevivência das mesmas durante a aclimatização. Dentre os fatores determinantes na indução e na formação de raízes in vitro, destacam-se o genótipo e as auxinas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do ácido 4-indol-3-butírico (AIB) no enraizamento in vitro de dois genótipos de jenipapeiro (Genipa americana L.) JRB59 e JRB69, bem como no processo de aclimatização das microplantas utilizando diferentes substratos. Para o enraizamento, brotos com aproximadamente 2,0 cm de comprimento, provenientes do cultivo em meio de cultura com 6-benzilaminopurina (BAP), nas concentrações de 2,22; 8,87; 17,74 e 26,76 µM mais a testemunha com ausência do BAP, foram introduzidos em meio de cultura MS, suplementados com 4,9; 9,8 e 14,7 µM de AIB mais a testemunha com ausência de AIB. Quanto ao processo de aclimatização, utilizaram-se como substratos areia lavada, Plantmax® HT e Ecoterra®. As variáveis analisadas foram: porcentagem de enraizamento, número de raízes adventícias, comprimento da maior raiz, porcentagem de sobrevivência e altura das plantas na fase de aclimatização. Os resultados mostraram que a auxina AIB, na concentração de 9,8 mM, foi mais eficiente para indução do enraizamento, com percentual acima de 70%, para o genótipo JRB69, e 43,3% para o genótipo JRB59. O substrato Ecoterra® influenciou significativamente na qualidade do sistema radicial e qualidade da parte aérea.
Resumo:
O morangueiro é uma espécie multiplicada vegetativamente, o que facilita a progressão de viroses a partir de mudas infectadas. A utilização de matrizes provenientes do processo de cultivo in vitro tem sido uma prática na obtenção de mudas isentas de patógenos. Diversos protocolos de micropropagação recomendam a utilização de quatro subcultivos, para preservar a identidade genética dos clones e manter alta taxa de multiplicação. Desta forma, visando a elevar a eficiência do processo de micropropagação, foram utilizadas duas cultivares de morangueiro Oso Grande e Vila Nova, submetidas a nove subcultivos, sendo avaliadas a taxa de multiplicação e a variação somaclonal. Durante o cultivo in vitro, foi avaliada a taxa de multiplicação, a altura e o número de folhas por propágulo. Na aclimatização, determinaram-se a taxa de sobrevivência, a área foliar, a massa fresca e seca da parte aérea e da raiz. As mudas obtidas a partir de matrizes também foram avaliadas quanto ao comportamento agronômico, em ambiente protegido. A maior taxa de multiplicação foi observada durante o 2º e o 3º subcultivos com média de sete a oito propágulos/ explante, respectivamente. Não foram observadas alterações fenotípicas nas duas cultivares, durante as fases de micropropagação, aclimatização e crescimento em ambiente protegido. A cv. Oso Grande apresentou maior desempenho agronômico que a 'Vila Nova'.
Resumo:
Uma alternativa de manejo das doenças causadas por Phytophthora spp. é o uso de matéria orgânica. No presente trabalho foi avaliada a potencialidade do lodo de esgoto na indução de supressividade in vitro a P. nicotianae. O efeito do lodo de esgoto incorporado ao solo na sobrevivência de P. nicotianae foi avaliado mediante um experimento fatorial com dois fatores: doses de lodo de esgoto (0, 10, 20 e 40% p/p) e concentrações de inóculo [0, 10 ou 20 g de grãos de trigo (Triticum aestivum) colonizados kg-1]. Aos 21 dias, quando aumentaram as doses de lodo de esgoto, a sobrevivência de P. nicotianae e os pHs das misturas diminuíram, e as condutividades elétricas (CE) aumentaram. As correlações entre a CE e a sobrevivência do patógeno foram negativas e significativas (P>0,05). Para estudar o efeito dos compostos químicos envolvidos na supressividade, foram obtidos extratos em água, H2SO4 2N e KOH 0,4N de misturas de areia – lodo de esgoto (20% p/p), e foram acrescentados ao meio de cultura e seu efeito avaliado no crescimento das colônias de P. nicotianae. O extrato ácido (H2SO4 2N) do tratamento com 20% de lodo de esgoto inibiu significativamente (P>0,05) o crescimento da colônia do patógeno. O efeito biológico foi estudado mediante isolamento de microrganismos em meio de cultura e seleção por antagonismo. No bioensaio com plântulas de alfafa (Medicago sativa) destacaram-se os isolados F9.1 (Aspergillus sp.) e A12.1 (actinomiceto, não identificado); e no teste de culturas pareadas destacou-se um Trichoderma sp. e dois actinomicetos por antibiose, e um Trichoderma sp. e três Aspergillus sp. por hiperparasitismo.
