100 resultados para Mamíferos lagomorfos
Resumo:
Apresentam-se novos dados sobre a identificação do sangue ingerido por culicídeos ingurgitados e coletados em quatro localidades do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo (Brasil), no período de fevereiro a novembro de 1986, e que já tinham sido sede de observações anteriores. São fornecidos dados sobre a distribuição de algumas espécies relacionadas ao tipo de ambiente. Focalizam-se Ae. scapularis e representantes de Culex (Melanoconion), principalmente Cx. ribeirensis e Cx. sacchettae. Foi possível a identificação de 651 repastos sangüíneos. Confirmou-se a preferência de Ae. scapularis por mamíferos de grande porte representados por bovinos, eqüinos e o próprio homem, tendo reagido a todos os anti-soros testados, com exceção do correspondente a animais de sangue frio representados por anfíbio. Cx. ribeirensis revelou resultados que sugerem possível preferência por mamíferos. As duas espécies supracitadas mostram tendência nítida para adaptação ao ambiente modificado pelo homem e capacidade de evolução de seus hábitos de possível domiciliação. Quanto aos outros culicídeos, as coletas de An. bellator, An. cruzii e Cq. chrysonotum limitaram-se à isca humana que a segunda dessas espécies rendeu 31,6% do total de fêmeas capturadas.
Resumo:
Foi realizado um inquérito sobre tabus alimentares em duas localidades do Município de Marabá, PA, Brasil: São Félix e Murumuru, tendo sido estudadas, respectivamente, 90 e 35 famílias. Dos tabus alimentares encontrados, foi grande a restrição feita à ingestão simultânea de leite com várias frutas, especialmente com manga, laranja, cajú e abacaxi; também a ingestão simultânea de ovos com frutas foram referidas como hábitos que devem ser evitados, assim como a mistura de carne de mamíferos com peixes. Quanto à ingestão simultânea de frutas, destaca-se a proibição de uma fruta regional, o açaí, com outras 10 frutas. Foi mais elevado o número de restrições alimentares durante a lactação do que durante a gravidez, principalmente de carne de caça e de peixes, abundantes na região estudada. Os motivos mais citados para justificar os tabus alimentares foram: "faz mal", "mata", "congestão" e "vômito".
Resumo:
Con el propósito de estudiar la preferencia de hospedadores vertebrados por mosquitos hembras, durante 2 períodos octubre-abril (primavera-verano), se realizaron muestreos cada 15 días en Córdoba y Cosquín (Argentina). Se utilizaron trampas de latón con cebo animal: anfibios (sapos), aves (pollos), mamíferos (conejos) y reptiles (tortugas). El 92,9% de los especímenes recolectados pertenecen al género Culex, mientras que un 7,0% corresponde a Aedes y el 0,02% restante a Psorophora ciliata, única especie que se capturó de ese género. En trampas con pollo se recolectó el mayor número de hembras (68,7%), siguiendo en orden las trampas con conejos (29,9%), con tortugas (0,8%) y con sapos (0,5%), por lo tanto, la mayoría de los mosquitos entraron en las trampas con hospedadores homeotermos. Culex dolosus se alimentó sobre todos los cebos, mientras que Cx. acharistus, Cx. chidesteri y Cx. quinquefasciatus se alimentaron sobre pollos, conejos y tortugas; Ae. albifasciatus, Ae. scapularis, Cx. bidens y Cx. coronator lo hicieron sobre ambos hospedadores homeotermos; Cx. apicinus, Cx. maxi, Cx. saltanensis y Cx. spinosus se alimentaron solamente sobre pollos y Ps. ciliata sobre conejos.