Resumo:
Infecções radiculares nos cultivos hidropônicos de alface são frequentes e, na maior parte das vezes, causadas por espécies de Pythium, extremamente bem adaptadas ao ambiente aquático. Este estudo buscou avaliar o potencial patogênico in vitro de Pythium middletonii e P. dissotocum, em quatro cultivares de alface: Elisa (lisa), Vera (crespa), Mimosa (mimosa) e Tainá (americana). Sementes de alface, de cada cultivar, foram desinfetadas superficialmente, pré-germinadas por 24 horas, e colocadas na superfície do meio ágar-água. Em seguida, um disco de micélio dos isolados de Pythium, foi disposto no centro de cada placa. Placas contendo apenas as sementes de alface serviram como controle. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo cada uma delas representada por uma placa de Petri. Avaliou-se o comprimento dos hipocótilos, das radículas e a porcentagem das plântulas sobreviventes após dez dias de incubação. O experimento foi conduzido na temperatura ideal de crescimento da alface (20ºC), e nas ideais para o crescimento dos isolados, 23ºC para P. middletonii e 27ºC para P. dissotocum. A 20ºC, P. dissotocum foi mais patogênico que P. middletonii, reduzindo significativamente o comprimento dos hipocótilos e, principalmente, das radículas, de praticamente todas as cultivares. Na temperatura de 27ºC, P. dissotocum foi responsável pela mais baixa porcentagem de plântulas sobreviventes entre as cultivares, sendo mais patogênico em Vera (54% de sobrevivência). Dentre as cultivares analisadas, a Mimosa mostrou tendência de menor suscetibilidade a este patógeno, apresentando a maior porcentagem de plântulas sobreviventes e o maior comprimento das radículas em relação ao controle. P. dissotocum apresentou maior crescimento micelial e foi mais patogênico que P. middletonii em todos os experimentos realizados.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a sobrevivência e o crescimento durante a etapa de aclimatização ex vitro de mudas de dois clones de Eucalyptus urophylla x E. grandis obtidas pela técnica de enxertia in vitro. Para a obtenção das plantas enxertadas, foram utilizados porta-enxertos oriundos de plântulas de Eucalyptus grandis e E. urophylla germinadas in vitro e, como enxertos, ápices caulinares de dois clones de Eucalyptus urophylla x E. grandis micropropagados. Após 50 dias de cultivo in vitro, as plantas foram transferidas para as condições ex vitro, avaliando-se a sobrevivência e o crescimento em altura das mudas. Elevados índices de sobrevivência dos enxertos (87%) foram observados aos 70 dias na condição ex vitro, assim como adequado vigor no crescimento em altura. Notou-se comportamento semelhante entre os clones, em relação aos porta-enxertos utilizados, indicando que o processo de aclimatização adotado mostrou-se eficiente.
Resumo:
A indução da calogênese é a primeira etapa para obtenção de embriões e sementes. Para o controle da calogênese de Caesalpinia echinata, foram usados discos de foliólolos do pau-brasil em diferentes fases de desenvolvimento combinados com os fitorreguladores 2,4-D (0, 5, 10, 20, 50, 100 mg/L) e 6-BAP (2,0 mg/L), cultivados em meio de cultura de Murashige e Skoog (1962) acrescido de sacarose (30 g/L), mioinositol (100 mg/L) e ágar (7,5 g/L). Foi testado, também, o efeito de 6-BAP (0, 0,5, 1,0, 2,0, 5,0 e 10 mg/L) no crescimento de ápices meristemáticos. Foliólolos juvenis cultivados com baixa concentração de 2,4-D (5 e 20 mg/L) e foliólolos jovens tratados com altas concentrações de 2,4-D (50 e 100 mg/L) geraram calos sem diferenças significativas entre luz e escuro. Quanto ao controle da oxidação, melhores resultados foram proporcionados pelo carvão ativado, porém inibidores da calogênese. A transferência dos calos do meio de cultura MS com altas concentrações de 2,4-D (5,0; 10,0; e 20,0 mg/L) para meio sem fitorreguladores estimulou a formação de massas pró-embrionárias (MPEs). Os meios livres de fitorreguladores, 2,0 mg/L de 2,4-D e 0,5 mg/L de 2,4-D elevaram o número de calos embriogênicos e de massas pré-embrionárias. Somente em 0,5 mg/L 2,4-D se verificaram algumas estruturas semelhantes a embriões somáticos nas fases globular e codiforme.
Resumo:
Objetivo: estudar os efeitos da goserelina de depósito como agonista do GnRH para a supressão hipofisária, durante a hiperestimulação ovariana controlada (HOC) em fertilização in vitro e transferência de embriões (FIVeTE). Método: foram estudados prospectivamente 110 ciclos envolvendo 101 mulheres. A goserelina de depósito foi administrada em dose única subcutânea, para algumas mulheres (87 ciclos) na primeira fase do ciclo menstrual e para outras (23 ciclos), na fase lútea. A administração das gonadotrofinas de mulheres menopausadas (hMG) era diária até que fossem identificados ao menos dois folículos com diâmetro maior ou igual a 18 mm, quando se administrava a gonadotrofina coriônica (hCG) e programava-se a aspiração folicular. Resultados: a idade média das mulheres foi de 36,7 anos (variando de 23 a 42 anos). As principais indicações para a realização da FIVeTE foram: fator tuboperitoneal (75,2%), endometriose (10,9%), fator ovulatório (7,9%), fator masculino (3,0%) e esterilidade sem causa aparente (3,0%). Do total de casos que iniciaram a HOC, 28 (25,5%) foram suspensos. Em 7 ciclos (8,04% dos casos medicados na primeira fase do ciclo menstrual), houve necessidade de se realizar a aspiração dos cistos ovarianos. Foram transferidos em média 3,3 embriões por paciente (variação de 1 a 5 embriões por paciente). Das 70 transferências de embriões realizadas, resultaram 16 gravidezes clínicas (taxa de gravidez: 22,85%). Conclusão: a administração da goserelina de depósito é uma alternativa útil para a supressão hipofisária em FIVeTE pois não compromete os resultados quando comparados aos observados na literatura, e não é necessário que a paciente compareça diariamente para receber a medicação, fato de extrema importância num serviço público.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar três sistemas de escore embrionário para embriões de 3º dia e correlacioná-los com resultados positivos da técnica de fertilização in vitro. MÉTODO: estudo retrospectivo desenvolvido pelo programa de fertilização in vitro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Foram incluídas 137 pacientes submetidas a fertilização in vitro e transferência de 439 embriões. Os principais resultados avaliados foram taxa de gravidez e taxa de implantação. RESULTADOS: nos três métodos observou-se diferença significativa no escore embrionário entre o grupo de grávidas (n=53) e não grávidas (n=84) (p<0,0001). No escore 1, avaliando-se apenas o número de células, observou-se maior taxa de gravidez (70%) e taxa de implantação (42%) nas transferências de embriões com média dos blastômeros acima de 8. O escore 2, baseado num escore total de quatro pontos (clivagem, número de blastômeros, fragmentação e simetria), mostrou aumento nas taxas de gravidez (52,8%) e implantação (31%) nos escores acima de 2. No escore 3, baseado no número de células e no grau morfológico, também as taxas de gravidez e de implantação elevaram-se de acordo com o aumento do escore médio dos embriões transferidos. CONCLUSÃO: Os três sistemas de escore avaliados em embriões de 3º dia, correlacionaram-se positivamente com taxa de gravidez e taxa de implantação.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a aplicabilidade da técnica de maturação in vitro de oócitos humanos e posterior fertilização. MÉTODOS: estudo prospectivo não randomizado descritivo realizado no período de novembro de 1999 a março de 2001 no qual foram incluídas 15 pacientes com infertilidade tubária e 20 ciclos de fertilização in vitro. Todas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido antes de iniciar o estudo. As pacientes tinham idade entre 18 e 32 anos incompletos, obstrução tubária como causa exclusiva de infertilidade e índice de massa corporal inferior a 25 kg/m². As pacientes receberam 300 UI de hormônio folículo estimulante (FSH) recombinante por via intramuscular no segundo dia do ciclo e doses adicionais de 150 UI no quarto e no sexto dia do ciclo. A coleta ovular foi realizada no sétimo dia do ciclo. Os oócitos foram colocados em meio TCM 199 acrescido de antibióticos, piruvato, FSH, gonadotrofina coriônica humana e soro (Serum Substitute Supplement - Irvine Scientific®). Após 48 h de cultivo, os oócitos que atingiram o estágio de metáfase II foram inseminados e os fertilizados foram transferidos. RESULTADOS: foram puncionados 144 folículos com a coleta de 67 oócitos imaturos (46,5%). Quarenta e três oócitos atingiram o estágio de metáfase II (64,2%) e foram inseminados. Destes, 30 fertilizaram e 25 embriões foram transferidos para 10 pacientes. Houve uma gravidez com nascimento de um bebê. CONCLUSÃO: concluiu-se que a técnica de maturar oócitos humanos in vitro previamente à fertilização in vitro é técnica exeqüível, capaz de gerar gravidez.