Resumo:
OBJETIVO: Relatar o isolamento do vírus Ilheus no Estado de São Paulo e avaliar o seu impacto para a saúde pública. MÉTODOS: O isolamento de vírus foi realizado em camundongos albinos Swiss, a partir de sangue de aves silvestres, capturadas com redes de espera tipo mist net, armadas no nível do solo, no Parque Ecológico do Tietê, São Paulo. A identificação das cepas isoladas foi feita pelos testes de inibição da hemaglutinação, fixação de complemento e neutralização em camundongos. Amostras de plasma de aves e de mamíferos silvestres foram submetidas à pesquisa sorológica para detecção de anticorpos inibidores de hemaglutinação. RESULTADOS: Foram isoladas duas cepas do vírus Ilheus em sangue de aves das espécies Sporophila caerulescens e Molothrus bonariensis e detectados anticorpos em aves das espécies Columbina talpacoti, Geopelia cuneata, Molothrus bonariensis e Sicalis flaveola, em sagüis das espécies Callithrix jacchus e Callithrix penicillata e no quati Nasua nasua. CONCLUSÕES: O isolamento do vírus Ilheus e a detecção de anticorpos específicos em aves residentes, migratórias e de cativeiro, em sagüis e quatis, comprovam a presença desse agente no Parque Ecológico do Tietê. O comportamento migratório de aves silvestres pode determinar a introdução do vírus em outras regiões. Considerando-se a patogenicidade para o homem e a confirmação da circulação desse agente viral em área urbana, freqüentada para atividade de lazer e de educação, o risco de ocorrência de infecção na população humana não pode ser descartado.
Resumo:
OBJETIVOS: Estudar a fauna, a freqüência horária e a sazonalidade de flebotomíneos em abrigos de animais silvestres, perímetro urbano.. MÉTODOS: No Parque do Ingá, perímetro urbano do município de Maringá, PR, foram coletados flebotomíneos com armadilha de Shannon (AS) e com armadilhas de Falcão (AF). As coletas com AS foram feitas na margem do córrego Moscados, das 18h às 6h. As coletas com AF foram realizadas em abrigos de aves, mamíferos e répteis silvestres, das 20h às 24h. Com ambos os métodos as coletas foram feitas duas noites ao mês, de outubro de 1998 a setembro de 2000. RESULTADOS: Nas As coletaram-se 13.656 flebotomíneos, com predomínio de Lutzomyia whitmani (98,7%). Coletaram-se 4.040 flebotomíneos, prevalecendo novamente L. whitmani (96,3%). Nas AS L. whitmani foi mais freqüente entre 0h e 2h. Nas AS, esta espécie foi mais freqüente no mês de agosto (55,1%), e nas AF em março (19,2%) e novembro (15,9%) de 1999, e em agosto (20,6%) de 2000. Coletaram-se mais flebotomíneos nas AF instaladas nos abrigos de mamíferos (84,0%). CONCLUSÕES: Foi nítido o predomínio de L. whitmani no Parque do Ingá; o pico maior de freqüência de L. whitmani em AS é no mês de agosto e nas AF, em março e novembro; o pico de atividade de L. whitmani ocorre entre 0h e 2h.
Resumo:
No período de 1966 a 1982 foram isoladas 861 cepas de Yersinia pestis sendo 471 originadas de material de roedores e outros pequenos mamíferos, 236 de lotes de pulgas, 2 de lotes de Ornithodorus e 152 de seres humanos dos focos pestosos do Nordeste do Brasil. Entre os roedores, a espécie que concorreu para o maior número de isolamentos foi o Zygodontomys lasiurus pixuna que, também, forneceu o maior número de lotes de pulgas naturalmente infectados, principalmente do gênero Polygenis. O isolamento da Yersinia pestis de material proveniente de 13 Municípios do Estado de Pernambuco, 7 do Ceará, 3 da Paraíba, 1 do Piauí e 1 da Bahia, evidencia que o problema da peste nos focos brasileiros é bastante atual e merecedor de atenção. O maior número de cepas isoladas e de localidades afetadas, registradas no Estado de Pernambuco não significa maior incidência da peste no mesmo, mas é conseqüência da pesquisa mais intensa da Yersinia pestis e da existência de laboratórios melhor preparados para o seu diagnóstico neste Estado.
Resumo:
A evidência da transmissão extraflorestal da leishmaniose cutâneo-mucosa na região do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiológico prospectivo, visando avaliar a atividade enzoótica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisológica da infecção natural em pequenos mamíferos e população canina foi complementada com o teste de imunofluorescência indireta (IFI) para cães e captura de flebotomíneos em ambiente florestal e peridomiciliar. A positividade para o teste sorológico e exame parasitológico somente foi observada para cães residentes e com taxas de 5,6 e 2,4%, respectivamente. Entre animais silvestres e sinantrópicos capturados, destacam-se os pertencentes a Oryzomys (Oligoryzomys) e Rattus rattus, ambos assinalados em proporções equivalentes (29,3%), em ambiente peridomiciliar. Foram capturados apenas 166 exemplares femininos de Lutzomyia intermedia, fato atribuído à borrifação das habitações humanas e anexos com DDT. No contexto epidemiológico mais amplo, discute-se a fragilidade do ciclo extraflorestal da L. (V.) braziliensis; o papel do cão e de pequenos mamíferos, como fonte de infecção domiciliar, além de analisar o potencial deles na dispersão do parasita na área estudada.
Resumo:
En una localidad con población rural dispersa ("La Bolsa", 3ª seccional, dpto. de Artigas, Uruguay) se estudió, en ámbitos peridomiciliarios, el perfil alimentario de T. rubrovaria (triatomíneo silvestre y potencial vector secundario de colonización intradomiciliaria), utilizándose la técnica de doble difusión en agar, enfrentando contenido promesentérico frente a un panel de 13 sueros. Se pudo detectar en 120 insectos 251 identificaciones de fuente hematofágica con alimentación predominante en mamíferos (73%), pero marcado eclectismo alimentario (mamíferos, aves, reptiles y cucarachas), incluyendo hematofagia sobre seres humanos en un 8% de las identificaciones totales. La micropredación de hemolinfa lo ubicaría en una situación evolutiva primitiva, intermedia entre predator/entomófago y triatomineo/hematófago, que comparte con T. circunmaculata. Los mamíferos detectados con mayor frecuencia fueron dasipódidos y bóvidos, aunque la fuente hematofágica, salvo en los adultos alados, se constituye en un fenómeno de proximidad ocasional por cohabitación de un mismo habitat. La frecuencia de alimentación sobre hombre, hallada en un ambiente peridomiciliario, aporta un importante elemento a su capacidad vectorial potencial. En el análisis espacial de las dietas se muestra al peridomicilio como un área de interacción de hospederos domésticos, silvestres y sinantrópicos. La infección tripanosómica fue mínima comparada con las altas tasas de infección de ámbitos silvestres.
Resumo:
Com o objetivo de conhecer a importância dos animais domésticos como reservatórios naturais dos clássicos campylobacters termotolerantes, amostras de fezes foram obtidas de mamíferos e aves do leste do Peru e imediatamente colocadas num meio de enriquecimento. Técnicas convencionais foram utilizadas para identificar C. jejuni ssp. jejuni, C. coli e C. lari. Campylobacter foi isolado em 26,5% dos animais estudados, sendo C. jejuni ssp. jejuni biovar I o mais freqüente (8,9%). O frango foi o reservatório mais importante destes microorganismos (54,0%).
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Depois de acentuar que a tripanossomose americana é uma zoonose do tipo anfixenose, bem enquadrável no conceito de PAVLOVSKY de infecção com focos naturais, o Autor analisa o problema da multiplicidade e diversidade dêstes focos que são devidas ao grande número de hospedeiros e vetores naturais com hábitos variados. Descreve, em seguida, alguns focos naturais mais freqüentes e importantes, observados na região nordeste do Estado de São Paulo e áreas limítrofes do Estado de Minas Gerais, focos êstes constituídos por buracos e cavidades no solo, ocos e anfractuosidades em troncos de árvores, tufos de vegetação herbácea, touceiras de piteira e copa de palmeiras, onde triatomíneos e mamíferos convivem.
Resumo:
Numa série de pesquisas sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará, muitas espécies de mamíferos foram examinadas, dentre elas algumas espécies de quirópteros. Já antes, no Brasil, 15 espécies foram encontradas infectadas com tripanosomo tipo cruzi, dentre as 30 encontradas infectadas na América, de 1931 a 1964. Esses estudos se fizeram aproveitando o material do Censo Relativo de Morcegos na área da Serra de Maranguape (realizado por dois autores), abrangendo os municípios de Maranguape e Caucaia. Em 141 exemplares (18 espécies e 5 famílias) foram feitos xenos com 5 ninfas de Rhodnius prolixus. Examinando o material 30 a 45 dias depois, foram encontrados infectados 9 exemplares, todos da família Phyllostomidae: 7 Artibeus jamaicensis, 1 Glossophaga soricina e 1 Trachops cirrhosus. O primeiro já havia sido encontrado infectado na Colombia e no Panamá; o segundo o foi na Colombia e no Brasil (Estado do Pará); o terceiro o é pela primeira vez. As duas primeiras espécies são insetívoras e frugívoras; a terceira é carnívora, além de frugívora e insetívora. Os parasitos isolados apresentaram características morfológicas e de cultura que permitem colocá-los no grupo dos tripanosomos tipo cruzi.' infectaram triatomíneos e produziram parasitemia (baixa) e lesões típicas em camundongos brancos. A cepa de T. cirrhosus não foi isolada, mas as formas metacíclicas em triatomíneos eram semelhantes.
Resumo:
Com base em seu comportamento ecológico e seu grau de relacionamento com o homem e os mamíferos domésticos, comensais e sinantrópicos, os triatomíneos são distribuídos em seis grupos: 1) Triatomíneos tipicamente silvestres, isto é, espécies só encontradas em ecótopos naturais e que nunca freqüentam as habitações humanas e suas dependências. Conseqüentemente, nunca entram em contacto com o homem e os mamíferos domésticos, a não ser acidentalmente quando estes penetram nos focos naturais. Entretanto, podem ter papel maior ou menor na manutenção da enzootia tripanossômica silvestre. Exemplos: Psammolestes coreodes, Psammolestes tertius, Cavernicola pilosa, Triatoma dispar, Triatoma delpontei e muitas outras espécies cujos hábitos são pouco conhecidos. 2) Triatomíneos essencialmente silvestres cujos adultos invadem, com maior ou menor freqüência, as habitações humanas e suas dependências, sem, todavia, aqui se colonizar. Além do papel que têm no ciclo silvestre de transmissão do T. cruzi, podem, ao entrar em contacto com o homem e os mamíferos domésticos e domiciliados suscetíveis, transmitir-lhes a infecção, tanto em áreas silvestres quanto em ecótopos artificiais. Exemplos: Panstrongylus geniculatus, Triatoma rubrovaria,Triatoma arthumeivai, Triatoma patagonica, Triatoma eratyrusiforme, Rhodnius domesticus e muitas outras espécies cujos hábitos são poucos conhecidos. 3) Triatomíneos silvestres em fase inicial de adaptação aos ecótopos artificiais, formando pequenas colônias principalmente no peridomicílio e, mais raramente, na própria habitação humana. Além da importância que têm no ciclo silvestre do T. cruzi, podem trazer a infecção para os ecótopos artificiais e, em determinadas instâncias, participar do ciclo domiciliário do parasita. Exemplos: Rhodnius neglectus, Triatoma vitticeps. Triatoma platensis e outras espécies pouco estudadas. 4) Triatomíneos que se criam indiferentemente em ecótopos naturais e artificiais. Embora tenham conseguido adaptar-se com maior ou menor sucesso à habitação humana e suas dependências, são encontradas também em diferentes ecótopos naturais. Além de participar do ciclo silvestre do T. cruzi têm importância no transporte do parasita para os ecótopos artificiais e na infestação inicial ou na reinfestação destes ecótopos livres de insetos pelo expurgo, constituindo também elos na cadeia de transmissão domiciUária da infecção. Exemplos: Panstrongylus megistus, Rhodnius prolixus, Rhodnius pallenscens, Triatoma sórdida, Triatoma brasiliensis, Triatoma maculata, Triatoma pseudomaculata, Triatoma quasayana etc. 5) Triatomíneos bem adotados aos ecótopos artificiais, mas, às vezes, ainda encontrados em focos residuais naturais. São os insetos mais importantes no ciclo domiciiiário do T.cruzi, mas podem, pelo menos em certas áreas, participar do ciclo silvestre da infecção. Exemplo: Triatoma infestans. 6) Triatomíneos estritamente domiciliados. Apesar disto, parecem ter menor importância no ciclo domiciiiário, especialmente na transmissão do T. cruzi ao homem, porque convivem mais com ratos comensais, embora também entrem em contacto com o homem. Exemplo: Triatoma rubrofasciata.
Resumo:
Foram examinados 1.368 mamíferos em ecótopos naturais ou artificiais: 443 cães com 2,5% positivos; 605 gatos com 0,7%, 65 roedores domésticos com 4,6%, 6 coelhos e 10 cobaias negativos. Dentre os animais silvestres, foram examinados 115 preás (Galea s. spixii) com 2,3% positivos, 12 "cassacos" (Didelphis azarae) dos quais 9 positivos; 5 quirópteros, 5 punáres (Cercomys c. laurentius) e 3 pebas (Dasypus sexcinctus) negativos. A amostra apresentada é suficiente para considerada a existência de ciclos doméstico e silvestre de T. cruzi na área estudada e considerada endêmica da Doença de Chagas.
Resumo:
Foram reunidos resultados de testes de precipitina feitos com o conteúdo do tubo digestivo de triatomineos. €ssas informações foram discutidas com base nas proporções de sangue de mamíferos e de ave, encontradas e em diversas observações relativas às espécies de vertebrados a que os triatomíneos estão associados na natureza. O estudo englobou as seguintes espécies: Belminus peruvianus, Panstrongylus geniculatus, Panstrongilus herreri, Panstrongylus megistus, Psammolestes tertius, Rhodnius neglectus, Rhodnius prolixus,Triatoma arthurneivai, Triatoma dimidiata,Triatoma infestans, Triatoma protracta, Triatoma rubrovaria e Triatoma sórdida. As seguintes conclusões puderam ser obtidas: 1 - As espécies que, nos biótopos artificiais, se alimentam principalmente de sangue humano, na natureza, são as mais ecléticas. Sugam mamífero, ave e animais de sangue-frio, mas apresentam marcada preferência por sangue de mamífero. 2 - As espécies que, nos biótopos artificiais, são encontradas com maior freqüência associadas a aves, na natureza ou preferem sangue de ave ou não tem predileção nítida por ave ou mamífero. 3 - As espécies associadas a animais de sangue frio ou restritas a um único grupo de mamíferos, podem colonizar nos domicílios desde que eles sejam previamente colonizados pelo hospedeiro. 4 - Não foram encontrados indícios de que alguma espécie esteja se adaptando aos domicílios. Todos os triatomineos ditos domiciliários já possuíam, na natureza, atributos que permitiam a vida em novos biótopos, habitados ou pelo homem ou por animais domésticos.
Resumo:
Durante os anos de 1982 a 1986, a investigação sobre mamíferos comensais e silvestres, da periferia da cidade de Jacobina, Bahia, mostrou, ao lado do escasso número de exemplares, uma reduzida variedade específica dessa fauna. Capturou-se apenas 11 espécies, entre as quais, predominou o Didelphis albiventris, que abrangeu 44% dos 213 espécimens capturados. Entre os 193 com exames já concluídos, 84 eram exemplares de D. albiventris e 2 estavam infectados pela Leishmania donovani senso lato, 1 por L. mexicana amazonensis, 1 por L. braziliensis, subespécie e 3 por Trypanosoma cruzi Também foram observadas formas suspeitas de serem amastigotas de leishmanics, nos esfregaços de órgãos de 3 exemplares de Dasyprocta aguti, 1 Cercomys cunicularius - e 1 Oryzomys eliurus. 0 restante dos exemplares, inclusive 14 de Lycalopex vetulus, estava negativo para flagelados. Apesar de reforçado por outros indicadores epidemiológicos, como a predominância específica, a freqüência domiciliar, a atratividade para a vetora Lutzomyia longipalpis, e a concomitância com casos humanos nos mesmos locais, o índice de 2,3% de infecção natural do Didelphis albiventris, não autoriza a conclusão definitiva de ser o marsupial o mais importante reservatório natural da leishmaniose visceral em Jacobina.